Espumantes e Fortificados Flashcards

1
Q

Champagne (5 regiões, 3 castas)

A
  1. Montagne de Reims [Pinot Noir]
  2. Côte des Blancs [Chardonnay]
  3. Vallée de la Marne [Pinot Meunier] abrolha mais tarde que Pinot Noir, mais protegido das geadas de primavera
  4. Côte des Bar [Pinot Noir]
  5. Côte de Sézanne [Chardonnay]
  • clima continental fresco
  • 44 premier cru, 17 grand cru, villages inteiros
  • risco de geadas
  • solos de giz/gesso - boa drenagem durante chuva e boa retenção de água nos períodos secos
  • NV envelhecido no mínimo 15 meses, 12 c/ borras
  • Vintage mínimo 36 meses, 12 c/ borras

Degustação:
- todos têm acidez alta e sabor autolítico
- NV: menos corpo, mais fruta fresca que Vintage; complexidade de vinhos reserva
- Vintage: mais concentrados, mais notas tostadas e de biscoito (mais tempo de autólise)
- Rosé: aromas de autólise e frutas de baga (berries) vermelhas
- Blanc de Blancs: corpo ligeiro a médio, fruta cítrica; austeros quando jovens, podem envelhecer na garrafa por muito tempo
- Blanc de Noirs: mais encorpados, podem envelhecer mais rapidamente

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2
Q

Espumantes da França (6)

A
  1. Champagne
  2. Crémant: método tradicional, mínimo 9 meses c/ borras
    - Crémant d’Alsace: Chardonnay permitido; Muscat e Gewurztraminer não permitidas
    - Crémant de Bourgogne
    - Crémant de Loire
  3. Vale do Loire: método tradicional, mínimo 9 meses c/ borras
    - Saumur: [Chardonnay, Chenin Blanc, Cabernet Franc], rosés com [Cabernet Franc]
    - Vouvray: [Chenin Blanc] grande maioria
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3
Q

Espumantes do Velho Mundo exceto França (4 denominações, uvas, características)

A
  1. Cava (Espanha)
    - [Macabeo, Xarel-lo, Parellada], Garnacha e Monastrell p/ rosés, Chardonnay e Pinot autorizados
    - Maioria de vinhedos na Catalúnia; também Navarra, Rioja e Valencia
    - Método tradicional, 9 meses c/ borras; secos
    - acidez média, caráter de autólise
  2. Asti DOCG (Piemonte)
    - [Muscat Blanc à Petits Grains]
    - Método Asti
    - aroma pronunciado de pêssego e uva, notas florais, não tem caráter autolítico
    - álcool baixo, 7%
  3. Prosecco (nordeste da Itália)
    - Prosecco DOC
    - Conegliano-Valdobbiadene DOCG: uvas cultivadas em Conegliano e Valdobbiadene em íngremes encostas calcárias
    - [Glera]
    - método de tanque
    - acidez média, maçã verde e melão
    - Bruto, Extra Seco e Seco; geralmente mais açúcar residual que Champagne e Cava
    - açúcar residual vem de paragem da fermentação e filtragem
    - rosé tem até 15% de Pinot Noir
  4. Sekt (Alemanha)
    - grande maioria método tanque
    - Sekt: vinhos base da França, Itália ou Espanha
    - Deutscher Sekt: uvas cultivadas na Alemanha
    - Deutscher Sekt bA: uvas de região vinícola de qualidade com Mosel
    - melhores são de [Riesling]
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4
Q

Espumantes do Novo Mundo (4)

A
  1. Australia (Tasmânia, Yarra Valley, Adelaide Hills)
    - método tradicional, [PN e Chardonnay]
    - espumantes tintos, melhores usam [Shiraz] - muito corpo, fruta de baga vermelha, taninos macios, açúcar residual
    - espumantes econômicos em Riverina: método tanque, muitas castas diferentes
  2. Nova Zelândia (Marlborough)
    - método tradicional, [PN e Chardonnay]
  3. Cap Classique (África do Sul)
    - método tradicional, [PN e Chardonnay]
    - mínimo 12 meses c/ borras
    - fruta de Western Cape, melhores em encostas c/ orientação sudeste, ou nas costas
  4. EUA (Anderson Valley, Los Carneros)
    - método tradicional, [PN e Chardonnay]
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5
Q

Métodos de elaboração de espumantes (6)

A
  1. Método tradicional
  2. Método de transferência
  3. Método ancestral
  4. Método de tanque
  5. Método Asti
  6. Carbonatação
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6
Q

