Infectologia Flashcards
Exame de LCR utilizando tinta da China ou Nanquim é feito para qual infecção oportunista?
Neurocriptococose.
Obs: coloração de Grocott(prata).
Qual único vírus da hepatite é de DNA?
Hepatite B.
Paciente com pancardite ou glomerulonefrite 2 semanas após faringoamigdalite ou infecção cutânea, qual possível agente etiológico?
Streptococcus pyogenes ou grupo A de Lancefield.
Parestesia, fraqueza, pé e mão caídos, com úlceras pelo corpo e edema facial. Qual provável agente e como fazer diagnóstico?
Mycobacterium leprae.
Raspado de lóbulo da orelha, teste de Mitsuda e testes de sensibilidade (algodão, agulha, isqueiro).
O que significa nitrito na urina?
ITU por enterobactérias.
Quais os fatores de risco para colite pseudomembranosa por C. difficile?
Uso de ATB de amplo espectro, mais de 65 anos, imunossupressão e uso de inibidor de bomba de prótons.
Quais os tipos de vírus herpes humanos?
HHV-1: labial
HHV-2: genital
HHV-3: varicela zóster
HHV-4: EBV (mononucleose infecciosa)
HHV-5: CMV
HHV-6: exantema súbito e relação com EM
HHV-8: Sarcoma de Kaposi.
Qual substância anti-mitótica é utilizada nas lesões papilomatosas do HPV?
Podofilina.
Qual marcador é utilizado para diagnosticar dengue do primeiro ao quinto dia dos sintomas?
NS1.
Mulher, 30 anos, disúria, tenesmo vesical, poliaciúria há 2 dias. Vida sexual ativa com uso de preservativo, última menstruação há 1 semana. Negou histórico de alterações do TU e ITU no último ano, possível diagnóstico?
- ITU não complicada (complicações: obstrução ou refratária aos medicamentos)
- TTO de cistite: sulfa com trimetopim/ nitrofurantoína/ fosfomicina.
Afastar diagnósticos: - Pielonefrite: sem febre nem dor lombar.
- Sepse: sem hipotensão, taquipneia ou alteração do nível de consciência.
- Bacteriúria assintomática: tinha sintomas.
Como definir choque séptico?
Sepse com:
- Necessidade de vasopressores para manter a PAM acima de 65.
- Lactato sérico maior que 2 mmol/L (hipoperfusão tecidual).
Critérios utilizados fora da UTI (qSOFA): 2 dos 3 ‘‘CPF SISTER’’
- RNC (Glasgow menor que 13).
- PAS menor que 100.
- FR maior que 22.
Paciente de 4 anos chega com queixa de exantema que iniciou cranialmente há 5 dias e afetou todo o corpo, descamando posteriormente nas extremidades. Além disso, relata coriza, conjuntivite, tosse e febre alta de 39 graus. Na inspeção oral foi encontrado pontos brancos na mucosa próxima aos dentes molares. Qual possível diagnóstico? Qual tipo de exantema? Qual o nome do sínal característico?
Sarampo.
Exantema morbiliforme (maculopapular confluente e descamativo).
Sinal de Koplik.
Qual vírus causa comumente crupe (laringotraqueobronquite)? Quais os sinais e sintomas?
Parainfluenza.
Tosse metálica (‘‘de cachorro’’), estridor inspiratório, dispneia e rouquidão.
Menina de 10 anos chega com histórico de edema na pálpebra, febre e dor de garganta. No exame físico, é encontrado icterícia, tonsilas palatinas hiperemiadas e purulentas, desidratação e hepatoesplenomegalia, além de linfonodos cervicais palpáveis. No hemograma e laboratoriais, foram observadas altas taxas de AST/ALT e linfocitose, incluindo linfócitos atípicos. Provável causa?
Mononucleose infecciosa por EBV.
Defina síndrome gripal (SG) e qual a sua exceção:
Quadro que incluí os seguintes sintomas:
- Febre súbita
- Tosse ou dor de gargante
- +1: cefaleia / mialgia / artralgia
Na ausência de diagnóstico específico
Exceção: menores que 2 anos já é considerada quando se tem febre súbita e algum sintoma respiratório, pois eles não são capazes de descrever os sintomas do terceiro tópico.
