DPOC Flashcards
Características gerais da DPOC, segundo a definição da GOLD
Doença comum, prevenível caracterizada pela limitação persistente do fluxo respiratório, geralmente progressivo e resultante da inflamação crónica das vias aéreas em resposta a partículas e gases irritantes
V/F
A bronquite crónica é um síndrome clínico
Verdadeiro
V/F
Atualmente a definição de DPOC assenta na presença de enfisema ou bronquite crónica
Falso (atualmente baseia-se na presença de limitação do fluxo respiratório documentada)
V/F
Pode haver enfisema e bronquite crónica com ou sem limitação do fluxo expiratório
Verdadeiro (enfisema e bronquite crónica podem não ser sinónimos de DPOC)
V/F
Segundo um estudo (Burden of Obstructive Lung Disease), cerca de 10 % da população adulta apresenta pelo menos obstrução moderada das vias aéreas
Verdadeiro
Qual o valor de FEV1 associado a distúrbios obstrutivos ?
FEV1<80% que o expectável
3 situações que condicionam aumento da prevalência de DPOC
Idade; baixo estatuto socioeconómico; tabagismo
V/F
A DPOC é mais prevalente nas mulheres, tendo aumentado muito nos últimos anos nestes grupo
Falso (é mais prevalente nos homens, apesar de ter vindo a aumentar nas mulheres)
V/F
A DPOC é a 10a causa de morte a nível mundial
Falso (é a 4a causa de morte a nível mundial)
Principal predisposição genética indentificada para DPOC
Deficiência em alfa1-antitripsina por mutação no gene SERPINA1 (causa 1 a 2% dos casos)
Qual a diminuição normal do FEV1 por ano num adulto não fumador (mL/ano)
35-40 mL/ano
V/F
A cessação tabágica permite restabelecer a longo prazo a função respiratória já perdida
Falso (não se restabelece a função respiratória já perdida, apenas diminuiu a taxa de perda funcional)
V/F
Há cada vez mais evidência de que as vias de pequeno calibre são o principal local de limitação do fluxo respiratório
Verdadeiro
Definição de enfisema
Dilatação permanente das vias e espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais
V/F
No enfisema há ocorrência de fibrose significativa
Falso
Tipo de enfisema mais comum em associação ao tabagismo e local em que está presente
Enfisema centrilobular, na parte proximal dos lóbulos, afetando os bronquíolos respiratórios
Tipo de enfisema associado a deficiência em alfa1-antitripsina
Enfisema Panlobular
Papel fisiológico da alfa1-antitripsina
Inibidor de protease, que inativa a elastase libertada pelas células inflamatórias nas vias aéreas. Assim, diminui a degradação do tecido conjuntivo pulmonar, nomeadamente da elastina. O principa alvo da enzima é a elastase produzida pelos neutrófilos.
