AVALIAÇÃO NEONATAL E EXAME DO RECÉM-NASCIDO Flashcards
O escore ou boletim de Apgar deve ser aplicado com 1 e 5 minutos de vida de todo recém-nascido (RN),
Os critérios avaliados são:
- Frequência cardíaca: 0 (Ausente); 1 (< 100 bpm); 2 (> 100 bpm).
- Respiração: 0 (Ausente); 1 (Lenta e irregular); 2 (Regular, choro).
- Tônus muscular: 0 (Flácido); 1 (Alguma flexão); 2 (Movimentos ativos).
- Irrittabilidade reflexa: 0 (Sem resposta); 1 (Careta); 2 (Tosse, espirro, choro).
- Cor: 0 (Cianose central ou palidez); 1 (Acrocianose); 2 (Completamento corado).

Fatores que predispõem ao surgimento de cefalohematoma

Período expulsivo do parto foi prolongado e utilização de fórcipe
bossa serossanguínea
Tratamento

bossa serossanguínea (diferente do cefalohematoma) decorre de um acúmulo de líquido serosanguinolento na região subcutânea do couro cabeludo em razão da pressão exercida na cabeça da criança na passagem pelo canal de parto, durante a evolução natural do trabalho de parto. Porém, por ser subcutânea ultrapassa as linhas de sutura ósseas e não é bem delimitada. Do mesmo modo que no cefalohematoma, os casos de RN com bossa serossanguínea não exigem intervenções específicas.
Dermatoses neonatais

Mancha salmão
Mancha rósea intensificada pelo choro
Dermatoses Neonatais

Eritema tóxico neonatal
Máculas e pápulas, involução espontânea
Dermatoses Neonatais

Hiperplasia sebácea
Pápulas amareladas no dorso nasal.
Dermatoses Neonatais

Mancha vinho do porto
Malformação capilar;
Dermatoses Neonatais

Hemangioma
Tumor vascular de involução espontânea;
Dermatoses Neonatais

melanose pustular transitória neonatal.
TRIAGEM NEONATAL BIOLÓGICA
Quando Realizar

Entre o 3º e 5º dia de vida. a coleta é por punção na região lateral do calcanhar (faceplantar). no prematuro, no RN baixo peso e/ou gravemente enfermo são coletadas 3 amostras por punçãovenosa
- 1ª - antes da admissão em UTIN,
- 2ª - 48/72 horas de vida,
- 3ª – Na alta hospitalar ou até o 28ºdia de vida
Toxoplasmose congênita.
Triagem

É feita a pesquisa de IgM (presentes na circulação sanguínea fetal em resposta a infecção congênita).
Sequela frequente: visual.
Tratamento: sulfadiazina, pirimetamina, ácido folínico
DOENÇAS TRIADAS NO TESTE DO PEZINHO
- fenilcetonúria.
- hipotireoidismo congênito.
- doença falciforme e outras hemoglobinopatias
- fibrose cística
- hiperplasia adrenal congênita
- deficiência de biotinidase.
Fenilcetonúria (PKU)
diagnóstico

É feita a dosagem quantitativa da fenilalanina (PHE) e o diagnóstico é confirmado quando alterado em 2 amostras.
Dosa-se a quantidade de fenilalanina (FAL) no sangue. O valor de referência para a população normal é FAL < 4 mg%. A confirmação é feita a partir de nova amostra de sangue seco do RN para analisar o nível de fenilalanina. Também é possível dosar tirosina para excluir causas hepáticas de hiperfenilalaninemias.
Falso-negativo: coleta precoce ou se exame realizado poucas horas após transfusão sanguínea.
Fenilcetonúria PKU
Tratamento
Controle da ingestão de PHE para manter em níveis aceitáveis e não prejudicar o neurodesenvolvimento.
A dieta restrita de fenilalanina
Como a fenilalanina é um aminoácido essencial, pequenas quantidades de fenilalanina devem ser repostas para evitar a deficiência de fenilalanina. Além disso, em alguns pacientes a tirosina também deve ser reposta.
O aleitamento materno pode ser mantido, realizando o revezamento com fórmulas específicas, mas deve ser orientado por equipe especializada para permitir a ingestão máxima permitida de fenilalanina. A dieta materna não tem interferência nos níveis de fenilalanina do leite materno.
A dieta deve ser realizada por toda a vida do indivíduo
hipotireoidismo congênito.

É feita a dosagem de TSH (ou dosagem simultânea de TSH e T4) e, quando alterada, a confirmação ocorre pela dosagem sérica de TSH e T4 (livre ou total).
Tratamento: levotiroxina, iniciada preferencialmente até 14 dias de vida para evitar crescimento e neurodesenvolvimento inadequados.
Falso-negativo: coleta precoce ou tratamento com dopamina e/ou esteroides.
Falso-positivo: na exposição ao iodo (uso materno).
Doença falciforme e outras hemoglobinopatias.

