Análise básica do ECG Flashcards
Posicionamento dos eletrodos frontais e precordiais no ECG.
ELETRODOS FRONTAIS:
- MSD (R) = vermelho;
- MID (N de neutro) = preto;
- MSE (L) = amarelo;
- MIE (F) = verde.
📌 Dica: no lado esquerdo do peito levamos o Brasil (verde e amarelo) e as cores mais escuras ficam embaixo (preto e verde).
ELETRODOS PRECORDIAIS:
- V1 = 4º EIC paraesternal D;
- V2 = 4º EIC paraesternal E;
- V3 = ponto médio entre V2 e V4;
- V4 = 5º EIC hemiclavicular E;
- V5 = 5º EIC axilar anterior E;
- V6 = 5º EIC axilar média E.
📌 O ângulo de Louis coincide com o 2º EIC.
No ECG, quando desconfiar de:
- Dextrocardia?
- Inversão de R com L?
- Troca de eletrodos precordiais?
📌 Antes, guarde este conceito do ECG normal: a onda R nas derivações precordiais fica progressivamente mais positiva, atingindo o pico em V4 ou V5 normalmente → ou seja: RV1 < RV2 < RV3 < RV4 ≈ RV5 > RV6.
📌 R costuma ficar maior que S a partir de V3 (ou seja, QRS costuma ser predominantemente negativo em V1 e V2).
Desconfiaremos de DEXTROCARDIA quando tivermos DI completamente NEGATIVO e derivações PRECORDIAIS NEGATIVAS e DECRESCENTES.
Por outro lado, se tivermos apenas DI completamente NEGATIVO mas PRECORDIAIS NORMAIS, provavelmente houve INVERSÃO DE R COM L.
Por fim, desconfiaremos de troca de eletrodos PRECORDIAIS quando houver uma QUEBRA DRÁSTICA DA PROGRESSÃO CRESCENTE da onda R de V1 a V6 → ex: se tivermos V2 muito positiva e V5 pouco positiva, com o restante conforme esperado, provavelmente houve uma troca de V2 e V5.
Quais angulações são normais para o eixo de QRS no plano frontal (derivações periféricas)?
📌 Lembrando que as angulações positivas são para baixo de DI, seguindo progressão horária.
- Normal = -30º a +90º;
- Desvio para a esquerda = -30º a -90º;
- Desvio para a direita = +90º a +180º;
- Desvio extremo = +180º a -90º.
Dica simples → o EIXO estará NORMAL se QRS for POSITIVO em DI E DII simultaneamente.
Como definir o eixo do QRS no plano horizontal (derivações precordiais)?
QRS negativo em V1 = eixo para TRÁS (normal).
ou
QRS positivo em V1 = eixo para frente (alterado).
📌 Lembrando que o eixo normal tem a tendência de seguir o vetor do VE, que é mais posterior (logo, puxa o vetor resultante para trás e para a esquerda, distanciando de V1 e aproximando de V4-V6).
Podemos cometer erros bobos na interpretação do ECG apenas por não nos atentarmos às definições da máquina.
Descreva as padronizações do ECG.
📌 Lembre-se que cada quadradinho tem 1mm².
A padronização “normal” leva em conta uma VELOCIDADE = 25mm/s. Com isso, cada QUADRADINHO = 0,04s (ou 40ms).
Além disso, a altura de cada QUADRADINHO = 0,1mV. Ou seja, cada DOIS QUADRADÕES = 1mV.
📌 Atente-se à configuração da voltagem:
- NORMAL (N) → 1mV = 10 quadradinhos;
- N/2 → 1mV = 5 quadradinhos;
- 2N → 1mV = 20 quadradinhos.
OBS: na lateral do traçado vem registrado um retângulo que tem de altura a quantidade de quadradinhos que equivalem a 1mV.
Como definimos que um ritmo é sinusal no ECG?
Pré-requisitos para um ritmo sinusal:
1) Eixo da onda P entre 0 e 90º (ou seja, P positiva em DI e aVF);
2) Todas ondas P são seguidas por um QRS;
3) Todas ondas P têm a mesma morfologia;
4) FC entre 50 e 100bpm.
📌 Pode até ter uma bradicardia ou uma taquicardia sinusal, mas, a partir desses diagnósticos, devemos considerar arritmia e investigar!
Como definimos a FC de um ECG?
Para ritmo REGULAR:
1500 / distância de QUADRADINHOS do iRR
OU
300 / distância de QUADRADÕES do iRR
📌 Para ritmos IRREGULARES, não podemos utilizar essas fórmulas → uma alternativa é multiplicar x6 a quantidade de QRS contidos no DII LONGO (isso ocorre pois o ECG registra 10 segundos de batimentos em D2 longo).
9 passos para analisar um ECG
- Identificação (incluindo sexo);
- Padronização;
- Ver se o ritmo é sinusal + FC;
A partir daí, seguimos a ordem do traçado:
- Onda P;
- Intervalo PR;
- Complexo QRS;
- Segmento ST
- Onda T;
- Intervalo QT.