Fraturas Cervicais Altas Flashcards

1
Q

Características gerais da coluna cervical alta:

A

É formada por:

  1. Côndilos occipitais
  2. Atlas
  3. Axis

Não possue Disco intervertebral

É estabilizada principalmente pelo Complexo ligamentar

As lesões neurológicas são raras, devido ao diâmetro do canal (bem maior)

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2
Q

Visão geral anatomia da coluna cervical alta

A
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3
Q

Visão geral anatomia ligamentar da coluna cervical alta

A
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4
Q

Caracteristicas epidemiológicas das fraturas do Côndilo Occipital:

Cite as características gerais das fraturas do côndilo occipital:

A

Epidemiologia:

  • Raras
  • Geralmente associadas a outras lesões traumáticas (em especial o atlas)

Diagnóstico feito por Tomografia - passam despercebidas no Rx.

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5
Q

Classificação de Anderson e Montesano para fraturas do côdilo occipital:

A

Tipo I

  • MT: compressão vertical
  • Característica: Cominuição

Tipo II

  • MT: compressão vertical
  • Característica: Fratura simples

Tipo III

  • MT: Translação + Rotação
  • Característica: Avulsão
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6
Q

Qual o tratamento para as fraturas tipo I, II e III de Anderson e Montesano?

A

Tipo I

  • Fraturas estáveis: colar rígido.

Tipo II:

  • Fraturas estáveis: colar rígido.
  • Fraturas instáveis (raro): fixação

Tipo III:

Se dissociação crânio cervical ausênte na RNM: colar rígido

Se dissociação crânio cervical presente na RNM: Fusão crânio occipital

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7
Q

Características epidemiológicas da dissociação crânio cervical:

Cite os critérios de instabilidade na dissociação crânio cervical:

A
  1. Ocorre em 0,67 - 1% de todas as lesões da coluna
  2. Presente em 8% das vítimas fatais em acidentes automobilisticos
  3. Maioria possui déficits neurológicos associados
  4. Crianças 2:1
  5. Deslocamento anterior é mais frequênte.

Critérios de instabilidade:

  • Ocorre quando ao realizar translação ou distração, houver deslocamento superior a 2mm em qualquer plano.
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8
Q

Como é calculado o Power radio?

Qual valor de referência?

A

Com o Rx perfil da coluna cervical

Distância entre o básio e o arco posterior de C1, dividido pela distância entre o opístio e o arco anterior de C1.

Valores > 1 indicam Luxação atlanto occipital

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9
Q

O que são as medições de Harris? (chamadas de regra dos 12mm)

A

Distância do basio até o topo de C1: deve ser menor que 12

Distância entre a linha perpendicular a linha axial posterior e o basio deve ser <12 (com o advento da TC, o valor correto é <8.5mm).

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10
Q

Cite as classificações para dissociação crânio cervical:

  • Classificação de Traynelis e col
  • Harborview
A

Traynelis e col:

  • Dissociação anterior (mais comum)
  • Dissociação em distração
  • Dissociação posterior

Harborview

Tipo I

  • RNM: evidencia lesão dos ligamentos estabilizadores
  • Alinhamento Craniocervical: <2mm
  • Distração: <2mm

Tipo II

  • RNM: evidencia lesão dos ligamentos estabilizadores
  • Alinhamento Craniocervical: <2mm
  • Distração: >2mm

Tipo III

  • RNM: evidencia lesão dos ligamentos estabilizadores
  • Alinhamento Craniocervical: >2mm
  • Distração: >2mm
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11
Q

Qual o tratamento da dissociação crânio cervical estágio I e estágio II com teste de tração negativo?

Qual o tratamento da dissociação crânio cervical estágio III?

A

Tipo I e II

  • Halo vest

Tipo III

  • Artrodese
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12
Q

Critérios para diagnóstico de lesão do ligamento transverso:

A

Realizar um Rx dinâmico (perfil da coluna cervical) em flexo-extensão de C1 sobre C2 e observar o desvio

Se > 3mm em adultos: lesão.

Se > 5mm em crianças: lesão

*Nos adultos, se desvio >3-5 mm, pensar no ligamento transverso. Se > 5mm, pensar em lesão do ligamento acessório associado.

**Esse exame é contraindicado em casos com déficit neurológico agudo.

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13
Q

Defina a classificação de Dickman para lesões do ligamento transverso:

A

Tipo I: (ligamento)

  • A: Lesão do ligamento no corpo
  • B: Lesão do ligamento na sua inserção

Tipo II: (fratura)

  • A: Com fratura cominuta da massa lateral do Atlas
  • B: Com fratura avulsão do tubérculo de inserção do ligamento.
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14
Q

Como é realizado o tratamento para lesões do ligamento transverso?