Os métodos de triagem detectam o perfil hemoglobínico Hb FA no RN sem a doença. No neonato a Hb F está em proporção maior em relação à Hb A e se assemelha ao padrão do adulto após completar 4 meses - momento ideal para nova eletroforese de hemoglobina e confirmação do diagnóstico (Hb SS, Hb SC, etc.).
Falso-negativo: se coleta após transfusão sanguínea (a coleta deve ocorrer após 120 dias da transfusão).
fibrose cística.
É feita a dosagem dos níveis da tripsina imunorreativa (IRT). Quando IRT alterada, nova coleta deve ser realizada (ainda no 1º mês de vida). Caso IRT permaneça elevada, solicitar o teste do suor para esclarecimento diagnóstico.
Na forma clássica o neonato fibrocístico ganha peso com muita dificuldade, apresenta diarreia com esteatorreia, hipoalbuminemia, anemia e hiponatremia com desidratação.
Falso-negativo: se íleo meconial (nesse caso, deve-se realizar o teste do suor e não aguardar o resultado do teste do pezinho).
hiperplasia adrenal congênita.

É feita a dosagem da 17-hidroxiprogesterona (17-OHP) e o teste confirmatório é realizado pela dosagem sérica da 17-OHP. Nessa doença a deficiência enzimática mais comum é a da 21-hidroxilase, principalmente com manifestações clínicas da forma clássica perdedora de sal: vômitos, desidratação, taquicardia, hipotensão, letargia, hiponatremia e hiperpotassemia.
No RN do sexo feminino com virilização da genitália externa há forte suspeição dessa doença. Tratamento:glicocorticoides e mineralocorticoide.
Falso-negativo: uso (materno) de corticosteroide durante a gestação.Falso-positivo: prematuridade
deficiência de biotinidase..

É feita a dosagem da enzima biotina e se as 2 primeiras amostras estiverem alteradas, a confirmação diagnóstica é realizada pela dosagem quantitativa da atividade de biotinidase.
Tratamento: uso diário de biotina livre.
Falso-negativo: transfusão sanguínea. O padrão de herança da deficiência de biotinidase é o mesmo da fenilcetonúria, da doença falciforme, da fibrose cística e da hiperplasia adrenal congênita: autossômico recessivo
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL
quando realizar.

Entre 24 e 48 horas de vida até, no máximo, 30 dias. Se não houver fatores de risco, deve ser realizado o exame de emissões otoacústicas evocadas para avaliação do sistema auditivo pré-neural. Na presença de fatores de risco o exame indicado é o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) por permitir a avaliação da integridade do sistema auditivo neural. Diante de um 2º PEATE alterado, a criança deverá ser encaminhada para avaliação em um centro especializado.
TESTE DO REFLEXO VERMELHO
quando realizar.
Nas primeiras 24 horas. Nos 3 primeiros anos de vida deve ser feito de 2 a 3 vezes/ano.Como fazer: com oftalmoscópio direto (lente ajustada no 0) posicionado a uma distância de 50 a 100 cm dos olhos do RN e em ambiente escurecido. Não é necessário dilatar as pupilas com colírios. Se o reflexo estiver ausente ou duvidoso em um ou ambos os olhos, encaminhar para avaliação do oftalmologista.

TRIAGEM NEONATAL DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CRÍTICA
quando realizar.
Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. Como fazer: aferição da oximetriade pulso (SpO2) em membro superior direito e em um dos membros inferiores. Interpretação do teste: se SpO2 igual ou > 95% em todas as medidas e diferença menor que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior, o teste é normal. Se qualquer medida da SpO2 for < 95% ou uma diferença igual ou > 3% entre o membro superior direito e o membro inferior, o resultado é anormal e deve ser repetido em 1 hora. Persistindo a alteração, solicitar ecocardiograma e não dar alta até a elucidação do diagnóstico.

Q uandodeve ser realizado o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE - automático ou em modo triagem)
Nos recém-nascidos com fatores de risco para deficiência auditiva (por exemplo: uso de drogas ototóxicas como aminoglicosídeos) deve ser realizado o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE - automático ou em modo triagem) para a identificação de perdas auditivas retrococleares, que são mais prevalentes nesses casos.
gentamicina, amicacina, estreptomicina e tobramicina.

A triagem auditiva neonatal deve ser realizada, preferencialmente,
nos primeiros dias de vida (entre 24 e 48 horas, ainda na maternidade), e, no máximo, até antes da criança completar o primeiro mês de vida.