Método tradicional (10 passos)

A
  1. prensagem
  2. clarificação
  3. primeira fermentação alcoólica
  4. elaboração do corte
  5. licor de tiragem
  6. segunda fermentação alcoólica em garrafa
  7. tempo em contato com as borras
  8. remuage
  9. dégorgement
  10. licor de expedição (dosagem)
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7
Q

Método de transferência (11 passos)

A
  1. prensagem
  2. clarificação
  3. primeira fermentação alcoólica
  4. elaboração do corte
  5. licor de tiragem
  6. segunda fermentação alcoólica em garrafa
  7. tempo em contato com as borras
  8. dégorgement e esvaziamento da garrafa num tanque
  9. filtração
  10. licor de expedição (dosagem)
  11. novo engarrafamento sob pressão
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8
Q

Método ancestral

A
  • fermentação alcoólica (parte na garrafa)
  • escolha relativamente ao dégorgement
  • Pétillant Naturel
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9
Q

Método de tanque (10 passos)

A
  1. prensagem
  2. clarificação
  3. primeira fermentação alcoólica
  4. elaboração do corte
  5. licor de tiragem
  6. segunda fermentação alcoólica em tanque
  7. tempo em contato com as borras
  8. filtração
  9. licor de expedição (dosagem)
  10. engarrafamento sob pressão
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10
Q

Método Asti (6 passos)

A
  1. prensagem
  2. clarificação
  3. arrefecimento e armazenamento do suco
  4. fermentação (parte sob pressão)
  5. paragem da fermentação por arrefecimento e filtração
  6. engarrafamento sob pressão
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11
Q

Carbonatação (5 passos)

A
  1. prensagem
  2. clarificação
  3. fermentação
  4. injeção de CO2
  5. engarrafamento sob pressão
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12
Q

Principais vinhos fortificados do mundo (4)

A
  1. Vinho do Porto (Portugal)
  2. Xerez (Espanha)
  3. Muscat de Beaumes-de-Venise (França)
    - Moscatel jovem sem envelhecimento
    - cor dourada média, floral, aromático; preservar caráter varietal; tipicamente doce, raramente muito doces
    - colhido sem passificação para preservar características varietais
  4. Rutherglen (Austrália)
    - Moscatel evoluído e envelhecido
    - cor âmbar a castanho, doce ou muito doce
    - pode haver alguma passificação
    - fermentação c/ peles
    - fortificação com 1-2% álcool (muito açúcar residual)
    - envelhecimento oxidativo que pode durar décadas
    - reforço aromático de vinhos mais jovens antes de engarrafamento

[Moscatel/Muscat] acidez baixa a média, flor de laranjeira, rosa, uva

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13
Q

Vinho do Porto

A
  • clima continental moderadamente quente, protegida do Atlântico pela Serra do Marão
  • geadas de primavera e fortes chuvas ocasionais podem afetar floração e colheita
  • temperaturas muito altas durante o verão
  • precipitação muito baixa durante temporada de crescimento
  • solo de xisto, com fragmentação vertical que permite raízes a alcançar reservas de água formadas pelas chuvas de inverno
  • cidades do Porto e Vila Nova de Gaia
  • Baixo e Cima Corgo: vinhas em encostas altas e íngremes nas margens do Douro
  • socalcos - terraços estreitos suportados por muros de pedra; mecanização não é possível
  • patamares - sem muros suporte, cada patamar é largo suficiente para tratores, permite mecanização
  • vinha ao alto - em encostas menos exageradas, videiras de cima para baixo, máquinas podem operar com auxílio de guinchos

Baixo Corgo:
- vinhos mais ligeiros
- região mais fresca e úmida

Cima Corgo:
- maior número das melhores vinhas

Douro Superior:
- relativamente pouco plantado
- fonte de vinhos de excelente qualidade

[Touriga Franca, Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinto Cão, Tinta Barroca] variedades de pele grossa, tanino alto, fruta preta, aromas florais

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14
Q

Xerez (6)

A
  • clima mediterrânico quente e ensolarado
  • ao redor de Jerez de la Frontera
  • solo albariza de giz: boa drenagem c/ capacidade de retenção de água; durante outono e inverno são escavadas covas entre as videiras para reter chuva
  • vinhas perto da costa mais frescas
  • vento poniente: fresco e úmido; vento levante: calor sufocante

