Federação Flashcards

1
Q

A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por:

A

a. lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal;
b. dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos;
c. após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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2
Q

Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante…

A

aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

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3
Q

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

A

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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4
Q

Os territórios são excluídos da composição da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil porque pertencem à União.

A

Tratam-se de autarquias territoriais integrantes da União.

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5
Q

Em relação ao julgamento anual das contas do prefeito, o parecer técnico elaborado pelo tribunal de contas tem natureza meramente opinativa,

A

competindo à câmara municipal o julgamento anual das contas do prefeito.

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6
Q

A criação de um município pelo governador do estado depende de lei estadual e de lei complementar federal,

A

além da realização de consulta prévia às populações envolvidas.

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7
Q

Todos os anos, as contas dos municípios devem ficar, durante sessenta dias, à disposição de qualquer contribuinte,

A

para exame e apreciação, o qual poderá questionar a legitimidade dessas contas, nos termos da lei.

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8
Q

Apesar de Brasília ser a capital federal, a CF admite a transferência temporária da sede do governo federal,

A

por meio de lei ordinária exarada pelo Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República.

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9
Q

Cabe aos municípios promover, no que couber,

A

o adequado ordenamento territorial, mediante, por exemplo, planejamento e controle do parcelamento do solo urbano.

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10
Q

A CF/88 veda a criação de conselhos de contas municipais.

A

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
(…)
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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11
Q

Segundo a CF, a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, é considerada essencial para a defesa do território nacional.

A

FAIXA DE FRONTEIRA.
Art. 20. São bens da União:
(…)
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

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12
Q

Caso algum dos distritos de determinado município queira emancipar-se, o que resultará na criação de um novo município, somente haverá consulta plebiscitária após a divulgação dos estudos de viabilidade municipal apresentados e publicados na forma da lei. V ou F

A

VERDADEIRO!

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13
Q

O princípio da simetria relativiza a autonomia dos estados, do Distrito Federal e dos municípios ao fixar, ainda que de maneira não absoluta, a obrigação, para esses entes,

A

de reprodução do modelo de organização e de relação entre poderes estabelecidos pela CF em âmbito federal.

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14
Q

A despeito de serem entes federativos, os territórios federais carecem de autonomia. V ou F

A

FALSO!!! Território não são entes federativos.

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15
Q

Ilha lacustre que não pertença à União pode ser bem do estado federado ou do município, a depender da localização territorial. V ou F

A

FALSO! Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

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16
Q

E as ilhas municipais…

A

São as marítimas ou costeiras, sede de municípios:
Art. 20. São bens da União:
……………
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;

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17
Q

É concorrente a competência da União e dos estados para legislar sobre a organização, os direitos e os deveres das polícias civis dos estados. V ou F

A

VERDADEIRO! A polícia do DF que é competência exclusiva da União. Importante lembrar que as polícias civis estão subordinadas aso governadores dos estados.

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18
Q

Os estados-membros têm competência para editar normas a fim de estabelecer procedimentos em matéria processual, podendo se basear em peculiaridades locais para legislar nessa situação.

A

Porém no caso de civil, penal, e processos civil e penal, a competência é privativa da União.

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19
Q

A proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico brasileiro é competência…

A

material comum da União, DF, Estados e Municípios (art. 23, III e IV, CF), bem como competência legislativa concorrente da União, DF e Estados (art. 24, VII, CF).

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20
Q

Compete à União estabelecer normas gerais sobre a organização das polícias civis. V ou F

A

VERDADEIRO! Trata-se de competência concorrente entre União e Estados e, a fim de se evitar a sobreposição de competências, estabelece o art.24,§1º, que no âmbito da legislação concorrente, cabe à União estabelecer as normas gerais e aos Estados suplementar tais normas.

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21
Q

Legislar sobre a responsabilidade por dano ao meio ambiente compete concorrentemente à União, aos estados e ao Distrito Federal.

A

Certo, pois a competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, é concorrente da União, Estados e DF (art. 24, VIII, CF).

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22
Q

Caso não exista lei federal que disponha normas gerais relativas a tecnologia, os estados poderão exercer a competência legislativa plena, necessária ao atendimento de suas peculiaridades.

A

Trata-se de competência legislativa concorrente entre União, Estados, DF e:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

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23
Q

As águas subterrâneas em depósito são bens, via de regra, dos Estados.

A

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

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24
Q

As terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental são bens da União.

