Fratura do Sacro Flashcards

1
Q

Cite as características epidemiológicas das fraturas do sacro:

A
  • Incidência de fraturas do anel pélvico é de 0,82 casos / 100 habitantes.
  • Faixa etária predominante é de 18 - 44 anos
  • População geriátrica representa 22% dos casos
  • Homens mais afetados do que as mulheres (56% x 44%)
  • Fraturas do sacro representam 30% das fraturas do anél pélvico.
  • Podem evoluir com a síndrome da calda equina.
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2
Q

O que pensar quando existe fratura da asa do sacro?

A

Lesão da raíz de L5

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3
Q

Visão geral anatomia do sacro

A
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4
Q

O complexo ligamentar posterior do sacro é o mais importânte devido:

A

Importância biomecâmica

Importânte estabilizador.

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5
Q

Visão geral anatomia ligamentar do sacro.

A

Sacroilíacos posteriores (mais fortes da pelve)

  • Longos: estabilidade vertical
  • Curtos: estabilidade rotacional
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6
Q

Quais são os mecanismos de trauma das fraturas do sacro?

A
  • Maioria resulta de trauma de alta energia
  • Idosos: Queda da própria altura

*Lembrar que impactos laterais representam aumento do risco para morbidade e mortalidade das fraturas do anél pélvico.

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7
Q

Visão geral da classificação de Young Burgess para fraturas do anél pélvico:

A
  • Compressão anteroposterior
  • Compressão lateral
  • Cisalhamento vertical
  • Mecanismo combinado
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8
Q

Quais são as principais lesões associadas as fraturas do sacro? (7)

A
  1. Lesões torácicas (63%)
  2. Fraturas dos óssos longos (50%)
  3. Lesões cranianas (40%)
  4. Lesões de orgãos sólidos (40%)
  5. Fratura vertebral (25%)
  6. Lesões genitourinárias (15-20%)
  7. Lesões do trato gastrointestinal (14%)
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9
Q

Características gerais das lesões genitourinárias nas fraturas do sacro:

A
  • Hematúria
  • Homens são mais acometidos do que as mulheres (devido ao comprimento da uretra)
  • Observar se existe ruptura da bexiga (extra ou intraperitoneal)
  • Solicitar avaliação da urologia
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10
Q

Características gerais das lesões do trato gastrointestinal nas fraturas do sacro:

A
  • Se existir lesão do trato gastrointestinal em associação com fratura do sacro, considerar uma fratura exposta.
  • Aumenta o risco de infecção profunda, osteomielite, mortalidade e incapacidade
  • Deve ser realizado algum desvio do trato gastrointestinal
  • Solicitar avaliação da cirurgia geral
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11
Q

Características gerais da hemorragia pélvica nas fraturas do sacro:

A

38% de mortalidade para pacientes hipotensos na entrada

Plexo vascular intimamente associado e sustentado pelas estruturas ligamentares estabilizadoras da pelve.

Sangramentos venosos são mais frequentes.

Quando ocorre sangramento arterial as artérias mais comumente associadas são:

  • artéria glútea superior
  • artéria pudenda interna
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12
Q

O que é o Sinal de Destot? O que ele indica?

A

Presença de hematoma palpável sobre o períneo, escroto, grandes lábios ou na região proximal da coxa.

Indica fratura pélvica com sangramento concomitante.

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13
Q

O que é o sinal de Grey Turner? O que ele indica?

A
  • Presença de hematoma na região dos flancos
  • Indica hemorragia retroperitoneal
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14
Q

O que é a lesão de Morel Lavallée?

A

Lesão de cisalhamento ou desenluvamento na coxa proximal. Representam a separação traumática da pele e do subcutâneo da fáscia.

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15
Q

O que buscar no exame físico do paciente com suspeita de fratura do sacro?

A

Realizar exame vaginal e exame retal - busca ativa da presença de sangue; indicativo de comunicação com o foco de fratura. Descartar lacerações mucosas.

Avaliar estabilidade pélvica. 1° latero-lateral (fechar) e se normal, realizar antero-posterior (abrir). realizar apenas 1 vez.

Exame neurológico:

  • Testar motricidade bilateral dos mmii
  • Exame retal: tônus esfincteriano e reflexobulbocavernoso
  • Atenção na avaliação das raizes de L5 e S1- frequêntemente associados a lesões do sacro.
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16
Q

O que buscar no Rx AP + P da bacia nas fraturas do sacro?

