Drogas vasoativas Flashcards
Medicina intensiva USP - 2ª edição
Classe de droga vasoativa que ↓ diâmetro vascular, ↑ tônus vascular e ↑ pós-carga:
Vasopressores
Classe de droga vasoativa ↑ contratilidade cardíaca:
Inotrópicos
Classe de droga vasoativa que ↑ diâmetro vascular, ↓ tônus vascular e ↓ pós-carga:
Vasodilatadores
3 vasopressores:
Noradrenalina (droga de escolha), adrenalina e vasopressina
Principal inotrópico:
Dobutamina
Principal vasodilatador:
Nitroprussiato
Catecolamina precursora natural adrenalina e neurotransmissor do SN simpático pós-ganglionar, também liberada pela glândula adrenal:
Noradrenalina ou norepinefrina (NE)
A NE exerce seus efeitos predominantemente através de quais receptores e o que provoca?
Alfa-1 e alfa-2 adrenérgicos vasculares e receptores B1 adrenérgicos células musculares lisas cardíacas;
vasoconstrição (mas é fraco agente inotrópico)
Em doses, respectivamente, < 30 ng/kg/min e maiores que esse valor, a NE estimula receptores:
B1; alfa-adrenérgicos
Efeitos NE:
↑ PAS, PAD e RVS
O que pode causar ↓ dose NE?
Atividade vagal reflexa
↑ resistência vascular periférica (RVP) pela NE provoca:
↑ PAM
Principal indicação NE:
Paciente hipotensão e ↓ RVS insensíveis reposição volêmica
Condições nas quais a NE pode ser empregada:
Choques séptico, neurogênico e cardiogênico grave, insuficiência ventricular direita e embolia pulmonar maciça
Droga escolha choque séptico:
NE
A NE é droga 1ª linha reversão hipotensão no choque séptico por 3 motivos:
Reverte vasodilatação, melhora função miocárdica (mesmo com DC próximo normal) e ↑ fluxo sanguíneo
coronariano (causa pequena ou nenhuma alteração fluxo sanguíneo cerebral)
No choque cardiogênico grave NE é usada tratamento:
Hipotensão hemodinamicamente significativa (PA sistólica após 70 mmHg)
Apesar de usada na hipotensão hemodinamicamente significativa, a NE é bem mais eficaz se a hipotensão for secundária a que?
Baixa resistência vascular (caso contrário atua como retardador doença isquêmica cardíaca e choque até o suporte hemodinâmico mecânico ou outros tratamentos serem instituídos)
O efeito vasopressor NE é reforçado pela utilização simultânea de:
Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina ou guanetidina)
Inibidores da MAO têm efeito significativo sobre ação NE?
Não (ao contrário do que ocorre com a dopamina)
Única via pela qual a NE deve ser administrada e por que?
Venosa central;
seu extravasamento pode produzir dano tecidual grave
Tratamento no caso de dano tecidual grave por extravasamento de NE:
Infiltração local do tecido com fentolamina
Os efeitos adversos potenciais da NE:
Ansiedade, ↓ viscosidade pele, dor cabeça, tremor, bradicardia reflexa e angina
Em qual paciente a NE deve ser evitada e por que?
Grávidas;
pode ↑ frequência contrações uterinas
Catecolamina natural produzida pela n-metilação da noradrenalina na medula adrenal, cuja produção e liberação é regulada pela inervação simpática da glândula adrenal:
Adrenalina
A adrenalina liga-se a quais receptores?
B1, B2 e alfa de forma dose-dependente
Os efeitos da adrenalina em doses mais baixas e mais altas são mediados, respectivamente, através ação de quais receptores e causam o que?
Doses mais baixas → beta → vasodilatação;
doses mais altas → alfa-adrenérgicos → vasoconstrição
O que a adrenalina provoca?
Melhora contração miocárdica (↑ condutância elétrica), automaticidade e necessidades celulares O²
Na sepse, ↑ PAM pela adrenalina resulta principalmente de que?
Efeito direto sobre contratilidade miocárdica (↑ volume sistólico) - com apenas discreto ↑ FC e RVS
2 ações clássicas adrenalina:
Broncodilatação e inibição liberação antígenos (induzida por mediadores inflamatórios dos mastócitos)
5 indicações adrenalina:
Choque circulatório refratário, anafilaxia (com ou sem choque), reações alérgicas graves, bradicardia sintomática sem resposta (a atropina, dopamina e marca-passo transcutâneo) e PCR (devido FV, TV sem pulso, assistolia e AESP)
Eventos farmacológicos adversos da adrenalina:
↑ demanda O² miocárdico, isquemia e angina (secundárias ↑ FC e PA), e ↑ concentrações lactato (por ↓ perfusão órgãos ou de seus efeitos hipermetabólicos)
Principal preocupação uso adrenalina:
Potencial ↓ fluxo sanguíneo regional (especificamente na circulação esplâncnica)
Potenciais efeitos adversos adrenalina:
Ansiedade, dor cabeça, tremor, agitação e reações mais graves (hemorragia cerebral, taquicardia, arritmias, hiperglicemia, angina e piora perfusão cutânea)
Pequeno hormônio peptídico liberado pela neuro-hipófise, desempenha papel importante equilíbrio água e regulação sistema cardiovascular, potente vasoconstritor excretado presença hipovolemia ou hipotensão:
Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH)
Os efeitos da vasopressina são mediados por 3 tipos de receptores, encontrados onde?
