FRATURAS TRANSTROCANTERIANA Flashcards

1
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as delimitações da área intertrocanteriana?
A
  • Transição entre o colo e a diáfise do fêmur
  • Área entre os trocânteres maior e menor
  • Extracapsular → base do colo até trocânter menor
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2
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual a medida do ângulo cervicodiafisário?
A
  • Varia de 120° a 135°
    • ♂ → em média 130°
    • ♀ → em média 128°
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3
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as características do calcar femoral?
A
  • Parede vertical de osso compacto
  • Face póstero-medial da diáfise → área posterior do colo do fêmur e da região intertrocantérica
  • Condutor de transferência de estresse
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4
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual a anteversão femoral?
A
  • Varia de 15° a 25°
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5
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Como se dá a distribuição do sistema trabecular do fêmur proximal?
A
  • Dividido em linhas de compressão e tensão
    • Grupo de tração principal
    • Grupo de tração secundária
    • Grupo de compressão principal
    • Grupo de compressão secundária
    • Grupo trocantérico maior
    • Triângulo de Ward
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6
Q

Fratura transtrocanteriana

  • O que o índice de Singh avalia (6 → 1)?
A
  • Avaliação o grau da osteoporose, ou seja, quanto mais avançado o grau de reabsorção óssea, maior a reabsorção das trabéculas de tração (tensão), persistindo apenas as trabéculas de compressão
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7
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais ligamentos compõem a região anterior da articulação coxofemoral (2)?
A
  • Lig. iliofemoral (Y de Bigelow)resiste a extensão e RE
  • Lig. pubofemoralresiste a RE em extensão
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8
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual ligamento compõe a região posterior da articulação coxofemoral?
A
  • Lig. isquiofemoralresiste a RI em flexão e extensão
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9
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Vascularização:
A
  • Imagem auto-explicativa
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10
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as forças deformantes do fêmur proximal (fragmento proximal e distal)?
A
  • Fragmento proximal
    • Iliopsoas → flete
    • Glúteo médio → abdução
    • RE → rotadores externos
  • Fragmento distal
    • Aduzido (adutores)
    • Encurtado (quadríceps)
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11
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Epidemiologia:
A
  • 30 a 50 / 100.000 casos
  • > 65 anos (média de 80 anos)
    • 3 anos a mais em comparação com a fratura de colo
  • Brancas
  • Queda da própria altura
  • Acomete mais mulheres (2 a 8 vezes mais que homens)
  • 70% tem comorbidade relacionada a queda
  • Mortalidade → 1 mês 13% // 1 ano 25%
  • 50% apresentam osteoporose
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12
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Mecanismo de trauma:
A
  • Adultos jovens → predomínio de homens (mais comum < 40 anos)
    • Trauma de alta energia
  • Idosos → predomínio de mulheres (mais comum > 50 anos)
    • Queda da própria altura (90% das fraturas do quadril)
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13
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual a prevalência das lesões associadas?
A
  • Ocorrem em 4% dos casos (96% isolada)
  • Baixa energia (idosos)
  • Fratura de rádio distal ipsilateral + comum (2%)
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14
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual a lesão associada mais comum?
A
  • Fratura de rádio distal ipsilateral (2%), seguida pela fratura de úmero próximal
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15
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Principais fatores de risco:
A
  • IMC < 18,5
  • Osteoporose
  • Desnutrição (vit. D)
  • Albumina < 3 (70 % de mortalidade) X albumina > 3 (18 % de mortalidade)
  • Tabagismo
  • Etilismo

Deficiência de albumina (< 3) e de vit D são reconhecidos fatores de risco

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16
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais os principais exames pré-operatórios de rotina?
A
  • Ca sérico, fosfato e fosfatase alcalina
  • Hemograma completo
  • Bioquímica
    • Função renal → uréia, creatinina
  • 25-hidroxivitamina D, TSH, PTH
  • Eletroforese de proteínas séricas
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17
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Sinais e sintomas:
A
  • Impossibilidade de ficar em pé ou deambular
  • Encurtamento e rotação externa (> que colo do fêmur → extracapsular)
  • Hematoma glúteo (fratura extra-capsular)
  • Fraturas impactadas → dor à mobilização de quadril
18
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Na avaliação radiográfica, quais incidências solicitar?
A
  • AP de quadril
    • Sob tração (avaliar personalidade da fratura)
    • 15° de rotação interna
  • Perfil de quadril
    • Avaliação da cominuição posterior
  • AP de bacia
  • AP/P do fêmur
19
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Na avaliação radiológica, qual a utilidade da TC?
A
  • Para melhor avaliação e planejamento cirúrgico
20
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Na avaliação radiológica, qual a utilidade da RNM?
A
  • Investigar fraturas atípicas e ocultas
21
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais os critérios de instabilidade?
A
  • Fragmentação posteromedial
  • Padrão basocervical
  • Traço reverso
  • Fratura do trocânter maior
  • Parede lateral incompetente (< 20,5 mm)

Basta 1 critério para que uma fratura seja instável!

