GASTROLOGIA Flashcards
esofagite eosinofílica
inflamação do esofago mediada por eosinófilos
doença cronica - associada a condições alérgicas
zonas de clima frio, caucasianos
homens; risco hereditário
fisiopatologia esofagite eosinofilica
alterações barreira epitelial -> resposta imunologica Th2-> IgG4/IL-13/IL-5
clínica esofagite eosinofilica
crianças: recusa/ intolerancia alimentar/ nauseas/ desnutrição
adolescentes: dor torácica, dor abdominal, pirose
adultos: disfagia, impactação alimentar (1o sintoma), pirose
endoscopia esofagite eosinofilica
traqueização/fenilização (aneis); sulcos longitudinais; estenoses
exsudatos esbranquiçados; esofago em papel crepom (descolamento da mucosa)
biópsia esofagite eosinofilica
> 15 esoinofilos/ CGA
agregados de eosinofilos, alongamento papila, abcessos
diagnóstico esofagite eosinofilica
clínica + >15eos/CGA + excluir secundários
- biopsar duodeno, estomago: gastroenterite eosinofilica, doença de crohn, parasitoses, drogas, penfigo
-outros: EED/ impedancia planimetria/ pHmetria/ Eco-EDA/ manometria
esofagites infecciosas
infecção do esofago
higidos ou imunossuprimidos
etiologia: candida/ HSV/CMV
tratamento esofagite eosinofilica
3D: dieta + drogas + dilatação
Dieta (4-6sem)
- determinar triggers: 6 food elimination
Drogas
- IBP: oemprazol/pantoprazo/ezomeprazol
- corticoides tópicos/orais: fluticasona/budesonida
Dilatações endoscópicas com balão
esofagite por candida
Candida albicans (+comum)
Candida globrata (DM)
fatore de risco: imunodepressão, corticoide, ABT recente, diabetes, cancer, ibp
Clínica: dis/odinofagia, pirose, dor retroesternal
Dx: endoscopia + biópsia > placas esbranquiçadas, puntiformes
tratamento: fluconazol/itroconazol
esofagite por HSV
raro em imunocompetentes
clínica: dis/odinofagia, febre, dor retroesternal
endoscopia: úlceras superficiais
tratamento: aciclovir
esfoagite por CMV
clínica: dis/odinofagia, nauseas, vomitos, diarreia (colite)
endoscopia: poucos úlceras, mais profundas, maiores
tratamento: genciclovir, valganciclovir por 2 semanas
colangite biliar primária
colestase cronica autoimune
- inflamação ducto biliar -> colestase cronica -> fibrose
mulheres de meia idade
associada com outras autoimunes: sjogren, reynauld, AR, psoriase
fisiopatologia CBP
pré clínica: AMA positivo
fase assintomatica: colestase bioquimica, maioria dos diagnosticos
fase sintomatica: avançada, menor resposta
fase final: cirrose
clínica colangite biliar primaria
maioria assintomatica ou
fadiga
prurido, hiperpigmentação, hepatoesplenomegalia
laboratório CBP
aumento fosfatase alcalina (>1,5x)
aumento transaminases, bilirrubina, IgM
autoanticorpo: AMA
imagem colangite biliar primaria
USG
Colangiografia
Biópsia hepatica - indicações
- suspeita de hepatopatia
- ausencia de anticorpos
- lesão ductular florida
- estadiamento
tratamento CBP
vacinação hepatites, cessar tabagismo etilismo, evitar frutos do mar
Medicamentoso:
- ácido urdesoxicólico (nao melhora sintomas)
- fibrato
- prurido: colestiramina, sertralina, rifampicina, antihistaminco
colangite esclerosante primaria
colestase idiopática com inflamação cronica dos ductos biliares
associado a DIIs: retocolite
homens meia idade
risco de DII e cancer
fisiopatologia CEP
inflamação -> torção + fibrose dos ductos biliares
- lesão em casca de cebola
multifatorial
clínica Colangite esclerosante primaria
50% assintomaticos
dor abdominal, prurido, ictericia, fadiga, hepatoesplenomegalia
exames complementares CEP
laboratorio: colestase (aumento 1,5x fosfatase alcalina)
imagem:
- contas de rosário: irregularidade de estenoses e dilatações
biópsia hepática: fibrose concentrica periductal (casca de de cebola)
complicações da CEP
cirrose e hipertensão portal
deficiencia vitaminas ADEK, osteoporose
cancer: hepatobiliar, carcinoma hepatocelular, colangiocarcinoma
tratamento colangite esclerosante primaria
geral: rastreio varizes, deficiencia de vitaminas, DMO
ausencia de terapia especifica
usas-se acido ursodesoxicólico
cirrose: transplante
metabolismo bilirrubina
BAÇO - complexo heme -> bileverdina -> bilirrubina insolúvel -> levado pela albumina para veia porta -> FÍGADO -> conjugação com acido glucuronico -> bilirrubina direta -> oxidada microbiota intestinal -> estercobilinogenio/urobilinogenio
síndrome icterica diagnosticos diferenciais
I - aumento da produção das bilirrubinas (anemia hemolitica)
