Hipertireoidismo Flashcards
Definição de hipertireoidismo
Aumento da síntese e liberação dos hormônios pela glândula tireoidiana
Definição de tireotoxicose
Síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, seja por hiperfunção da glândula ou não
Hipertireoidismo é um tipo de tireotoxicose (V/F)
Verdadeiro
Causas comuns de tireotoxicose?
Doença de Graves (causa mais comum) Bócio multinodular tóxico (BMNT) Adenoma tóxico
Causas incomuns de tireotoxicose?
Amiodarona ou contrastes radiológico (induzido por iodo) Tireoidite subagudo ou hipertireoidismo transitório Ingestão de hormônio tireoidiano (tireotoxicose factícia) Hipertireoidismo induzido por TSH
Tireotoxicose induzida por amiodarona tipo I?
Aumento da síntese e liberação de hormônios tireoidianos
Tireotoxicose induzida por amiodarona tipo II?
Tireoidite destrutiva
Tireoidite subaguda ou hipertireoidismo transitório?
Liberação desregulada de HT secundária a destruição dos folículos
Tratamento de tireotoxicose induzida por amiodarona tipo I?
DAT
Tratamento de tireotoxicose induzida por amiodarona tipo II?
Tratamento: suspensão da amiodarona e administração de glicocorticoide
Etiologia da tireoidite subaguda ou hipertireoidismo transitório?
Normalmente viral
Tratamento da tireoidite subaguda ou hipertireoidismo transitório?
Betabloqueador para controle dos sintomas Não usar DAT (somente em produções excessivas)
Ingestão de hormônio tireoidiano (tireotoxicose factícia)?
Ocorre em dietas ou medicamentos que auxiliam na perda de peso com uso de hormônios
Tratamento da ingestão de hormônio tireoidiano (tireotoxicose factícia)?
Suspensão da tomada de HT Betabloqueador para controle dos sintomas
Hipertireoidismo induzido por TSH?
Causa central (ex.: tumor produtor de TSH)
Quadro clínico do hipertireoidismo?
Sintomas sugestivos e não específicos
Quadro clínico de hipertireoidismo em idosos?
Predominância de sintomas cardiovasculares (taquicardia/FA, dispneia, edema)
Tireotoxicose “apática”?
Paciente idoso assintomático Representa a maior parte dos casos
Sinais oculares no hipertireoidismo?
Retração palpebral, olhar fixo ou assutado e sinal de lid-lag
Oftalmopatia de Graves?
Hiperemia conjuntival e palpebral, edema palpebral, quemose, paralisia de músculos extraoculares ou exoftalmia
No (hipo/hiper)tireoidismo há hipertensão diastólica e no (hipo/hiper)tireoidismo há hipertensão sistólica
No hipotireoidismo há hipertensão diastólica e no hipertireoidismo há hipertensão sistólica
Manifestações clínicas no hipertireoidismo?
Nervosismo, sudorese excessiva, intolerância ao calor, palpitação, fadiga, taquicardia, bócio, tremor, pele quente e úmida, sopro na tireoide, fraqueza, dispneia
Pode haver ganho de peso no hipertireoidismo?
Sim. Apesar do aumento do metabolismo, pode haver polifagia
Como avaliar tremor de extremidades?
O tremor é mais visualizado ao se colocar um papel acima da mão, pois pode ser discreto
Como é realizado o lid-lag?

Pede-se para o paciente olhar o dedo do médico, posicionando-o abaixo do rosto, por exemplo. A pálpebra não acompanha o movimento ocular, sendo possível visualizar toda esclera

Exames complementares no hipertireoidismo?
Dosagem de TSH, T4 livre e T3
Nas fases iniciais da DG ou adenoma funcionante, pode ocorrer aumento isolado do T(3/4): “T(3/4) tireotoxicose”
Nas fases iniciais da DG ou adenoma funcionante, pode ocorrer aumento isolado do T3: “T3 tireotoxicose”
No acompanhamento do hipertireoidismo, podemos orientar o paciente por meio do TSH?
Não, o TSH demora a normalizar Deve-se guiar pelos níveis de T4 e T3 Quando o paciente possuir níveis de THS baixos e T3 e T4 normais deve-se manter a terapia com a dose usada
Quando dosar TRAb?
Em gestantes com DG ou história prévia de DG (risco de tireotoxicose neonatal por passagem transplacentária de anticorpos) Não é necessário em casos simples
Deve-se dosar o TRAb nos primeiros meses de gestação (V/F)
Falso Não se preocupa tanto em dosar nos primeiros meses de gestação, visto que somente por volta de 18 semanas há formação de tireoide no feto. Em casos positivos encaminhar a paciente para ambulatório de alto risco em gestação para acompanhamento e condutas específicas
Como diferenciar as causas de tireotoxicose?
Por meio da cintilografia (a captação de iodo indica função tireoidiana)
Quando a USG deve ser usada para diagnosticar hipertireoidismo?
Deve ser usada em casos de presença de nódulos, sendo recomendado que seja feita com doppler para avaliar a vascularização da nodulação, dentre outros fatores
Quais os padrões de captação na cintilografia?
Captação difusa, heterogênea, nódulo quente e captação baixa

