Insuficiência Renal Flashcards
O que é insuficiência renal aguda (IRA)?
É a redução rápida da função renal, caracterizada pela diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG), aumento de ureia e creatinina séricas, e alterações no equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico.
Como diferenciar IRA pré-renal, renal intrínseca e pós-renal?
Pré-renal: Redução do fluxo sanguíneo renal sem lesão estrutural; reversível se tratado precocemente.
Renal intrínseca: Lesão estrutural do parênquima renal, geralmente por isquemia ou nefrotoxinas.
Pós-renal: Obstrução do trato urinário, causando aumento da pressão intratubular e redução da TFG.
Quais são as principais etiologias da IRA?
Pré-renal: Hipovolemia, choque séptico, insuficiência cardíaca, hipotensão.
Renal intrínseca: Necrose tubular aguda (isquêmica ou tóxica), glomerulonefrites, doenças vasculares renais.
Pós-renal: Obstruções bilaterais dos ureteres, hipertrofia prostática, cálculos, neoplasias.
Quais alterações histológicas ocorrem nos túbulos renais durante a IRA?
Fase de instalação: Necrose das células tubulares, perda de microvilosidades e descamação celular.
Fase de manutenção: Obstrução tubular por restos celulares, redução do fluxo glomerular e vasoconstrição intrarrenal.
Fase de recuperação: Regeneração tubular, mitose celular e recuperação progressiva da TFG.
Correlação clínica: Oligúria e azotemia na fase inicial, seguidas por poliúria e recuperação na fase final.
Quais são as indicações de diálise na IRA?
Hipercalemia grave (>6,5 mmol/L) não responsiva a tratamento.
Acidose metabólica grave (pH < 7,2).
Sobrecarga volêmica não responsiva a diuréticos.
Uremia severa (encefalopatia, pericardite urêmica).
Oligúria persistente ou anúria.
Qual a diferença entre IRC, DRC e IRA?
IRC: Processo irreversível com redução progressiva da TFG (<60 mL/min/1,73m² por >3 meses).
DRC: Lesão renal inicial (proteinúria ou hematúria) com ou sem alteração na TFG.
IRA: Redução súbita e potencialmente reversível da função renal.
Quais são as principais etiologias da IRC no Brasil?
Diabetes mellitus.
Hipertensão arterial sistêmica.
Glomerulonefrites crônicas.
Doenças renais obstrutivas ou infecciosas (pielonefrites).
Uso crônico de nefrotóxicos.
Qual o quadro clínico e laboratorial da IRC e a fisiopatologia da anemia e osteodistrofia renal?
Anemia: Redução da eritropoetina, levando à diminuição da produção de glóbulos vermelhos e fadiga.
Osteodistrofia renal: Deficiência de vitamina D ativada → Hipocalcemia.
Hiperfosfatemia por redução da excreção renal de fósforo.
Hiperparatireoidismo secundário → Reabsorção óssea aumentada → Fragilidade óssea e dor.
Como é feito o estadiamento da IRC?
Estágio 1: TFG ≥ 90 mL/min/1,73m² (dano renal inicial).
Estágio 2: TFG 60-89 mL/min/1,73m².
Estágio 3a: TFG 45-59 mL/min/1,73m².
Estágio 3b: TFG 30-44 mL/min/1,73m².
Estágio 4: TFG 15-29 mL/min/1,73m².
Estágio 5: TFG < 15 mL/min/1,73m² (falência renal).
Quais são as opções terapêuticas para a IRC?
Controle de hipertensão, diabetes e dislipidemia.
Dieta hipoproteica e restrição de sódio, potássio e fósforo.
Uso de quelantes de fósforo, calcitriol e eritropoetina.
Diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal).
Transplante renal para casos terminais.