m4.2 Flashcards
Qual a primeira glândula a se desenvolver? Com quanto tempo?
Tireoide, no final da terceira semana.
Descreva a formação embriológica da tireoide.
Forma-se a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva. Esse espessamento logo forma uma pequena evaginação conhecida como tireoide primitiva.
À medida que o embrião e a língua crescem, a glândula tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço, passando ventralmente ao osso hioide e às cartilagens laríngeas em desenvolvimento. Por um curto período de tempo, encontra-se conectada à língua pelo ducto tireoglosso.
Como resultado da rápida proliferação celular, a luz do divertículo tireoidiano logo é obstruída e então se divide em lóbulos direito e esquerdo, que se conectam pelo istmo da tireoide.
Em torno da 7ª semana, a glândula tireoide assume sua forma definitiva e geralmente já adquiriu sua posição definitiva no pescoço. Nesse estágio, o ducto tireoglosso normalmente se degenera. A abertura proximal do ducto tireoglosso persiste como uma pequena fossa cega – o forame cego do dorso da língua.
Na 11ª semana, o coloide começa a aparecer nos folículos da tireoide; depois disso, a concentração de iodo e a síntese de hormônios da tireoide podem ser demonstradas.
Descreva a formação embriológica das paratireoides.
Inferiores:
Na quinta semana, o epitélio da região dorsal da terceira bolsa se diferencia na glândula paratireoide inferior, enquanto a região ventral forma o timo. Ambos os primórdios glandulares perdem sua conexão com a parede faríngea, e o timo migra então no sentido caudal e medial, “puxando”, a glândula paratireoide
inferior com ele. O tecido paratireóideo da terceira bolsa finalmente se posiciona na superfície dorsal da glândula tireoide e forma a glândula paratireoide inferior.
Superiores:
O epitélio da região dorsal da quarta bolsa faríngea forma a glândula paratireoide superior. Quando a glândula paratireoide perde contato com a parede da faringe, ela se liga à superfície dorsal da tireoide que migra caudalmente e se torna a glândula paratireoide superior. A região ventral da quarta bolsa dá origem ao corpo ultimo branquial, que mais tarde é incorporado à glândula tireoide. As células do corpo ultimo branquial dão origem às células parafoliculares, ou células C, da glândula tireoide.
Descreva anatomicamente a paratireoide.
As paratireoides são glândulas originadas do terceiro e quarto arcos faríngeos, usualmente localizadas junto à glândula tireoide. Situam-se mais comumente no interior de sua cápsula, na face posterior da tireoide, duas junto aos polos superiores e duas nos polos inferiores, embora algumas vezes possam estar localizadas no interior da glândula. Um pequeno número de pacientes pode apresentar três, cinco ou, ocasionalmente, uma quantidade maior de glândulas. Variações anatômicas da sua localização são frequentes, podendo ser encontradas até mesmo no mediastino, próximas ao timo. Cada glândula mede entre três e seis milímetros, com peso aproximado de 30 a 40 miligramas. Durante o ato operatório podem ser de difícil distinção da tireoide e do tecido adiposo adjacente, entretanto, sua coloração amarelo-mostarda é bastante característica.
Como se dá a vascularização da GPT?
Cada GPT é vascularizada por uma artéria de calibre relativamente grande, que chega por seu hilo (situado na face profunda da glândula), em comparação com as suas pequenas dimensões. Na maioria dos casos, as GPT superior e inferior são vascularizadas pela artéria tiroideia inferior. Se esta não existir, a vascularização das GPT é da responsabilidade da artéria tiroideia superior (Bliss et al, 2000; Miller, 2003).
A vascularização da GPT e da GT são as mesmas?
Não existe relação vascular direta entre a tiróide e as paratiróides: as circulações destes órgãos são independentes (Testut & Latarget, 1978).
Descreva anatomicamente a tireoide com sua localização em relação ao pescoço/coluna e em relação aos órgãos adjacentes.
A GT situa-se na união do terço inferior com os dois terços superiores da região anterior do pescoço, estendendo-se desde a quinta vértebra cervical até à primeira vértebra torácica (Testut & Latarget, 1978; Skandalakis et al, 2004; Gray, 2008).