A

Correto, nos termos do art. 20, II, da Constituição:
Art. 20. São bens da União:
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

25
Q

Não violará a competência privativa da União para legislar sobre propaganda a aprovação, por câmara municipal, de lei que proíba a realização de eventos patrocinados por distribuidoras de bebidas alcoólicas ou cigarros em imóveis do município. V ou F

A

VERDADEIRO. O STF firmou jurisprudência no sentido de que não ofende o artigo 22, inciso XXIX, da CF.

26
Q

Por tratar de segurança pública, norma estadual que discipline bloqueadores de sinal para telefones celulares em zonas de presídios não invadirá competência legislativa da União sobre telecomunicações. V ou F

A

FALSO! O Plenário do STF declarou a inconstitucionalidade de normas estaduais que obrigam empresas de telefonia móvel a instalarem equipamentos para o bloqueio do serviço de celular em presídios.

27
Q

No âmbito da competência concorrente, seria inconstitucional lei estadual que ampliasse, a critério do legislador estadual, definição estabelecida por lei federal sobre determinada matéria. V ou F

A

VERDADEIRO! Pois no âmbito da competência legislativa concorrente, compete à União estabelecer normas gerais e aos Estados e o DF, normas específicas adequadas às suas necessidades.

28
Q

Lei estadual que confere a delegado de polícia a prerrogativa de “ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inquérito, em dia, hora e local previamente ajustados com o juiz ou autoridade competente” é…

A

Inconstitucional! O STF decidiu que invade a cmpt legislativa privativa da União para legislar sobre direito processual.

29
Q

Estado-membro editou lei instituindo requisito novo de habilitação, não previsto na lei federal de licitações e contratos administrativos, o qual passou a ser exigido aos interessados em participar nas licitações estaduais.

A

Tal dispositivo é inconstitucional, pois é privativa da União a competência para legislar sobre normas gerais de licitação, e os requisitos de habilitação já constam de maneira EXCLUSIVA na L 8.666/93. A criação de um requisito novo para isso importa em lei inconstitucional por usurpar a competência privativa da União para tanto

30
Q

A propriedade exclusiva da União dos recursos minerais, inclusive os do subsolo, não implica domínio do resultado da lavra de jazidas de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos:

A

a União pode atribuir a terceiros a exploração desses recursos, sem qualquer ofensa à reserva de monopólio para pesquisa e lavra.

31
Q

Compete “exclusivamente” à União legislar sobre normas de processo e de julgamento de crimes de responsabilidade. C ou E

A

CESPE considerou errada, pois a súmula do STF e a CF falam em cmpt PRIVATIVA. Súmula Vinculante 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa PRIVATIVA da União.

32
Q

No que se refere à proteção e à defesa da saúde, a União exerce competência legislativa concorrente, cabendo-lhe o estabelecimento de normas gerais. V ou F

A

VERDADEIRO, pois se trata de cmpt concorrente entre união, estados e e DF: XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

33
Q

O STF decidiu que lei estadual ou distrital que obrigue empresas concessionárias, prestadoras de serviços de telefonia fixa, a individualizar determinadas informações nas faturas, é inconstitucional pois dispõe sobre matéria de competência privativa da União.

A

O Supremo destaca que não existe lei complementar que autorize os Estados e o DF a legislar sobre questões específicas em matéria de telecomunicações, na forma do parágrafo único do artigo 22 da CF.

34
Q

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

A

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

35
Q

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

A

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (TUPEF)

36
Q

As unidades federadas não possuem competência para fixar índices de correção monetária de créditos fiscais em percentuais superiores aos fixados pela União para o mesmo fim.

A

Correto: A jurisprudência do STF já firmou posicionamento no sentido da incompetência das unidades federadas para a fixação de índices de correção monetária de créditos fiscais em percentuais superiores aos fixados pela União para o mesmo fim.

37
Q

De acordo com o posicionamento da suprema corte, ocorre a constitucionalidade na criação, por lei estadual, de vara especializada em delitos praticados por organizações criminosas,

A

por força do art. 125, da CF/88, que estabelece a competência dos Estados organizarem as suas respectivas estruturas judiciárias.

38
Q

Os estados-membros não podem editar lei que crie prioridade de tramitação para os processos que tenham como parte mulheres vítimas de violência doméstica.

A

Pois se trata de matéria relacionada a direito processual, cuja competência é privativa da União, conforme o art. 22, da CF/88.

39
Q

A depender da matéria tratada, o conteúdo das leis aprovadas pela União com incidência apenas no âmbito das entidades ligadas a este ente central pode ser incorporado ao ordenamento jurídico de determinado ente federativo por força de lei aprovada pelo respectivo parlamento local.

