Dor Torácica Flashcards
Aproximadamente 6 milhões de pacientes procuram o departamento de emergência (DE) a cada ano com queixas de dor torácica, constituindo 9% de todos os pacientes vistos em DEs nos Estados Unidos. Considerando o diagnóstico diferencial da dor torácica, quais sistemas do corpo podem gerar esse sintoma
Cardiovascular, pulmonar, gastroinstestinal, neurológico, osteomuscular etc..
Qual a fisiopatologia da dor torácica?
A qualidade da dor torácica visceral varia amplamente e é descrita como “em queimação”, “surda”, “pontadas” ou “pressão”. As fibras aferentes do coração, pulmões, grandes vasos e esôfago entram nos mesmos gânglios torácicos dorsais. a doença com uma origem torácica pode produzir dor em qualquer ponto desde a mandíbula até o epigástrio. A irradiação da dor é causada por fibras aferentes somáticas que fazem sinapse na mesma região da medula que as vísceras torácicas. Essa estimulação pode confundir o sistema nervoso central do paciente, que percebe erradamente a dor como originada nos membros superiores, ombros ou pescoço.
Todos os pacientes, exceto aqueles com óbvias causas benignas de dor torácica, passam por eletrocardiograma assim que possível depois de relatarem sua dor. A natureza ampla e complexa da dor torácica desafia a aplicação de um algoritmo simples. É essencial que seja realizada uma abordagem organizada do paciente com dor torácica, dessa forma, assegurando que todas as causas sejam avaliadas apropriadamente. A história e o exame físico são essenciais para o diagnóstico. Informações pertinentes para o diagnóstico diferencial são obtidos pela história direcionada, exame físico e ECG em 80% a 90% dos pacientes. Nesse sentido, cite os diagnósticos críticos, de emergência e sem emergência da dor torácica.
Diagnósticos críticos:
- Síndrome coronariana aguda;
- Dissecção aórtica;
- Tamponamento cardíaco;
- TEP;
- Pneumotórax hipertensivo;
- Ruptura de esôfago.
Diagnósticos de emergência:
- Pericardite ou miocardite induzida por cocaína;
- Pneumotórax;
- Laceração esofágica;
- Colecistite;
- Pancreatite.
Diagnósticos sem emergência:
- herpes zoster;
- refluxo esofágico;
- espasmo esofágico;
- pneumonia;
- pleurite;
- estenose aórtica;
- distensão abdominal;
- causa psicológica, hiperventilação.
O que é prioridade na avaliação inicial de dor torácica ?
Identificação rápida de condições alto risco. Além disso, os pacientes com alterações importantes dos sinais vitais requerem estabilização clinica enquanto pesquisa-se uma causa precipitante
V ou F
Todos os pacientes, exceto aqueles com óbvias causas benignas de dor torácica, passam por eletrocardiograma assim que possível depois de relatarem sua dor.
Verdadeiro.
Caracterize a dor do Infarto do miocárdio
Pode ser dor em “aperto”, “esmagamento” ou “pressão”. A dor tem com piora progressiva, mesmo em repouso e geralmente tem intensidade moderada a grande. Dura mais do que 15-30 min e não é aliviado por NTG. Geralmente retrosternal, pode irradiar para o pescoço, mandíbula, ambos os braços, parte superior do dorso, epigástrio e lados do tórax (esquerdo mais do que o direito).
Quais sintomas podem estar associados ao IAM?
Diaforese, náuseas, vômitos, dispneia, síncope ou pré-síncope.
Quais os aspectos de história de apoio do IAM?
- Antecedentes de IAM ou angina;
- Pode ser precipitado por estresse emocional ou esforço físico;
- Pode aparecer ao acordar;
- Idade > 33 anos em homens e mulheres > 40 anos;
- Gênero masculino;
- Diabetes melito;
- Hipertensão;
- Tabagismo ou possível exposição passiva;
- Níveis elevados de colesterol (lipoproteína de baixa densidade [LDL]) ou triglicerídeos;
- Estilo de vida sedentário;
- Obesidade;
- Pós-menopausa;
- Hipertrofia do ventrículo esquerdo;
- Uso abusivo de cocaína.
Quais são as características do exame físico no IAM?
- Não há achados de exame físico diagnósticos para IAM, embora B3 e B4 à ausculta e um sopro novo deem apoio;
- Pacientes estão ansiosos e desconfortáveis. A pressão arterial geralmente está elevada, mas se veem hipotensão e normotensão.
Quais são os exames úteis no diagnóstico de IAM?
- Alterações do ECG (ondas Q novas ou alterações do segmento ST-onda T) ocorrem em 80% dos pacientes;
- CPKMB e troponina são úteis se elevadas, mas podem estar normais.