Litiase Flashcards

1
Q

como fazer manejo da cólica nefrótica na emergencia

A

◾️Solicitar exame de imagem + PCR + + EAS + hemograma + Ur, Cr + b-hcg
*** se estável e na ausência de exame de imagem, orientar fazer exame ambulatorialmente antes de prescrever tansulosina

◾️PARA DOR, AINES:
🔵▸ Cetoprofeno 100 mg, 01 frasco + 100 ml de SF 0,9%, correr EV em 30 minutos
* se DRC, fazer opioide
🔵▸ Dipirona 1g EV + ABD lento
Se nao resolver: Morfina + Cetamina:
🟠▸ Cetamina (50 mg/ml), 1 ml + 19 ml ABD. Fazer 6 ml da solução EV, lento.
🟠▸ Morfina (10 mg/ml), 1 ml + 19 ml ABD. Fazer 5mL EV lento de 5/5min ate controle da dor

◾️PARA VOMITOS
🔵▸ Ondansetrona (8 mg/4ml), 01 ampola + 6mL ABD EV lento ou 01amp + 100mL SF 0,9% Ev em 30min
🔵▸ Metoclopramida, 01 ampola + 100 ml de SF 0,9%, correr EV em 30 minutos

◾️▸ terapia expulsiva conforme tamanho do calculo e avaliação com urologista ambulatorial na ausência de complicações

◾️▸ orientar consulta com urologista em 4-6semanas

🛑 ORIENTAR RETORNO
- Febre > 37,8
- dor refrataria
- hematuria macroscopica
- —————————————————–

🚨 Internar se presença de sinais infecciosos associados ou evidencias de obstrução urinária ou perda da função renal. Encaminhar para central de regulação e iniciar medicações abaixo .
▸ Dieta livre
▸ SF 0,9%, 500 ml, EV em 24 horas
▸ Ceftriaxona 1g, 02 FA + 100 ml SF 0,9%, EV 1x dia
▸ Cetoprofeno 100 mg, 01 frasco + 100 ml de SF 0,9% EV de 12/12h se dor
▸ Ondansetrona (8 mg/4ml), 01 ampola + 100 ml de SF 0,9%, correr EV em 30min
▸ Solicitar parecer da urologia

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2
Q

Conduta ambulatorial apos ida a emergencia de litiase renal

A

se ausência de processo infeccioso secundaria, liberação com alta :

🔵 controle da dor com AINE apenas

🔵 Solicitar exame de imagem
● cálculos ≤ 5mm :
Após 7-14d uma USG para avaliar migração/Eliminação espontânea

🔵 Terapia expulsiva do calculo conforme tamanho
▸ Tansulosina 0,4 mg - 01 cp VO a noite máx 4sem
** Orientar possível sonolência, por isso tomar a noite, e que pode haver episódios de dor durante a mobilização do cálculo,
🚨 Para cálculos distais 5-10mm.
🚨 Se menor < 5mm a expulsão espontânea é mais provável, nao devendo ser prescrita.
🚨 Reavaliação após 4-6 semanas da tansulosina para documentar migração. Se não resolver, encaminhar ao urologista.
OU
Nifedipino VO

🔵▸ orientar aumento da ingesta hidrica

🔵▸ Avaliação com urologista : junto de exame de imagem para calculos entre < 10mm apos 4-6semanas. Exceção essa feita para calculos > 10mm que deve receber consulta precocemente sem esperar esse tempo.

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3
Q

qual diferença entre nefrolitíase e nefocalcinose e qual clinica suspeita

A

Cálculo que se forma no ducto coletor (litíase) enquanto que o calculo que se forma no parênquima renal é nefrocalcinose (uso crônico de furosemida e diuréticos)

A abordagem cirúrgica é pelo urologista enquanto que a abordagem clinica do calculo se dá pelo nefrologista

CLINICA
▸ Dor lombar que pode ter ou não irradiação para grandes lábios e testiculos a depender do local e se há impactação
▸ EAS com hematuria e leucocitúria mas sem bacteriuria
▸ Pode ter nauseas e vomitos associados

se impactação:
▸ Com febre, infecção associada a estase pelo calculo
▸ IRA pos renal

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4
Q

Quais tipos de calculo renal ?