A

Assim como os Estados membros poderão, ou melhor, deverão incorporar conteúdos da CF de reprodução obrigatória em suas constituições locais, os Estados poderão também, pelo seu poder de auto organização, disciplinar em lei conteúdo absorvido da legislação federal, a exemplo do que ocorre com a Lei 8.112/90.

40
Q

Segundo jurisprudência do STF, lei estadual que institua depósito prévio recursal para a interposição de recurso nos juizados especiais cíveis do Estado falece de inconstitucionalidade formal, por violar competência privativa da União para legislar sobre matéria processual.

A

Não confunda essa matéria com a proibição de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo (Súmula Vinculante 21).

41
Q

Segundo o STF, é inconstitucional a lei estadual que cria restrições à comercialização, à estocagem e ao trânsito de produtos agrícolas importados no Estado, ainda que tenha por objetivo a proteção da saúde dos consumidores diante do possível uso indevido de agrotóxicos por outros países.

A

A matéria é predominantemente de comércio exterior e interestadual, sendo, portanto, de competência privativa da União.

42
Q

V ou F?
Será constitucional lei estadual que estabeleça tramitação prioritária, na justiça estadual, de processos judiciais que tenham como parte mulheres vítimas de violência doméstica.

A

FALSO! O STF considerou que se trata de direito processual, matéria privativa da união.

43
Q

V ou F?
Se uma lei estadual regular aspectos específicos sobre o comércio de bebidas entre dois estados da Federação, essa lei estadual estará invadindo a competência privativa da União de legislar sobre a matéria, ainda que tenha havido autorização mediante lei complementar.

A

FALSO! A rigor, a lei estadual estaria sim invadindo a competência privativa de a União legislar sobre direito comercial. No entanto, lei complementar, da União, pode delegar aos Estados a cmpt para legislar sobre questões específicas, o que torna a sentença incorreta.

Acrescento que são três os requisitos da referida delegação: formal (por exigir lei complementar), material (apenas questões específicas) e implícito (a delegação feita a um Estado se estende a todos os Estados e DF).

44
Q

V ou F?

Cabe aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado.

A

FALSO!!!!!
§ 2º - Cabe aos ESTADOS explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

45
Q

V ou F?
Será inconstitucional lei estadual que assegure ao consumidor o direito de obter informações sobre a qualidade de produto combustível, por tratar de matéria da competência privativa da União, qual seja, direito comercial e comércio.

A

FALSO!
O tema abordado na assertiva versa precipuamente sobre direito do consumidor, e não comercial como preceitua o enunciado.

46
Q

Lei estadual que autorize a utilização, pela polícia civil do estado, de armas de fogo apreendidas invade a competência privativa da União para legislar sobre material bélico, que, complementada pela competência para autorizar e fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina sobre a destinação de armas apreendidas.

A

O STF firmou entendimento no sentido de que a competência exclusiva da União para legislar sobre material bélico, complementada pela competência para autorizar e fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina sobre a destinação de armas apreendidas e em situação irregular.

47
Q

V ou F?
Não ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessão, aos estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos esportivos, culturais e de lazer, já que é concorrente, entre a União, os estados e o DF, a competência para legislar sobre direito econômico.

A

VERDADEIRO!

48
Q

A legislação sobre a proteção e defesa da saúde é, conforme a CF, de competência tanto federal como estadual, na forma do que se entende como competência concorrente.

A

De acordo com a CF/88, art. 24, legislar sobre a proteção e defesa da saúde se trata de competência concorrente entre a União, Estados e o Distrito Federal.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(…)
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

49
Q

V ou F?

É constitucionalmente vedado aos estados legislar sobre propaganda comercial.

A

FALSO! Conforme estabelece o art. 22, da CF/88, se trata de competência privativa da União legislar sobre propaganda eleitoral, podendo a mesma ser delegada em relação a assuntos específicos aos estados por meio de Lei complementar.

50
Q

V ou F?

A preservação de florestas é da competência administrativa concorrente da União e dos estados.

A

A preservação das florestas se trata de competência administrativa comum, que se vincula a matérias de competência relacionadas a todos os entes da Federação, sem qualquer tipo de hierarquia, no que tange a atuação, conforme determina o art. 23, da CF/88.
Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade.
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(…) VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
(…) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.”

51
Q

Na hipótese de lei estadual que disponha sobre a comercialização de produtos por meio de embalagens reutilizáveis, entende o STF não haver inconstitucionalidade formal da norma por vício de competência legislativa, uma vez que, não havendo norma geral da União para regular a matéria, os estados-membros estão autorizados a legislar supletivamente sobre normas de defesa do consumidor.