II- diminuição da depuração da bilirrubina
A - sindromes geneticas (Gilbert, C. Najjar, Dubin Johnson, Rotor)
B- colestases (intraxextra hepatica)
classificação ictericia
Flavínica: + palidez - B indireta (hemólise)
Verdínica: esverdeado - B direta (colestase)
Rubínica: com vasodilatação (leptospirose, cirrose)
síndrome de gilbert
10% dos caucasianos, homens, adolescentes
aumento da bilirrubina INdireta
- diminuição da atividade da enzima UGT1A1
maioria assintomatica
gatilhos: jejum, atv fisica, desidratação, mestruação, infecção
sd crigler najar tipo i
ictericia grave desde RN (20-50)
kernicterius
aumento da BR Indireta pela diminuição da conjugação da BR
e diminuição fecal de urobilinogenio
não responde a fenobarbital
sd crigler najjar tipo II
niveis mais baixos de bilirrubna (<20)
sobrevivem até idade adulta sem dano neurologico
fenobarbital responde em 30%
sindrome de dubin johnson
aumento da bilirrubina Direta
adolescentes, judeus, rara
assintomático
piora com ACO, gestação, infecções
defeito na proteina MRP2 (transportadora)
- dificuldade de armazenamento e excreção
coproporfirina normal
sindrome de rotor
fenotipo semelhante a dubon johnson
prejuizo no armazenamento hepatocelular de b direta com vazamento para o plasma
aumento na excreção da coproporfirina 2-5x
colecistite aguda
vesicula inflamada
calculo obstrui por >6 horas
calculo impactado -> incapacidade de esvaziamento -> estase -> colonização/inflamação/infecção
- bacterias gram -, anareobias
- principal: E.coli
clínica colecistite aguda
dor em HCD >6 horas
irradiação para dorso
nauseas, vomitos, febre, taquicardia
Sinal de Murphy: Interrupção da respiração ao palpar ponto cistico
laboratorio: leucocitose, aumento PCR, aumento FA, GGT, TGO, TGP, bilirrubinas
diagnostico colecistite aguda
diretriz de toquio
USG: calculos (imagem ovalada, sinais de inflamação)
colecintilografia com DISIDA: radioisotopo nao visualiza na vesicula biliar
tratamento colecistite aguda
compensação clínica
Antibiotico
- amoxicilina + clavulanato
- ceftriaxona +metronidazol
- ciprofloxacino + metronidazol
Colicistectomia videolaparoscopica precoce (<72h)
colecistolitíase
calculo na vesicula biliar
15% da população mundial
maioria assintomaticos (90%)
fatores de risco - FS
- female, fourty, fertility, fat, fair (pele caucasiana)< family history
maioria de colesterol
clínica colecistolitíase
maioria assintomaticos
dor em HCD, pós prandial
atípicas: saciedade precoce, indigestão, epigastralgia
exames complementares colecistolitíase
USG: ovalada, hiperecoico, formação sombra posteior
TC: ve calculos radiopacos
(bilirrubinato de calcio)
Colangiorressonancia: nao ve calculos pequenos (<3mm)
Ecoendoscopia: operador dependente
coledocolitíase
calculo biliar no ducto coledoco
primaria x secundaria
primaria: alterações ductais, disfunção no esfincter de oddi, parasitismo hepatobiliar colangite recorrente cronica
clínica coledocolitíase
sindrome colestatica
- ictericia: esclera, maos,
- coluria
- acolia fecal
dor abdominal: HCD, epigastrio
nauseas vomitos
diagnostico coledocolitiase
LAB: aumento GGT, FA
USG: nao ve bem o lito, mas ve dilatação das vias
Colangiorressonancia: melhor, mas nao ve calculo <3mm
Eco endoscopia
Manejo coledocolitiase
CPRE: papilotomia duodenal + extração de calculos
- alta taxa de complicaçõ (pancreatite, sangramento)
Colicistectomia para evitar recorrencias
colangite
inflamação da via biliar comum
obstrução biliar -> colestase -> infecção
síndrome colestatica, dor HCD, febre, taquicardia, sepse
TRiade de charcot: febre, dor, ictericia
Pentade de Reynaulds: +hipotensao e alteração nivel de consciencia
diagnostico colangite
LAB: leucocitose, aumento de FA, GGT, TGO,TGP,bilirrubina
USG: lito + dilatação
manejo colangite
compensação clínica: estabilização, hidratação
ATB: ampicilina + sulbactam/ ceftraixone + metronidazol / ciprofloxacino + metronidazol
- cobrir gram - e anaerobios
CPRE de urgencia
pancreatite aguda
doença inflamatória aguda do pancreas
90% beningas, autolimitadas
etiologias
- colelitíase (calculos pequenos)
- alcoólicas
- medicamentosa
- hipertriglicerideos, hipercalcemia, tumores, pós CPRE
clínica pancreatite aguda
dor em faixa abdome superior que irradia para dorso
piora a alimentação
Nauseas e Vomitos
exame fisico inespecificp
- sinal de grey turner: hematoma em flanco
