ECG em condições clínicas gerais Flashcards
Quais são as alterações causadas pela hipo e pela hipernatremia no ECG?
Basicamente não existem alterações especificamente ligadas ao sódio. O que pode ocorrer é vermos alterações relacionadas ao quadro de base, como por exemplo:
- Taquicardia sinusal em um paciente com hipernatremia por desidratação;
- Alterações de uma cardiopatia estrutural em um paciente com hiponatremia hipervolêmica por IC…
ECG da hipercalemia
Normalmente as alterações começam a partir de um K ≥ 6 e são sequenciais:
- Onda T apiculada em tenda (1ª alteração) → costumamos ver melhor em V2 e V3;
- Onda P plana;
- QRS alargado;
- Alterações grosseiras do QRS, sST e T;
- Ritmo sinusoidal.
📌 Dica para facilitar → pense que o K é “facilitador” da repolarização e “dificultador” da despolarização → logo, na hipercalemia, essas tendências estarão acentuadas:
- Dificulta ainda mais a despolarização → onda P plana e QRS alargado;
- Facilita ainda mais a repolarização → onda T apiculada e supra ST.
📌 Lembre-se → hiperK + ECG alterado = GLUCONATO DE CÁLCIO!
ECG da hipocalemia
- iPR discretamente alargado;
- Onda P discretamente apiculada;
- Infra de ST;
- Onda T achatada;
- Onda U proeminente → e também alargamento de QT.
📌 Dica para facilitar → pense que o K é “facilitador” da repolarização e “dificultador” da despolarização → logo, na hipoK, essas tendências estarão acentuadas:
- Facilita a despolarização → onda P apiculada;
- Dificulta a repolarização → infraST, onda T plana e onda U.
Quais DHE causam aumento de QT?
São os HIPOS:
- HipoK;
- HipoCa (“o QT é QonTrário ao Cálcio”);
- HipoMg.
📌 Lembrando que a natremia em si basicamente não causa alterações ao ECG.
Dica → tentamos corrigir o hipo K mas não dá certo? Pensar em hipoMg associado.
Principalmente qual DHE causa QT curto?
HIPERCALCEMIA→ “o QT é QonTrário ao Cálcio”!
📌 QT curto = QTc < 340ms.
Outras possíveis causas são QT curto congênito, hiperK e intoxicação digitálica.
ECG na hipotermia
As principais alterações da hipotermia são 3:
- Bradicardia sinusal;
- Onda O de Osborn → entalhe no final do QRS, muito parecido com o que vimos na repolarização precoce → porém aqui vai ser clara a associação clínica com a hipotermia e sumirá quando a temperatura corrigir;
- QT largo.
📌 É menos característico, mas também pode haver alargamento de iPR (> 200ms ou 5 quadradinhos).
Qual é a alteração eletrocardiográfica mais comum no TEP?
Taquicardia sinusal é a alteração mais comum, sendo que o clássico S1Q3T3 só acontece em 10% dos casos.
📌 S1Q3T3 = onda S profunda em DI; onda Q aumentada em DIII e onda T invertida em DIII.
📌 Outras alterações possíveis:
- Inversão de T de V1-V3 (“padrão strain de VD”);
- Distúrbio de condução pelo ramo direito, podendo levar até a BRD;
- Desvio de eixo para a D;
- Sinais de SVD (ex: onda R grande em V1 e onda Q inicial em V1 - Sodi Pallares).
Quais são os achados mais comuns ao ECG no DPOC?
- Onda P pulmonale → onda P apiculada (> 2,5 quadradinhos) em derivações inferiores;
- Diminuição da amplitude do QRS (afastamento do eletrodo pelo enfisema);
- Desvio do QRS para a direita;
- Onda R não costuma ser ampla em V1 e V2.
📌 Podem ser vistos outros sinais de SVD (ex: onda Q inicial em V1; onda T negativa de V1 a V4) e de SAD.
Como reduzir artefatos no ECG de um paciente com tremor?
Um paciente com tremores pode ter o ECG alterado principalmente nas derivações do plano frontal, pois são aquelas que fixam os eletrodos nos MMSS e MMII.
Uma estratégia é posicionar os eletrodos na raiz dos membros, e não nas extremidades.