Livro 4 - sem hipertensão, strepto e gêmeos. Flashcards

1
Q

Qual a complicação clínica mais comum do período gestacional?

A

Diabetes mellitus gestacional

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2
Q

Qual a definição de diabetes mellitus gestacional?

A

Ele é qualquer alteração do metabolismo glicêmico 1) com início ou com diagnóstico durante a gestação.

(ou seja, por mais que uma hemoglobina glicada em níveis de 10 falem mais a respeito de diabetes prévio, e tu considere que ele é prévio, tu nomeia ele como diabetes gestacional pois o diagnostico foi na gestação).

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3
Q

Qual a relação do TTG75 com o puerpério?

A

Toda a paciente com diabetes mellitus gestacional (com início ou diagnosticado durante a gestação) deve ser reavaliada após o parto com TTG-75, sendo então classificada como 1) normal 2) portadora de comprometimento da tolerância a glicose ou 3) portadora de diabetes mellitus gestacional

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4
Q

O diabetes mellitus gestacional e o fim da gestação: qual a relação?

A

Ao fim da gestação, os níveis glicemicos da mulher voltam ao normal.
Porém ela vai ter mais chance de desenvolver DM2 no futuro.

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5
Q

Como se divide a classificação etiológica do diabetes mellitus?

A

Tipo 1) insuficiência de insulina
Tipo 2) por resistência a insulina
Tipo 3) outros específicos
Tipo 4) gestacional

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6
Q

O que é a classificação de priscila white para o diabetes mellitus?
E como ela é dividida?

A

Ela é uma classificação prognostica.
A) dividida em a1 e a2, representam todas os diabetes mellitus que iniciam ou são diagnosticados na gestação, ou seja, diabetes mellitus gestacional
B) diabetes mellitus pré gestacional, com duração menor de 10 anos
C) diabetes mellitus pré gestacional, com duração entre 10 e 20 anos
D) diabetes mellitus pré gestacional com duração igual ou maior que 20 anos

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7
Q

Como é a evolução do diabetes mellitus na gestação?

A

No primeiro trimestre, há uma baixa necessidade de insulina.
No segundo trimestre, evidenciado um aumento das necessidades de insulina.
No terceiro, persiste o aumento das necessidades de insulina, com prevalência de cetose e cetoacidose
No puerpério, o que se encontra é uma queda nas necessidades de insulina, com fundo etiológico sendo uma parada na produção dos hormônios contra insulínicos produzidos pela placenta.

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8
Q

A glicosúria só acontece em mulheres com evidente aumento dos níveis de glicose naquele momento? Por que?

A

Não.
A glicosúria pode ser um achado na gestante mesmo com níveis de glicose normais. O que acontece é que a grávida tem um aumento do debito cardíaco, com consequente aumento do fluxo renal, e também consequente aumento da filtração glomerular.
Com este aumento a filtração, filtra mais glicose, e chega um ponto que satura o mecanismo de reabsorção de glicose.

Então, a gestante acaba tendo glicosúria mesmo mantidos os níveis normais de glicose.

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9
Q

Quais as complicações achadas na gestante com diabetes mellitus?

A

São basicamente todas decorrentes da glicosúria mantida no diabetes mellitus.

Então, este aumento da glicosúria na gestante com diabetes mellitus cursa com 1) aumento das infecções urinárias 2) aumento das pielonefrites, 3) aumento da candidíase vulvovaginal.

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10
Q

Quais os níveis glicêmicos diretamente relacionados com o aborto?

A

São dois os fatores:

1) hemoglobina glicada maior que 12
2) glicemia pré prandial maior que 120

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11
Q

Quais são ao todo as complicações gestacionais e fetais relacionadas com o diabetes mellitus?

A

1) abortos
2) alterações do volume do liquido amniótico (tanto aumento quando diminuição)
3) anomalias congênitas fetais
4) distúrbios do crescimento
5) distócia de espáduas
6) crescimento intrauterino restrito
7) sofrimento fetal
8) prematuridade

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12
Q

Quais as complicações neonatais relacionadas com a diabetes mellitus?

A

1) policitemia (pela hipóxia advinda das repercussões placentárias)
2) hiperbilirrubinemia (pela policitemia)
3) hipocalcemia (pela prematuridade metabólica)
4) síndrome da angustia respiratória (pela prematuridade metabólica)
5) hipoglicemia (pelo hiperinsulinemia não contrabalançada na hora do parto)

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13
Q

Qual a complicação metabólica mais comum do neonato?

A

É a hipoglicemia

Das causas gerais, e não só as metabólicas, é a hipóxia.

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14
Q

Em que período o controle glicemico tem mais influência na formação ou não de mal formações fetais?

A

O perdido embrionário, no início da gestação.

