Fraturas e Luxações da Coluna Toracolombar Flashcards
Quantas vértebras possui a coluna vertebral?
33
A coluna vertebral é composta por 33 vértebras divididas em:
- 7 cervicais
- 12 torácicas
- 5 lombares
- 5 sacrais
- 4 coccígeas
Quais sãos as curvaturas normais da coluna vertebral?
- Lordose cervical
- Cifose torácica
- Lordose Lombar
- Cifose sacral
Características da transição da coluna toracolombar
- Transição das facetas articulares de semicoronal para sagital
- Mais móvel
- Área mais comum de lesões na região inferior da coluna vertebral
Características da coluna torácica:
- Relativamente rígida (se articula com as constelas)
- Movimento de rotação e flexo-extensão mínimos.
Características da coluna lombar:
- Maiores vértebras
- Movimentos de flexoextensão e rotação mínimos
Quais são as características epidemiológicas das fraturas toracolombares?
- Incidência de 5-10% no politraumatizado
- 89% das fraturas da coluna vertebral
- Maioria entre T11 e L2 (transição)
- Últimamente observado uma transição de um pico bimodal (homens jovens <40a e mulheres idosas 50-70a) para um pico unimodal, em idosos. Isso pelo aumento da prevalência em idosos.
- O padrão mais comum é em compressão
- 20% possuem déficits neurológicos
Quais são os principais mecanismos de trauma na coluna toracolombar?
Jovens: trauma automobilisticos, queda de altura e relacionados a esporte
Idosos: baixa energia, queda da própria altura.
Como ocorre o mecanismo de trauma nas fraturas em compressão?
- Força axial + flexão
*Se for em maior intensidade pode gerar fraturas em explosão.
- Se o centro de rotação for próximo ao LLP - fratura em compressão
- Se o centro de rotação mais anterior ao LLP - lesões em tensão (Fratura de Chance)
Defina a classificação de Denis para fraturas da coluna toracolombar:
Divide a coluna em 3 partes (anterior, média e posterior)
Possui 4 categorias principais:
- Compressão
- Explosão
- Flexão - distração
- Fraturas luxações
Qualquer lesão que se extenda a coluna média é considerada instável
Modelo mais simplista que não usa exames de imagem avançados e desconsidera a situação do complexo ligamentar posterior.

Como é realizada a classificação AO para as fraturas tóracolombares?
Avalia 3 parâmetros:
- Classificação morfológica da fratura
- Lesão Neurológica
- Modificadores Clínicos
Como é realizada a classificação morfológica segundo a AO para fraturas toracolombares?
A: lesão por compressão. Falha das estruturas anteriores sob compressão
B: Falha da banda de tensão posterior ou anterior
C: Falha de todos os elementos, levando a desvio/luxação

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo A0:
Fraturas menores que não comprometem a integridade estrutural da coluna (ex processo espinhoso, processo transverso…)
Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo A1:
Fratura em cunha-compressão: acomete 1 placa terminal e sem acometimento da parede posterior.

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo A2:
Fratura do tipo split: acomete 2 placas terminais e sem acometimento da parede posterior.

Defina segundo a classificação Ao as fraturas do tipo A3:
Fratura em explosão incompleta: acomete 1 placa terminal e a parede posterior.

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo A4:
Fratura em explosão completa: acomete 2 placas terminais e a parede posterior.

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo B1:
Ruptura transóssea da banda de tensão (fratura de Chance)

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo B2:
Ruptura da banda de tensão posterior (através dos ligamentos)
*pode levar a fratura de compressão no corpo vertebral.

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo B3:
Lesão em hiperextensão, falha da banda de tensão anterior

Defina segundo a classificação AO as fraturas do tipo C:
falha de todos os elementos, levando a desvio/luxação

Visão geral classificação AO para fraturas toracolombares.

Classificação neurológica segundo a AO:

Modificadores da classificação AO da coluna toracolombar:

Caracterize a classificação de McCormack (load sharing):
Auxilia na decisão para quais fraturas devem receber sistemas de fixação transpediculares em 1 nível superior e inferior à lesão.
Valores > 6 devem receber simultâneamente artrodese anterior com enxerto estruturado.

Caracterize a classificação de Vaccaro (TLICS):
Leva em consideração a morfologia, o estatus neurológico e o complexo ligamentar posterior.
- < 3: conservador
- 4 = : conservador x cirúrgico
- > 5: cirúrgico

Quais são as características das lesões associadas nos casos de lesão da coluna toracolombar?
- 50% de lesões fora da coluna
- Fraturas vertebrais não constíguas de 17-20%
- Lesões cranianas ou fratura de membros
Quando suspeitar no Rx de lesões da coluna toracolombar?
- Mais de 30° de sifose
- Perda > ou = a 50% da altura do corpo vertebral
- Translações > 2,5mm em qualquer plano
*Sempre obter imagem de toda a coluna para excluir lesões não contíguas.
**Lembrar que o Rx subestima o comprometimento do canal em até 20% e resulta em diagnóstico incorreto em até 25% dos casos de fratura em explosão.
Quando solicitar RNM no contexto de lesão da ocluna toracolombar?
- Padrão ouro para avaliar lesões de partes moles associadas (hérnias discais, hematomas epidurais, lesões medulares intrassubstânciais)
*Não é necessário se não há déficits, mas pode ser necessária em casos de sintomas clínicos de compressão dos elementos neurais e na suspeita de lesão do complexo ligamentar posterior.
Quando é indicado o tratamento conservador nos casos de lesão da coluna toracolombar?
Se ausência de:
- Compressão nervosa (<50% de acometimento do canal vertebral nas fraturas em explosão)
- Instabilidade (Cifose > 25°, perda de > 50% da altura do corpo vertebral, lesão do CLP).
*Fratura de Chance ósseo pode ser tratado conservadoramente.
O que utilizar no tratamento conservador das lesões toracolombares?
Coletes gessados (em desuso)
Órteses para hiperextensão
- Jewett
- OTLS
Ambos por 12 semanas.
*Realizar Rx em ortostase em uso do colete para avaliar sinais de colapso ou cifose progressiva.
Quais são as características da via posterior no tratamento cirúrgico das lesões da coluna toracolombar?
- Permite redução da fratura, restauração do alinhamento, descompressão de estruturas neurais e artrodese sólida.
- Menor morbidade que a via anterior
- Uso de parafusos pediculares, fixando seguimentos contíguos à lesão
- Permite descompressão por ligamentotaxia
- São utilizados para a maioria das fraturas em explosão, em flexo-distração (óssea ou ligamentar) e fraturas luxações em caso de acometimento do CLP.

Quais são as características e indicações da via anterior no tratamento cirúrgico das lesões da coluna toracolombar?
Permite melhor descompressão do canal vertebral
Sustentação da coluna anterior com uso de enxerto estruturado ou outros dispositivos entre os corpos vertebrais + instrumentação se cominuição intensa
Indicado se:
- Pedículos pequenos
- Comprometimento do canal >67%
- Cifose focal >30°
- Em casos subagudos (não permite descompressão por ligamentotaxia).
Visão geral das complicações cirúrgicas e não cirúrgicas das lesões da coluna toracolombar.

Qual a localização usual da artéria de Adamkiewicz?
Entre T9 e T11 a esquerda

Quais são as principais funções motoras das raizes nervosas a seguir: L2, L3, L4, L5, S1?
L2: Flexão do quadril
L3: Enxtensão do joelho
L4: Dorsiflexão do tornozelo
L5: Extensão do hálux
S1: Flexão plantar do tornozelo