Introdução à Parasitologia Flashcards

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1
Q

Parasitas

A

Os parasitas são seres vivos que fazem parte de uma cadeia dinâmica de todas as espécies, inseridas num meio ambiente e social, com o objetivo de sobrevivência. São organismos que vivem de forma temporária ou permanente à custa de outros organismos vivos, superiormente estruturados, sem provocar a sua destruição total ou parcial imediata
Ao longo de milhares de anos de evolução a interdependência promoveu uma associação entre 2 ou mais espécies, com o objetivo de:
- Promoverem oportunidades evolutivas/adaptativas ao meio ambiente
- Sobrevivência da espécie

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2
Q

Simbiose

A

Toda a associação entre seres vivos.
Tipos de simbiose:
- Foresia — quando a espécie procura apenas abrigo ou transporte
- Mutualismo — quando existe benefício mutuo (não podem viver um sem o outro)
- Comensalismo — quando uma espécie obtém vantagens e não promove prejuízo para a outra (capazes de vida independente)
- Parasitismo — existe unilateralidade de benefícios podendo provocar dano ao hospedeiro (parasita é incapaz de vida independente, hospedeiro resiste ao parasita)

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3
Q

Adaptações evolutivas sofridas pelos parasitas para interagirem com o hospedeiro

A
  • Morfológicas (perda ou atrofia de órgãos locomotores, hipertrofia de órgãos de fixação)
  • Biológicas (capacidade reprodutiva, hemafroditismo, poliembrionia)
  • Geográficas, ecológicas
  • Tropismos (geotropismo, termotropismo)
  • Bioquímicas (sensibilidade de certos meios permite que se desenvolvam mais em certas espécies)
  • Fisiológicas (fornecimento de substratos)
  • Imunitárias (a resposta celular e humoral é determinante para especificidade parasitária)
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4
Q

Parasitologia

A

É o ramo da Microbiologia que estuda os parasitas.
A sua importância surge do fato de produzir doença no ser humano. Os parasitas são causa importante de doenças em humanos e no animal, quer em países mais desenvolvidas quer em países socioeconomicamente mais desfavorecidos. A maioria destas doenças ocorre em países tropicais e subtropicais é considerado um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos

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5
Q

Disseminação parasitológica

A

A disseminação parasitológica deve se sobretudo:
- diferenças socioeconómicas
- más condições higiene-sanitárias
- diversidade de usos e costumes
- falta de colaboração entre educadores sanitários e epidemiologistas

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6
Q

Parasitas mais comuns em Portugal Continental

A
  • Toxoplasmose
  • Leishemaniose
  • Equinococose
  • Cisticercose
  • Fasciolose
  • Larva migrante visceral
  • Artropodozoonoses
  • Infeções oportunistas em imunodeprimidos
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7
Q

Fatores que influenciam os padrões epidemiológicos das parasitoses

A
  • Potencial biótico
  • Capacidade de evasão à resposta imunitária do hospedeiro
  • Aumento demográfico
  • Resistência dos artrópodes vetores aos inseticida
  • Difusão das viagens intercontinentais: turismo, negócios, emigração
  • Deslocação de populações de refugiados
  • Emergência de novas zoonoses devido a alterações do ecossistema, dieta, hábitos culturais
  • Oportunismo de certas espécies em doentes imunodeprimidos
  • Desenvolvimento de resistência a antiparasitários
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8
Q

Ciclo Biológico ou Ciclo Vital

A

São as diversas etapas que um parasita passa durante a sua vida. Algumas são mais complicadas que outras mas são o recurso que cada espécie desenvolveu durante o seu processo evolutivo para conseguir sucesso na reprodução e dispersão.
Fase biológica ou estágio são as fases pelas quais os parasitas passam durante o seu ciclo biológico

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9
Q

Classificação do tipo de Parasitismo

A
  • Obrigatórios — dependem completamente do hospedeiro para sobreviver
  • Facultativo — não dependem totalmente do hospedeiro para sobreviver, são capazes de se adaptarem a vida livre
  • Acidentais — quando invadem e sobrevivem num hospedeiro que não são o seu habitual
  • Periódico ou esporádico — parasitam o hospedeiro com intervalos de acordo com a sua necessidade metabólica
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10
Q

Classificação quanto à localização

A
  • Ectoparasitas — aqueles que habitam e se nutrem na superfície do hospedeiro
  • Endoparasitas — podem ser teciduais, habitando células, tecidos, no interior do hospedeiro ou cavitários, habitando vísceras ocas
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11
Q