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15
Q

Fisiologicamente, o diabetes mellitus gestacional, pensando na evolução das alterações metabólicas que seguem do primeiro só terceiro trimestre, seria desencadeado em que período da gestação?

A

No terceiro trimestre.
Por isso que se diz que o diabetes mellitus gestacional que iniciou no primeiro trimestre provavelmente é um diabetes mellitus sem diagnóstico (apesar de tu ter que chamar ele de diabetes mellitus gestacional).

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16
Q

Por ser um diagnostico e uma alteração mais pontual, o diabetes mellitus gestacional não pode ser diagnosticado com o seguinte exame…

A

Hemoglobina glicada.

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17
Q

Quais são os fatores de risco que mandam a realização de TTG-75 mesmo nas gestantes sem critérios para diabetes mellitus gestacional nas glicemias de jejum ou glicemia em qualquer momento?

A

1) história
A - ou de morte fetal, macrossomia, ou diabetes mellitus gestacional
B - familiar de diabetes mellitus em parentes de primeiro grau
2) a mulher
A - obesidade
B - deposição central excessiva de gordura
C - baixa (menor que 1,50m)
D - “velha” (idade acima de 25 anos)
3) o feto
A - “obeso” (crescimento fetal excessivo)

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18
Q

Apesar de divergências, o que se tem certo sobre o rastreio e exames para o diabetes mellitus gestacional, e em comum, para a sociedade brasileira e para o ministério da saúde?

A

1) rastreio é universal
2) o diagnostico é realizado de preferencia entre as semanas 24 e 28 de IG.
3) o TTG75 é um exame em comum usado para confirmação.

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19
Q

Em que momentos o TTG 75 é usado na gestação, ou que pode ser usado?

A

1) no momento do diagnostico para pacientes com fatores de risco
2) no momento de confirmação diagnostica após resultado positivo de glicemia de jejum
3) sempre após o parto, após 6 semanas, para avaliar evolução da paciente em relação ao diabetes mellitus.

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20
Q

Ok, a paciente foi diagnosticada com diabetes mellitus gestacional. E agora? Como é o controle glicemico desta paciente ao longo da gestação?

A

2 2 3 3 3
@ 2 horas após as refeições e antes delas, glicemia capilar para as pacientes em uso de insulina
@ 2 em 2 semanas, se a paciente tem controle adequado, realizar o perfil glicemico (se não é adequado, realizar semanalmente)
@ 3 em 3 meses, solicitação de hemoglobina glicada, buscando níveis em torno de 5 a 7%
@ de 3 em 3 meses, fundoscopia, se diabetes mellitus prévio.
@ e de 3 em 3 meses, função renal (uréia, creatinina e proteinúria) nas pacientes com diabetes mellitus prévio.

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21
Q

Como é o controle da glicemia da paciente com as medicações?

A

1) iniciar com dieta e exercício (sempre)
2) alguns hipoglicemiantes orais podem ser usados
3) insulina
- –@ se usava antes, mantém o uso
- –@ se não usava, não usa, a menos que A) controle não esteja bom com a dieta apenas, ou B) em ecografia de terceiro trimestre houver presença de circunferência abdominal fetal acima do percentil 75.

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22
Q

Ok, diagnosticada com diabetes mellitus gestacional. E agora? Como é acompanhada para complicações gestacionais e fetais a partir de agora?

A
  • -@ acido fólico, 5 mg por dia
  • -@ infecção: urinocultura trimestral
  • -@ malformações fetais: ecocárdio e ultrassom morfológico a partir de 24 semanas
  • -@ insuficiência placentária e PE: ultrassom com doppler a partir da semana 26.
  • -@ estimativa de peso e do volume do liquido amniótico: ultrassom seriada a partir de 28 semanas
  • -@ bem estar fetal: cardiotocografia, 1 por semana a partir de 28 semanas, 2 por semana a partir de 34 semanas, e 1 por dia a partir de 36 semanas ou em pacientes internadas.
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23
Q

Qual o limite de duração da gestação em relação ao controle da glicose nas pacientes com diabetes mellitus gestacional?

A

Depende de o que ela usa para controle.
Se usa apenas dieta, 40 semanas
Se usa insulina, 39 semanas

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24
Q

Em relação a quando dar a luz, qual a importância da diabetes mellitus gestacional?

A

1) diabetes mellitus não é critério para interromper gestação, e a principio se mantém até o termo
2) só se interrompe gestação em diabetes mellitus gestacional se a mãe já atingiu os limiares (39 40 semanas), e senão a escolha é pelo parto espontâneo.

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25
Q

Qual a via de parto da diabetes mellitus?

A

Diabetes mellitus não indica cesariana, a não ser nos seguintes casos:

1) se a estimativa de peso fetal ultrapassa 4000 gramas na ultrassom
2) se há comprometimento da vitalidade fetal

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26
Q

Qual o melhor parâmetro para avaliação pulmonar fetal na paciente gestante com diabetes mellitus?