[Palomino] acidez baixa sem aromas varietais marcados
[Pedro Ximénez (PX)] pouco sabor varietal, pele fina, ideal p/ secar ao sol; maioria de Montilla-Moriles, região vizinha a Jerez
[Moscatel de Alexandria] pequenas quantidades p/ vinhos doces

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15
Q

Elaboração de Vinho do Porto (6 passos)

A
  1. esmagamento
  2. extração
    - pisa a pé em lagares
    - autovinificadores: similar a remontagem cada 15-20 minutos
    - pistões mecânicos (lagar robótico): imita pisa a pé, depois realiza pigeages regulares
  3. fermentação até 5-9% álcool (24 a 48 horas, tempo muito curto p/ extração convencional)
  4. fortificação com aguardente 77% para parar a fermentação; álcool 19-22%
  5. envelhecimento (curto ou longo, madeira ou inerte)
    - geralmente em Vila Nova de Gaia
    - em recipientes de madeira usada ou inox
    - curto período: Ruby, Ruby Reserva, LBV, Vintage
    - Tawny: longo envelhecimento oxidativo em pipas; produzidos da mesma forma que Ruby; diferenças são do envelhecimento; criam depósito durante envelhecimento
    - com idade: cor granada, aloirada, castanha; fruta primária desvanece tornando-se em fruta passificada, nozes, café, chocolate, caramelo
  6. engarrafamento
    - cor profunda, fruta primária no engarrafamento
    - Ruby, Ruby Reserva e alguns LBV são estabilizados e filtrados antes do engarrafamento; não beneficiam com envelhecimento
    - Vintage e alguns LBV não são filtrados e podem beneficiar com longo envelhecimento em garrafa
    - após envelhecimento: cor granada, sabores terciários de fruta cozida e vegetal (ameixa seca, couro, folhas molhadas)
    - Tawny: não requer tratamento antes de engarrafamento; proto para beber quando engarrafado, não beneficia com envelhecimento extra em garrafa
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16
Q

Elaboração de Xerez

A
  1. fermentação
    - grandes tanques de inox
    - temperatura alta (20 a 26C) p/ obter vinho base neutro
    - 10-12% de álcool
  2. classificação:
    - p/ envelhecimento biológico: vinhos mais pálidos, ligeiros, mais “refinamento”; vinhedos mais frescos da costa, fermentados em temperaturas mais baixas
    - p/ envelhecimento oxidativo: vinhos mais escuros, ricos, pesados; vinhedos mais quentes do interior, fermentados em temperaturas mais altas
  3. fortificação e sobretabla:
    - c/ destilado neutro 95% álcool
    - a) fortificação entre 15 e 15,5%, desenvolvimento da flor durante sobretabla, envelhecimento biológico (opção: nova fortificação a 17 %, envelhecimento oxidativo)
    - b) fortificação a alc. 17 % vol., flor não se desenvolve, envelhecimento oxidativo (sobretabla não é importante)

Doce:
1. uvas secadas ao sol
2. prensagem
3. fermentação: poucos graus de álcool devido à alta concentração de açúcar
4. fortificação para parar a fermentação (17%)
5. envelhecimento oxidativo

Pale Cream/Medium/Cream:
- mistura de vinho seco com vinhos doces ou então com componentes doces à base de uva (MCR)

17
Q

Sistema de Solera

A
  • botas de carvalho de 600 litros enchidas a 5/6 da capacidade
  • criadera: grupo de botas formando um nível
  • solera: nível final de onde é retirado o vinho a ser engarrafado
  • primeira criadera reabastece solera, 2a. criadera reabastece 1a. criadera, etc.
  • sobretabla: reabastece criadera mais jovem
  • 3 etapas: 1. mesmo volume de vinho é retirado de botas de cada nível; 2. vinhos são misturados; 3. botas do próximo nível mais velho (ou solera) são atestadas com a mistura
  • número de criaderas pode variar
  • em envelhecimento biológico, idade média da solera é de 3 ou 4 anos; flor começa a falhar quando idade média atinge 7 anos
  • envelhecimento oxidativo até mais de 30 anos, 22% de álcool; muitos poucos conseguem chegar
  • maioria dos Xerez são cortes de várias soleras
  • maioria são clarificados e filtrados antes do engarrafamento
18
Q

Elaboração de Moscatéis Fortificados (5)

A
  1. esmagamento
  2. prensagem
  3. fermentação
  4. fortificação para parar a fermentação (c/ aguardente vínico 96%)
  5. envelhecimento (inerte, oxidativo)
19
Q

