Genética e Populações Flashcards
o que é o calculo de risco ?
capaz de prever a probabilidade de um indivíduo poder transmitir umadeterminada doença às gerações futuras.
Isto baseia a genética de populações, pelo que esta estuda a frequência com que
ocorrem os alelos numa população.
o que estuda a genetica de populacoes ?
A genética de populações estuda as variantes na população e não num individuo, determina a frequência das variantes, quer genótipicas quer alélicas (AA, Aa, aa / A, a), na população humana, se as variantes obedecem aos princípios de Hardy Weinberg e quais os
fatores que estão a determinar as variações na população e que perturbam, assim, o equilíbrio.
o que é a frequencia genotipica ?
Frequência genótipica → frequência de indivíduos com um determinado genótipo na população, ou seja, com cada uma das possíveis combinações de alelos num determinado locus (AA, Aa,
aa)
As frequências absolutas genotipicas obtêm-se contando os indivíduos. Por exemplo, temos uma amostra de 1612 indivíduos e obtivemos 1469 AA, 138 Aa e 5 aa. Se dividirmos a
frequência absoluta genotipica pelo total (1612) obtemos uma frequência relativa genotipica, ou seja, 0,3% da população é aa, 8,6% é Aa e 91% é AA.
o que é frequencia alelica ?
trata-se de um conceito teórico que corresponde ao número de alelos e a
sua frequência numa população, ou seja, a frequência dos alelos de determinado locus genético.
A soma de todas as frequências alélicas é 1.
o que é o equilíbrio de Hardy-Weinberg – Locus no Cromossoma X ?
O equilobro de hardy weinberg diz que a frequencia dos alelos numa populacao se vai manter constante com o passar das geracoes. Para um locus no cromossoma X, o equilíbrio só é atingido ao fim de várias gerações.
As frequências alélicas na população podem ser calculadas a partir das frequências genótipicas dos homens.
Nas mulheres (dois alelos), calcula-se as frequências genótipicas como se fosse um locus autossómico utilizando as frequências genótipicas (alélicas) dos homens.
em que se baseiam os pressupostos de equilibrio numa populacao ?
- Esteja em panmixia. Qualquer individuo pode escolher livremente com quem quer ter descendentes, ou seja, ocorre acasalamento ao acaso.
- Tenha frequência alélicas idênticas em homens e mulheres.
- Seja uma população muito grande. Assim, o equilíbrio muitas vezes não se aplica a
pequenas ilhas. Por exemplo, devido ao trafico de escravos que eram levados para
determinadas ilhas do atlântico e pacifico, muitas vezes, a população daquela ilha era fundada por colonizadores a partir de um grupo reduzido de pessoas, o que pode explicar a elevada prevalência, por exemplo, de olhos verdes em Cabo Verde. - Migração negligenciada. Nesta o nível de migrantes é sempre muito menor que o nº da população que há naquela região.
- Mutação ignorada.
- Sem seleção natural. Se um determinado alelo tiver um efeito a seleção natural vai ter
tendência a aumentá-lo se a seleção for positiva ou a diminuí-lo se for negativa.
Por exemplo, no passado veio uma população de África com pele escura, no entanto,
quando um dos indivíduos de pele clara surgiu, passamos a ter pele clara, pois esta era
mais apta (devido à vitamina D) e acabou por predominar. Outro exemplo é o das
borboletas brancas e escuras que modificaram a sua cor de acordo com a poluição
aquando da revolução industrial.
quais sao os fatores que afetam o equilibrio de hardy-weinbger ?
- Migração
- Mutação
- Seleção (natural ou artificial)
- Deriva genética
- Exceções ao casamento aleatório (casamento preferencial, consanguinidade e estratificação)
quais sao as aplicacoes do equilibrio de hardy-weinbger ?
- Cálculo das frequências de portadores
- Deteção de desequilíbrios de Linkage
- Estudo da Evolução Humana
risco nas doencas autossomicas dominantes
Quando ambos os pais são afetados pela mesma doença autossómica dominante, o risco de ter um filho doente é alto, como mostra o exemplo. A probabilidade de o filho não ter doença é apenas de 1⁄4. O risco do filho ser doente e ainda heterozigótico é de 1⁄2 e de ser homozigótico (AA) é de 1⁄4.