Classificação quanto ao número de hospedeiros necessários para completarem o ciclo de vida

A
  • Monoxênicos — aquele cujo ciclo se processa em um único hospedeiro
  • Dizenos ou Heteroxênicos ou polixenos — aqueles que necessitam de 2 ou mais hospedeiros para completarem ciclo biológico. Neste caso pode haver um hospedeiro vertebrado e outro invertebrado ou 2 vertebrados. Distinguem-se:
    > Ciclos diretos (não envolve hospedeiro intermediário. A nova contaminação pode ser por auto infestação)
    > Ciclos indiretos (mais complexas envolvendo mais que um hospedeiro intermediário)
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12
Q

Classificação quanto à capacidade de infetarem hospedeiros de espécies diferentes

A
  • Eurixenos — se infetam uma grande gama de hospedeiros de diferentes espécies
  • Estenoxenos — se infetam uma única espécie ou espécies muito próximas na escala zoológica
  • Oioxena — quando os parasitas admitem só uma espécie de hospedeiros
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13
Q

Hospedeiro

A

Ser vivo que alberga dentro de si o parasita e exerce sobre ele função de repressão.
Podem classificar-se em:
- Naturais — quando não são prejudicados pelo parasitismo garantindo a continuidade da espécie e atuam como fonte de infeção para o Homem e outros animais
- Anormais — hospedeiros para os quais os mecanismos de adaptação são suficiente para manter um equilíbrio biológico, mas propício a danos provocados pelo parasita
- Acidentais ou ocasionais v são aqueles que raramente existem relações com certos parasitas, não sendo considerados obrigatórios para o ciclo de vida do parasita

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14
Q

Classificação dos hospedeiros conforme a participação no ciclo de vida do parasita

A
  • Definitivos ou Finais — albergam a forma vegetativa, forma adulta ou nalguns casos a forma sexuada do parasita
  • Intermediários — albergam a forma quística, a forma de larva imatura, ou a forma assexuada do parasita. De um modo geral são temporários, mas essenciais para a realização do ciclo de vida
  • Transporte ou paraténico — hospedeiros nos quais os parasitas não desenvolve qualquer fase do ciclo vital, mas permanece ativo, até ser ingerido pelo hospedeiro definitivo
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15
Q

Reservatório ou fonte

A

Local de onde o parasita parte para invadir os indivíduos recetivos. O reservatório assegura a continuidade do ciclo vital do parasita. São importantes em epidemiologia

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16
Q

Vetores

A

São agentes transmissores dos parasitas, do reservatório para o hospedeiro.
São artrópodes, moluscos ou outros veículos que atuam com hospedeiros intermediários, como transportadores entre 2 hospedeiros.
Tipos de vetores:
- biológico (quando o parasita se multiplica ou desenvolve no vetor)
- mecânico (quando o parasita não se multiplica nem se desenvolve no vetor)
- fomite (quando os objetos inanimados podem veicular parasitas entre hospedeiros)

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17
Q

Zoonose

A

Doença que atinge o Homem e animais, em sentido lato.
Podem-se classificar em:
- Antropozoonoses (os animais são reservatórios e o Homem Hospedeiro secundário)
- Zooantroponoses (Homem reservatório e os animais hospedeiros secundários)
- Anfixenoses (doenças que circulam entre homens e animais, ambos são hospedeiros do parasita)
- Antroponose (quando a doença é exclusivamente humana sendo o Homem o único reservatório do parasita)
- Enzoonose (doença exclusiva dos animais)

18
Q

Infeção

A

Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infecioso no Homem ou no animal

19
Q

Infestação

A

Alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópedes na superfície do corpo quer do Homem quer nos animais

20
Q

Patogenicidade

A

Capacidade de um parasita produzir doença

21
Q

Virulência

A

Refere ao grau de intensidade de patogenicidade do parasita e depende de vários fatores:
- capacidade de colonizar, aderir e invadir as células do hospedeiro
- capacidade de se multiplicar
- capacidade de se transmitir a outros hospedeiros
- capacidade de evasão aos mecanismos de defesa
- capacidade de produzir proteínas, enzimas com lesão e apoptose celular
- variabilidade genética

22
Q

Ações do parasita

A
  • Espoliativa
  • Tóxica
  • Mecânica
  • Hiperplasica
  • Neoplásica
  • Enzimática
  • Anóxica
  • Porta de entrada para outros microrganismos
23
Q

Mecanismo Evasão SImune

A
  • formando cistos
  • inibem a lise pelos macrofagos
  • localizam em sítios privilegiados (intracelular)
  • mascarando ou variando Ags superfíficie
  • suprimindo a resposta imune Produzindo Acs neutralizadores
  • complexidade do ciclo
24
Q