A

Artrodese de C1 e C2:

  1. Fios de cerclagem (Brooks, Gallie, Landin)
  2. Parafusos transarticulares (Magerls) - maior estabilidade
  3. Parafusos maciços (Harm) - maior estabilidade
  4. Enxerto ósseo
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15
Q

Características gerais das fraturas do Atlas:

  • Como é feito o diagnóstico?
  • Mecanismos de trauma:
A

A fratura do Atlas geralmente é associada a fratura do odontóide

Diagnóstico:

  • Rx: AP + P + Transoral - separação da massa latera > 7,9/8mm (indica lesão do ligamento transverso)
  • Rx dinâmico: avalia integridade do ligamento transverso
  • TC: afastamento das massas laterais > 6,9mm - indica lesão do ligamento transverso.

Mecanismos de trauma:

  • Fratura do arco anterior:
    • Compressão + hiperextensão
    • Contração do músculo longo do pescoço
  • Fratura do arco posterior:
    • Compressão + hiperflexão
  • Fratura em 4 partes - tipo explosão: Fratura de Jefferson
    • Compressão com força sobre a transição das massas laterais com os arcos.
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16
Q

Defina a classificação de Gehweiler para fraturas do Atlas:

A
  • I: Fratura isolada do arco anterior
  • II: Fratura isolada do arco posterior
  • III: Fraturas do arco anterior e posterior
  • IV: Fratura isolada da massa lateral
  • V: Fratura isolada do processo transverso
17
Q

Como é realizado o tratamento das fraturas do Atlas:

  • Fraturas estáveis tipo I e III (sem fratura da massa lateral), fraturas tipo V e fratura por avulsão do arco anterior?
  • Fraturas em explosão (III) e da massa lateral (IV)?
A

Fraturas estáveis tipo I e III (sem fratura da massa lateral), fraturas tipo V e fratura por avulsão do arco anterior

  • Órtese Cervical por 6-12 semanas

Fraturas em explosão (III) e da massa lateral (IV)

  • Se estáveis (sem lesão do ligamento lateral): Halo vest, minerva ou órteses cervicais por 12 semanas. Após isso, avaliar estabilidade com rx dinâmico. Se instabilidade, realizar cirurgia de estabilização.
  • Se instáveis (com lesão do ligamento transverso): tração por 4-6 semanas seguidas de halo-gesso por 1-2 meses. Realizar Rx dinâmico ao final para avaliar necessidade de artrodese.

*Artrodese: uso de parafusos transarticulares de Margerl (incluindo o occipital - limita em 50% a flexo-extensão).

18
Q

Epidemiologia das fraturas do processo odontóide

  • Crianças:
  • Adultos:
A

Crianças:

  • Em <7 anos, 75% das fraturas cervicais ocorrem no processo odontóide
  • Ocorre devido a presença de sincondrose entre o corpo de C2 e o odontóide.

Sincondrose está presente em:

  • <3 anos: 100%
  • 3-7 anos: 50%
  • >7 anos: 0%

Adultos:

  • Homens 3:1 mulheres
  • Relacionados a traumas de alta energia, com lesões associadas
  • Idosos
    • >70 anos é a fratura mais comum na coluna cervical
    • > 80 anos é a fratura mais comum de toda a coluna
19
Q

Visão geral da irrigação do processo odontóide:

A
20
Q

Como é feito o diagnóstico das fraturas do processo odontóide?

A
  • Rx: Transoral + Perfil (94% de sensibilidade)
  • TC: para retirar dúvidas / programação cirúrgica
  • Diagnóstico diferencial: os odontóide.
21
Q

Defina a classificação de Anderson e D’Alonzo das fraturas do processo odontóide:

A

Tipo I: Oblíqua proximal

  • MT: Forças de rotação
  • Características: Rara, avulsão do alar

Tipo II: Junção do odontóide com o Axis:

  • MT: Força oblíqua com inclinação lateral
  • Características: mais comum

Tipo III: Através do corpo do Axis (distal)

  • MT: Forças de em extensão

*O tipo 2 possui a pior evolução e maior instabilidade.

  • Os fatores são:
    • Desvio > 5mm
    • Angulação > 10°
    • Idade > 40 anos
    • Desvio posterior
22
Q

Qual o tratamento para as fraturas do processo odontóide

  • Tipo I
  • Tipo II e III
A

Tipo I:

  • Conservador:
    • Sem lesões associadas
    • Colar cervical por 6 a 8 semanas
    • Após tratamento avaliar estabilidade com Rx dinâmico
  • Cirúrgico:
    • Se luxação atlanto-occipital associada
    • Realizar: artrodese occipito cervical

Tipo II e III:

Conservador: usar Halo Vest por 12 semanas

  • Se desvio inicial < 5mm
  • Angulação < 11°
  • Desvio < 2mm (rx perfil em hiperflexão e hiperextensão)
  • Afastamento entre os fragmentos < 2mm
  • Redução com tração halo-craniana (antes do halo vest)

Cirúrgico:

  • Osteossíntese ou Artrodese de C1 e C2
23
Q

Características gerai da subluxação rotatória de C1 e C2?