Na maioria dos casos, o fenótipo nos homozigóticos é mais severo que nos
heterozigóticos, como em casos de hipercolesterolemia e acondroplasia. Em algumas doenças, como a doença Huntington e a distrofia miotónica, os estados homozigóticos são menos severos e esta probabilidade reflete como a mutação atinge o gene.
Quando ambos os pais estão afetados, mas por uma diferente doença autossómica
dominante, a probabilidade de o filho não ter nenhuma das doenças é de 1⁄4. O risco de estar afetado por uma ou outra doença é de 1⁄2 e o risco de ter ambas é de 1⁄4.
risco nas doencas autossomicas recessivas
Estes cálculos têm sempre 3 hipóteses:
* 2 indivíduos têm história familiar e por isso conseguimos saber o genótipo de ambos.
* 1 tem história familiar (calculamos pela história) e o outro não (calculamos através da população).
* Nenhum tem história. Normalmente não acontece, pois não faz sentido calcular um risco se não temos um histórico de doença.
Determinação de risco de portador para famílias recorrentes - autossomico recessivo
A recorrência de uma doença autossómica recessiva
geralmente só ocorre num membro particular da família. A ocorrência da mesma doença em diferentes irmãos dentro de uma mesma família pode ocorrer se o gene mutado é comum na
população, ou em casos de consanguinidade. Muitos membros da família irão, no entanto, ser portadores. Este exemplo demonstra
o risco de parentes serem portadores na família, ignorando apossibilidade de ambos os membros de um casal serem portadores, para além dos pais do filho doente.
Determinação de risco de portador para famílias sem história - autossomica recessiva
O risco de uma irmã saudável ter um filho doente é baixo e é determinado pela
probabilidade do seu parceiro ser também portador. O risco depende da frequência do gene mutado na população. Isto pode ser calculado pela
incidência da doença usando o princípio do equilíbrio de Hardy-Weinberg.
No risco para a fibrose quistica, que se encontra demonstrado no exemplo
8, há um risco de portador de 2/3. O marido, que não é da família, tem um risco igual ao risco populacional de cerca de 1/22 de ser portador. Como o
risco de os dois pais passarem a mutação é 1/4 se ambos forem portadores, o risco da criança ser doente é: 2/3×1/22×1/4
Consanguinidade - autossomica recessiva
Ambos têm história de doença familiar. Há um casamento de consanguinidade.
Quando uma pessoa doente tem um filho, o risco de ocorrência é determinado pela probabilidade de o parceiro ser portador. Nos
casamentos não-consanguíneos este é calculado pela frequência na
população. No entanto, nos casamentos consanguíneos este é calculado pelo grau de relação entre o casal. O parente afetado (doente) passa o gene mutado, já que ele é homozigótico (aa) e o risco do descendente é então
metade do risco de o parceiro, neste caso da mãe, ser portador (tendo em
conta a probabilidade de este também passar o gene mutante).
O pai é Aa (representado na imagem pelo quadrado com a bolinha no meio) e, por isso, a probabilidade de a sua irmã (II2) ser portadora é de 1⁄2, e, consequentemente, o risco da filha (III3) ser portadora é 1⁄4.
A probabilidade de terem um filho doente é:
* A probabilidade de o pai transmitir o alelo (100%, já que é doente)
* A probabilidade de a mãe transmitir o alelo (1/4, já que essa é a probabilidade de ser
Aa)
1×1/4×1/2=1/8
.
Heterogeneidade Génica (Complementação) - autossomica recessiva
Algumas doenças autossómicas recessivas,
como doenças congénitas severas podem ser causadas por uma variedade de genes em diferentes loci. Quando ambos os pais têm a doença
autossómica recessiva, o risco para os descendentes vai depender se os pais são homozigóticos para os
mesmos alelos ou não.
No 1º caso (example 11), ambos os pais têm a mesma forma recessiva e os seus filhosserão todos afetados. No 2º caso (example 12), os pais têm diferentes formas da doença, devido aos genes
estarem em loci separados. Os seus descendentes serão heterozigóticos para ambos os loci, mas não afetados pela doença. Já que estes diferentes tipos nem sempre conseguem ser identificados por testes genéticos, o risco para os descendentes nestas situações nem sempre
consegue ser calculado até a presença ou ausência de doença no primeiro filho ser conhecida.