V/F
Mais recentemente tem-se analisado o papel das MMPs produzidas pelos macrófagos no enfisema
Verdadeiro
V/F
SNPs no gene da MMP12 podem conferir risco reduzido de DPOC
Verdadeiro (a MMP12 está associada a destruição de tecido conjuntivo pulmonar)
V/F
O fumo do tabaco é um trigger ambiental que diminui a produção de proteinase
Falso (aumenta a produção de proteinase)
V/F
Os neutrófilos são ativados pelo fumo do tabaco e recrutam macrófagos e outras células inflamatórias
Falso (o fumo do tabaco ativa macrófagos que recrutam neutrófilos e outras células inflamatórias)
V/F
O tabaco causa stress oxidativo nos pulmões
Verdadeiro
Efeitos do stress oxidativo pulmonar
Inativacao de antiproteases e acetilação de histonas, com aumento da expressão de genes pró-inflamatórios
V/F
A atividade da histona desacetilase está aumentada na DPOC
Falso (a atividade está diminuída)
V/F
O enfisema centrilobular estende-se até às periferias dos lóbulos pulmonares
Falso (enfisema panlobular)
V/F
Na fisiopatologia do enfisema pulmonar também ocorre aumento da apoptose de pneumócitos e células endoteliais
Verdadeiro
Manifestações não pulmonares de inflamação sistémica potenciada pela inflamação pulmonar na DPOC
Caquexia e alterações do músculo esquelético
V/F
A fisiopatologia do enfisema pode ser resumida como um conjunto de inflamação, stress oxidativo, desequilíbrio protease-antiprotease e apoptose induzidos pelo fumo do tabaco
Verdadeiro
V/F
A alfa1-antitripsina é uma proteína de fase aguda
Verdadeiro
V/F
A deficiência em alfa1-antitripsina não está associada a dano hepático
Falso (a produção de uma proteína mutante leva à sua acumulação intracelular nos hepatócitos)
Doentes em que deve ser avaliada a deficiência de alfa1-antitripsina
Doentes <40A com enfisema; doentes com bronquiectasias e doentes com cirrose inexplicada
V/F
O genótipo ZZ está associado a deficiência ligeira de alfa1-antitripsina
Falso (deficiência grave)
V/F
A bronquite crónica é uma doença das vias respiratórias de grande calibre e não o parênquima pulmonar como no enfiaram
Verdadeiro
V/F
Os sintomas de bronquite crónica num doente com DPOC podem ser mais o reflexo do enfisema nas vias de menor calibre
Verdadeiro
2 efeitos da inflamação na bronquite crónica
Excesso de produção de muco e diminuição da clearance mucociliar
Causa mais frequente de bronquite crónica
Tabaco
Achados fisiopatológicos na bronquite crónica
Hiperplasia das células caliciformes; hipersecreção de muco; obstrução mucosa das vias aéreas; inflamação e fibrose das vias respiratórias
Receptores responsáveis pela dilatação das vias aéreas
Beta2-adrenérgicos
Receptores responsáveis pela constrição das vias aéreas
Receptores colinérgicos através do nervo vago, face a produtos irritativos
Sintoma predominante da bronquite crónica
Produção de expectoração
V/F
As infeções bacterianas recorrentes das vias aéreas são típicas
Verdadeiro
V/F
Em caso de bronquite crónica, as glândulas serosas submucosas estão em maior número que as glândulas mucosas
Falso (as mucosas estão em maior número na bronquite crónica)
A que corresponde fisiopatologicamente a bronquiolite respiratória ?
Acumulação de macrófagos pigmentados em redor dos bronquíolos. Pode estar presente em fumadores assintomáticos sem DPOC
V/F
Na DPOC as vias de pequeno calibre sofrem remodelação, hipertrofia do músculo liso, fibrose, entre outros
Verdadeiro
V/F
Foi demonstrado que ocorre uma grande diminuição no número de vias de pequeno calibre e isso pode ser anterior ao desenvolvimento de enfisema
Verdadeiro
2 tipos de linfócitos mais frequentes na região dos folículos linfóides na DPOC mais avançada
B e T CD8+
Condição em que é notada pela primeira vez no doente a dispneia progressiva na DPOC
Exercício físico
V/F
O enfisema causado pelo fumo do tabaco é frequente antes dos 40 anos
Falso (quase nunca acontece antes dos 40 anos. Se acontecer deve suspeitar-se de deficiência em alfa1-antitripsina)
Alterações no exame clínico de um doente com DPOC
Tórax hiperressonante, diminuição do murmúrio vesicular, roncos ou sibilos. Tórax em barril. Mais avançado - tiragem, “pursed-lip breathing” e perda de peso
Origem do fenótipo “Pink puffer”
Alguns doentes conseguem manter níveis relativamente a normais de oxigénio no sangue até muito tarde, com o aumento do trabalho respiratório.
Origem do fenótipo “Blue Bloater”
Alguns doentes tendem a reter dióxido de carbono por diminuição da capacidade do trabalho respiratório. Isto leva a acidose respiratória crónica com possível policitémia e cianose