Hemato Flashcards
Anemia Ferropriva
Alterações clínicas
Alterações laboratoriais
Principal causa
Clínica: Síndrome Plummer-Vinson
Coiloniquia
Picacismo
Laboratório: diminuição ferritina / aumento transferrina e TIBC / queda saturação transferrina / anemia hipomicro / queda ferro serico / aumenta RDW / plaquetose
Principal causa: sangramento crônico
Investigação inicial das anemias - qual exame pedir para classificar?
Reticulocitos!
Maior que 2% - HIPERPROLIFERATIVA (hemoliticas ou sangramento agudo)
Menor igual a 2% - HIPOPROLIFERATIVAS (carenciais, sideroblastica, doença crônica, DRC)
O que investigar na anemia ferropriva em adultos e crianças? Como repor o ferro?
Adultos: hipermenorreia, gravidez, sangramento crônico TGI, doença celíaca
Crianças: ancilostomíase, prematuros, baixo peso
Ferro: 120-200mg ferro elementar adultos ou 3-5mg/kg/dia em crianças.
Quando e como avaliar resposta ao tratamento da anemia ferropriva? Quando parar tratamento?
Pedir reticulocitos - pico em 7 a 10 dias
Normalização em torno de 2 meses, trata 6 meses além da normalização
Anemia de Doença crônica:
Qual a fisiopatologia?
Qual a alteração laboratorial?
Fisiopatologia: inflamação aumenta HEPCIDINA, interfere na absorção do ferro pela ferroportina, impede uso do estoque de ferritina! Diminui a produção de transferrina
Laboratório: anemia normo-normo Ferritina normal ou aumentada!! Transferrina e TIBC diminuídos!!! Saturação transferrina normal ou diminuída Ferro sérico diminuído
Anemia Megaloblastica - quais as causas e como se dá a absorção dos nutrientes? Qual a causa das deficiências dos nutrientes anteriores?
Deficiência de FOLATO
- fonte vegetal, absorvido delgado proximal, precisa de reação com B12 para ser ativado e atuar no núcleo
- deficiência: alcoolismo, gravidez, estados hiperproliferativos (anemia hemolítica crônica), metotrexate, doença celíaca, uso de fenitoína
Deficiência de B12 (COBALAMINA)
- fonte animal, ligado à proteína, separado no estômago da proteína animal, liga-se à LIGANTE R salivar, vai pro duodeno, clivada B12-R por enzimas pancreáticas, liga-se à FIN produzido no estômago. B12-FIN reconhecido pelos enterocitos.
- deficiência: vegetarianos estritos, anemia perniciosa (autoimune contra FIN), gastrectomia, doença pancreática, doença ileal (Crohn/Bk/difilobotriase)
De quais reações participa a B12?
- Ativação folato
- Conversão homocisteina em metionina
- Conversão ácido metilmalonico (neurotóxico) em succinil-coa
Quais são as consequências da diminuição da síntese de DNA na anemia megaloblastica? Quadro clínico!
- neutrófilos hipersegmentados PATOGNOMÔNICO
- anemia macrocitica
- destruição dos precursores de hemácia, semelhante a hemólise com aumento BI e DHL
Achado patognomônico de anemia megaloblastica?
Neutrofilos Hipersegmentados >= 5
Clínica da deficiência de B12 além da anemia
- Doença autoimune associada
2 Síndrome neurológica pelo acúmulo de ácido metilmalonico
Cuidados no tratamento da anemia megaloblastica (2)
- Hipocalemia pela hiperproliferaçao quando começar a repor
- tratar deficiência de b12 como se fosse folato e déficit neurológico ficar permanente (folato quando em excesso pode se autoativar, independente de presença de B12, então anemia melhora mas neurológico não)
Anemia sideroblastica - qual a causa?
Deficiência de protoporfirina!