Legislação do Vinho do Porto (5)

A
  1. Ruby (Reserva)
    - 1 a 3 anos de idade
    - menos concentração, complexidade, taninos
    - Reserva: melhor qualidade, determinado por painel oficial de degustação
    - When bottled, ruby styles of Port have a predominant primary fruit character
  2. Tawny (Reserva)
    - mesma idade que Ruby, sem longo período de envelhecimento oxidativo
    - cor castanha através de opções como uso de vinhos menos extraídos do Baixo Corgo
    - Reserva: painel de degustação, envelhecimento mínimo de 6 anos
  3. Late Bottled Vintage (LBV)
    - uma só safra
    - envelhecidos 4 a 6 anos em grandes recipientes de madeira antes do engarrafamento
    - mais prontos p/ beber quando lançados no mercado do que Vintage
    - grande maioria estabilizados e filtrados, similares a Porto Ruby Reserva de alta qualidade, não beneficiam de envelhecimento extra em garrafa
    - alguns não filtrados, similares a Porto Vintage, podem beneficiar de envelhecimento em garrafa, e precisam ser decantados antes de servir
  4. Tawny com Indicação de Idade
    - maior qualidade dentro do estilo Tawny, complexos e concentrados
    - longo período de envelhecimento oxidativo em pipas
    - 10, 20, 30 ou 40 anos (idade média)
    - rótulo deve indicar ano de engarrafamento; perdem frescura depois de engarrafados
    - With age the primary fruit fades, becoming raisiny and is accompanied by flavours of walnuts, coffee, chocolate and caramel
  5. Vintage
    - não clarificados ou filtrados
    - quando lançados são concentrados e tânicos
    - capazes de envelhecer por décadas, criando um denso depósito
    - produzidos em média 3 vezes por década
    - decisão de declarar vintage é do produtor; intenção no segundo ano após vindima; engarrafado o mais tardar no terceiro ano
    - Porto Vintage Single Quinta: lançados por grandes produtores quando ano não é suficientemente bom para declarar vintage
    - After this extra period of bottle maturation the wines have a garnet colour and tertiary cooked fruit and vegetal (prune, leather, wet leaves) flavours
    - recent declared vintages: 2000, 2003, 2007 and 2011
20
Q

Legislação do Xerez (9)

A
  1. Fino
    - só envelhecimento biológico
    - cor amarela limão pálida, fruta cítrica, amêndoas, ervas, notas de panificação da flor
    - devem ser consumidos o mais cedo possível após engarrafamento
  2. Manzanilla
    - envelhecidos em Sanlúcar de Barrameda (DO separada de Jerez)
    - mesmo que Finos de Jerez
    - mais fresco e úmido que Jerez; grosso véu de flor o ano todo
    - aroma mais penetrante
  3. Oloroso
    - só envelhecimento oxidativo
    - cor castanha, muito corpo, aromas oxidativos como toffee, couro, especiarias, nozes
  4. Amontillado
    - envelhecimento biológico seguido de oxidativo (nova fortificação a 17%)
    - cor âmbar ou castanha, menos corpo que Oloroso, aromas de leveduras e aromas oxidativos
    - podem ser envelhecidos tanto tempo como os Olorosos
  5. Palo Cortado
    - raro, alta qualidade, difícil de distinguir de Amontillado ou Oloroso
  6. Pedro Ximénez (PX)
    - naturalmente doce
    - cor castanha profunda
    - muito doces, 500g/L de açúcar residual
    - fruta seca, café, alcaçuz
  7. Pale Cream
    - adoçado com MCR após envelhecimento biológico
    - similar a Fino sem caráter da flor
  8. Medium
    - características de envelhecimento biológico e oxidativo
  9. Cream
    - características de envelhecimento oxidativo
    - mais doce que Medium
    - adoçado com PX
    - toffee, couro, nozes, fruta seca

VORS (Very Old Rare Sherry): 30 anos
VOS (Very Old Sherry): 20 anos
12 e 15 anos: aprovação pelo sistema Solera

21
Q

Nível de doçura de espumantes

A
  • Brut Nature: 0-3 g/L
  • Extra Brut: 0-6 g/L
  • Brut: 0-12 g/L
  • Extra-Sec, Extra-Dry: 12-17 g/L
  • Sec, Dry: 17-32 g/L
  • Demi-Sec, Medium Dry: 32-50 g/L
  • Doux, Sweet: 50 or more g/L