A
pH alcalino > 7
🔵1  ) Oxalato de cálcio* e fosfato calcio
🔵2 ) Estruvita
----------------
pH acido  (c-u) < 5,5
🔵3 ) Cistina
🔵4 ) Ácido úrico
  • oxalato é indiferente, se formar tanto com ph acido ou alcalino
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5
Q

qual a patogênese e causas de cálculos de cálcio

A
Ocorre especialmente pelo excesso de cálcio na urina por hipercalciuria ou pela diminuição dos fatores antinucleação como citrato. Essa hipercalciuria pode ser primaria 
▸ Idiopática
    ou secundaria : 
▸ Mieloma
▸ Sarcoidose
▸ HiperPTH

Fatores inibidores
1- magnésio
2-citrato
(liga-se ao Ca+, reduzindo sua ligação com oxalato)
3- diluição urinaria

O mecanismo fisiológico acontece por precipitação dos sais de cálcio em excesso na urina. O mecanismo se dá
▸ Diminuição da ingesta hídrica
▸ Excesso de cálcio na urina (hiperCa idiopática ou secundaria como por defeito tubular renal ou excesso de ingesta de Sódio)
▸ Diminuição do Cálcio intestinal leva a menor exceção de OXALATO e esse excesso de oxalato intestinal é reabsorvido e passa a ser eliminado em excesso rins. Acontece por sd disabsortivas ou cirurgias TGI (bariátricas, bypass)
▸ Citrato urinario baixo (impede nucleacao cristais)

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6
Q

quais exames pedir e tratamento para litíase por oxalato de calcio

A

ocorre por
1 ● hipercalciuria idiopática
- Ca+ sérico normal
- urina 24h com Ca+ urinário elevado
3● hiperparatireoidismo
- Ca + sérico aumentado
- PTH aumento
* intoxicação vit D causa hipercalcemia
4● hipocitratúria (inibidor da formaçao)
- diminuição citrato urinário 24h
5● hiperoxaluria
-oxalato urina 24h

Solicitar:
▸ EAS
(avaliar pH)
▸ Ca+ serico e urinário*
( calcio serico pode aumentar nas secundarias)
* 24h. > 250g (M) > 300mg (H)
▸ Citrato urinario
( se baixo, < 320mg/d interessante repor)
▸ Oxalato urinario
( avaliar causas secundarias)

Tratamento
▸ Aumentar ingesta hidrica
▸ Diminuir ingesta de sal, proteina, acido ascorbico, chocolates 
▸ Aumentar ingesta de Cálcio (leite, iogurte)
▸ pH urinario 6-8 
▸ Tiazidicos
   ( Diminui calcio urina )
▸ Citrato de Potassio (LitoCit®️5-10mEq)
   ( Se citrato urinario baixo, 01 cp de 10mEq )
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7
Q

cálculos de acido úrico

A

UNICO RADIOTRANSPARENTE

Solicitar :
- acido urico serico
- acido urico urinario ( > 750mg (M) > 800 (H)]
- demais exames para diagnostico diferencial

Características
▸ urina de pH acido (< 5,5)
▸ Obesidade e Sd metabolica
▸ Rx normal (radiotransparente)
▸ associado a hiperuricosúria/gota

Tratamento
▸ perda de peso e controle FRCV
▸ Alcalinizar urina 6-7 (reduzir acidez urina):
citrato K+ (Litocit) VO 30-60mEq/dia divididos 8/8h
( 01cp 10mEq 3x ou 20mEq 3x/dia)
▸ Alopurinol (reduzir uricosuria)
- se calculo recorrente apesar da alcalinizacao urina ou quando na presença de gota.
▸ Evitar tiazidico pois causa hiperuricosuria

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8
Q

calculos de estruvita

A

Relacionado com infecção de bactéria Gram negativa produtora de urease como Proteus, Klebsiella e pseudomonas. características
▸ associado a ITU comumente em mulheres por bactérias produtoras de urease Proteus, Klebsiela
▸ calculos ocupam a pelve renal (coraliforme)
▸ pH alcalino urina ( > 6,5)

solicitar
– urocultura, EAS, exame de imagem

●Diagnosticado por EAS com pH >7 e urocultura positiva
● coraliforme
● cateter vesical demora
● bexiga neurogênica

tratamento
▸ urologico: nefrolitotomia percutanea (referenciar e tratar ITU) + monitoração com exame de imagem anual e se negativo, 2/2 anos
● ATB