Adquirida (saturnismo, intoxicação chumbo) ou hereditária
Laboratório da anemia sideroblastica
Aumento do ferro sérico, ferritina, saturação transferrina com anemia hipo-micro
Confirma com biópsia de medula - sideroblastos em anel
Hematoscopia: corpúsculos de Pappenheimer
Quadro clínico geral das anemias hemoliticas (5)
Síndrome anêmica Esplenomegalia Aumento de DHL e BI Icterícia Possibilidade de cálculo de bilirrubinato de cálcio (rádio opaco - RX)
Laboratório das anemias hemoliticas
Anemia normocromica com aumento de VCM
Redução de Haptoglobina
Reticulocitose
Aumento de DHL E BI
SOLICITAR COOMBS DIRETO
Hematoscopia nas anemias hemoliticas
Hemácias em ALVO (leptocitos): indicam hemólise, aumentam mais na hemoglobinopatia SC
Hemácias em Esporo (acantócitos): sinal de hepatopatia grave
Quais são as 4 causas de crise anêmica aguda?
- Crise aplásica - infecção pelo parvovirus B19 - NÃO TEM RETICULOCITOSE
- Crise megaloblastica - carência de folato em hemólise crônica - NÃO TEM RETICULOCITOSE
- Sequestro esplênico - anemia falciforme
- Crise hiper-hemolitica - G6PD e veneno aranha marrom - hemoglobinúria maciça com NTA oligúrica
Quais as causas de anemia hemoliticas não autoimunes?
Hereditárias:
- Deficiência de G6PD
- Hemoglobinopatias - falciforme e talassemia
- Esferocitose
Adquiridas:
- Hemoglobinúria paroxística noturna
- SHU/PTT
- Hiperesplenismo
Anemia hemolitica autoimune
Dividida em 2 grupos: quais são as causas e tratamento de cada um?
Anticorpos quentes - IgG
- LES/viral/LLC/penicilina/metildopa/ maioria idiopática
- Tratamento: tratar causa/ corticoide/ rituximab / esplenectomia
Anticorpos frios - IgM
1. Causas com M: mycoplasma, macroglobulinemia, mieloma
2. Tratamento: tratar causa / rituximab
Hemólise ocorre no fígado
Esferocitose hereditária - quadro clínico
Esplenomegalia
Anemia hemolítica hipercromica (altera forma da hemácias e concentra hemoglobina)
Exame diagnóstico para esferocitose
Teste de fragilidade osmotica
Indicações de esplenectomia na esferocitose
Acima dos 5 anos se:
1. Anemia grave: HB < 8 ou reticulocitos > 10%
- Repercussão clínica
Qual célula aparece na anemia hemolítica autoimune?
MICROesferocitos
Causas de crise G6PD
Superoxidacao:
- Infecção
- Sulfas, nitrofurantoina, naftalina, dapsona
Hematoscopia característica da G6PD
Corpúsculos de Heinz
Tríade da Hemoglobinúria Paroxistica Noturna
Tromboses abdominais (principal budd chiari)
Hemólise
Pancitopenia
Diagnóstico da HPN
Citometria de fluxo - CD55 e 59 diminuídos
Tratamento HPN
Eculizumab - Inibe complemento
5 crises vasooclusivas da anemia falciforme
- Síndrome mão-pé
- Crise óssea
- Sequestro esplênico
- Síndrome torácica aguda
- AVE
Diferença da crise mão-pé e da crise óssea na anemia falciforme
Idade em que ocorre, crise óssea ocorre em maiores de 3 anos. Como o osso é mais calcificado, não tem dactilite!
Sequestro esplênico - quadro clínico e conduta
- Ocorre em menores de 5 anos
- Anemia abrupta pela retenção de elementos figurados
- Esplenomegalia pela oclusão de Ramos venosos primeiro, provocando congestão
- Conduta: encaminhar para esplenectomia após primeiro sequestro
Falciforme com mais de 5 anos e esplenomegalia - como isso acontece?
Mantém produção de HbF
Síndrome torácica aguda na anemia falciforme - como é caracterizada?
Infiltrado pulmonar novo +
Febre/dispneia/dor torácica/tosse/expectoração purulenta/hipoxia
Pode evoluir para SDRA em 24-36h!!