A

Dosagem de fosfatidil-glicerol

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27
Q

Como se avalia a produção adequar de surfactante em paciente gestante com diabetes mellitus? O que indica normalidade?

A

Indice lecitina/esfingomielina.

E é considerado normal em valores iguais ou maiores de 3/1.

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28
Q

Nas pacientes gestantes diabetes mellitus que usam insulina, tu tem uma conduta na hora do parto que te dá um controle maior dos níveis glicemicos. Como é a conduta nestas pacientes na hora do parto?

A

1) suspende toda a dieta por 8 horas (jejum)
2) mantém com SG visando euglicemia
3) mede a glicemia capilar de 1/1 ou de 2/2 horas e, conforme resultado, administra insulina REGULAR visando euglicemia
4) administra só até metade da dose de insulina NPH prevista para ela

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29
Q

O que não se usa de jeito nenhum em paciente com início de parto prematuro e com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional?

A

Tocolíticos beta mimeticos .

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30
Q

A paciente com diabetes mellitus gestacional fez uso de insulina. Agora, deu a luz, e quer saber o que faz com a insulina que estava usando…?

A

1) se ela já usava, ela vai manter o uso, e vai agora é abaixar a dose da insulina para os níveis que usar antes da gestação
2) se ela não usava antes,
- -@ interrompe o uso e mede glicemia capilar
- -@ provável que tenha voltado ao normal a glicemia, e então está paciente vai fazer exame com TTG 75 em 6 semanas após o parto
- -@ provável que esteja normal também, e então está paciente vai manter com reavaliações periódicas a cada 3 anos (devido ao risco aumentado de desenvolver diabetes mellitus tipo 2)

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31
Q

Qual a paciente com diabetes mellitus gestacional que faz acompanhamento a cada 3 anos para avaliação pelo risco de diabetes mellitus 2?

A

Todas as que desenvolveram diabetes mellitus gestacional!
Isto inclui tanto as paciente com diabetes mellitus gestacional que fizeram controle com dieta, como também as pacientes que fizeram uso de insulina.

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32
Q

Qual a causa mais comum de hipotireoidismo na gestação?

A

Tireoidite de hashimoto

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33
Q

Qual a prevalência de hipotireoidismo na gestação?

A

É em torno de 0.1 a 2%, sendo baixa por causa da diminuição da fertilidade em pacientes com hipotireoidismo.

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34
Q

Que alteração pode acontecer na série vermelha do sangue?

A

Existe uma anemia normocrômica e normocítica por diminuição da eritropoiese.

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34
Q

Qual o intervalo que é necessário entre o puran e suplementos (carbonato de cálcio, vitaminas, sulfato ferroso)?

A

A literatura fala algo em torno de 2 a 4 horas.

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35
Q

Como acontece a investigação para hipotireoidismo na gestação, e quando as tomar? Quais são as indicações de tratamento de acordo com os exames?

A

1) só observar
- -@ paciente que tem TSH e T4 normais, mesmo com presença de anticorpos

2) repor hormônio
- -@ se ela já tomava antes, sendo feito ajuste da dose apenas
- -@ repõe em doses baixas se hipotireoidismo subclínico
- -@ repõe em doses plenas se TSH alto e T4 baixo

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36
Q

Qual a prevalência de hipertireoidismo na gestação?

A

Parecida com a de hipotireoidismo, com algo em torno de 2%

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37
Q

Quais são as formas mais comuns de hipertireoidismo da gestação?

A

1) com 80%, graves
2) com 10%, bócio multinodular
3) adenoma tóxico

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38
Q

Quando suspeitar de hipertireoidismo na gestação?

A
É difícil o diagnostico.
Mas pensa se...
--@ dificuldade em ganhar peso
--@ taquicardia em repouso
--@ bócio
--@ fraqueza
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39
Q

Como se faz uma suspeita de hipertireoidismo no feto, e como se confirma?

A

Suspeita: se taquicardia fetal e presença de bócio a ultrassom
Confirme: cordocentece com dosagem do TSH

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40
Q

Quais as complicações gestacionais e fetais do hipertireoidismo ?

A

DICA: o hipertireoidismo “ACELERA e…”

1) parto pré termo
2) pré-eclâmpsia
3) crescimento intrauterino restrito
4) baixo peso
5) prematuro
6) anomalias congênitas
7) hipertireoidismo fetal
8) malformações fetais

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40
Q

Qual o critério necessário para o feto desenvolver hipertireoidismo?

A

A mãe ter hipertireoidismo.

E isto acontece em “1% das mães com hipertireoidismo por graves”. Então, talvez graves seja necessário também.

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41
Q

Quais são as complicações do hipotireoidismo?

