Infecções do trato respiratório Flashcards

1
Q

Quais são as principais manifestações clínicas de uma faringite bacteriana?

A

Formação de placas purulentas, aspecto avermelhado, mal-estar, febre, dor de garganta e cefaleia. É um quadro mais agudo que as virais.

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2
Q

Qual é a importância dos portadores assintomáticos no contexto das infecções bacterianas?

A

Os portadores assintomáticos atuam como reservatórios para os microorganismos, de modo que, embora não tenham sintomas, podem participar da transmissão.

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3
Q

Conceitue infecções bacterianas do trato respiratório superior.

A

São infecções causadas por bactérias que acometem regiões acima da laringe, podendo ser as faringites, as epiglotites, sinusites e rinofaringites.

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4
Q

Quais são as possíveis sequelas de uma infecção por estreptococcus pyogenes?

A

As sequelas podem ser do tipo supurativa ou não supurativas. As sequelas supurativas envolvem a disseminação do microorganismo para outros tecidos, podendo causar meningite, escarlatina, fasciite necrotizante e entre outras. Já as não supurativas são de natureza autoimune, como a febre reumática e a glomerulonefrite aguda.

Essas são as complicações possíveis de uma faringite estreptocócica.

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5
Q

O que é a febre reumática e como ela pode ser desencadeada?

A

Ela é causada por reação cruzada de substâncias presentes na bactéria - tipo M de proteína específico -com células do nosso corpo, (como endotélio, fibras musculares cardíacas, de articulações), por semelhança estrutural.
Ela é causada por cepas específicas, chamadas de cepas reumatológicas.

Ela é mais comum após faringite estreptocócica grave, e gera acometimentos autoimunes para vários orgaos e tecidos, causando a poliatrite nas articulações, cardite e coreia.

O tratamento profilático com antibiótico é o indicado.

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6
Q

O que é a streptolisina do tipo O e qual é a sua importância?

A

É uma toxina liberada por S. pyogenes, capaz de lisar hemácias, leucócitos e plaquetas. É lábil ao O2.
Ela é imunogênica, de modo que desperta o sistema imunológico, o qual produz anticorpos anti-estreptolisina (ASO). A detecção deles é bem importante para o diagnóstico de febre reumática e glomerulonefrites.

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7
Q

Como é feito o diagnóstico e o tratamento de infecções por streptococcus pyogenes?

A

O padrão ouro de diagnóstico é a coleta da amostra clínica, transporte adequado - meio stuart, que conserva o material -, exame microbiológico por coloração GRAM, cultura em agar sangue e, caso necessário, TSA.

Diagnostico confirmatorio: presença de carboidrato A.

Detecção de ASO pro caso de pesquisa de diagnostico de febre reumatica ou glomerulonefrite aguda.

Também podem ser realizados testes rápidos, atraves de swab nasal, mas possuem uma sensibilidade de 80% apenas.

Não há conhecimento de cepas resistentes aos principais antibióticos, de modo que nao fazemos o TSA e administramos amoxilina ou cefalosporinas. Evitar uso da classe dos macrolideos, pois existem cepas resistentes.

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8
Q

Explique a importância do diagnóstico de faringites e amigdalites virais.

A

O diagnóstico é prospectivo, ou seja, para fins epidemiológicos de saúde pública, não para fins clínicos. O tratamento é sintomático, sendo ela autolimitada.

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9
Q

Como ocorre a transmissão da Streptococcus pyogenes?

A

Através de aerossois (a bactéria fica aderida em pequenos grumos de muco que ressecam e ficam aderidos em superfícies) e por contato direto ou indireto de mucosas.

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10
Q

Cite algumas características gerais do gênero Streptococcus.