Paciente de 5 anos chega no PA com exantema maculopapular não confluente, febre alta, linfonodos da cadeia posterior palpáveis ( retroauricular e suboccipital) e poliartralgia migratória. Qual possível diagnóstico?
Rubéola pós-natal.
Quais complicações podem ocorrer por contração de rubéola no terceiro trimestre de gestação?
- Oftálmicas: catarata, retinopatia e glaucoma;
- Cardíacas: ducto arterioso persistente, estenose pulmonar;
- SNC: microcefalia e calcificações;
- Surdez.
Lactente de 10 meses com febre alta relatada durante 1 semana antes do atual quadro de exantema. Mãe alega que a criança brincava e comi normalmente apesar da febre, mas se preocupou devido ao aparecimento do exantema. Qual provável diagnóstico? Qual o nome do agente etiológico?
Exantema súbito ou ‘‘roséola infantil’’. Herpes Vírus 6.
Criança com idade escolar chega no consultório com histórico de exantema que se iniciou no tronco e se espalhou para todo o corpo com prurido intenso. No exame físico foi aferida febre baixa e diversas evoluções de lesões (pápula, máculas e crostas) na mesma região. Qual possível diagnóstico?
Varicela por infecção por vírus herpes humano-3.
Quais as indicações para tratamento antiviral para varicela?
- Aciclovir VO: maiores de 12 anos, doenças de pele ou pulmão, uso crônico de esteróides ou AAS. 800 mg 5xdia por 5 a 7 dias.
- Aciclovir IV: imunodeprimidos. 10 mg por kg de 8/8 hrs por 5 a 7 dias
Qual vírus cuja infecção causa, posteriormente, Panencefalite Esclerosante Subaguda?
Sarampo
Caracterize uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):
Síndrome gripal (febre súbita + tosse ou dor de garganta + cefaleia ou mialgia ou artralgia) com:
- Saturação menor que 95%
- Taquipneia
- Piora nas condições de base: asma, IC, DPOC
- Hipotensão
TTO para influenza:
- Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu) VO
- Zanamivir (relenza) inalatório
Gestante positiva IGG e IGM para CMV durante a gravidez. No exame, nota-se uma baixa avidez da IG. O que isso significa? Quais são as possíveis consequências? Como tratar esse RN?
- Significa que esta infecção foi uma primoinfecção durante a gravidez e não uma reativação do CMV.
- RN sintomáticos são mais comuns quando a gestante é alvo de uma primoinfecção (40%) do que uma reativação (1 a 2%) e os sintomas incluem: prematuridade, baixo peso ou até obito. Elevação das enzimas hepáticas, petéquias, microcefalia, icterícia, perda auditiva, letargia, calcificações cerebrais,…
- Ganciclovir EV ou vanciclovir (pró-droga) VO
Consequências de infecção de imunodeprimidos por CMV:
Coriorretinite
Esofagite, colite
Encefalite, meningite
Pneumonia intersticial
Hepatite
Qual a característica do Exantema da varicela?
Exantema centrípeto (geralmente inicia e se concentra em tronco) e com pleomorfismo regional (apresenta as 5 fases numa mesma região).
As quatro fases são: máculas -> pápulas -> vesículas -> pústulas -> crostas.
As lesões são pruriginosas.
Diferencial HSV-2 e sífilis primária?
Sífilis primária não tem dor nas lesões
Como tratar CMV?
Feito apenas em imunocomprometidos e infecções congênitas.
É dado ganciclovir VO 5mg/kg 12/12 ou valganciclovir
Descreva o curso típico de uma infecção por HIV não tratada:
Imaginando que o indivíduo foi infectado por HIV no d0,
- Em 2 a 3 dias, o vírus atingiu os linfonodos e está proliferando.
- Em 3 dias, o PCR para CV pode dar positivo.
- Em 5 a 11 dias, já se estabeleceu uma infecção sistêmica.
- Em 2 a 3 semanas, temos a Síndrome Retroviral Aguda.
- Em 30 dias, a p24 (teste rápido) começa a positivar.
- Em 45 dias, o Blot começa a positivar.
- Em 60 dias, ocorre a recuperação e soroconversão, aonde são formados ACs e o ELISA começa a positivar.
- Em 6 a 10 anos, o paciente saí do estado assintomático e inicia um quadro de AIDS.
