DOENÇAS VASCULARES Flashcards
Quais são as Alterações vasculares?
- Trombose
A trombose pode ser pulmonar, cardíaca e cerebral. - Insuficiência vascular
Formação de varizes e úlceras venosas. - Aneurisma
- Arteriosclerose
- Aterosclerose
- Claudicação intermitente
Doença arterial periférica e doença arterial obstrutiva periférica. - Dissecção
Estreitamento dos vasos - Estenose
- Isquemia
- Úlcera arterial e venosa
O que é DISSECÇÃO?
DISSECÇÃO: separação dos elementos elásticos e fibromusculares enfraquecidos na túnica média de uma artéria.
Enquanto o aneurisma dilata o vaso, a dissecção o rasga. Ela é uma lesão apenas na parte interna do vaso, fazendo com que o sangue se infiltre entre as camadas da artéria, rasgando sua proteção
O que é ANEURISMA?
Saco ou dilatação localizada de uma artéria formada em um ponto fraco na parede do vaso.
Dilatação fusiforme é quando toda a parede do vaso cresce para um lado e para o outro, aumentando o risco de ruptura e, consequentemente, o óbito do paciente. A letalidade é alta
porque a ruptura de um aneurisma de aorta, por exemplo, desprende muito sangue.
O aneurisma sacular pega um pedaço do vaso e forma um saco. Está relacionado a
aneurisma cerebral.
A ruptura do aneurisma causa o AVC hemorrágico, pois libera o sangue para o tecido
vascular, gerando uma resposta inflamatória
O que é ARTERIOSCLEROSE?
ARTERIOSCLEROSE: processo difuso através do qual as fibras musculares e o revestimento endotelial das paredes das pequenas artérias e arteríolas sofrem espessamento e perdem a elasticidade. (endurecimento arterial) Ex. DM, HAS.
É muito comum em pacientes com hipertensão e diabetes, sendo uma das causas de doença renal crônica, que destrói as artérias renais por meio do endurecimento. Isso porque o sangue vai passar com uma alta pressão e, por conseguinte, chegar com alta pressão ao glomérulo.
O endurecimento arterial é medido por meio de várias técnicas como, por exemplo, o índice tornozelo-braquial, no qual se faz a medida da pressão nos braços e no tornozelo em relação à divisão e verifica-se se o valor está ou não dentro da normalidade.
A rigidez arterial é um círculo vicioso: ela causa hipertensão, que, por sua vez, piora o enrijecimento arterial, favorecendo as complicações hipertensivas.
O que é ATEROSCLEROSE: tipo mais comum de arteriosclerose.?
- ATEROSCLEROSE: tipo mais comum de arteriosclerose. Processo inflamatório que envolve o acúmulo de lipídios, cálcio, componentes sanguíneos, carboidratos e tecido fibroso na túnica íntima de uma artéria de grande calibre ou calibre médio.
Esses acúmulos são descritos como ateromas ou placas.
Tem a ver com placa de ateroma. É a formação de placas gordurosas dentro da artéria, sendo um tipo de enrijecimento arterial.
O que é ESTENOSE?
- ESTENOSE: estreitamento ou constrição de um vaso. É uma complicação da placa.
Pode ocorrer por estreitamento ou vasoespasmo.
O que é CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE?
- CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE: dor muscular semelhante à cãibra nos membros, reproduzida consistentemente com o mesmo grau de exercício ou atividade e aliviada pelo repouso. Causa: Doença Arterial Periférica (DAP).
Ex.: Pessoa que anda mancando.
A doença arterial periférica é uma obstrução da artéria nos membros inferiores. Essa obstrução pode acontecer no coração, gerando infarto agudo do miocárdio; no cérebro, pode gerar AVC isquêmico. Quando acontece nas pernas, gera a DAP, impedindo que o sangue chegue ao próximo destino, ocorrendo a necrose. É bastante comum em quem tem diabetes, sendo também um dos sintomas da úlcera arterial.
O que é o Índice tornozelo-braquial (ITB) ou índice tornozelo-braço (ITB)?
- Índice tornozelo-braquial (ITB) ou índice tornozelo-braço (ITB): razão entre a pressão sistólica do tornozelo e a pressão sistólica do braço; uma medida objetiva da doença arterial, que fornece a quantificação do grau de estenose.
Ele não é o único exame disponível para fornecer essa quantificação, servindo também a velocidade da onda de pulso (VOP) e o exame de Doppler.
Qual a Função vascular?
- Manter a perfusão adequada para nutrição dos tecidos.
O tecido é nutrido pelo tecido sanguíneo, que passa dentro do vaso. Se o vaso não estiver formado para transportar o sangue até o local, não se recebe o oxigênio e a glicose para o funcionamento celular. Há uma interação entre a função vascular, a função cardíaca e a função hematológica. . - Fatores que interferem no fluxo sanguíneo: eficiência do coração como bomba, permeabilidade, responsividade dos vasos sanguíneos, adequação do volume sanguíneo circulante, atividade do sistema nervoso, viscosidade do sangue e necessidades metabólicas dos tecidos.
O que é a Responsividade dos vasos sanguíneos?
Responsividade dos vasos sanguíneos: o corpo libera neurotransmissores para fazer uma vasoconstricção, caso seja necessário aumentar a pressão, ou uma vasodilatação, caso seja necessário diminuir a pressão, isto é, vai haver a alteração da resistência do vaso, a passagem do sangue.