A

São células esféricas, Gram positivas, tendem a se organizar em cadeias, mas, em casos clínicos, podem estar sozinhas (cocos isolados) ou em pares. A maioria é anaeróbia facultativa, precisam de meios enriquecidos para se desenvolverem (o principal é o meio agar sangue) e não possuem a enzima catalase, sendo uma importante diferença comparativa com a Stafilococcus.

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11
Q

Qual critério para a classificação das espécies da Streptococcus? Cite quais são as espécies.

A

Através dos padrões de hemólise no meio ágar sangue.
Podem ser:

  • beta hemolíticos: quando ocorre hemólise completa, como no caso da S. pyogenes, que é do grupo A.
  • alfa hemolitico: quando a hemolise é parcial, como no caso da S. pneumoniae.
  • gama hemolitico: não ocorre hemolise.
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12
Q

Quais são as cepas que podem causar a Escarlatina como complicação?

A

São cepas capazes de produzir a toxina eritrogênica. Essas cepas são lisogenizadas, ou seja, adquiriram essa capacidade através de um gene incorporado após a infecção por ciclo lisogênico de um fago.

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13
Q

Cite sintomas comuns da escarlatina.
As erupções são contagiosas? Explique.

A

1 a 2 dias após a faringite, surgem erupções eritematosas difusas, sobretudo no tórax, abdomen e face, com palidez ao redor da boca, na palma das mãos e na planta dos pés. Também é bem comum a chamada “língua de morango”, que surge devido inflamações nas papilas.

Não são contagiosas, pois o microrganismo não está presente nas erupções, apenas no trato respiratório superior.

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14
Q

Fale sobre a Erisipela.
As lesões são contagiosas? Explique.

A

É o acometimento dos vasos linfáticos na derme, do indivíduo. Acomete sobretudo a face e os membros inferiores.

As lesões são transmissíveis, pois os microrganismos estão nelas.

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15
Q

O que é a glomerulonefrite aguda e como ela é desencadeada?

A

Ela pode ser desencada por deposição de complexos imunes circulantes mais a fixação de complemento, em glomérulos renais.

20% dos adultos desenvolvem insuficiência renal crônica.

É causada por cepas específicas, chamadas de nefrogênicas, as quais possuem um tipo de proteína M específico.

Pode ser precedida por faringite ou infecção cutânea.

A antibioticoterapia profilática não é recomendada.

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16
Q

Qual a principal estrutura de virulência da S. pyogenes?

A

A proteína M, que é uma proteína de superfície que bloqueia a fagocitose e permite aderência, e, assim a colonização.
Inclusive, a classificação epidemiológica é baseada na análise da sequência do gene emm, que codifica a proteína tipo específica M.

17
Q

Qual a principal complicação, sobretudo em crianças, da difteria, causada pela C. diphteriae?

A

A laringotraqueite.
Ela é causada pelo descolamento da pseudomembrana acinzentada do epitélio da mucosa, que pode obstruir a laringe/traqueia, causando um problema mecânico à respiração, bloqueando-a.

18
Q

Qual o principal fator de virulência delas?

A

A produção da toxina diftérica.
Ela mata a célula por bloquear totalmente a produção de proteínas por ela. Isso porque, no interior da célula alvo, ela se liga ao fator de alongamento 2, que é responsável pela movimentação das fitas polipeptídicas, bloqueando a tradução.

19
Q

Como se dá o diagnóstico da difteria?

A

É urgente e é feito por avaliação clínica.
Microscopia do exsudato (coloração gram e de albert - adicional)
Cultivo do microrganismo em meio ágar chocolate-telurito (ágar sangue aquecido acrescido de telurito, que mata todas as bactérias exceto desta espécie).

A suspeita clínica implica em isolamento do paciente e instituição imediata do tratamento: penicilina ou eritromicina e administração do soro antidiftérico (antitoxina diftérica) que vem de equinos (tem que ver se tem hipersensibilidade antes).

Prevenção da doença: vacinação das crianças com toxoide diftérico (vacina DPT) aos 2, 4 e 6 meses.