FOI, Linfadenomegalia, Hepatoesplenomegalia, Mononucleose Infecciosa Flashcards

1
Q

Febre de Origem Indeterminada (FOI) - Clássica:

A

-Febre > 38.3 C
-Duração superior a 3 semanas
-Falha de diagnóstico após 3 consultas ambulatoriais ou 3 dias de acompanhamento hospitalar.
- Etiologias frequentes: infecção, neoplasia e vasculite por colagenoses.

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2
Q

Febre de Origem Indeterminada (FOI) - Hospitalar ou nosocomial:

A

-Febre > 38.3 C
-Sem a presença de febre antes da internação
-Paciente hospitalizado a 24h
-Investigação de pelo menos 3 dias sem diagnóstico.
- Etiologias frequentes: Enterocolite por Clostridium difficile, droga induzida, embolia pulmonar, tromboflebite séptica e sinusites.

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3
Q

Febre de Origem Indeterminada (FOI) - Em imunodeficientes ou neutropênica:

A

-Febre > 38.3 C
-Contagem de neutrófilos abaixo de 500mm3
-Ausência de diagnóstico após 48h de investigação.
- Etiologias frequentes: Infecções bacterianas oportunistas, aspergilose, candidíase, herpes vírus e citomegalovírus.

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4
Q

Febre de Origem Indeterminada (FOI) - Associada ao HIV:

A

-HIV positivo
-Febre > 38.3 C
-persistente a 4 semanas ou 3 dias de hospitalização
-Ausência de diagnóstico após 3 dias de investigação.

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5
Q

Linfadenomegalia:

A

Corresponde a um aumento anormal dos linfonodos durante uma resposta imunológica, na qual ocorre a apresentação de um antígeno e isso promove a proliferação de linf. T e B, adjunto a liberação de outras células imunológicas que promovem assim o aumento do tamanho linfonodal.

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6
Q

Linfadenomegalia - Hiperplasia reacional:

A

Um aumento benigno dos linfonodos em resposta um antígeno, aumento esperado para as mais diversas infecções.

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7
Q

Linfadenomegalia - Hiperplasia Linfoide:

A

Caracterizada pela proliferação de linf.B nos centros germinativos, ocorrem em infecções crônicas e doenças autoimunes.

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8
Q

Linfadenomegalia - Inflamação Granulomatosa Crônica:

A

Reação inflamatória em que os patógenos migram para o linfonodo e lá ocorre a formação de de um granuloma, composto por macrófagos, lif. T e B, que não são eliminados pelo sistema imune de maneira correta.

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9
Q

Hepatoesplenomegalia:

A

O fígado e o baço fazem parte do sistema retículo endotelial e por sua vez filtram hemácias, patógenos e células de defesa mortas, quando há a presença de alguma infecção sistêmica febril, eles costumam aumentar em tamanho para combater os patógenos. Há também uma infiltração de linf.T para dentro dos tecidos hepáticos e esplênicos e esses por sua vez causam inflamação o que agrava o quadro da megalia.

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10
Q

Mononucleose - Etiologia:

A

Epstein-Barr Vírus.

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11
Q

Mononucleose - Fatores de Risco:

A

Adolescentes e Jovens adultos, Imunossupressão, contato íntimo com saliva.

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12
Q

Mononucleose - Transmissão:

A

Via contato salivar íntimo, beijo na boca (doença do beijo).

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13
Q

Mononucleose - Fisiopatologia:

A

Entra pela saliva e infecta o epitélio da orofaringe, eventualmente chegando aos linf.B, neles o vírus se integra ao material genético, assim induzindo a produção de dois tipos de proteínas, EBNA-1, reponsável por manter a infecção em latência. e EBNA-2, que imortaliza o linf.B pois induz a sua proliferação, levando a linfadenopatia.
Durante a fase de infecção os linf.T citotpoxicos e B são recrutados e promovem sintomas como febre e fadiga.

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14
Q

Mononucleose - Quadro Clínico:

A

Crianças costuma ser assintomático e em adolescentes e adultos se apresenta em quadro clássico de mono.
Quadro clássico:
-Cefaleia, mal-estar, fadiga e mialgia, seguida de febre, aumento dos linfonodos e faringite, em alguns casos a progressão da doença pode levar a exantemas.
Outros afecções clínicas comuns são a hepatoesplenomegalia seguida de icterícia e edema palpebral.

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15
Q

Complicações - Hematológicas:

A

Anemia hemolítica autoimune ocorre em 0,5 a 3% dos casos de mononucleose e é causada, na maior parte das vezes, por crioaglutininas (20 a 70% dos casos).
- O achado de trombocitopenia e neutropenia é frequente e, geralmente, por manifestações leves e autolimitadas.
- O mecanismo que leva à plaquetopenia não é bem determinado, mas em 50% dos pacientes observam-se níveis plaquetários menores de 140.000/mm3.