A

Prematuro
A mãe tem pré-eclâmpsia
A mãe tem pressão alta, proporcional ao nível do hipotireoidismo
A mãe aborta mais
A mãe tem mais descolamento prematuro de placenta
A mãe tem risco aumentado de hemorragia pós parto
A mãe tem risco aumentado de aborto no primeiro trimestre se positiva para anti-tpo.

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42
Q

Basicamente, o que é a tireotoxicose transitória?

A

É uma condição

  • -@ não autoimune
  • -@ não sintomática
  • -@ não permanente
  • -@ não cursa com aumento das complicações da gestação
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43
Q

A tireotoxicose transitória está associada a…?

A

Estando relacionada com os níveis aumentados de beta-HCG, ela esta associada com:
Gêmeos
DTG
Hiperêmese gravídica

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44
Q

Quando ocorrem os sintomas na tireotoxicose transitória, a conduta é tratar.
Quando normalmente ocorre os sintomas?
O que se usa no tratamento?

A

Normalmente ela dura até a 8 ou 14 semana. Portanto, as TT que duram até a 16 semana tem indicação de:

  • -@ antitireoidianos
  • -@ mantém até a gestante ficar eutireoidéia ou até passar a hiperemese
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45
Q

Qual o tratamento básico para tireotoxicose transitória que não passa (chega na semana 16, se mantém, tem hiperemese)?

A

1) antitireoidianos
2) betabloqueador se a paciente estiver taquicárdica
3) se DTG, tratamento da condição

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46
Q

Algumas coisas diferenciam tireotoxicose transitória e graves?
Quais são elas?

A

1) o graves fica presente toda a gestação, e a TT não
2) o graves tem positivos os anticorpos trab e anti-TPO, o TT não
3) o graves tem bócio, o TT não
4) o graves tem níveis normais de HCG, o TT não (até porque é a fisiopatologia do TT).

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47
Q

Como tu acompanha o tratamento do graves na gestação?

A

1) controlar os niveis de TSH
- aumentar os níveis de TSH, mas nem tanto (deixa entre 0.1 e 1, perto do hipertireoidismo)
2) doses baixas de antitireoidianos
- (metimazol e propiltiuracil)

48
Q

Quais são os antitireoidianos usados na gestação?

A

Propiltiuracil

Metimazol

49
Q

Quais as opções de tratamento de hipertireoidismo normalmente que tu tem? Quais tu usa na gestação?

A

1) tireoidectomia
- -@ usa apenas se não consegue controle da doença com doses de 300mg de antitireoidianos
2) iodo radioativo
- -@ não usa na gestação, estando contraindicaco
- -@ antitireoidianos (tratamento de escolha na gestação)

50
Q

Qual a condição que leva a deixar o metimazol em segundo plano para o tratamento do hipertireoidismo na gestação?

A

A ocorrência de aplasia cútis congênita (que é a causa mais comum de alopecia cicatricial congênita).

51
Q

Qual a forma mais comum de alopecia cicatricial congênita, e que está associada com o uso de antitireoidianos na gestação?
E qual é este tireoidiano?

A

O antitireoidiano é o metimazol (por isto na gestação o propiltiuracil é a primeira escolha), e ela é a aplasia cútis congênita.

52
Q

Quais as complicações associadas ao lúpus eritematoso sistêmico na gestação?

DICA: mesma coisa que o hipertireoidismo, “acelera e…?”!!!!!

A

A mulher aborta mais
A mulher tem mais pré-eclâmpsia
A mulher tem mais bebe prematuro
A mulher tem mais bebes que morrem intraútero

O bebe cresce menos (crescimento intrauterino restrito)
O bebe sofre mais

53
Q

Quais os principais fatores de risco para reativação do lúpus eritematoso sistêmico na gestação?

A

1) história de nefropatia
2) história de atividade da doença até 6 meses antes da concepção

(ou seja, muito grave ou muito próxima)

54
Q

Qual a manifestação do lúpus eritematoso sistêmico que mais se associa com mau prognostico na gestação?

A

Nefrite lúpica, ou glomerulonefrite membranoproliferativa.

55
Q

A que alteração fetal estão associados os níveis elevados de anticorpo antiRO no lúpus eritematoso sistêmico gestacional?

A

Síndrome do lúpus neonatal (BAV congênito e eritema cutâneo fotossensível).

56
Q

Na gestação com lúpus eritematoso sistêmico, quais são os fatores associados com prognostico?

A
  • -@ atividade da doença ou exacerbação durante a gestação
  • -@ nefrite (o pior)
  • -@ presença de antiRO e antiLA (associado com síndrome lúpica neonatal, miocardiopatia, hidropisia não imune, morte)
  • -@ surgimento de síndrome antifosfolipídio
  • -@ desenvolvimento de pré-eclâmpsia (que é mais comum no lúpus eritematoso sistêmico)
57
Q

Na clinica do lúpus eritematoso sistêmico gestacional, qual a prevalência de doença renal?