Vias de penetração do parasita

A

São múltiplas permitindo invadir e ocupar um determinado nicho ecológico
A penetração pode classificar-se em:
- Ativa — penetram ativamente por diferentes vias, envolvem mecanismos enzimáticos e citotóxicos
> pele
> mucosas
- Passiva — quando são ingeridos com os alimentos e águas contaminadas (quistos, protozoários, ovos enterobius v. cisticercos de taenia)
> oral-fecal
> sexual
> alimentos crus ou mal cozidos
> transfusões de sangue
> via placentar ou transplante de órgãos
> acidentes através de picada inoculados por hematófagoss (plasmodium, Leishmania) e acaros

25
Q

Portador

A

Quando um hospedeiro é invadido por um parasita pode não sentir quaisquer sintomas diz-se que a doença parasitária é assintomática e o ser vivo com estas características é um portador
Os portadores assintomáticos, são considerados um importante problema de saúde pública e são responsáveis pela difusão das parasitoses
Outras vezes os parasitas instalam se dentro dos hospedeiros e provocam alterações que podem ser mortais, nestes casos são casos sintomáticos ou clinicamente aparentes

26
Q

Parasitas

A

Protozoários
- Amibas
> Entamoeba hystolitica
- Esporozoários
> Cripstosporidium
> Plasmodium
> Toxoplasma
- Flagelados
> Giardia
> Trichomonas
> Trypanosoma
> Leishmania
- Ciliados
> Balantidium
Metazoários
- Nematelmintas
> Nemátodos intestinais e Filárias
- Platelmintas
> Tremátodos
» Schistosomas e Fasciola hepática
> Céstodos
» Ténias

27
Q

Entomologia

A

As relações entre os artrópodes (insetos, aracnídeos, crustáceos) e a saúde humana são estudados pela Entomologia
A sua importância na saúde pública pelas suas reações alérgicas locais bem como atuarem como vetores de doenças

28
Q

Artrópodes patogénicos

A

Artrópodes parasitas — são ácaros responsáveis pela sarna (scarcoptes scabiei sarna sarcoptica ou escabiose), Ectoparasitas. Pediculus humanus, pediculus capitis, Phitus pubis
Artrópodes venenosos — escorpiões, aranhas (aracnoidismo sistémico e necrótico)
Artrópodes indutores de alergiass (ácaros de diversas famílias de Pyroglyphidae)
Artrópodes implicados na transmissão de doença (hospedeiros intermediários e vetores)

29
Q

Taxonomia

A

Existe um grande número de seres vivos na natureza e para serem estudados tiveram de ser agrupados conforme a sua morfologia, fisiologia, etc. Este agrupamento obedeceu a leis e tem um vocabulário próprio
- Classificação
- Nomenclatura
- Taxionomia
- Sistemática

30
Q

Classificação

A

Ordenação dos seres vivos em classes, baseando no parentesco ou semelhança

31
Q

Nomenclatura

A

Aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidas numa dada classificação
Nomenclatura binária: Género e espécie

32
Q

Taxionomia

A

Estudo teórico da classificação incluindo as respetivas bases, princípios, normas e regras. É uma subdisciplina básica da biologia que tende sido unicamente morfológica, recorre atualmente a técnicas bioquímicas, genéticas e imunológicas para reconhecer, classificar e identificar os seres

33
Q

Sistemática

A

Estudo científico das formas dos organismos, sua diversidade e relação entre eles

34
Q

Níveis de classificação

A
  • Domínio
  • Reino
  • Filo
  • Classe
  • Ordem
  • Família
  • Género
  • Espécie
35
Q

Espécie

A

Uma coleção de indivíduos que se assemelham tanto entre si como os seus antecedentes e descendentes. A identidade de caracteres é regulada pelos genes específicos e homozigóticos e reprodutivamente isolado de outros grupos semelhantes

36
Q

Sub-espécie

A

Quando alguns indivíduos de determinada espécie se destacam do resto do grupo por possuírem uma característica excecional ou conjunto de pequenas diferenças, que se perpetuam nas gerações seguintes

37
Q

Género

A

Quando várias espécies apresentam caracteres comuns. um género pode assumir espécies e subespécies

38
Q

Protozoários

A
  • flagelados
  • amebas
  • esporozoários
  • ciliados
39
Q

Helmitas

A
  • platelmintas
  • nematelmitas
40
Q

Artrópodes

A
  • carrapato
  • piolho
  • pulga