Duas principais complicações da doença SC
Necrose de cabeça de fêmur
Retinopatia
Tratamento agudo da crise vasooclusiva (4)
- Hidratação
- O2 se Sat < 92
- Analgesia
- ATB beta lactâmico se: febre >38,5 / leuco > 30.000 / hb < 5 / hipotensão
Indicação de hidroxiureia na anemia falciforme (3)
- Mais de 2 crises algicas no ano
- Prevenção secundária de AVE/STA
- Anemia grave sintomática
Duas indicações de transfusão simples na anemia falciforme
- Anemia grave (<5,5 criança ou <6,0 no adulto)
2. Anemia sintomática
Indicações de transfusão de troca na anemia falciforme (3)
Aguda: AVE/STA
Crônica: manter hb entre 9-10, HbS < 30%
- não respondedores a hidroxiureia
- prevenção secundária de AVE/STA
Quadro clínico da B talassemia MAJOR (5)
- Baixa estatura e deformidades ósseas
- Anemia grave com hemólise intensa
- Hepatomegalia (hemólise e eritropoese extramedular) e esplenomegalia (hemólise)
- Acúmulo de ferro
- Baixa sobrevida (hemocromatose)
Tratamento da beta talassemia major (4)
- Transfusão crônica
- Quelante de ferro
- Esplenectomia
- Transplante MO
Quais as cadeias da talassemia intermédia?
Beta+/Beta+
Laboratório da talassemia MINOR (3)
RDW normal
Anemia hipocromica microcitica (MUITO microcitica)
Cinética do ferro normal
Profilaxia de Anemia Ferropriva em RN - qual o esquema e doses?
- RNT/AIG/P>2500g:
- inicio aos 3 meses até os 2 anos
- 1mg/kg/dia
- MS: após 6 meses
- não realizar se fórmula > 500ml/dia - RNPT/<2500g:
- inicio com 1 mês de vida até os 2 anos
- Primeiro ano: <1000g - 4 / < 1500 - 3 / < 2500 -2
- Segundo ano: 1mg/kg/dia para todos
Diagnóstico de leucemias agudas e diferentes técnicas (2)
Diagnóstico: ≥ 20% blastos MO
Aspirado: bom para morfologia celular
Biópsia: avaliação da % acometida
Quadros típicos dos subtipos de LMA
LMA M2 (Mieloblástica aguda): cloroma
LMA M3 (Promielocítica): CIVD (consome fatores coagulação) -> ATRA
LMA M4/M5 (Mielomonocítica/monocítica): hiperplasia gengival
Quadro geral da LMA
Astenia, febre, infiltração tecidual
RISCO DE LEUCOSTASE
Características dos Blastos Mielóides na LMA
- CD 33, 34, 13, 14
- Bastonetes de Auer
- Mieloperoxidase
Transfusão de CH e plaquetas na LMA - quando?
- CH:
- HB < 6,0 geral
- HB < 8,0 em cardiopata - Plaquetas (1 unidade / 10kg):
- < 10.000 sempre
- < 20.000 se infecção ou febre
- < 50.000 se sangramento ativo
Definição e conduta da Neutropenia febril
Definição:
- Neutro < 500 com:
- febre ≥ 38,3 ou ≥ 38 por 1 hora
Conduta:
- Culturas
- ATB antipseudomonas
- Associar vanco se: hipotensão / Gram+ em amostra / Pele / Cateter / Pulmão
- Associar antifúngico se persistência por 4-7 dias
Tratamento ambulatorial de Neutropenia Febril
- Esquema
- Pre requisitos
- Cipro + Clavulin
- Expectativa de neutropenia < 7 dias, sem disfunção orgânica, sem manifestação gastrointestinal qualquer
SCORE MASCC (avaliação subjetiva / DPOC exacerbado / Hipotensão / Tumor sólido / Infecção fúngica prévia em paciente hemato / Desidratação que precisa de fluido EV / Idade)
Alterações da Síndrome de Lise Tumoral e prevenção
- HiperKalemia + HiperFosfatemia + HipoCAlcemia + HiperUricemia
- Hiper hidratação + rasburicase/alopurinol
Quadro mais sugestivo de LLA
- Dor óssea
2. Infiltração de SNC e testículo
Características dos blastos LLA
Linhagem B: CD 10, 19, 20
Linhagem T: CD 3, 7
Ruim quando presença de Philadelphia t(9;22)
Ácido periodo de Schiff (PAS)
Mutação típica da LMC
Cromossomo Philadelphia t(9;22) com transcrição BCR-Abl
Tratamento especifico da LMC
Imatinibe (inibidor de tirosina quinase)
Quadro clínico sugestivo da LMC
- Eosinofilia e Basofilia!!!!