A

50%

58
Q

Quais os anticorpos específicos para o lúpus eritematoso sistêmico?

A

1) anti DNA dupla hélice

2) anti Smith

59
Q

Em relação aos exames laboratoriais de anticorpo, o que prevê a doença nefrológica no lúpus eritematoso sistêmico, e o que diagnostica a nefrite instalada?

A
  • –@ prevê é a presença de anticorpo antifosfolipídio

- –@ o que diagnostica, ou indica, é a diminuição dos níveis de complemento, e também a elevação dos níveis do anti DNA

60
Q

Em quais casos de lúpus eritematoso sistêmico tu indica avaliação do crescimento fetal, e a partir de quando?
E em quais casos tu indica investigação da função cardíaca?

A

1) para o crescimento
- -@ todos com lúpus eritematoso sistêmico tem risco grande de crescimento intrauterino restrito
- -@ avalia todos, mensalmente, com ultrassom e doppler

2) para doença cardíaca
- -@ os que tem risco são os com antiRO e antiLA positivos
- -@ avaliar os com positividade, a partir da semana 24, com ecocárdio.

61
Q

Quais são as opções de tratamento para o lúpus eritematoso sistêmico na gestação, e como se usa?

A

1) aspirina (SEMPRE)
- -@ em todas durante toda a gestação

2) antimalárico (SEMPRE)
- -@ hidroxicloroquina
- -@ para prevenção da reativação

3) corticóide (SEMPRE)
- -@ usa já normalmente nas doses crônicas
- -@ se reativação, pulsoterapia de 1000 mg de metilpred por 3 dias, e depois retorno a dose normal
- -@ se grave, aumenta a dose diária enquanto exacerbação

4) imunossupressor. (AS VEZES)
- -@ só usa em casos de nefrite

62
Q

Como saber ser uma paciente com lúpus eritematoso sistêmico desenvolveu SAF?

A

O diagnóstico é o mesmo para SAF em si!

Precisa de 1 critério clinico dentre aquele 4, e precisa de 1 critério laboratorial dentre aqueles 3.

63
Q

Quais são os tipos de imunoglobulinas que podem ser o anticorpo anticardiolipina?
E a que estão associados cada um?

A

Podem ser

  • -@ IgA – associado com nenhuma alterações especifica
  • -@ IgM – associados mais com anemia hemolítica autoimune
  • -@ IgG – associados a aumento de eventos trombóticos.
64
Q

Existem 3 sinais clínicos de SAF.

Mas quais são os “sinais sugestivos” de SAF?

A

São os sinais clínicos
==> perda fetal inexplicável
==> perda fetal recorrente
==> tromboses

Mais outros sinais
==> crescimento intrauterino restrito inexplicável
==> história previa de colagenoses
==> início precoce de pré-eclâmpsia grave

65
Q

O tratamento de SAF é com aspirina em baixas doses e heparina. Como é o esquema de doses para a heparina?

A

==> a dose é a de 5000 ui, profilática
==> se presença de altos títulos de anticorpo, heparina 20.000 ui dividido em duas doses no dia
==> se paciente tem história de trombose arterial previa, e cursa com o diagnóstico de SAF nesta gestação, a heparina é usada com doses para anticoagulação plena.

66
Q

Além do lúpus eritematoso sistêmico, quais as outras doenças autoimunes devem ser lembradas na gestação?

A
==> artrite reumatóide
==> poliarterite nodosa
==> sjogren
==> esclerodermia
==> polimiosite e dermatomiosite
67
Q

Como é a história da artrite reumatóide na gestação?

A

==> no inicio da gestação:
A paciente passa por uma melhora dos sintomas (prevalente em 75% das mulheres)

==> no pós parto:
Há uma recidiva da doença em 90% dos casos

68
Q

Como é a artrite reumatóide em relação ao comprometimento da gestação?

A

1) grande parte (75%) diminui os sintomas

2) a maioria não apresenta complicações relacionadas com a doença

69
Q

Como é a síndrome de sjogren em relação as complicações e comprometimento da gestação?

A

Os perigos da patologia envolve a presença do anticorpo antiRO

70
Q

Qual a relação da esclerodermia em se tratando de comprometimento da gestação?

A

1) está relacionado basicamente com a gravidade da doença
2) pode desencadear complicações como
==> ou o bebe nasce menor
==> ou o bebe nasce antes
==> ou o bebe nem nasce (natimorto)
==> ou a mãe pode morrer (associado com mortalidade materna)

71
Q

Qual a relação da poliarterite nodosa com o comprometimento da gestação?