- Em 15 meses, o paciente morre de alguma doença oportunista.
https://www.researchgate.net/figure/Cartoon-showing-a-typical-course-of-HIV-infection_fig1_305904157
Quando pedir genotipagem do HIV antes do TTO?
- Gestantes;
- Crianças (<12a);
- Casais sorodiscordantes;
- Coinfecção com TB.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns da Síndrome Retroviral Aguda do HIV?
Desaparece em 3 a 4 semanas, Monolike:
Febre
Fadiga (astenia)
Linfadenopatia: cervicais, submandibulares, occipitais, inguinais, …
Faringite.
Mialgia e artralgia
Erupções Cutâneas (exantemas)
Cefaleia
Úlceras na Boca e Genitais
Diarreia, perda de peso, náusea e vômitos.
Depressão e letargia
Mais incomuns: meningite asséptica, SGB, …
OBS: linfadenopatia, astenia e letargia podem persistir.
Paciente HIV + ( 180 CD4+/mm3), com febre baixa persistente, tosse seca que evoluiu para hipoxemia em repouso e saturação menor que 70%. Qual possível diagnóstico? Quais exames solicitar? Qual tratamento?
Pneumonia por Pneumocystis jirovesi ( Pneumocistose).
Desidrogenase láctea (DHL), RX (‘‘borboleta’’) e TC com vidro fosco.
TTO: bactrim (sulfametaxazol+trimetoprin) por 21 dias associado a corticoesteróides( se queda da oxigenação)
Profilaxia: todos CD4 menor que 200. Mesma da neurotoxo.
Paciente HIV + ( 120 CD4+/mm3) relata odinofagia intensa. Ao exame físico foi achadas diversas placas esbranquiçadas na língua e faringe. Qual possível diagnóstico? Qual exame complementar solicitar? Como tratar e o que esse exame influencia no tratamento?
Candidíase oro-esofageana por C. albicans.
EDA: presença de placas esbranquiçadas em esôfago.
TTO: fluconazol VO por 14 d ( se não acometesse esôfago, seria 7 d).
Não é feita profilaxia: alta resistência.
https://www.medicinanet.com.br/imagens/20160405090113.jpg
Paciente HIV + ( 40 CD4+/mm3) febril, com cefaleia, evoluiu com hemiparesia e crise epiléptica. Qual principal diagnóstico diferencial? Qual exame principal a ser pedido? Qual tratamento?
Neurotoxo.
Pedir TC com contraste(IgG é importante, talvez PL).
Resultado da TC: lesões expansivas com realce em anel.
TTO: sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico.
Profilaxia: igual da pneumocistose: bactrim ( sulfametaxozol e trimetoprin).
Paciente CD4<50
Avalie as imagens e diga:
- Possível agente
- O que fazer para confirmar dg
- TTO
https://endoscopiaterapeutica.com.br/wp-content/uploads/2021/09/CMV-ulcera.jpg
https://infectologiaemgeral.files.wordpress.com/2016/03/retinite-cmv.jpg
CMV.
Biópsia na EDA, PCR.
Ganciclovir IV por 21 dias
Antirretrovirais HIV, mecanismo de ação e esquemas iniciais:
- Maraviroque: antagonista de CCR5 (teste de tropismo necessário).
- ITRANucleosídeos: zidovudina (AZT), lamivudina (3TC) e abacavir. ‘’ Análogo de nucleozidovudina’’
- ITRANucleoTídeos: tenofovir (TDF)
- ITR Não Análogos: nevirapina, efavirenz e etravirina.
- Dolutegravir, raltegravir: inibidores da integrase. ‘’ Se integrar no DNA, é gravir’’
- Atazanavir, ritonavir: inibidores da protease. ‘’ Montar navir’’
Esquemas - 2X1: Tenofovir (TDF) - função renal? desmineralização?, Lamivudina (3TC) e Dolutegravir- interage com rifampicina
- 3X1: trocar dolutegravir por efavirenz (TB sem gravidade)
- trocar por raltegravir: TB com gravidade ( disseminada, CD4 menos que 100, oportunistas, internação)
PEP:
PREP:
- PEP: Até 72 hrs, mesmo esquema por 28 dias.
Tenofovir(TDF), lamivudina(3TC) e dolutegravir - PREP: maiores de 16 anos, contínuo ou sob demanda
TDF e entricitabina.