A

O art. 24, da CF/88, estabelece a competência concorrente, que é utilizada de forma concomitante pela União, Estados e Distrito Federal, estabelecendo a União regras gerais e cabendo aos Estados e Distrito Federal a legislação suplementar, ou seja, não ocorrendo norma geral por parte da União, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

52
Q

De acordo com o STF, é constitucional lei estadual que autorize a utilização, pela polícia militar, de veículos apreendidos e não identificados quanto à procedência e à propriedade exclusivamente no trabalho de repressão penal, por infringir competência privativa da União para legislar sobre trânsito e direito processual penal.

A

Em decisão ocorrida em caso similar o STF se pronunciou no sentido do assunto não se tratar de competência privativa da União e sim dos Estados, declarando a constitucionalidade das leis estaduais que abordam o assunto.

53
Q

Lei complementar estadual que conceda, independentemente de qualquer ato formal de licença ou autorização, porte de arma aos procuradores do Estado usurpará competência legislativa privativa da União.

A

O STF já decidiu no sentido da inconstitucionalidade de lei estadual que verse sobre registro e porte de armas, por se tratar de competência privativa da União.

54
Q

Não fere o pacto federativo a edição de lei complementar, pelo Congresso Nacional, que autorize os estados a legislar sobre questões específicas abrangidas em matéria de competência legislativa privativa da União.

A

É o pacto federativo que define as funções dos entes federados (União, estados e municípios.
O art. 22, da CF/88 insere o rol de competências privativas da União, determinando que os estados poderão legislar sobre questões específicas, desde que ocorra lei complementar nesse sentido.

55
Q

De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, é vedado aos estados instituir normas que condicionem à previa autorização da assembleia legislativa a instauração de ação penal contra governador por crime comum.

A

Antes, o STF havia assentado que a autorização da Assembleia Legislativa haveria de preceder à decisão sobre o recebimento ou não da denúncia ou da queixa contra o governador de Estado pelo STJ.
Entretanto, em 2017, ele revisitou o tema e mudou a jurisprudência por meio de mutação constitucional. Definiu o STF serem inconstitucionais normas que exijam autorização da Assembleia Legislativa para que o STJ instaure ação penal contra governador. Também foi confirmado que, no caso de abertura de ação penal, o afastamento do cargo não acontece automaticamente. Esse afastamento só pode ocorrer se o STJ entender que há elementos a justificá-lo. O governador pode ser afastado, mas não como decorrência automática do recebimento da denúncia.

56
Q

Perceba ainda que nos crimes de responsabilidade, a competência para julgar os governadores de Estado e do DF não será do STJ e nem da Assembleia Legislativa ou CLDF.

A

Nos termos da Lei 1.079/1950 (art. 78, § 3º) quem julga o governador de Estado por crime de responsabilidade é um Tribunal Especial, composto de cinco membros do Legislativo (eleitos pela Assembleia Legislativa) e de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça (mediante sorteio), sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça local, que terá direito de voto no caso de empate.

57
Q

Os estados podem prever foro por prerrogativa de função aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri.

A

Correto. As Constituições estaduais podem dilatar o foro especial por prerrogativa de função para autoridades locais, desde que não haja, a juízo do STF, incompatibilidade do exercício da função pública. Diante do caso concreto, o tribunal vai decidir se há ou não compatibilidade: por exemplo, o STF decidiu que delegados de polícia civil não têm direito a foro especial, pois não há razoabilidade nessa previsão da constituição estadual. Da mesma forma, não há foro por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal para os vereadores, indicados na questão.

Entretanto, a competência do Foro Especial definido exclusivamente na Constituição Estadual não prevalece sobre a competência do Tribunal do Júri para os crimes dolosos contra vida, apenas para os demais crimes. Caso a prerrogativa esteja também prevista na Constituição Federal, prevalecerá sobre a competência do júri. Sobre o assunto, o Supremo editou a seguinte Súmula:
Súmula 721 “ A competência Constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecida exclusivamente pela Constituição Estadual.”

58
Q

Considere que determinado estado da Federação tenha editado lei estadual fixando o piso salarial de determinada categoria profissional do estado.

A respeito da competência estadual para legislar acerca da matéria em apreço….

A

O estado possui competência para legislar sobre o assunto, nos limites de delegação conferida por lei complementar federal.
O STF assentou que os estados membros detém competência para fixar piso salarial de categoria profissional, desde que não haja definição em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, por força do art. 22, I (legislar sobre direito do trabalho) e parágrafo único (competência legislativa delegada), da Constituição Federal.