A

==> causa mortalidade se em atividade na hora da concepção
==> piora o quadro após o parto
==> então, é imprescindível o tratamento do quadro antes do termino da gestação

72
Q

Qual a relação da polimiosite e dermatomiosite no comprometimento da gestação?

A

1) primeiro, ela não exacerba na gestação

2) mas, como grande parte das doenças autoimunes vistas aqui, pode levar a perdas fetais

73
Q

Quais são as formas mais comuns de cardiopatia associadas com a gestação?

A

1) em mais de metade das vezes, doença reumática
2) cardiopatias congênitas
3) cardiopatias do desenvolvimento (prolapso mitral e marfan)
4) cardiopatia hipertensiva
5) miocardiopatia (chagas, isquemica, periparto, hipertrófica)
6) hipertensão pulmonar pós parto

74
Q

Qual a preocupação da relação de cardiopatia com gestação?

A

A cardiopatia sofre descompensação com a gestação, devido as alterações hemodinâmicas da gestação.

75
Q

Qual o principal grupo de cardiopatia no que se refere as complicações na gestação?
Porque, fisiopatologicamente, acontece mais neste grupo?
E quais são estas complicações?

A

O principal é o grupo das cardiopatias Cianóticas.
A relação fisiopatológica das complicações tem envolvimento com o nível de saturação e com o nível do hematócrito.

As complicações são
==> o bebe cresce menos
==> o bebe morre

76
Q

Que tipo de doença congênita está associada a gestação com mãe cardiopata?

A

Doenças cardíacas está aumentada neste grupo de gestantes (10%)

77
Q

Quais são os grupos de risco de mortalidade materna na gestante com cardiopatia?

A

Baixo risco
Médio risco
Alto risco

78
Q

Como é definida uma gestante cardiopata com baixo risco?

A

1) envolve o septo
==> defeito no septo interatrial
==> defeito em septo interventricular
==> manutenção comunicação interatrial

2) comprometimento de coração direito
==> valva tricúspide
==> valva pulmonar

3) alguma coisinha em coração esquerdo
==> prolapso de mitral
==> estenose mitral leve ou disfunção funcional classe I ou II

79
Q

Como se define a paciente de alto risco de mortalidade gestante com doença cardíaca?

A

==> síndrome de Eisenmenger
==> síndrome de marfan (desde que com envolvimento da aorta)
==> tetralogia de fallot
Além de
==> hipertensão pulmonar primaria
==> cardiomiopatia periparto com disfunção residual
==> classe funcional III e IV

80
Q

Qual o risco de morte em gestante cardiopata de alto risco?

A

15 a 50%

81
Q

O que é o aborto terapêutico, e para que gestante cardiopata ele está indicado?

A

É o indicado com função de proteger a integridade materna.

Está indicado no grupo de alto risco das cardiopatas, devido a mortalidade até 50% neste grupo.

82
Q

Até que idade gestacional se justifica o aborto terapêutico?

A

Até a semana 20.

83
Q

O que é a técnica de SAUTER?

A

É a ligadura tubária periumbilical.

Está indicada, por exemplo, para as gestantes com risco de morte cardiopatas, a ser realizada no pós parto.

84
Q

Qual as condutas gerais na paciente gestante cardiopata?

A

==> intervalo máximo entre as consultas de quinze dias
==> imprescindível o diagnóstico e tratamento precoces das infecções, etc
==> pelo risco de transmissão de cardiopatia:
Ecocárdio fetal entre 18 e 20 semanas
==> dentre as medicações relacionadas com doença cardiovascular:
Evitar o uso de inibidor da ECA
Evitar o uso de tocolíticos adrenérgicos
Evitar o uso de anticoagulante oral no primeiro trimestre
==> profilaxia de endocardite infecciosa nas pacientes com indicação
==> a via vaginal de parto é a opção mais segura, salvo exceções*

  • marfan, coarctação de aorta, aneurisma dissecante de aorta, hipertensão pulmonar grave e classes funcionais grau III e IV
85
Q

Quais são as exceções para parto vaginal na cardiopatia da gestante?

A
==> marfan
==> coarctação de aorta, 
==>   aneurisma dissecante de aorta,
==>  hipertensão pulmonar grave e
==>  classes funcionais grau III e IV
86
Q

Misoprostol e cardiopata gestante?

A

Não há contraindicação para uso via tópica vaginal.

87
Q

Amniotomia a paciente gestante cardiopata?

A

A amniotomia deve ser realizada o mais tardiamente possivel, devido ao risco de possibilidade de bacteremia.

88
Q

Puerpério de cardiopata e ergotamina?

A

Eh contra-indicado o uso de ergotamina no puerpério de gestante cardiopata.

89
Q

Segundo o uptodate, qual a indicação de antibiótico em paciente gestante cardiopata?