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9
Q

calculos de cistina

A

caracteristicas
- pH acido e hexagonal
- Rara
- Ocorre por cistinuria (por hieprbsorcao de amnistiados como Cistina, Ornitina, Lisina e arginina) doença autossômica recessiva

tratamento
- ingesta hidrica
- alcalinizar urina com citrato de K+ para pH 6-7 (reduzir acidez urina): (Litocit) VO 30-60mEq/dia divididos 8/8h ( 01cp 10mEq 3x ou 20mEq 3x/dia)
- reduzir ingesta sal e proteina
- Penicilamina/ tiotropina: aumentam a solubilidade da cistina (deixar para especialista)

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10
Q

medicamento a se evitar se historico de litiase

A

Topiramato

inibidor do citrato

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11
Q

exames de imagem para uso na litíase renal

A

🔵▸ Rx
se calculo não visível pode ser acido urico

🔵▸ USG
vê apenas cálculos proximais e vesicais especialmente em gestantes e crianças. Calculo DISTAL pode mostrar apenas sinais de hidronefrose PELA obstrução e dilatação da via excretora. !!! Ureter medio é menos sensível e pode passar despercebido mesmo se houver hidronefrose ou caso haja hidronefrose sem visualizar calculo !!!

  • imagem hiperecoica com sombra acustica
  • acurácia da UsG diminui para individuos obesos com IMC > 30 ou peso > 120-130Kg

Sensibilidade 50% e especificidade alta

🔵▸ TC abdome total sem contraste
padrão ouro. Especialmente se hidronefrose sem visualização de cálculos ao USG ou em pacientes que pioram clinicamente ou evoluem com sinais infecciosos associados a clinica de litiase previa.
- na duvida diagnostica
- dor refrataria
- suspeita de obstrucao ou infeccao
- paciente de rim unico ou transplantado

🔵▸ RM
para gestantes que necessitam de exame de imagem por suspeita de complicacoes

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12
Q

opções de tratamento cirúrgico para litíase

A

● Para cálculos assintomáticas (exceto coraliforme) , nao fazer intervenção cirúrgica.
● Apenas para sintomáticos com calculos > 10mm (1cm) ou refratários ao tratamento clinico:

🔵▸ LECO
* calculo renal proximal < 2cm que nao estejam no polo inferior do rim
* calculo ureteral < 1cm
( evitar gravidez, aneurisma aorta, ITU e discrasias); pode causar Nefrite intersticial Aguda

🔵▸ Nefrolitotripsia percutanea
* APENAS para calculo renal proximal > 2 cm

🔵▸ Ureterorrenolitotripsia/ Ureteroscopia
* cálculos renal ou ureteral QUALQUER localizacao e que sejam < 2cm
( na contraindicação a LECO ou Densidade > 1000 UH)

🔵▸ Cirurgia aberta
se anomalias anatômicas

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13
Q

conduta para litíase com suspeita de infecção/IRA pos renal

A

▸ Dieta livre
▸ SF 0,9%, 500 ml, EV em 24 horas
▸ Cetoprofeno 100 mg, 01 frasco + 100 ml de SF 0,9% EV de 12/12h se dor
▸ Ondansetrona (8 mg/4ml), 01 ampola + 100 ml de SF 0,9%, correr EV em 30min
▸ Ceftriaxona 1g, 02 FA + 100 ml SF 0,9%, EV 1x dia

Após essas medidas, encaminhar para urologista desobstruir via urinaria
▸ cateter Duplo J ou nefrostomia
Após resolução do processo infeccioso, planejar retirada

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14
Q

tamanho calculo definidor de abordagem cirúrgica LECO/ureterorrenolitotripsia X litotripsia percutânea

A

> 2cm

*nefrolitotripsia percutanea

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15
Q

exames laboratoriais de seguimento ambulatorial para investigação de causas de litíase renal

A

SEGUIMENTO AMBULATORIAL:
avaliar causas subjacentes
🟨 EAS e urocultura
🟨 Urina 24h (pelo menos 2 coletas):
pH, cálcio, acido úrico, citrato, oxalato, fosfato
🟨 Na+ urina. A ingestão elevada de sódio contribui para o aumento da excreção de cálcio e afetará a resposta a um tiazídico para reduzir o cálcio na urina
+
Sangue:
🟨 Ca+2 sérico e vitamina D, PTH
🟨 Ur, Cr
🟨 ácido úrico sérico
🟨 K+