Grupos de risco para gravidade do influenza:
Gestantes, acima de 60 anos, abaixo de 2 anos, doentes crônicos, pacientes com Down e imunossuprimidos/deprimidos
Anticorpo usado para detectar infecção por GAS:
Aslo: anti-estreptolisina.
Sinais de alarme para dengue:
- Dor abdominal intensa;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- Hipotensão postural;
- Hepatomegalia (acima de 2 cm do rebordo costal);
- Sangramento de mucosa;
- Letargia/irritabilidade;
- Diminuição da diurese, queda abrupta da temperatura e dificuldade respiratória;
- Aumento progressivo do HT associado à plaquetopenia.
Quando suspeitar de dengue?
Febre há 2 dias, mais 2 dos seguintes sintomas:
- cefaleia;
- dor retro-orbitária;
- mialgia;
- artralgia;
- prostação;
- exantema.
Quadro febril em crianças sem foco aparente.
Cronologia da dengue:
- Dia 1: febre (dura 2 até 7 dias) e outros sintomas;
- NS1: do primeiro ao quinto dia;
- Dia 3 ou 4: exantema;
- Após desaparecimento da febre: fase crítica pode surgir;
- Anticorpos: após sexto dia;
Grupos e conduta para dengue:
- A (apenas suspeita): HMG, NS1, hidratar (60 ml/kg/d, 1/3 em solução salina e 2/3 com líquidos), sintomáticos (cuidado com hepatoxicidade do paracetamol.
- B (sangramento espontâneo, prova do laço ou grupos de risco): igual A, avaliar HMG e clínico diariamente até 48 hrs após fim da febre.
- C (sinais de alarme): iguais anteriores, albumina, marcadores de lesão hepática, raio x de tx, usg abdome, interna (no mínimo 48 hrs, alta como B). Pode pedir creat, eletrólitos, gaso. Reposição imediata de 10 ml/kg.
- D (sinais de choque, sangramento grave ou disfunção
grave de órgãos): internar em UTI, reposição volêmica em 20 minutos de 20 ml/kg e repetir até 3 vezes. - HT em ascensão e choque pós reposição volêmica: solução de albumina a 5% .
- HT em queda e choque: investigar hemorragias e coagulopatia de consumo.
- Se hemorragia: transfusão de concentrado de hemácias.
- Se coagulopatia: avaliar necessidade de plasma, vit. K, criopreciptado.
Tríade da forma maligna da Febre Amarela:
- Icterícia
- Hemorragias
- Insuficiência Renal Aguda
Diagnóstico diferencial das arboviroses:
- Fatores que indicam Dengue: mialgia intensa, dor retro-orbital, plaquetopenia, sangramentos;
- Fatores que indicam Chikungunya: artralgia intensa, artralgia crônica, edema articular;
- Fatores que indicam Zika: febre leve ou ausente, conjuntivite, exantema com prurido intenso;
Síndrome congênita da Zika:
Microcefalia, alterações oculares, retardo no DNPM, disfagia, surdez, artrogripose (mal formação articular), calcificações e ventriculomegalia na TC;
Entre as 3 principais formas de hepatite (A, B e C), responda:
- Qual é DNA vírus?
- Qual não tem vacina?
- Qual tem sua transmissão de forma feco-oral e tem evolução benigna?
- Qual está mais comumente envolvida em acidentes pérfuro-cortantes?
- B
- C
- A
- B
Marcadores sorológicos da Hepatite B:
- HBS (superfície) AG: presença viral;
- Anti-HBS: vacina ou cicatriz imunológica (cura);
- Eles não coexistem
- HBC(core) AG: não é utilizado na prática (fugaz);
- Anti-HBC: contato com o vírus (incorporação do DNA). IgG positiva para toda vida;
- HBE(replicação) AG: alta replicação viral;
- Anti-HBE: sem replicação viral. OBS: mutação pré-core: replica mesmo com Anti-HBE, fazer PCR DNA para análise;
Quando e como tratar hepatite B?
- Quando tratar?
- HBE AG+: ALT 2X, mais de 30 anos, HF de HCC (P53);
- Não adianta analisar PCR, visto que estará aumentado;
- HBE AG-: PCR >2000 ui/ml, ALT 2x;
- Manifestações extrahepáticas (artralgias ou artrites, exantemas, púrpuras, …), coinfecção com HCV ou HIV e imunossupressão;
- HBE AG+: ALT 2X, mais de 30 anos, HF de HCC (P53);
- Como tratar?
