Esclerose Lateral Amiotrófica Flashcards
1
Q
Definição de Esclerose Lateral Amiotrófica
A
Doença neuromuscular degenerativa (não desmielinizante) que afeta os neurônios motores (principalmente) tanto superior quanto inferior
2
Q
Etmologia da ELA
A
- Esclerose: células sofrem disfunção celular, pode perder função e morrer
- Lateral: feixe nervoso afetado é o piramidal (responsável pela movimentação voluntária) → chega na medula na parte ântero-lateral, que inicia de um lado só
- Amiotrófica: comanda central → estimulo passa pelos feixes motores → neurotransmissores na junção neuromuscular: na doença, estímulo não chega ao músculo, que fica atrofiado
3
Q
Epidemiologia da ELA
A
- Incidência: 0,2 – 2,4 por 100.000 hab por ano
- Discreta predominância do sexo M sobre o F
- Idade: maioria > 50-60 anos
- Maioria dos casos é esporádico (90%)
- EM: se espera encontrar mais em locais mais frios
- Não há fator causal especificado
- De 5 – 10% dos casos são familiares
- Mutação enzima superóxido dismutase tipo I (SOD1)
- Cromossomo 21
- Herança autossômica dominante
- Mutação enzima superóxido dismutase tipo I (SOD1)
- De 5 – 10% dos casos são familiares
4
Q
Fatores de risco para ELA
A
- Tabagismo
- Exposição a toxinas e metais
- Exercício (radicais livres e fatores inflamatórios)
- Mutação SOD1 (enzima responsável pela produção e combate aos radicais livres)
5
Q
Histopatologia da ELA
A
- Céls motoras da medula
- Céls motoras do tronco encefálico
- Trato piramidal
- Neurônio motor superior (menor grau)
6
Q
Sinais e sintomas de ELA
A
- Neurônio inferior:
- Atrofia muscular
- Fasciculações: movimento moscular como espasmos → tanto em musculatura da língua, quando de MMSS / MMII
- Cãibras ou fadiga muscular
- Neurônio superior:
- Hiper-reflexia
- Hipertonia inicial que evolui para espasticidade
- Sinal de Babinski
7
Q
Formas de apresentação da doença
A
- Forma paralítica bulbar progressiva
- rara
- Evolui de forma + rápida e agressiva
- Sobrevida: 2a após diagn
- Quadro clinico (sinais e sintomas a nível de tronco)
- Dificuldade de deglutição
- Dificuldade de elevação ombros
- Paralisia e fasciculações língua
- Forma esporádica
- agressiva
- Sobrevida: 6 anos
- agressiva
- Sinais e sintomas diretos
- Fraqueza e atrofia
- Fasciculações e caibras
- Espasticidade e hiper-reflexia
- Sinais e sintomas indiretos da doença
- Disartria, dispneia, disfagia, depressão (não por afetar áreas comportamentais), alteração sono, pode evoluir para quadros álgicos, constipação, sialorreia
8
Q
Diagnóstico de ELA
A
- ELA definitiva
- Sinais de NMS e I em 3 regiões pelo menos das 4 (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra)
- ELA provável
- Sinais de NMS e I em 2 das 4 regiões
- ELA provável com suporte laboratorial
- Sinail de NMS e I em 1 região ou sinais de NMS/I em uma ou mais regiões associadas à avidência de denervação aguda na eletroneuromiografia em 2 ou mais segmentos
- ELA possível
- Sinais de NMS/I em uma região apenas
- Complicado de dar diagnóstico
- ELA suspeita
- Sinais de NMI em 2 ou mais regiões e sinal de NMS em 1 ou mais regiões
9
Q
Exames complementares
A
- RM encéfalo e junção craniocervical
- ENMG dos 4 membros
- LAC
10
Q
Diagnóstico diferencial
A
- EM
- Diferenças: idade, RM, sintomas extra-motores (alteração sensibilidade, comportamental), forma da doença (se surto-remissão exlclui ELA → só piora)
- Tumor medular
- Idade avançada também
- Diagnóstico: RM!
- Sífilis
- Diagnóstico: LAC + imagens
- Miastenia grave
- Característica: perda de força
- Diferença: perda de força que piora ao longo do dia (fatigabilidade exclui ELA), ptose palpebral (característico da MG)
- Diagnóstico: anticorpos contra receptores nicotínicos e muscarínicos (receptores de Ach)
- Distrofia muscular progressiva
- Diferença: idade (casos que ocorrem na infância)
- Diagnóstico: marcadores + padrão ENMG diferente
11
Q
Tratamento ELA
A
- Farmacoterapia
- Riluzole
- ↑ sobrevida (em 3 meses)
- modula atividade glutamatérgica, ↓ desregulação entre formação e degradação de espécies reativas oxidantes
- Riluzole
- Nutrição
- Sonda gástrica
- disfagia; suspeita de aspiração, perda ponderal, capacidade vital à espirometria > 50%
- Sonda gástrica
- Manejo respiratório
- Ventilação não invasiva (CPAP e BPAP)
- se CV <50%
- Ventilação assistida
- piora com queda da CV
- próximo do óbito
- Ventilação não invasiva (CPAP e BPAP)