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16
Q

Diagnostico diferencial de Litíase renal

A

🟠 Ectopica
- USG e B-hcg
🟠 Coágulos por hematuria extraglomerular secundaria a anticoagulante, neoplasia renal
🟠 Pielonefrite
- sinais de infecção , EAS, urocultura
🟠 CA renal/bexiga
- mas sem sintomas de cólica nefrótica
🟠 Ruptura/torsão ovario ou cisto ovariano
-diferencial com USG
🟠 Aneurisma aorta
- devido a sintomas vagos de dor lombar ou abdominal nos flancos com fatores de risco
🟠 Diverticulite, Obstrução intestinal e apendicite
- não possuem hematuria e possuem dor abdominal apalpação
🟠 isquemia mesenterica
- acidose metabolica e sem hematuria
🟠 Zoster
- dor em flanco com alterações cutâneas

17
Q

Litíase que deve ser encaminhada ao urologista

A

▸🔴 Tamanho > 10mm
▸🔴 Falha terapia clinica após 4-6 semanas para expulsar calculo > 5mm e < 10mm
▸🔴 Coraliforme independente de sintomas
▸🔴 litiase associado a infecção urinária (emergencia) ou quadros de ITUs de repeticao em pacientes com calculos
▸🔴 Dor refrataria ao tratamento na emergencia
▸🔴 IRA/anuria
▸🔴 Obstrucao com rim unico (emergencia)

18
Q

tamanho do calculo ureteral e relação com prognostico

A

▸ cálculos < 5mm sao prováveis de expulsar espontânea
▸ cálculos ≥ 5mm estão associados a menor probabilidade de expulsão conforme o tamanho aumenta
▸ cálculos ≥ 10mm improvável expulsão espontânea, indicação cirúrgica

19
Q

quadro clinica de litiase

A

🔴 Assintomático
(identificado com exame de imagem ocasional)

 OU

🔴 Sintomático
🔹a- Hematúria
pode ser macro ou micro:
Pode estar ausente em 30% dos casos ou ser único sintoma relatado. Costuma acontecer pela lesão urotelial da migração do calculo
+/-
🔹 b- dor lombar súbita unilateral que surge em paroxismos/intermitente de intensidade variável que pode ser em flanco (pela distensão capsula renal) ou com irradiação para flanco/região inguinal ou gônadas conforme a migração do calculo pelo ureter
🔹c- Náuseas e vômitos
🔹d- Disúria e urgência, polaciúria com irradiação para genitália (cálculos próximo da bexiga)

🚨 avaliar se tem sinais de infeccao associada e atentar para evolução para ITU associada, se ele apresentar:
- Febre > 37,8 ou calafrios
- dor refrataria
- hematuria macroscopica
- piora dos sintomas

20
Q

investigação de litiase no PS

A

🟢 sinais vitais e investigar sintomas de ITU e punhopercussao lombar
🟢 Exame de imagem p/ descartar obstrução e hidronefrose e confirmar localização do calculo:
— preferencial TC abdome sem contraste com cortes finos, mas na ausência ou contraindicação …
— USG +/- RX (radiotransparente é de acido úrico)
🟢 Teste de gravidez
🟢 EAS
(hematúria, leucocitúria, pH)
🟢 Urocultura
(se febre, calafrios)
🟢 Hemograma
(para avaliar infecção mas ausência leucocitose não exclui)
🟢 Ur, Cr (avaliar LRA , se rim unico ou transplantado)

  • internar + ATB+ urologista se infecção ou obstrução associadas
SEGUIMENTO AMBULATORIAL: 
avaliar causas subjacentes 
🟨 EAS e urocultura
🟨 Urina 24h (pelo menos 2 coletas):
pH, cálcio, acido úrico, citrato, oxalato, fosfato
     \+
Sangue:
🟨 Ca+2, PTH e 25-OH-vit D
🟨 ácido úrico
🟨 Ur, Cr
🟨  K+
🟨 Na+ urina. A ingestão elevada de sódio contribui para o aumento da excreção de cálcio e afetará a resposta a um tiazídico para reduzir o cálcio na urina
21
Q

acompanhamento para pacientes com litíase

A

anual para observar novas pedras ou crescimento daquelas existentes. Se negativo a cada 2-4 anos. Pode ser USG ou TC

22
Q

se calculo renal, quando indicar intervenção cirurgica

A

● Assintomático > 7mm
- Se 7-20mm: LECO ou ureteroscopia flexivel
- Se > 20mm ou cistina: Nefrolitotripsia percutânea
● Associado a profissões de risco como pilotos e motoristas
● Sintomáticos
● Associado a ITU ou crescendo