- Anti-HBE -: na ausência de contra-indicações (gestantes, usuários de drogas ou álcool, cardiopatias graves, doença tireoideana descompensada, insuficiência hepática, …), é utilizado o interferon peguilado até positivar Anti-HBE (em média 48 semanas);
- Anti-HBE +: Tenofovir. Se contra-indicações (doença renal crônica ou osteoporose), Entecavir (se não usou lamivudina anteriormente →resistência. Primeira linha para imunossuprimidos);
- Acidente pérfuro-cortante: 30% HBV, 2% HCV e 0,3% HIV. Fazer imunoglobulina para HBV em até 96 horas;
- Gestantes: tratamento normal (sem peg interferon), TDF é a escolha. Se HBE AG+ e CV >200K: profilaxia no 24-28 semana. Todo RN de mãe HBsAG + deverá receber imunoglobulina e vacina ao nascimento;
Indicações de fazer TC antes de colher liquor nas suspeitas de meningite:
- Alterações no nível de consciência;
- Sinal focal;
- Crise convulsiva;
- Papiledema ou outros sinais de HIC (bradicardia, respiração em ritmo irregular);
- Imunodepressão.
O que é e quais são os critérios de SIRS?
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica: não está obrigatoriamente ligada à sepse (SIRS de origem infecciosa), mas também pode estar associada a grandes traumas, queimaduras e pancreatite.
É caracterizada por 2 ou mais desses 4 critérios:
- Temperatura: acima de 38 graus ou abaixo de 36;
- FC: acima de 90 bpm;
- FR: acima de 20 irpm ou PaCO2 menor que 32;
- Leuco: acima de 12 mil, abaixo de 4 mil ou 10% de formas jovens.
2 + infecção: sepse
qSOFA macete
CPF da SISTer
Consciência: alteração (ECG <15)
Pressão Sistólica<100
Freq respiratória>22
2 + infecção: sepse (não de forma isolada)
Escalas na sepse e suas funções:
- Triagem: SIRS e qSOFA;
- Deteriorização do quadro: NEWS2 e MEWS;
- Avaliação de mortalidade/gravidade: SOFA.
Quais os parâmetros do SOFA? Como identificar uma disfunção orgânica?
6 parâmetros que pontuam de 0 a 4 por órgão: SNC, rim, TGI/fígado, pulmonar, cardíaco e vascular.
Queda em, 2 parâmetros caracteriza disfunção orgânica
- SNC: ECG;
- Rim: oligúria ou aumento da creat;
- TGI/fígado: aumento da BT;
- Pulmão: PaO2/FiO2;
- Cardíaco: hipotensão e uso de DVA;
- Vascular: plaquetopenia.
1CURB 65 conduta pneumonia:
Conf. mental
Ureia > 50
Resp > 30
Blood pressure < 9:6
65 anos ou mais
0-1: acompanhamento ambulatorial;
2: considerar internação;
3-5: internação (4-5 já considera UTI).
Diferencie os termos primoinfecção, infecção primária, infecção latente e infecção pós-primária por TB:
- Primoinfecção: primeiro contato com o bacilo;
- Infecção primária: quando o organismo é incapaz de formar o granuloma;
Comum em crianças, quadro de ‘‘pneumonia’’ arrastada que não responde ao tratamento. Adenopatia hilar na imagem. Não transmissível. Acomete preferencialmente lobo médio.
Em menores de 2 anos, imunodeprimidos e não vacinados pode desenvolver TB miliar, ganglionar, dentre outros. - Infecção latente: indivíduo não está doente, visto que formou granuloma;
- Infecção pós-primária: indivíduo que estava em latência, desenvolve sintomas devido à perda do equilíbrio hospedeiro-bacilo (recrudescimento) ou nova exposição baucilar.
Tosse(> ou com 3 semanas), febre vespertina, sudorese noturna, perda ponderal.
A hemocultura positiva na sepse em cerca de … dos casos
30%
Qual a tríade da Síndrome de Weil da leptospirose?
- Icterícia
- Hemorragias
- Insuficiência Renal Aguda
Quais são as formas da sífilis? Qual o tratamento de primeira linha indicado para elas?
SÍFILIS RECENTE (<1ANO)
- Primária: cancro duro com adenopatia regional no local de inoculação.