A
Basicamente, nas paciente de alto risco
### ==> síndrome de Eisenmenger
==> síndrome de marfan (desde que com envolvimento da aorta)
==> tetralogia de fallot
 Além de
==> hipertensão pulmonar primaria
==> cardiomiopatia periparto com disfunção residual
==> classe funcional III e IV ###

E ela definitivamente não está indicada nas pacientes que se situam no grupo de risco baixo.

90
Q

Quais são os itens necessários a se saber sobre gestante cardiopata com Eisenmenger?

A

==> mortalidade de 50%
==> mortes ocorrem normalmente na hora do parto
==> risco de morte, em ordem decrescente, é
1) parto cesárea
2) parto vaginal
3) aborto terapêutico
==> é uma das condições que define a gestação de alto risco em mãe cardiopata.

91
Q

Quais são as coisas a se saber sobre gestação em mulher com estenose mitral?

A

==> é a cardiopatia mais importante da gestação em gravidade e prevalência
==> os sintomas costumam aparecer no fim do segundo trimestre e terceiro trimestre (quando somam mais altercações hemodinâmicas da gestação)
==> as complicações de estenose mitral são a fibrilação atrial e o edema agudo de pulmão.

92
Q

O que é necessário saber a respeito de síndrome de marfan na gestação da cardiopata?

A

==> a mortalidade da síndrome na gestação está associada com rupturas e dissecções de aneurisma de aorta (até por isto ele define alto risco apenas naquelas mães que tem aneurisma aórtico)
==> portanto, antes da gestação de mãe com marfan, é interessante pedir ecocárdio para avaliar comprometimento da aorta com dilatação, etc
==> em gestantes com marfan, e com presença de aneurisma, tem que
1) é o parto que acaba engatilhando a dissecção do aneurisma
2) portanto, o marfan é uma das cardiopatias que se beneficiam do parto por cesárea.
==> e como é uma doença genética, autossômica dominante, toda a mãe com marfan tem risco de passar a doença para o seu filho.

93
Q

A esteatose hepática é uma das doenças da gestação raras, e extremamente temidas, e em 50% das vezes está associada com pré-eclâmpsia.
Quais os diagnósticos diferencias da esteatose hepática?

A
==> síndrome hellp 
==> hepatite viral
==> hiperêmese gravídica
==> PTT
==> síndrome hemolítico urêmica
94
Q

Qual a causa mais comum de icterícia na gestação?

A

Hepatite viral

95
Q

Hepatite viral e gestação.

Qual a relação?

A

==> Diferente de outras doenças infecciosas, a prevalência de infecção é igual em qualquer momento da gestação
==> e se infectar com hepatite, o quadro não vai ser mais grave do que fora da gestação

96
Q

Particularidades da hepatite a na gestação?

A

==> transmissão vertical é rara
==> quadro é autolimitado, como fora da gestação
==> mas, apesar disso, define uma gestação que tem que sr enviada para o pré Natal de alto risco

97
Q

Particularidades da hepatite b na gestação?

A

==> pode levar a quadros de hepatite fulminante na gestação
==> é a única hepatite passível de profilaxia na gestação para a transmissão vertical
==> conduta no feto é
1) vacina e imunoglobulina até 12 horas após o parto em grupos musculares diferentes
2) repete a vacina em 1 Mes
3) repete a vacina em 6 meses

98
Q

Particularidades da hepatite c na gestação?

A

==> quadro clinico é o mesmo de fora da gestação
==> transmissão vertical é rara
==> não contraindica o aleitamento materno devido ao baixo risco de contagio da doença por este meio

99
Q

Particularidades gerais das hepatites na gestação?

A

1) nenhuma contraindica aleitamento materno
2) nenhuma indica cesárea
3) apenas uma (hepatite b) é passível de profilaxia para contagio vertical

100
Q

Qual a diferença fisiopatológica entre hellp e esteatose hepática aguda?

A

==> alteração em nível subcelular: esteatose hepática

==> causa necrose e morte do hepatócito: hellp

101
Q

Hidroximetil-coenzima-A-transferase

Esta enzima está associada a qual doença na gestação?

A

Esteatose hepática aguda.

102
Q

Qual a prevalência de HELLP na esteatose hepática aguda?

A

50%

103
Q

Quais os fatores de risco para incidência de esteatose hepática aguda?

A

==> se o feto é masculino
==> se a mãe está tendo filho pela primeira vez (primípara)
==> se a mãe está tendo vários filhos de uma vês só (gestação múltipla)

104
Q

Qual é a clinica da esteatose hepática aguda?

A

A mulher tem dor,
Cursa com náusea,
Chega a vomitar,
E apresenta sede.

Além disso, em 50% das vezes, vai apresentar ascite devido a hipertensão porta.

105
Q

Quais os achados laboratoriais da esteatose hepática aguda?