22
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Como avaliar (medir) a integridade da parede lateral?
A
  • Traça-se uma reta de 3,0 cm abaixo do tubérculo inominado (sentido distal)
  • Do final da reta traçada inicialmente, traça-se uma 2° reta numa angulação de 135° em direção a cabeça femoral, até o traço de fratura
    • Se a distância for > 20,5° → parede lateral íntegra (fratura estável)
    • Se a distância for < 20,5° → parede lateral incompetente (fratura instável) → medialização da diáfise + ↓ Offset
23
Q

Fratura transtrocanteriana

  • O que acarreta a fragilidade da parede lateral?
A
  • Medialização do fêmur com diminuição do offset
24
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as principais classificações (4)?
A
  • Boyd e Griffinn (1949)
  • Tronzo (1974)
  • Evans - Jensen (1980)
  • AO (2018)
25
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Classificação de Boyd e Griffin (4):

  • Avalia a obtenção e manutenção da redução
A
  • Tipo 1 → estável (2 partes)
  • Tipo 2 → instável (cominuição posteromedial)
  • Tipo 3 → traço oblíquo (reverso)
  • Tipo 4 → extensão para região subtrocantérica
26
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Classificação de Tronzo (5):

  • Estabilidade baseada no traço e na presença de cominuição posteromedial
  • Não está nas referências (Rockwood, Campbell e Geraldo Motta)
A
  • Tipo 1→ incompleta sem desvio
  • Tipo 2 → completa sem desvio
  • Tipo 3 → completa com desvio, calcar no canal (cominuição posteromedial)
    • 3A → medializacão da diáfise, sem fratura do trocânter maior
    • 3B → medialização da diáfise, com fratura do trocânter maior
  • Tipo 4 → lateralização da diáfise
  • Tipo 5 → traço reverso
27
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Classificação de Evans - Jensen (3):

  • Avalia a estabilidade → quanto maior o número de fragmentos, menor a estabilidade pós redução
A
  • Tipo 1 → estáveis, 2 partes (cortical posteromedial intacta ou cominuição mínima)
    • Tipo 1A = não desviadas
    • Tipo 1B = desviadas
  • Tipo 2 → instáveis, 3 partes (maior cominuição posteromedial)
    • Tipo 2A = desviada / fratura do TM
    • Tipo 2B = cominuta / fratura do Tm
  • Tipo 3 → traço rerverso, 4 partes
28
Q
  • Classificação AO:

  • Avalia a localização, traço de fratura e presença de cominuição posteromedial e posterolateral
A
  • 31A1
29
Q

Fratura transtrocanteriana

  • A fratura isolada do trocânter menor está frequentemente associado a:
A
  • Tumor e deve-se investigar a extensão da fratura
30
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as indicações para o tratamento conservador?
A
  • Tratamento de exceção
  • Pacientes não-deambuladores
  • Demência grave
  • Doença terminal grave (expectativa de vida < 6 meses)
  • Fraturas ocultas / incompletas (diagnosticada por RNM)
31
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais os métodos para o tratamento conservador?
A
  • Mobilização precoce (cama → cadeira)
  • Tração trans-esquelética quando extensão subtrocantérica (6 a 8 semanas)
  • Consolidação ocorre entre 12 a 16 semanas
32
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual o principal objetivo do tratamento cirúrgico?
A
  • Deambulação precoce
33
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual o tempo ideal para o tratamento cirúrgico?
A
  • Assim que houver condições clínicas
    • Preferência para as primeiras 24 a 48 horas
  • Literatura sugere aumento de mortalidade > 48 horas
34
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Para o tratamento cirúrgico, qual a estabilidade, método, tipo de redução e principais opções de implantes preconizados?
A
  • Estabilidade → relativa
  • Método → tutor interno (intramedular / extramedular)
  • Redução → indireta
  • Implantes
    • Placa de ângulo fixo + parafuso deslizante (DHS)
    • Haste cefalomedular (PFN)
35
Q

Fratura transtrocanteriana

  • No tratamento cirúrgico, quais os fatores de decisão para escolha do tutor interno (5)?
A
  • DICOF
    • Desvio
    • Integridade da parede lateral
    • Cominuição posteromedial
    • Qualidade Óssea
    • N° de Fragmentos
36
Q

Fratura transtrocanteriana

  • De acordo com a classificação AO, quais as principais indicações para utilização dos diferentes tipos de tutor interno?
A
  • AO 31A1 → DHS e PFN
  • AO 31A2 → PFN
  • AO 31A3 → PFN (opção para DCS)
37
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as vantagens da PFN em relação ao DHS?
A
  • Em geral, são indicadas em fraturas pertrocantéricas e intertrocantéricas
  • Menor desvitalização
  • Menor braço de alavanca
    • Mais próximo do eixo mecânico do fêmur
  • Previnem a medialização da diáfise
  • Permitem compressão longitudinal
  • Posição intramedular
    • Elimina a necessidade de integridade da parede lateral
38
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual a técnica de redução indireta das fraturas?
A
  • Tração longitudinal ➔ Flexão do membro (20 a 30°) ➔ Rotação interna ➔ abdução ➔ Extensão (Leadbetter)
39
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as principais complicações da utilização do DHS?
A
  • Colapso em varo (mais comum)
  • Deslocamento do parafuso de tração pelo colo e cabeça femoral (cut-out)
40
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Quais as principais complicações da utilização da PFN?
A
  • Cut-trough ➔ mais comum
  • Efeito Z ➔ exclusivo em hastes cefalomedulares com dois bloqueios
41
Q

Fratura transtrocanteriana

  • Qual a contraindicação para utilização de implante extramedular (DHS)?
A
  • AO 31A3 (traço reverso)
42
Q

Fratura transtrocanteriana

  • O que consiste o índice de Baumgaertner (TAD)?
A
  • Avalia o posicionamento ideal do parafuso deslizante do DHS
  • Consiste na soma das distâncias da ponta do parafuso até o ápice da cabeça no AP e no Perfil ➔ ≤ 25 mm
    • É o previsor mais confiável quanto a migração do implante
    • Fraturas instáveis e idade avançada também são previsores