IVAS - FARINGOAMIGDALITES E MONONUCLEOSE COPY Flashcards
Reconhecer o quadro clínico das faringoamigdalites e definir o diagnóstico diferencial. Reconhecer a etiologia e os métodos para documentar faringoamigdalites. Definir a conduta terapêutica nas faringoamigdalites. Reconhecer o quadro clínico e os achados laboratoriais da mononucleose infecciosa.
Mononucleose infecciosa (ou Síndrome Mononucleose).
A causa mais comum é
o vírus Epstein-Barr (VEB). O VEB é um tipo de herpesvírus e a maioria das infecções por VEB não causa sintoma. A ausência de sintomas é mais comum em crianças menores, com menos de 5 anos de idade. Adolescentes e adultos jovens que são infectados pelo VEB desenvolvem mononucleose infecciosa, por vezes com sintomas.
São sinais e sintomas frequentes na mononucleose infecciosa por VEB:
fadiga extrema, febre, faringite (odinofagia), linfadenopatia (em quase 90% dos casos e pode ser o único achado ao exame físico), esplenomegalia e/ou hepatoesplenomegalia.
Na Mononucleose a febre normalmente é _____
A febre é normalmente elevada (>39°C), podem surgir petéquias na junção entre o palato duro e mole (semelhante aos quadros de amigdalite bacteriana). Mais comumente são os linfonodos cervicais que aumentam de tamanho, mas atenção: isso pode acontecer com qualquer gânglio linfático. Também são possíveis achados clínicos nessa doença: exantema e edema palpebral.
Tratamento da Mononucleose
O tratamento é feito com repouso e sintomáticos, sem necessidade de antibioticoterapia nem de corticoides.
Importante! O aparecimento de exantema maculopapular após a administração de ampicilina ou amoxicilina e um padrão de linfocitose com numerosos linfócitos atípicos evidenciados no hemograma sugerem (fortemente!) mononucleose infecciosa.
O uso de antibióticos, como por exemplo: amoxicilina e ampicilina, em crianças e adolescentes com mononucleose pode
provocar o aparecimento de um exantema maculopapular.
Diante de um escolar apresentando febre, odinofagia e exsudato tonsilar, sem tosse e com hiperemia de orofaringe e linfadenomegalia cervical anterior, a principal suspeita é de
uma infecção bacteriana (faringoamigdalite).
Atente que, nesse caso, há 4 dos 4 critérios de Centor.
Considerando, então, a possibilidade de faringoamigdalite bacteriana deve ser iniciada a antibioticoterapia. Mas, antes disso deve ser realizado o teste rápido para antígeno do Streptococcus do grupo A (ou Strep test) a fim de confirmar o diagnóstico.
Os critérios elaborados por Centor et al para avaliar os casos de faringoamigdalites:
- febre > 38ºC,
- adenopatia cervical,
- exsudato faríngeo,
- ausência de tosse.
Esses critérios preveem a existência de faringoamigdalite de etiologia bacteriana quando estão presentes pelo menos 3 das 4 variáveis.
Porque a ausência de tosse?
A tosse não é considerada porque a presença dela, associada ou não rouquidão, é mais sugestiva de um processo viral como, por exemplo, laringotraqueítes.