Descreva captação difusa
Doença de Graves Ocupa toda tireoide pela produção excessiva e relativamente uniforme do tecido tireóideo
Descreva captação heterogênea
Bócio Multinodular Tóxico 2 ou mais nódulos hipercaptantes. Se for atóxico existem nódulos, porém com captação normal por não serem fortemente sintetizadores de hormônios
Descreva nódulo quente
Adenoma Folicular Hiperfuncionante
Descreva captação baixa
Tireoidite Destruição celular
A USG com Doppler contribui para a identificação de nódulos quentes (V/F)
Falso É usado para avaliação de nódulos frios para avaliar se possui traços de malignidade
Tríade clássica da DG?
Quadro moderado ou grave de tireotoxicose
Oftalmopatia de início recente
Bócio difuso
Paciente com dose máxima de medicamentos com ausência de melhora clínica, qual a conduta?
Tratamento cirúrgico
Diferença entre nódulo quente e nódulo frio?
Nódulo quente é hiperfuncionante, por isso é hipercaptante, enquanto o nódulo frio é hipocaptante, o que leva a suspeitar de malignidade
Paciente apresenta descontrole ou sintomatologia abundante, qual a conduta?
Betabloqueador (usado apenas para aliviar os sintomas, não para o tratamento em si)
Descreva a ação dos betabloqueadores na terapêutica do hipertireoidismo
Reduzem FC, PA, tremores, labilidade emocional (ansiedade) e intolerância aos exercícios Manter até controle do hipertireoidismo pela terapia definitiva ou até as formas transitórias desaparecerem Ajustar a dose de acordo com os sintomas e a taquicardia Redução gradativa até controle do hipertireoidismo (eutireoidismo)
Quais betabloqueadores usar na terapêutica do hipertireoidismo?
Propranolol é o mais utilizado – 20 a 80 mg a cada 6 a 12 horas Atenolol 50 a 100 mg 1 vez ao dia Se contraindicação: Verapamil ou diltiazem
Quais os três métodos terapêuticos?
Inibição da síntese hormonal: DAT (drogas antitireoidianas); Destruição do tecido tireoidiano: Iodo radioativo Tireoidectomia total
Qual tratamento escolher?
Considerar características clínicas (etiologia), preferências do médico assistente e as preferências do paciente
Qual o mecanismo de ação das DAT (drogas antitireoidianas)?
Inibem a síntese dos hormônios tireoidianos Interferem na utilização do iodeto e na reação de acoplamento
Quais as principais DAT?
Propiltiouracil (PTU) e metimazol (MMI)
O PTU e MMI são hepatotóxicos?
Sim, e o PTU é mais hepatotóxico, sendo o menos utilizado
Como age o propiltiouracil (PTU)?
Age inibindo a conversão de T4 em T3, controlando mais rapidamente quadros de tireotoxicose
Quando o PTU é utilizado?
Crise tireotóxico Primeiro trimestre da gestação - *atualização
Risco do uso do PTU?
Aplasia cútis congênita
Descreva o metimazol (MMI)
Tireotoxicose leve a moderada:10 a 30 mg em dose única diária; Hipertireoidismo grave: 40 a 60 mg; Observação: Possui comprimidos de 5 e 10 mg. Deve-se tomar 30 mg de uma vez, por exemplo, sendo necessário o uso de 3 comprimidos de 10 mg
Efeitos colaterais leves (1 a 5%) das DAT?
Rash cutâneo, prurido, urticária, artralgia Anti-histamínicos podem ser usados para as manifestações cutâneas
Efeitos colaterais leves (1 a 5%) das DAT, qual a conduta?
Não se deve suspender os DATs. Manter e administrar anti-histamínicos
Efeitos colaterais graves (1%) das DAT?
Poliartrite grave, agranulocitose, anemia aplástica, trombocitopenia, hepatite tóxica (PTU), vasculites, síndrome lúpus-like, hipoprotrombinemia (PTU) e hipoglicemia (MMI)
Qual o mais frequente efeito colateral grave das DAT?
Agranulocitose, seguido de hepatite tóxica
Na presença de um efeito colateral grave, qual a conduta?
Suspensão e não reintrodução da DAT
Quando monitorar a função tireoidiana?
T4 livre e T3 após 4-8 semanas do início do tratamento
Quando atingido o eutireoidismo, monitorar de quanto em quanto tempo?
A cada 2-3 meses
Após utilizar DAT após 2 anos sem melhora, qual a conduta?
Utilização de iodo radioativo ou de tireoidectomia
Terapêutica inicial da DG?
DAT
Deve-se acompanhar paciente com DG por quanto tempo?
Durante a vida toda a cada (3-6 meses), devido ao risco de recorrência de hiper ou hipotireoidismo
Quando o iodo radioativo é primeira escolha na DG?
Contraindicação para DAT e/ou cirurgia. Idoso com alto risco para cirurgia ou paciente em uso de DAT que fez efeito colateral grave Recidiva do hipertireoidismo após DAT Deseja-se um controle rápido do hipertireoidismo (cardiopatas e idosos)
Quais as contraindicações ao iodo radioativo?
Gestação Lactação Lesão suspeita ou confirmada de CA de tireoide Mulheres com plano com plano de engravidar num período inferior a 6 meses
Qual o prazo mínimo para o uso de iodo radioativo em mulheres que queiram engravidar?
1 ano
Qual a recidiva de pacientes tratados com iodo?
20%. Encaminhar para cirurgia
Quando realizar tireoidectomia total na DG?
Bócio volumoso com volumes compressivos (Tratamento de escolha) Nódulo suspeito ou maligno Gestante que não obtém controle com DAT Recusa ao tratamento com iodo Mulher planejando engravidar em curto período Intolerância a DAT
Risco de recorrência na tireoidectomia total?
Zero
Conduta após tireoidectomia total?
Iniciar LT-4 no dia subsequente a cirurgia
Vantagens da tireoidectomia total?
Rápida normalização da disfunção hormonal Maior efetividade nos casos com sintomas compressivos
Desvantagens da tireoidectomia total?
Custo Risco inerente ao ato cirúrgico (hipoparatireoidismo, lesão do nervo recorrente, sangramento, infecção, cicatriz e hipotireoidismo)