- Risco de LEUCOSTASE
- Fosfatase Leucocitária BAIXA (diferencial com reação leucemoide)
- Esplenomegalia de monta
Diagnóstico da LLC
Linfocitose > 5000 com Linfócitos B CD5+ em citometria de fluxo
Quadro clinico da LLC
- Hepatoesplenomegalia discreta
- Infiltração linfonodal
- Hipogamaglubulinemia
- Infecções de repetição
- Linfocitose
Sintomas B dos linfomas
- Febre
- Perda de peso > 10% em 6 meses
- Sudorese noturna
Pior prognóstico!!
Dicas do laboratório dos linfomas Hodgkin e não-Hodgkin
- Hodgkin: leucocitose, trombocitose, eosinofilia, células RS
- Não Hodgkin: “penias”
Estadiamento dos linfomas
1 - 1 cadeia acometida
2 - 2+ cadeias acometidas do mesmo lado do diafragma
3 - 2+ cadeias acometidas em ambos lados do diafragma
4 - acometimento extranodal
Quadro clinico do linfoma Hodgkin
- Adenomegalia cervical, supraclavicular ou mediastino (entra nos 4T de alargamento mediastinal)
- Febre de Pel Ebstein (febre sem padrão - dias com, dias sem)
- Dor com ingestão alcoólica
- Distribuição bimodal: mulheres jovens, homens mais velhos
4 tipos mais frequentes de linfoma Hodgkin
- Esclerose nodular: 65% mais comum em jovens
- Celularidade mista: 25% homens com HIV/EBV
- Predomínio linfocitico: melhor progrnostico
- Depleção linfocitica: pior prognósticos, mais velhos
Características gerais do linfoma não Hodgkin
- Disseminação hematogenica - comum extranodal
- Pessoas > 60 anos
- Relação com HIV: linfoma de Burkitt e linfoma de grandes células B
Tipos indolentes e agressivos de não-Hodgkin
- Indolente - Folicular, com sobrevida de anos
- Agressivo - Grandes células B - tratamento curativo em 55%
- Muito agressivo - Burkitt e linfoblástico - crianças, alta taxa de cura, porém curso muito rápido de doença
Síntomas CARO do mieloma múltiplo
Calcio > 11
Anemia < 10
Rins: Creat > 2.0 ou clearence <40
Osso com lesão lírica
Rins: proteinuria de Bence Jones, Fanconi, proteinúria sem albumina
Eletroforese de Ig típica do mieloma múltiplo
- Pico monoclonal de imunoglobulina
- Inversão do padrão albumina-globulina
- Componente M ≥ 3
Macroglobulinemia de Waldstrom - o que é? Quadro clínico?
- Pico monoclonal de IgM por linfócitos plasmocitóides na medula
- Adenomegalia, esplenomegalia, perda de peso, hiperviscosidade sanguínea (vertigem, cefaleia, alteração visual, sangramentos)
Tratamento com plasmaferese e rituximab
Diagnóstico do mieloma múltiplo
- Biópsia de medula ≥ 10% plasmocitos + 1 sintoma CARO ou 1 biomarcador
Biomarcadores:
- ≥ 60% de plasmocitos na medula
- relação cadeias leves envolvidas/não envolvidas ≥ 100
- > 1 lesão focal em RNM
Mieloma Indolente ou Smoldering - o que é?
Biópsia com ≥ 10% de plasmócitos sem sintomas e sem biomarcadores
Síndrome POEMS
Polineuropatia simétrica em botas e luvas Organomegalia Endocrinopatia (principal hipogonadismo) Mieloma Skin (hiperpigmentação)
Mutação da policitemia vera
Jak-2
Trombocitopenia induzida por heparina - critérios e conduta
- Queda > 30-50% do total com plaquetas >10-20.000
- Ocorre 5-14 dias após introdução, sendo HNF a principal
- Plaquetopenia com tromboses
Conduta:
- Suspender heparina
- Iniciar inibidor de trombina (Dabigatrana) ou do Xa (rivaroxabana)
Pentade da PTT
- Febre
- Plaquetopenia
- Anemia hemolítica microangiopática com esquizócitos
- Rebaixamento de consciência
- Azotemia leve
Síndromes hereditárias de disfunção plaqueatária e seus alvos
- Bernard-Soulier: deficiência de Ib - MACROPLAQUETAS
2. Glanzman: deficiencia de GP IIbIIIa
Célula encontrada na mielofitise
Dacrióticos - hemácias em lágrima