- Secundária: febre baixa, cefaleia, linfonodomegalia, comprometimento visceral (hepatite, podendo dar icterícia), lesões de pele (exantema ocupando palma e planta, queilite angular, condiloma plano, líquen plano, alopécia).
- Latente precoce: na teoria, não é possível saber que está nessa fase.
- Tratar com dose única de penicilina benzatina IM 2,4 milhões UI com 1,2 em cada glúteo.
SÍFILIS TARDIA (>1ANO)
- Latente tardia: também geralmente considera ‘‘duração indeterminada’’.
- Terciária: goma sifilítica, cardiossífilis (ins. aórtica e aneurisma de aorta ascendente) e neurossífilis.
- Tratar com penicilina benzatina IM 3 vezes 7,2 milhões de UI.
- Neurossífilis: penicilina G cristalina EV por 14 dias (24 milhões por dia).
Sífilis congênita:
Mais comum na recente, mais agressiva no primeiro trimestre, mas mais comum no terceiro trimestre.
Pode causar abortamento, morte neonatal e prematuridade.
Precoce: rinite, hepatoesplenomegalia, icterícia, pseudoparesia de Parrot, pênfigo palmoplantar, renais e oculares.
Tardia: surdez, fronte olímpica, tíbia em sabre, dentes de Hutchinson, ‘‘nariz em sela’’, retardo no DNP.
Quando pedir exames para sífilis para as gestantes?
Primeira consulta pré-natal, terceiro trimestre, periparto ou após abortamento e exposição de risco.
Testes diagnósticos para sífilis
DIRETO
- primeiro a positivar, campimetria de campo escuro na lesão.
IMUNOLÓGICO
- treponêmico (RÁPIDO): FTA-ABS ou hemaglutinação, a partir da segunda semana, positivo para vida.
- não treponêmico: VDRL, serve para acompanhamento, 3-4 semanas para positivar.
Tratamento de sífilis em gestantes:
Segue o padrão normal (2,4 se recente e 7,2 na tardia), mas basta um exame diagnóstico para iniciar o tratamento e deve-se tratar o parceiro.
A penicilina G benzatina é a única opção e deve-se dessensibilizar se alergia.
Acompanhar mensalmente.
O que é a Reação de Jarisch-Herxheimer?
Exacerbação da lesão cutânea no tratamento, febre, artralgia e mal-estar. Não deve parar o tratamento, visto que é autolimitado.
Quais as formas mais comuns de transmissão da TB?
- Forma faríngea;
- Forma pulmonar com cavitação;
Ambas bacilíferas
O tratamento reduz a transmissão em torno de 15 dias e crianças são geralmente paucibacilíferas
Quais os principais fatores de risco relacionados às IRAS?
- Hospitalização prolongada;
- Idade (extremos);
- Doenças de base;
- Uso de corticóides ou terapias imunossupressoras;
- Uso de catéteres, sondas, drenos ou próteses;
- Desnutrição/obesidade;
- Cirurgias;
- Transfusão sanguínea ou de hemoderivados;
- Estado hemodinâmico: choque, infarto, …;
- Uso de antimicrobianos.
Criança de 8 meses com suspeita de meningite, na hemocultura foi encontrados cocobacilos gram negativos. Qual suspeita diagnóstica?
Haemophilus influenzae tipo B.
Quando suspeitar de meningite?
Pelo menos 2 dos seguintes sintomas:
- Cefaleia, febre, rigidez de nuca e náuseas e/ou
vômitos;
- Importância da alteração do nível de consciência em idosos.
ATB empírico para meningite:
- > 5 anos e adultos: ceftriaxona ou ampicilina ou penicilina. Associar vanco se não tiver resposta terapêutica em 48 hrs;
- <1 mês: ampi (listeria) associada à aminoglicosídeo (ceftriaxona é tóxica)
- 2 m- 5 a: ceftriaxona. Vanco se sem resposta em 48 horas.
- > 50 anos ou doença crônica ou gestante ou imunodeprimido: ceftriaxona + ampi (listeria), associar doxiciclina em casos mais graves. Vanco se sem resposta em 48 hrs
Se otite, mastoidite ou sinusite associar metronidazol para anaeróbios
Corticoterapia na meningite:
Iniciar empiricamente em todos, 15-20 minutos antes do ATB, 0,15mg/kg de 6 em 6 hrs de dexametasona.
