Infecções Respiratórias II Flashcards
Principais agentes da pneumonia típica:
- Streptococcus pneumoniae
- Haemophilus influenzae
- Staphilococcus aureus
Quadro clínico da pneumonia típica:
- na criança mais velha: . febre alta . tosse . dor torácica . instalação hiperaguda
- no lactente:
. pródromos catarrais
. duram alguns dias e cessam com a instalação abrupta de febre > 39°C
. tosse
. inquietude, apreensão, dificuldade respiratória
Sinais de gravidade:
- tiragem subcostal (principal)
- batimento de asas nasais
- gemência
- cianose/Sat<92% (muita gravidade)
Exame físico na pneumonia típica:
- estertores inspiratórios
- aumento do FTV
- submacicez a percussão
- broncofonia/pectorilóquia fônica
Utilidade da Radiografia de Tórax na pneumonia típica:
- pode confirmar o diagnóstico
- avalia a extensão do processo
- identifica complicações
Alterações na Radiografia de Tórax:
- alterações típicas:
. consolidação
. broncograma aéreo
. pneumonia redonda - complicações:
. pneumatocele
. abcesso pulmonar
. derrame pleural
Avaliação complementar nas crianças que serão internadas por pneumonia típica:
- radiografia de tórax
- hemograma
- hemocultura
- avaliação do líquido pleural (toracocentese) se presença de derrame pleural
Indicações de internação na pneumonia típica:
- idade < 2 meses
- comprometimento grave do estado geral (toxemia, incapacidade de ingerir líquidos, vômitos incoercíveis)
- presença de sinal de gravidade
- presença de complicações
- presença de doença grave concomitante
- falha terapêutica ambulatorial
Tratamento ambulatorial da pneumonia típica:
- Amoxicilina VO ou
- Penicilina Procaína IM
- não há consenso para dose e duração do TTO (existem recomendações para 3, 5, 7 e 10 dias)
- reavaliar a criança em 48-72h!!
Tratamento hospitalar da pneumonia típica:
- maiores de 2 meses:
. Penicilica Cristalina IV
. Oxacilina + Ceftriaxona nos casos graves - menores de 2 meses:
. Ampicilina + Aminoglicosídeo (Amicacina, Gentamicina)
Exame físico do derrame pleural:
- redução/abolição do MV
- redução do FTV
- submacicez a percussão
Principal agente causador de derrame pleural parapneumônico:
- S pneumoniae (apesar de o derrame pleural ser mais comum nas pneumonias por S aureus)
Critérios de Light para identificação de exsudato:
- LDH pleural > 200
- relação LDH pleural / LDH sérico > 0,6
- relação proteínas do líquido pleural / proteínas séricas > 0,5
Exsudato inflamatório vs. Empiema:
- aspecto purulento
- glicose < 40
- pH < 7,2
- cultura/gram positivos
Agentes da pneumonia afebril do lactente:
- Chlamydia trachomatis
- Ureaplasma urealyticum
Quadro clínico da pneumonia afebril do lactente:
- conjuntivite entre 5-14 dias de vida
- pneumonia entre 1-3 meses de vida:
. quadro insidioso
. início com coriza, obstrução nasal, tosse seca, taquipneia
. manutenção de um bom estado geral, não há febre
Avaliação complementar na pneumonia afebril do lactente:
- presença de eosinofilia no sangue periférico (>400 céls/mm³)
Tratamento da pneumonia afebril do lactente:
- Eritromicina, 14 dias ou
- Azitromicina, 3 dias
Agente da coqueluche:
- Bordetella pertussis
Quadro clínico da coqueluche:
- fase catarral
- fase paroxística: acesso de tosse + guincho + vômitos
- fase de convalescença
OBS - em menores de 3 meses: tosse + cianose + apneia
Laboratório e exame de imagem na coqueluche:
- leucocitose intensa com linfocitose
- infiltrado peri-hilar (coração felpudo)
Tratamento da coqueluche:
- Azitromicina ou
- Claritromicina
Agente mais comum das pneumonias atípicas:
- Mycoplasma pneumoniae
Faixa etária mais acometida pelas pneumonias atípicas:
- > 5 anos
Quadro clinico das pneumonias atípicas:
- evolução insidiosa
- manifestações extrapulmonares - cefaleia, odinofagia, rouquidão, mialgia
Avaliação complementar nas pneumonias atípicas:
- Leucócitos normais
- Aumento das crioaglutininas (>1:64)
- RX com infiltrado intersticial, sem consolidação
Tratamento das pneumonias atípicas:
- macrolídeos (Azitromicina, Claritromicina)
Principal agente da bronquiolite viral aguda:
- Vírus Sincicial Respiratório
Quadro clínico da Bronquiolite Viral Aguda:
- inicialmente: sintomas respiratórios leves (coriza, espirros, resfriado comum)
- posteriormente - deterioração do quadro respiratório: . tosse . dispneia . taquipneia . irritabilidade . febre
- exame físico:
. sibilos
. estertores
. sinais de desconforto respiratório
Radiografia na Bronquiolite Viral Aguda:
- normal ou hiperinsuflação
Indicações de internação na Bronquiolite Viral Aguda:
- < 12 semanas
- prematuros nascidos com < 32 semanas
- presença de sinais de gravidade
- presença de comorbidades graves
Tratamento da Bronquiolite Viral Aguda:
- Oxigenoterapia:
. se SatO2 < 92-90%
. por CNAF - Hidratação venosa com solução isotônica
- Nebulização com solução salina hipertônica
O que não fazer nos casos de Bronquiolite Viral Aguda:
- broncodilatadores
- corticoides
- fisioterapia respiratória
Quimioprofilaxia de coqueluche:
- todos os < de 1 ano
- crianças entre 1-7 anos com esquema vacinal incompleto
- Azitromicina em doses terapêuticas
Índice Preditivo de Asma (IPA):
- critérios maiores:
pai ou mãe com asma
dermatite atópica - critérios menores:
rinite alérgica
sibilância não associada a infecções virais
eosinofilia > 4%
diagnóstico = 1 critério maior ou 2 critérios menores