*avaliar contraindicação de LECO

23
Q

Escore que aumenta probabilidade de calculose urinária

A

🟨 STONE + USG (ver hidronefrose)
- sexo masculino
- tempo agudo
- origem racial caucasiana
- náuseas e vômitos
- eritrócitos/hematuria no EAS

▸ Baixo risco (0-5) 
- sem hidronefrose: descarta
▸ Médio (6-9) 
- realizar USG ou TC se hidronefrose
▸Alto (>10)
- Tc sem contraste 
24
Q

quando internar paciente com suspeita de calculo renal

A

🚨▸ perda função renal avaliada no PS
🚨▸ sintomas infecciosos associados/sepse
🚨▸ dor refrataria ou sintomas incontrolados
🚨▸ sinais ao exame de imagem de hidronefrose
🚨▸ obstrução com rim único ou transplantado
🚨▸ calculo > 10mm

Encaminhar para central de regulação e iniciar medicações abaixo conforme necessidade
▸ Dieta livre
▸ SF 0,9%, 500 ml, EV em 24 horas
▸ Ceftriaxona 1g, 02 FA + 100 ml SF 0,9%, EV 1x dia
▸ Cetoprofeno 100 mg, 01 frasco + 100 ml de SF 0,9% EV de 12/12h se dor
▸ Ondansetrona (8 mg/4ml), 01 ampola + 100 ml de SF 0,9%, correr EV em 30min
▸ Solicitar parecer da urologia

25
Q

pacientes com quadro de nefrolitíase nao complicada com exame fisico e sinais vitais normais no PS, devem ser orientados a retornar se..

A

🚨 ORIENTAR RETORNO
▸ Febre > 37,8
▸ Dor refrataria
▸ Hematuria macroscopica
▸ Piora dos sintomas ou diminuição debito urinaria

pois pode haver complicação do quadro clinico:
- hidronefrose
- pielonefrite obstrutiva
- Lesao renal aguda

26
Q

Utilidade do USG vias urinarias nos quadros de litiase

A

Sensibilidade 50% e especificidade alta

1- verifica cálculos PROXIMAIS (Ureter proximal e renal) enquanto que o DISTAL e pode mostrar sinais de hidronefrose PELA obstrução e dilatação da via excretora
2- preferencial em GESTANTES e em pacientes com IMC < 30
3- na ausência de TC

!!! Ureter medio é menos sensivel e pode passar despercebido mesmo se hidronefrose !!!

27
Q

exame padrão ouro para diagnostico de litíase

A

●TC de abdome sem contraste
Facilita identificar melhor localização e determinar composição dos cálculos de ácido úrico, cistina e estruvita dos cálculos de oxalato de cálcio

  • duvida diagnostica
  • rim unico ou transplante
  • suspeite de infecção associada
  • ausencia de melhora clinica
  • suspeita de obstrução/LRA
  • se paciente obeso IMC > 30
  • para seguimento ambulatorial apos encaminhamento para urologista com USG afim de confirmar eliminação
  • apos USG que so foi visualizada hidronefrose sem visualizar a causa
28
Q

tratamento crônico ambulatorial para pacientes apos episodio de agudo litíase ou diagnostico de litíase

A

● ingestão maior de líquidos
● ingestão maior de Ca+
● O monitoramento anual e, se negativo, a cada 2-4anos dependendo da probabilidade de recorrência. USG (se calculos eram visiveis por esse exame) ou TC de baixa dose

● Pacientes com cálculos de cálcio e maiores concentrações deste na urina:
–modificações dietéticas: diminuir excesso de proteinas e açúcar (levam aumento calcio urina e de acido urico_ e diminuem citrato)
– Dieta pobre em sódio pois aumentam excreção Ca
– Evitar excesso de vitamina D e C
– Diurético tiazídico (aos refratários)
– Citrato de potássio para hipocitratúria e, ocasionalmente, alopurinol para alto teor de ácido úrico na urina.

● Pacientes com níveis altos de oxalato
- evitar são espinafre, batata e amêndoas

●Os pacientes com cálculos de ácido úrico:
–citrato de potássio ou bicarbonato de potássio para alcalinizar a urina
– ocasionalmente, alopurinol 100mg/dia (para pacientes com hiperuricosúria grave > 1000mg/dia).

●Pacientes com cálculos de cistina

29
Q

qual conduta para pacientes com litíase assintomática recém diagnosticada

A

A vigilância ativa é uma abordagem razoável em pacientes assintomáticos com cálculos pequenos e não infectados, sem evidência de obstrução.