Quais os achados ou ausência de achados que faz diagnóstico diferencial com HELLP?

A

1) fígado
==> aumento discreto das transaminases
==> aumento discreto das Bilirrubinas (sobretudo a direta)
==> aumento da fosfatase

2) sangue
==> ocorre anemia discreta
==> não há hemólise e nem trombocitopenia (como no HELLP)
==> apresenta leucocitose
==> diminuição de anti trombina III, com TP aumentado, e hipofibrinogenia

106
Q

Qual é a história natural da esteatose hepática aguda?

A

Cursa com sintomas aqueles (dor, náusea, vomito, sede)
Apresenta as alterações laboratoriais aquelas (sangue, perfil hepático)

E evolui com
==> insuficiência renal em 50%
==> hipoglicemia importante, até coma
==> coagulopatia grave

107
Q

Qual o tratamento para a esteatose hepática aguda?

A

1) para o distúrbio de coagulação
==> transfusão dos fatores de coagulação

2) para a hipoglicemia
==> correção

3) e como regra básica
==> interromper a gestação resolve
==> diferente do descolamento prematuro de placenta , via de parto é escolhida muitas vezes como sendo a cesárea, em vias de resolução breve das complicações (mesmo em vigência de coagulopatia)

108
Q

Dentre as causas de cirurgia não obstétricas durante a gestação, quais são as principais causas?

A

1) a primeira é apendicite

2) a segunda é colecistectomia.

109
Q

Como se diagnostica colangite na gestação?

A

Tríade de Charcot

1) dor em hipocôndrio direito
2) icterícia
3) febre

110
Q

Qual a causa de anemia fisiológica da gestação, e qual a evolução dela a longo da gestação?

A

==> a causa é hemodiluição
==> a gestação ao longo dos 9 meses com diminuição gradativa da velocidade de ganho de volume corporal. Então, com a diminuição progressiva deste ganho de volume, sobretudo no terceiro trimestre, esta anemia se torna menos intensa

111
Q

Qual a causa da anemia ferropriva na gestação?

E qual a evolução dela ao longo dos 9 meses?

A

==> a causa é aumento da demanda de ferro
==> a evolução é ditada pela conduta de
1) início de suplementação de ferro no segundo trimestre
2) uso de 30 a 60 mg de ferro elementar, em formato de sulfato ferroso
3) mantém uso por toda a lactação, ou então por 2 a 3 meses pós parto nas gestantes que não amamentarem.

112
Q

Quais são as alterações da gestação que promovem um aumento das ITU?

A

1) redução do peristaltismo ureteral, com estase urinária
2) aumento no volume de urina
3) aumento do volume de glicose na urina
4) aumento do volume de aminoácidos na urina

113
Q

Como e definida a bacteriúria assintomática?

A

1) paciente assintomatica

2) presença de pelo menos 10^5 unidades formadoras de colônia no exame

114
Q

Quais são as complicações da bacteriúria assintomatica na gestação?

A

1) 25% tornam sintomáticas
2) o bebe nasce antes (prematuro)
3) o bebe nasce pequeno (baixo peso)
4) ou o bebe nem nasce (aborto)

115
Q

Quais são os germes mais prevalentes na gestação com bacteriúria assintomatica?
E quais os germes mais prevalentes na gestação com infecção de trato urinário sintomático?

A

==> os germes de ambos são os mesmos
==> o primeiro lugar em ambos é a Escherichia Coli
==> ou outros prevalentes são Proteus, Klebsiella, Enterobacter, e outros.

116
Q

Como são as condutas de tratamento para bacteriúria assintomatica?

A

1) tratamento ATB por 7 dias
2) controle após 2 a 4 semanas após tratamento
# se negativo, controle mensal com urucuzeiro até o fim da gestação
# se positivo, vai para 3.
3) positivo no controle, novo tratamento por 7 a 10 dias, e mantém profilaxia até o fim da gestação

117
Q

Como são as condutas no tratamento da ITU na gestação?

A

1) tratamento com ATB (nitrofurantoína, amoxacilina, ou cefalexina, por 3 a 7 dias)
2) se recorrência da infecção, tratamento com ATB e profilaxia até o fim da gestação (nitrofurantoína 100 mg por dia, ou cefalexina 500 mg)

118
Q

Paciente gestante com ITU.

O que levar em consideração para sequer pensar em tratamento com sulfametoxazol-trimetoprim?

A

Usa sulfametoxazol-trimetoprim na gestação apenas durante o segundo trimestre!
Se usar fora deste período, há risco de Kernnicterus pelo prejuízo a ligação das Bilirrubinas.

119
Q

Qual é a conduta para gestante com pielonefrite?

A

==> internação
==> hidratação
==> ATB endovenoso até desaparecimento da febre por 24/48 horas, empírico