DPOC Flashcards
Definição
Obstrução crônica e difusa das VAI com caracter irreversível e destruição progressiva do parênquima pulmonar
Componentes:
- Bronquite crônica
> Hipertrofia e hiperplasiadas glândulas submucosas secretoras de muco
> Diminuição do lúmen das VA distais (edema) - Enfisema pulmonar
> Alargamento do espaço aéreo distal aos brônquios (destruição progressiva dos septos alveolares)
Ambos relacionados à exposição ao tabaco:
- Aumenta prod. de muco e hipertrofia das glândulas submucosas
- Dimin ou bloqueiam o mov. ciliar das cel epiteliais
- Ativam macrófagos alveolares a secretarem quimitaticos (IL-8) de neutrófilos
- Ativam neutrófilos-> prod. elastase
- Inibem alfa-1-antitripsina
Perda da elasticidade + Aumento da resistência das VA distais (bronquiolite obliterante[edema e fibrose]),somandos à pressão intratorácica positiva pode gerar colapso das VA (aumento do espaço morto/armazenamento de ar)
Histopatologia da DPOC
Apresenta dois componentes: Enfisena e a bronquite crônica
> Bronquite crônica:
Hipertrofia e hioperplasia das glândulas submucosas secretoras de muco.
Com diminuição do lúmen das VÁ distais (edema e fibrose). Bronquiolite obliterante
> Enfisena:
- Centroacinar
- Mais comum e com maior relação ao tabaco
- Alargamento e destruição nos bronquiolos (ou seja, na região central do ácino ou lóbulo respiratório)
- Panacinar
- Típico da def alfa-1-antitripsina
- Alargamento e destruição com distribuição uniforme (de todo ácino ou lóbulo respiratório)
Conceitue clinicamente a bronquite crônica
Bronquite crônica é a entidade clínica onde o paciente apresenta tosse produtiva (geralmente matinal) por mais de 3 meses consecutivos de um ano, há mais de dois anos.
Bronquite crônica simples seria aquela que não tem relação à obstrução crônica das vias aéreas. Não sendo DPOC
Tem relação com o tabagismo na maioria dos casos, pois este diminui o movimento ciliar do epitélio brônquico.
Sua fisiopatologia é a hipertrofia e hiperplasia das glândulas submucosas produtoras de muco.
Quadro clínico da DPOC (sintomas)
Dispneia aos esforço, com evolução insidiosa e progressiva, podendo chegar aos mínimos esforços ou até mesmo ao repouso.
Eventualmente há ortopedia ou dispneia paroxística noturna, devido: Piora do mecanismo diafragmático ao se deitar e/ou aumento da secreção brônquica devido hiperatividade vagal noturna
Tosse expectorante, muitas vezes precedendo a dispneia
Exame físico generalizado da DPOC
- (-) MV
- (-) expansibilidade
- Expiração > inspiração
- Esforço respiratório na expiração
- Tórax em tonel
- Edema de MMII c/ a turgência julgular em paciente com cor pulmonale
- Cor pulmonale (cianose) ou Pletora (policitemia)
Descreva os quadro clínicos “Pink Puffer” e “Blue Bloaters”
Pink Pluffer
(Enfisematosos)
- Pletora
- Tórax em tonel
- Magros
- Dispneia do tipo expiratória
- Sem sinais de hipoxemia e cor pulmonale
- (-) acentuada MV, sem ruídos adventícios
Blue bloaters
(Bronquíticos graves)
- Cor pulmonale
- Obesos
- Quadro de insuficiência Ventricular Direita
(Turgência julgular e edema de MMII) - Síndrome da apneia do sono
- Muitos ruídos adventícios à ausculta
Achados do exames complementares
- PFP
- VEF1/CVF < 70% do previsto. Sem alterações significativas pós BD (critério diagnóstico)
- Volumes pulmonares aumentados
- FEF 25-75% diminuído
- RX
- Retífica das hemicúpulas diafragmáticas
- Hiperinsuflação pulmonar (> 9 - 10 arcos costais)
- Hipertransparência
- (+) espaço intercostais
- coração em gota
- (+) espaço retroesternal no perfil
- espessamento brônquico
- Hemograma e gasometria
- Htc: >55% (hipoxemia ou tabagismo)
- PaO2 < 55 mmHg ou SaO2 < 88% (hipoxemia)
- (+) PaCO2 -> aumento compensatório bicarbonato (nos casos graves: Acidose respiratória crônica)
(Gasometria é indicada: Suspeita de hipoxemia/hipercapnia, VEF1 < 40% do previsto, sinais de insuficiência VD)
Classificação da DPOC
Quanto aos sintomas usa-se o CAT ou o mMRC (ver foto na galeria)
Quanto ao grau de obstrução, usa-se o GOLD-1 (olhar imagem na galeria)
Lembre-se que VEF1/CVF <70 é critério diagnóstico.
Classificação Integrada (olhar imagem) A: Pouco sintomas e baixo risco B: Muito sintomas e baixo risco C: Pouco sintomas e alto risco D: Muito sintomas e alto risco
Tratamento da DPOC (não exacerbação)
Cessar tabagismo + Vacinação pneumococo e Influenza + Reabilitação cardiopulmonar é padrão
A) Broncodilatador (SABA)
B) LABA( beta agonista) ou LAMA (antimuscarinico) -> Aval trat-> LABA+LAMA
C)LAMA (diminui o risco de exacerbações) -> avaliar tratamento -> LAMA+LABA ou LABA + ICS
D) LABA + LAMA -> avaliar tratamento-> LAMA + LABA + ICS e se necessário macrolídeo
Oxigenoterapia domiciliar:
- PaO2 <= 55 mg e/ou SaO2 <= 88%
- PaO2 56 - 59 + Htc > 55%(policitemia) ou cor pulmonale
Transplante:
- BODE SCORE 7-10
- PaCO2 >50
- hip pulmonar e/ou cor pulmonale apesar de O2
- VEF1 <20%
- Enfisema homogêneo
Exacerbação Aguda da DPOC
Principal causa: Infecções respiratórias
Antibiocoterapia se 3 dos sintomas, ou dois um deles sendo o primeiro:
- Secreção mais purulenta
- Piora da dispneia
- Aumento do escarro
A) Antibiocoterapia
B) Broncodilatador (B2 agonista) + ipatropio
C) Corticoide por 10-14 dias (prednisona ou metilprednisona)
D) Dar O2 c/ baixo fluxo (alvo 88-92%)