No entanto, se cálculos intermitentemente sintomáticos ou com risco de episódios de cálculo (rim solitário, reconstrução do trato urinário, imunossupressão, etc.) ou cuja ocupação ofereça risco (pilotos, motoristas) devem ser submetidos a avaliação e tratamento para reduzir o risco de formação de pedra ou crescimento de pedras existentes e a remoção de cálculo poderá ser necessária.

30
Q

quando indicar tratamento cirúrgico de cálculos renais

A

● assintomático > 7mm
- Se 7-20mm: LECO ou ureteroscopia flexivel
- Se > 20mm ou cistina: Nefrolitotripsia percutânea

● associado a profissões de risco como pilotos e motoristas

● sintomáticos

● associado a itu ou crescendo

*avaliar contraindicação de LECO

31
Q

QUAL relação do tamanho dos cálculos e tratamento clinico

A

URETER
● Se ≤ 5mm
passiveis eliminação espontânea e após 7-14d USG para avaliar migração como monitoramento

● Se ureter distal 5-≤ 10mm
- ureteroscopia ou TANSULOSINA 0,4mg 1x/dia a noite por 2 semanas com aines (pois causa sonolência)
com reavaliação após 4-6 semanas para documentar migração do calculo. Se não resolver, encaminhar ao urologista

** Avaliação/ monitorar recorrencia em 1 ano e investigar causas metabolicas. se negativo, a cada 2-4anos dependendo da probabilidade de recorrência**

● Se proximal ou médio:
ureteroscopia ou LECO

● Se > 20mm :
intervenção cirúrgica

32
Q

quando indicar tratamento cirúrgico de cálculos ureterais

A

● Dor refratária ao tratamento
● Rim único
● Hidronefrose e calculo há > 2 semanas visto em USG que falha em progredir
● Associado a ITU

OPÇÕES
● LECO
( < 10mm em qlqer local, < 1000U)
* preferivel para proximal
ou
● Ureteroscopia flexivel
(se > 10mm, > 1000U, gestante, obeso, coagulantes, falha n LECO)
*preferivel para médio e distal ureter

33
Q

Monitoramento da litiase

A

anual para observar novas pedras ou crescimento daquelas existentes. Se negativo a cada 2-4 anos.

🟨 USG ou TC sem contraste de abdome/pelve

34
Q

quais as modalidades de intervenção urológica

A

● LECO (Litotripsia por ondas de choque)
1 ) cálculos proximais ≤ 2cm com DENSIDADE < 1.000 U.
Porem contraindicado:
- Gestante e OBESOS
- Portadores de marcapasso
- Aneurisma aorta abdominal
- Densidade calculo > 1000
- Coagulopatias em uso de anticoagulantes

● Nefrolitotripsia Percutânea
1 ) > 2cm : cálculos renais
2) ≤ 2cm: ureteral refratário a LECO
3) cálculos de cistina

● Ureteroscopia
1) cálculos proximais < 10mm
2) cálculos que falharam com LECO ou DENSIDADE > 1.000 U
3) cálculos ureter médio e distal

35
Q

Se exame de imagem apresentar Hidronefrose , como investigar

A

causas
▪️ Litiase renal
▪️ massas pélvicas
▪️neoplasia do trato renal
▪️bexiga neurogênica
▪️ hiperplasia prostática
▪️dilatação fisiológica da gestação
▪️coágulos após transplante ou sangramento renal

Diferencial: linfonodo pélvicos ou dilatação focal da pelve congênita ou veias dilatadas podem causar aparência de hidronefrose mas não se trata de obstrução.

Pode ser assintomático ou sintomático a depender da causa ou do grau/velocidade de instalação da obstrução. Pode haver alteração da função renal especialmente em pacientes com rim único ou já DRC além de haver HAS que pode resolver com obstrução

investigacao
◾️USG ou Tc conforme disponibilidade, porém usar TC se a causa da hidronefrótico não for estabelecida após USG ou para pacientes de risco como rim único ou transplantados
▪️Ur, Cr, EAS
▪️ exame invasivo ( cistoscopia ou exame urogrwfia excretores ) se os exames de imagem não forem elucidativos

36
Q

fatores de risco de cálculos

A
  • dieta rica sodio
  • baixa íngesta de liquidos
  • alta ingesta de proteinas
  • baixa ingesta de calcio
37
Q

causas cálculos

A

hipocitraturia
hiperuricosuria
hipercalciuria
medicamentos
ITU
hiperoxaluria
baixo debito urinario