Associado a menos sequelas, especialmente em crianças, quando em meningites por pneumococo e haemophilus.
Reduz mortalidade por pneumococo.
Quando e como fazer quimioprofilaxia na meningite por meningococo?
Quando?
- Familiares íntimos;
- Aglomerados: crechês, quartéis,…;
- Outros contatos íntimos;
- Profissionais de saúde com uso incorreto de EPIs.
Como?
- Rifampicina ou ceftriaxona.
TTO e profilaxia de tuberculose:
2 meses de ataque: coxcip
Rifampicina (interage com dolutegravir)
Isoniazida (deficiência de B6)
Pirimetamina
Etambutol
4 meses ou 10 meses (óssea e SNC) de manutenção:
Rifampicina
Isoniazida
Profilaxia
- Quando? contactuante, alteração de PPD ou IGRA e RN de mãe bacilífera
- Como? isoniazida por 9 meses (270 doses)
Quais os principais focos de sepse?
- Pneumonias;
- ITUs;
- Infecções do TGI;
- Infecções de CS por catéteres.
Explique o que é, como se apresenta e qual a fisiopatologia da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) na sepse:
O que é e como se apresenta? uma condição grave caracterizada por uma inflamação aguda dos alvéolos pulmonares, resultando em dificuldade respiratória significativa com infiltrados algodonosos e até podendo ter derrame pleural.
Fisiopatologia: inflamação pulmonar (reduz a razão PaO2/FiO2), distensão alveolar, aumento da permeabilidade vascular (infiltrado algodonoso) formando um edema pulmonar não cardiogênico.
4 tipos de precauções/isolamentos:
- Padrão ou de fluidos: para todos os pacientes. Higienização das mãos, EPIs (luvas, aventais e óculos quando risco de contato com fluidos).
- de Contato (MR e clostridium): quarto privativo ou com paciente com mesmo microorganismo. Placa de preucação de contato.
- de Gotículas (rubéola, meningite, influenza): máscara cirúrgica pelo profissional e pelo paciente se transporte.
- de Aerossóis (TB, varicela, influenza e sarampo): máscara N95, não receber visitas e evitar ao máximo transporte.
Quais exames solicitar e como tratar sífilis congênita?
- Exames: 3 iniciais: VDRL, HMG e raio x de ossos longos. Se algum alterado, solicitar LCR.
- TTO:
Mãe corretamente tratada e 3 exames negativos: penicilina benzatina 2.4 milhões UI.
Algum dos 3 exames alterados: LCR
LCR normal: penicilina procaína
LCR alterado: penicilina cristalina
Critérios de cura para sífilis:
Queda da diluição em dois em 3 meses, diluição 1/8 em 6 meses. Se persistente, colher LCR.
Mnemônico para úlceras de pele:
Paracococo
Leishmaniose
Esporotricose
Cromomicose
Tuberculose
Profilaxia pós-exposição para raiva:
- Contato indireto (tocar, lambedura em pele íntegra, dar comida): apenas se morcegos (vacina e soro antirrábico);
- Contato direto leve (mordedura/arranhadura superficial que não seja em mãos ou pés ou mucosas ou segmento cefálico e lambedura de lesões superficiais): apenas vacinas em animais que não podem ser observados ou com sinais de raiva ou mamíferos domésticos de interesse econômico (bois, suínos, ovelhas) e vacina mais SAR se mamíferos silvestres ou morcegos;
- Contato direto grave (mordedura/arranhadura extensa, profunda ou em locais de risco ou lambeduras de lesões profundas): vacina e SAR em todos os casos, exceto em animais passíveis de observação por 10 dias e que não sejam mamíferos de interesse econômico, mamíferos silvestres ou morcegos.
Profilaxia antitetânica:
- Para todos: após a vacinação na infância, deve tomar a vacina DT a cada 10 anos;
- Pessoas que não tomaram as 3 doses da vacinação básica ou não sabem: vacina se ferimento superficial ou limpo vacina e imunoglobulina se outro tipo de ferimento;
- Pessoas que tomaram a mais de 10 anos: vacina nos dois casos;
- Pessoas que tomaram há 5-10 anos: vacina só nos outros tipos de ferimento (mais graves);
- <5 anos: não faz nada;
- Acima de 7 anos só faz a vacina DT.