- sinal de culen: hematoma periumbilical
LAB: aumento de lipase e amilase
diagnostico pancreatite aguda
2 de 3:
- quadro clinico
- amilase/lipase >3x
- imagem (TC contraste)
(só na duvidda, forma tardia)
tratamento pancreatite aguda
suporte clinico, analgesia, antiemetico, hidratação, jejum
Biliar: colicistectomia
- leve: precoce
- grave: depois de 6 semnas
realimentação precoce, quando cessar dor
Não usar Antibiótico
estratificação de gravidade ATLANTA - pancreatite aguda
leve: ausencia de insuficiencia organica/ complicações
moderada: unica disfunção organica <48h OU complicações
Grave: unica disfunção >48 h, multiplas + complicações
hernias abdominais
5% população (75% inguinais, 15% incisionais, 10% epigastricas e umbilicais, 5% femorais)
fatores de risco: masculino, idoso, colagenoses, tabagismo, aumento cronico pressao abdominal
anatomia hernias abdominais
abdome inferior: aponeurose do m.obliquo externo
ligamento inguinal:
- a cima: anel inguinal interno
- abaixo: canal femoral (Hernias femorais)
Região de fraqueza: ostiomiopectíneo de Fruchaud (m reto abdominal, tendao conjunto do m. obliquo externo, m.psoas, ligamneto pectineo)
- Trígono de hesselbach (Hernia direta)
- Canal Inguinal (Hernias indiretas)
classificação NYHUS hernias abdominais
I - indireta, anel inguinal interno normal (criança)
II- indireta, anel inguinal interno alargado
III - fraqueza da parede posterior (A -direta, B - indireta, C-crural/femoral)
IV - recorrentes
(A-B-C-D- combinação das3 )
clínica hernias abdominais
abaulamento/ protusão com aumento da pressão abdominal
dor vaga e peso na regiao
- manobra de valsalva
tipos de hernias abdominais
redutiveis: simples
encarcerada: urgente, peso, dor intensa
estrangulada: isquemia da alça
tratamento hernias adbominais quanto ao tipo
redutivel: cirurgia eletiva x observação
encarcerada: tentar reduzir, cirurgia de urgencia
estrangulada: nao reduzir, cirurgia de emergencia
tecnicas cirurgicas hernias abdominais
- Bassini: sutura lig inguinal
- McVay: sutura lig pectineo, femoral
- Shouldice: imbricamento de camadas
- Lichtenstein (TELA) padrão ouro, mas só para hernias inguinais
- crianças: inguinal cirurgia, umbilical fecha espontaneo
hipertensão portal
pressao v porta > 10mmHg
GPVH >5mmHg
geralmente por aumento da resistencia da veia porta
classificação hipertensão portal
Pré hepatica
- trombose v porta, v. esplenica, hipertensão portal segmentar, fistula arteriovenosa
Intra hepática
- Pré sinusoidal: esquistossomose, sarcoidose
- Sinusoidal: cirrose, hepatite
- Pós sinusoidal: doença hepatica veno oclusiva
Pós hepática
- Ic, budd-chiari
fisiopatologia hipertensão porta
(cirrose) aumento resistencia ao fluxo sanguineo portal + vasodilatação esplancnica (NO)
-hipovolemia relativa: ativa SRAA
gradiente de pressão venosa hepatica (GPVH) e complicações
> 5: hipertensão portal
10: varizes gastroesofagicas
12: sangramento
20: sangramento grave
clínica hipertensão porta
circulação colateral: cabeça de meduca, varizes gastroesofagicas,
esplenomegalia
ectasia vascular antral
plaquetopenia (<150000)
elastografia > 20kPa
profilaxia varizes gastroesofagicas
indicação: medio/grosso calibre ou fino + child C
ESOFAGICAS
- 1aria: B bloq OU ligadura elastica
- 2aria: B bloq + ligadura elastica
GASTRICAS
- b bloq ou cianoacrilato
tratamento hemorragia varizes
terlipressina
octreotide
ligadura elastica
escleroterapia
balão
síndrome de budd chiari
obstrução da veia hepatica
po estado de hipercoagulabidade
etiologias: neoplasia mieloproliferativa, SAAF, FV leiden
cirrose fisiopato
fator agressor -> celulas de ito ativam -> microfibroblastos -> produzem densa camada de matriz extrcelular -> obliteram espaços fenestrados -> aumento resistencia vascular
+ nódulos de regeneração
+ extinção parenquimatosa
clínica cirrose
Hipertensão portal: circulação portal, varizes esofagicas, esplenomegalia
Insuficiencia Hepatocelular:
- hiperestro: teleangectasias, ginecomastia, eritema palmar
- hipoandro: atrofia testicular, rarefação de pelos, redução massa muscular
- diminuição função: hipoalbuminemia, ictericia, coagulopatia, imunodepressão
exames laboratoriais cirrose
plaquetopenia, anemia, leucopenia
aumento RNI, diminuição fator v
hiponatremia, hipoalbuminemia
aumento TGO, TGP, FA, ggt, RNI
imagem: figado reduzido, bordas irregulares
biopsia: nodulos de regeneração