A
  • Sínfise deve estar alinhada aos processos espinhosos sacrais
  • Nas fraturas do anél pélvico anterior, se atentar também a fraturas do anél pélvico posterior. Anel - pode haver lesões concomitantes.
  • Fraturas do processo transverso de L5 podem estar relacionadas com fratura do anél pélvico por cisalhamento.
17
Q

Como é feita a incidência Inlet (oblíqua descendente) e o que ela avalia?

A

AP com 45° inclinação caudal

Avalia:

  • Rotação externa ou interna da hemipelve
  • Abertura da sínfise púbica
  • Fratura por impacto do sacro
  • Translação AP da hemipelve
18
Q

Como é feita a incidência Outlet (oblíqua ascendente) e o que ela avalia?

A

AP com 45° de inclinação cefálica

Avalia:

  • Desvio vertical da hemipelve
  • Relação das fraturas com os forames
19
Q

Defina a classificação de Denis para as fraturas do Sacro:

A

Baseada na orientação da fratura em relação aos forâmes

Zona 1: Lateral aos forames

  • 50% das fraturas do sacro
  • 6% de lesão neurológica

Zona 2: Através aos forames

  • 36% das fraturas do sacro
  • 30% de lesão neurológica

Zona 3: Medial aos forames

  • 16% das fraturas do sacro
  • 60-80% de lesão neurológica
20
Q

Defina a classificação de Roy Camille modificada por Strange-Vognsen e Lebech para fraturas do sacro:

A

Subdivide a zona 3 de Denis - considera o componente transversal.

  • Tipo 1: Cifose sem translação
  • Tipo 2: Cifose com translação posterior do fragmento cefalico
  • Tipo 3: Cifose com translação completa
  • Tipo 4: Cominuição completa
21
Q

Defina a classificação de Isler para fraturas do sacro:

A

Baseada no acometimento da articulação lombossacral (L5-S1)

  • Tipo 1: Lateral a articulação facetária L5-S1 - afeta a estabilidade pélvica.
  • Tipo 2: Através da articulação facetária L5-S1 - luxação e sintomas neurológicos.
  • Tipo 3: Medial a articulação facetária L5-S1 - instavel, afeta o canal medular.
22
Q

Quando considerar o tratamento conservador para as fraturas do sacro?

A
  • Comorbidades que impeçam a cirurgia
  • Mecanismos de baixa energia em ossos osteoporóticos
  • Estabilidade do anél pélvico posterior
  • Fratura estável do sacro
23
Q

Quais são os critérios de instabilidade nas fraturas do sacro? (5)

A
  1. Lesão da articulação L5-S1
  2. Fratura cominuta transforaminal
  3. Fratura Denis 1 e 2
  4. Fraturas com desvio
  5. Instabilidade vertical
24
Q

Quais são os critérios de tratamento cirúrgico das fraturas do sacro? (4)

A
  1. Cisalhamento vertical e presença concomitante de lesão do anel anterior
  2. Fraturas cominutas da asa do sacro com deformidade em rotação externa da hemipelve
  3. Lesão por dissociação lombopélvica
  4. Fraturas por compressão lateral com impactação e rotação interna excessiva
25
Q

Características das técnicas de abordagem cirúrgica das fraturas do sacro:

A

Fixação percutânea com parafuso iliosacral ou trans-sacral são opções.

Se desvio ou envolvimento da raiz nervosa: abordagem posterior aberta -> descompressão das raízes e ou remoção de fragmentos cominutos do forame.

Déficit de L5 ou grande cominuição da margem superior da asa do sacro -> abordagem anterior pela via ilioinguinal. Realizar extração de L5 do foco de fratura antes de reduir e fixar.

26
Q

Métodos para avaliar a redução das fraturas do sacro:

A

Os níveis da crista ilíaca, cúpulas acetabulares e tuberosidade isquiática se equivalem bilateralmente.

A distância desde os processos espinhosos do sacro até as EIAS é igual bilateralmente

Contorno da cavidade pélvica é simétrico bilateralmente (traçar linha media do sacro até o púbis).

27
Q

Cite as principais complicações das fraturas do sacro:

A

Hemorragia intraoperatória (mais temida)

Incapacidade de obter redução satisfatória

Infecção e deiscência de ferida no pós operatório

Déficits neurológicos no pós operatório:

  • Parafuso mal posicionado colidindo com raiz nervosa S1-L5
  • Fragmento ósseo ou lesão iatrogênica do forame
  • Déficit resultante da manipulação durante a redução

Perda da redução e da fixação