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16
Q

Complicações - Obstrução das vias aéreas:

A
  • No quadro da MI o aumento do volume tonsilar (faringite) pode causar obstrução de vias aéreas.
  • Estes pacientes apresentam-se com salivação excessiva, estridor e dispneia.
17
Q

Complicações - Ruptura esplênica:

A
  • Complicação rara, acometendo menos de 0,5% dos adultos com MI.
  • O mecanismo causal é a infiltração linfocítica da cápsula, trabéculas, paredes vasculares e do aumento rápido do órgão que ocorre entre a 2ª e 3ª semanas.
    A ruptura geralmente é relacionada a traumas abdominais e quase nunca é fatal.
18
Q

Diagnóstico:

A

é feito com base na análise clínica e nos resultados de exames laboratoriais.

19
Q

Alterações laboratoriais - Hemograma

A
  • A alteração mais frequente é a linfocitose relativa e absoluta.
  • A presença de linfócitos atípicos (são células T reacionais a linfócitos B - caracterizam-se por tamanho elevado) infectados pelo vírus também é muito característica da mononucleose infecciosa, apesar de não patognomônica.
  • Observa-se uma neutropenia relativa e absoluta entre 60 a 90% dos casos e os neutrófilos que se mantêm circulantes apresentam discreto desvio à esquerda.
  • Pode haver trombocitopenia e anemia.
  • Há o aumento das enzimas hepáticas séricas (AST, ALT e DHL).
20
Q

Alterações laboratoriais - Anticorpos Heterófilos (Monoteste):

A

tiliza-se o teste do anticorpo heterófilo (teste sorológico) para o diagnóstico da mononucleose infecciosa em crianças e adultos.
Esses anticorpos não são detectáveis em crianças com menos de 5 anos, em indivíduos idosos e pacientes que apresentam sintomas atípicos de MI.
- O teste detecta anticorpos heterófilos, que são produzidos durante a infecção por EBV. Estes anticorpos reagem com células de animais não humanos (geralmente células de cavalo ou ovelha), causando aglutinação.

21
Q

Alterações laboratoriais - Anticorpos específicos:

A

Utiliza-se o teste com anticorpos específicos antiEBV em pacientes com suspeita de infecção aguda pelo EBV sem anticorpos heterófilos bem como em pacientes com infecções atípicas.
- Os anticorpos que podem ser pesquisados são o anticorpo contra o antígeno do capsídeo viral (anti-VCA), contra o antígeno precoce (anti-EA) e contra o antígeno nuclear do VEB (anti-EBNA).
- O mais utilizado e para diagnóstico de infecção aguda pelo VEB é o anti-VCA.
No momento do aparecimento dos primeiros sinais e sintomas, os títulos de anticorpos IgM e IgG começam a subir, com pico.

22
Q

Diagnósticos diferenciais:

A

Citomegalovírus, Toxoplasmose, Faringite estreptocócica, rubéola, brucelose e gerpes vírus-6. além de linfomas, leucemias e intoxicação por drogas.

23
Q

Diferença entre - MI e Faringite estreptocócica:

A

Quadro clínico similar, porém ao hemograma não há presença de linfócitos atípicos.
Confirmação possível apenas após a cultura de streptococcus pyogenes, ou teste rápido de antígeno para estrepto.

24
Q

Diferença entre - MI e Citomegalovírus:

A
  • A mononucleose causada por CMV é mais comum em adultos mais velhos ou em imunossuprimidos, enquanto a mononucleose pelo EBV é mais comum em adolescentes e adultos jovens.
  • O teste de anticorpos heterófilos (Monoteste) geralmente é negativo em infecções por CMV, o que ajuda a diferenciá-la da mononucleose.
25
Q

Diferença entre - MI e Toxoplasmose

A
  • A linfadenopatia na toxoplasmose tende a ser mais crônica e localizada, principalmente nos linfonodos cervicais posteriores.
  • A confirmação é feita por sorologia específica para toxoplasma, com a presença de anticorpos IgM (infecção aguda) ou IgG (infecção antiga).
26
Q

Tratamento:

A

.Atividades Físicas: é preciso evitar atividade física excessiva durante o primeiro mês, a fim de reduzir a possibilidade de ruptura esplênica.
Analgésicos e antitérmicos: paracetamol e ibuprofeno são usados para controle da febre e dor de garganta.
.Glicocorticoides
- A terapia com glicocorticoides não está indicada para a MI não complicada.
- A prednisona tem sido utilizada na:
.Prevenção da obstrução das vias respiratórias em pacientes com hipertrofia grave das amígdalas;
.Tratamento da anemia hemolítica autoimune, linfo-histiocitose hemofagocitária e trombocitopenia grave.
- Os glicocorticoides também são administrados em pacientes selecionados com mal-estar intenso e febre, bem como para aqueles com cardiopatia ou doenças do SNC graves.
.Aciclovir: apesar de o aciclovir inibir a replicação do VEB e diminuir a excreção viral, não tem ação significativa sobre os sintomas da infecção, os quais são primariamente devidos à resposta imune ao vírus.