V1: músculo liso vascular, bexiga, fígado, baço, rim, SNC, testículos e plaquetas;
V2: dutos coletores renais;
V3: pituitária anterior (envolvidos secreção hormônio adrenocorticotrópico)
Os efeitos vasoconstritores, que requerem concentrações vasopressina mais elevadas do que para ações antidiuréticas, são mediados através estimulação direta de quais receptores?
V1 presentes músculo liso vascular
Administrada doses suprafisiológicas a vasopressina provoca:
Poderosos efeitos vasoconstritores (mais potente que a angiotensina II ou a noradrenalina)
Os efeitos da vasopressina são reduzidos pela acidose?
Não (diferentemente das catecolaminas, como a adrenalina)
Dose fixa vasopressina recomendada doentes uso doses moderadas NE e qual o intuito?
0,03 a 0,04 U/min;
↓ dose NE ou ↑ PAM
A vasopressina pode ser recomendada como agente
único tratamento choque?
Não
Efeitos adversos uso vasopressina:
Constrição músculo liso vascular gastrointestinal, músculo liso brônquico e útero
Em níveis suprafisiológicos (> 0,04 U/min) de vasopressina, a constrição potente musculatura lisa vascular pode causar:
Espasmo artéria coronária → isquemia cardíaca
São efeitos possíveis vasopressina sobre plaquetas e microcirculação:
Agregação plaquetária e ↑ potencial oclusão microcirculação
Qual a meia vida da vasopressina e pode haver maior intervalo tempo entre administrações?
10-20 minutos (mais longa do que a da adrenalina);
sim
Derivado de catecolamina, sintetizado para ter atividade inotrópica potente sem efeito vascular periférico:
Dobutamina
O efeito da dobutamina resulta da administração como uma mistura racêmica com o levo-isômero e o dextroisômero tendo efeitos, respectivamente:
Alfa-1;
beta-1 e beta-2
A dobutamina produz seus efeitos por meio estimulação inotrópica forte de quais receptores no miocárdio e produz uma vasodilatação discreta por causa efeito estimulação de qual receptor sobre vasculatura periférica?
Beta-1 e alfa-1;
beta-2
Em função da dobutamina o que ocorre com a resistência periférica total?
É ligeiramente diminuída ou inalterada
Devido a dobutamina o que ocorre com a automaticidade do nódulo sinusal?
↑
A dobutamina estimula receptores dopaminérgicos e ↑ fluxo sanguíneo renal e mesentérico por meio ↑ DC?
Não
3 indicações dobutamina:
Pacientes enchimento VE elevado, estado pressórico com ↓ DC e é adjuvante infusão volume pacientes sob infarto VD com repercussão hemodinâmica
No choque séptico, o IC é geralmente normal em pacientes reanimados por fluidos, embora a função contrátil pareça prejudicada. Uma grave disfunção cardíaca (IC < 2,5 L/min/m²) pode se desenvolver em pequena porcentagem pacientes, se as pressões de enchimento são elevadas uma boa escolha de droga é a:
Dobutamina
A taxa infusão convencional dobutamina é de:
2-20 μg/kg/min (titulada conforme resposta desejada, sem aumentar FC > 10% basal)
Com qual dose dobutamina há maior efeito inotrópico do que cronotrópico, caracteristicamente ↓ pressão artéria pulmonar ocluída e PVC?
5-15 μg/kg/min
Quando evitar administração dobutamina?
PAS < 100 mmHg e ausência evidência choque
Contraindicações dobutamina:
Cardiomiopatias obstrutivas, FA ou flutter e EAo grave
Efeitos adversos dobutamina:
Eventos cardiovasculares, arritmias (que podem produzir isquemia miocárdica pelo ↑ necessidades celulares O²), tremores, dor cabeça, náuseas e hipocalemia
Dose dobutamina tende produzir consistentemente
taquicardia, especialmente paciente hipovolêmico:
> 20 μg/kg/min
Dose dobutamina menos suscetível produzir taquicardia do que dopamina ou isoproterenol:
2-20 μg/kg/min