  • Mecanismo de trauma
  • Diagnóstico
A

MT:

  • Flexão lateral + Rotação

Diagnóstico:

  • Rx transoral:
    • Apagamento das articulações entre C1 e C2 (Wink sign)
  • TC possue maior sensibilidade e pode ser utilizada.

*Pode ser observado a fratura de Jefferson como fratura associada.

24
Q

Classificação de Fielding Hawkins para subluxação rotatória de C1 e C2:

A

Classificação de Fielding Hawkins:

  • I: Desvio anterior <3mm (47% dos casos)
  • II: Desvio anterior 3-5mm (30% dos casos)
  • III: Desvio anterior > 5mm
  • IV: Desvio posterior
25
Q

Como é feito o tratamento das subluxações rotatórias de C1 e C2?

A

Estáveis:

  • Halo gesso, minerva por 12 semanas. Após isso, Realizar o rx dinâmico e se houver instabilidade - artrodese de C1 e C2.

Instáveis, déficits neurolígicos, instabilidade após tratamento conservador:

  • Artrodese de C1 e C2
26
Q

Características gerais da espondilolistese traumática do Axis

Epidemiologia:

A
  • Classificamente caracterizada pela fratura bilateral da Pars interarticular de C2.
  • Geralmente é uma fratura assimétrica
  • Conhecida como fratura do enforcado

Epidemiologia:

  • Ocorre em 78% por acidentes automobilisticos
  • Raramente associada a lesões neurológicas 6,5-16%
  • Fraturas da coluna cervical alta são mais associadas (94%).
27
Q

Defina a classificação de Effendi (modificada por Lewine e Edwards) utilizada nas fraturas do enforcado (fratura da Pars de C2):

A
  • Tipo I: sem desvio angular, translação <3,5mm ou 2mm
  • Tipo II: translação > 3mm com angulação < 10°
  • Tipo IIa: translação mínima, mas angulçõ > 10°.
  • Tipo III: Desvio angular e translacional com luxação das facetas articulares de C2 e C3.
28
Q

Quais são os mecanismos de trauma para a espondilolistese traumática do Áxis segundo a classificação de Levine Edwards?

A
  • I: hiperextensão + compressão axial - linha da fratura anterior ao pedículo
  • II: tipo I seguida de flexão + compressão - linha de fratura anterior
  • IIa: flexão + distração - linha de fratura posterior ao pedículo
  • III: flexão + compressão - linha de fratura posterior ao pedículo
29
Q

Qual o tratamento para espondilolistese traumática do Áxis:

A

Tipo I:

  • São estáveis. Usar órteses cervicais, halo vest, halo gesso por 12 semanas.

Tipo II e IIa

  • Instáveis
    • Método:
      • II: Realizar redução com tração e leve hiperextensão no tipo
      • IIa: Realizar redução SEM tração, compressão e leve hiperextensão
    • Critérios de redução:
    • Desvio anterior < 4-5mm
    • Angulação < 10-15°
    • Se redução adequada: Halo gesso por 12 semanas
    • Se redução inadequada: tração por 6 semanas e depois halogesso por 6 semanas.
  • *após isso, lembrar de realizar rx dinâmico para avaliar instabilidade

Tipo III:

  • Instáveis
  • Redução aberta e após isso, realizar artrodese de C1 - C3 ou C1 - C2.
30
Q

Qual a definição da fratura do enforcado (fratura de pars de C2)?

A

Chamada também de Espondilólise traumática do axis: fratura da lâmina entre as facetas articulares superior e inferior.

Fratura da Pars de C2 com subluxação de C2 e C3

Geralmente não ocorre lesão medular (canal medular largo)

Trauma raquimedular em 3-10% dos casos

*A pars de C2 é o que possui a maior largura transversal e a maior altura sagital da coluna cervical. Situa-se diretamente póstero-medial ao forâmen transverso e percorre lateralmente pela faceta articular superior.

31
Q

Defina a classificação de Blauth de pseudoartrose do odontóide:

A
  • Tipo I: não união estável com pouco desvio.
  • Tipo II: não união estável com desvio grosseiro.
  • Tipo III: não união instável
  • Tipo IV: os odontoideum.