Está localizada anterolateralmente à traqueia e esófago, entre as duas carótidas comuns, atrás dos músculos infra-hioideus. A GT está situada na região infra-hioideia, podendo ser considerada também como o órgão principal de uma sub-região denominada região tiroideia, cujos limites são os mesmos da GT (Testut & Latarget, 1978).
Descreva anatomicamente a tireoide com sua cor e suas variações e sobre seu grau de dureza.
A GT tem uma coloração rosa acinzentada/vermelho acastanhada. Esta coloração varia segundo o estado da circulação: uma congestão ativa dá à glândula um tom avermelhado; uma estase sanguínea, devido a um obstáculo à circulação de retorno, dá à glândula um tom violáceo. É um órgão mole, facilmente depressível. A sua consistência varia de acordo com o grau de desenvolvimento dos septos conjuntivos que separam os lóbulos.
Comente as dimensões da tireoide, suas variações anatômicas gerais e por sexo.
A GT mede normalmente 6 a 7 cm de largura, 3 a 4 cm de altura, 2 a 6 mm de espessura no istmo e 15 a 30 mm nos lobos laterais. A GT é um dos órgãos cujas dimensões variam mais de indivíduo para indivíduo. É mais volumosa na mulher do que no homem (Gray, 2008; Testut & Latarget, 1978). Na mulher, o seu volume aumenta durante a menstruação e a gravidez. (Gray, 2008).
Quais as partes da tireoide?
É tipicamente constituída por dois lobos laterais, unidos pelo istmo central, e pelo lobo piramidal ascendente (Gray, 2008; Skandalakis et al, 2004).
Comente as variações anatômicas do istmo da tireoide.
Apresenta variações, sendo, por vezes, mais desenvolvido, podendo alcançar as dimensões verticais dos lobos da tiróide, ou pode ter volume muito reduzido, ou, por vezes, estar mesmo ausente (cerca de 10% dos casos (Braun et al, 2007)) (Figura 1). Neste último caso, existem apenas dois lobos laterais separados, um direito e outro esquerdo.
Comente anatomicamente os lobos a GT e suas variações anatômicas.
Os lobos da tireóide são dois: o direito e o esquerdo. Um dos lobos, mais frequentemente o direito, é menor (7%), podendo mesmo estar ausente (1,7%) (Skandalakis et al, 2004). São mais volumosos na extremidade inferior, diminuindo a sua espessura gradualmente até ao vértice superior ou ápex. Cada lobo tem aproximadamente 5 cm de altura, 3 cm de largura e 2 cm de diâmetro anteroposterior (Gray, 2008).
Como se dá a vascularização da GT?
Dois pares de artérias, as tiroideias superiores e inferiores, contribuem para a irrigação da GT. As artérias tiroideias superiores são ramos da artéria carótida externa e as artérias tiroideias inferiores são ramos do tronco tirocervical, colateral da artéria subclávia. Toda a superfície da GT é perfurada pelos ramos de divisão das artérias. Em relação à divisão das artérias no interior da glândula, existe uma zona cortical, com aproximadamente 1 cm de espessura, em que as artérias têm grande calibre, enquanto na zona central só existem arteríolas de pequeno calibre. O território vascularizado pela artéria tiroideia superior corresponde à parte superior e antero-externa de GT. A artéria tiroideia inferior irriga a porção inferior e posterointerna (Testut & Latarget, 1978).
Comente a histologia da GPT.
Cada GPT é envolvida por uma cápsula própria de tecido conjuntivo que emite septos ou trabéculas para o seu interior. Na espessura das trabéculas existem vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. O parênquima das glândulas é constituído por cordões de células epiteliais onde se distribuem as células principais e as células oxífilas (Gonçalves & Bairos, 2006). Os vasos sanguíneos muito numerosos, terminam em capilares sinusóides. Com o envelhecimento, é comum haver aumento de seu tecido conjuntivo.
Cite cinco funções de T3/T4.
Regulam metabolismo basal dos tecidos
Estimulam fosforilação oxidativa nas mitocôndria
Influenciam no crescimento
Atuam no desenvolvimento do SNC do feto
Aumentam a absorção de carboidratos no intestino