Quando é feita uma vasoconstricção, aumenta-se a resistência vascular periférica;
quando é feita uma vasodilatação, diminui-se a resistência vascular periférica, permitindo que o sangue passe mais facilmente pelo vaso dilatado. Tudo isso precisa de equilíbrio para evitar que o sangue seja mal distribuído.
A vasoconstricção acontece quando uma pessoa tem hemorragia, pois o corpo começa a fechar as arteríolas nos lugares que não são prioridade, como a pele e o rim. Então, a responsividade dos vasos sanguíneos é a aptidão para receber as informações dos neurotransmissores para poder fazer a vasoconstricção e a vasodilatação a fim de ajustar o volume do sangue nos espaços específicos.
* Artérias
* Veias
* Vasos linfáticos
As artérias saem do coração. Nem sempre vão conduzir sangue rico em oxigênio, pois, do lado direito sai a artéria pulmonar, que conduz sangue pobre em oxigênio. Essa artéria vai se ramificando, transformando-se em arteríolas e dando origem aos capilares.
Os capilares arteriais são sangue rico em oxigênio, que vão se transformar em capilares venosos devido ao uso do oxigênio à medida em que o capilar vai passando. Esse sangue venoso vai pelos capilares venosos com o sangue já gasto de oxigênio, transformando-se em vênulas.
As vênulas são veias menores que se transformam em veias, que trazem sangue ao coração. As artérias e veias possuem anatomias diferentes, visto que a artéria é responsável por levar o sangue, precisando, então, de uma capa muscular muito forte, que é a camada média de músculo liso. Já as veias são mais finas e precisam de válvulas para que o retorno venoso ao coração aconteça sem o sangue ir pela gravidade, permitindo que ele vá e não volte.
Os capilares são uma única camada, muito fina, para poder se comunicar com o tecido.
Dessa forma, do capilar para o terceiro espaço há a comunicação entre o vaso sanguíneo e o tecido, que são regulados mediante pressão oncótica, de dentro do vaso, e a pressão hidrostática, de fora do terceiro espaço e dentro do vaso, promovendo o equilíbrio para que o sangue não saia totalmente para o terceiro espaço e forme um edema.
Caso haja descontrole pressórico, o sangue sai de dentro vaso, passa pelos capilares e vai para o terceiro espaço. Isso acontece quando há deficiência de albumina.
Quais são as Partes das Artérias?
- ÍNTIMA: camada interna de células endoteliais, proporciona uma superfície lisa para contato com o fluxo sanguíneo.
- MÉDIA: camada intermediária de músculo liso e tecido elástico (conjuntivo). Compreende a maior parte da parede vascular na aorta e outras artérias de grande calibre do corpo.
Confere aos vasos uma considerável força e possibilita que sofram constrição e dilatação para acomodar o sangue ejetado do coração durante cada ciclo cardíaco. . - ADVENTÍCIA: camada externa de tecido conjuntivo. Ancora o vaso aos elementos circundantes. Composta principalmente de músculo liso. O músculo liso controla o diâmetro dos vasos por meio de sua contração e relaxamento.
O que são as Arteríolas?
São a divisão das artérias.
* Vasos de resistência
* Regulam o volume e a pressão no sistema arterial e a velocidade do fluxo sanguíneo
para os capilares
O que são as Capilares?
Capilares:
* Troca gasosa e de nutrientes
* Única camada de células endoteliais.
O que são Veias e Vênulas?
Veias e Vênulas:
* Os capilares unem-se para formar vasos maiores, denominados vênulas, que se unem para formar as veias.
As veias que chegam ao coração são a veia cava superior, que vem das jugulares, e a cava inferior, que vem da região dos membros inferiores.
* As paredes das veias, em contraste com as das artérias, são mais finas e consideravelmente menos musculares.
* A estrutura fina e menos muscular da parede das veias permite que esses vasos se distendam mais do que as artérias.
* A maior distensibilidade e complacência permitem que grandes volumes de sangue (75-80%) permaneçam nas veias sob baixas pressões.
* Vasos de capacitância.
* Válvulas.
O que são os Vasos linfáticos?
Fazem o papel de captura do sangue que vai saindo do vaso. O plasma vai para o vaso linfático e é devolvido por meio dos ductos direito e esquerdo.
* Coleta o líquido linfático dos tecidos e órgãos e o transporta para a circulação venosa.
* Os vasos linfáticos convergem para duas estruturas principais: o ducto torácico e o ducto linfático direito. Esses ductos desembocam na junção das veias subclávia e jugular interna. O ducto linfático direito transporta linfa principalmente do lado direito da cabeça, pescoço, tórax e braços. O ducto torácico transporta linfa a partir do restante do corpo. .
* Os vasos linfáticos periféricos unem-se aos vasos linfáticos maiores e passam através de linfonodos regionais, antes de entrarem na circulação venosa.
* Os linfonodos desempenham um importante papel na filtração de partículas estranhas.
Quais são as Alterações nos Vasos Sanguíneos e Linfáticos?
Um dos problemas no vaso linfático é quando ocorre a sua obstrução, por exemplo, na filariose (doença parasitária), formando um edema chamado elefantíase. É um parasita transmitido por meio da picada de mosquito.
Quando é feita a mastectomia, há também a retirada de linfonodos contaminados (ou com risco de contaminação) com metástase, ocorrendo uma drenagem prejudicada de linfa dos membros superiores do lado onde a mastectomia foi feita. Desse modo, o braço não poderá ser utilizado para fazer pressão, punção, pois, caso seja feito algum edema, ele não será facilmente drenado em virtude de os vasos linfáticos estarem prejudicados.
* Redução do fluxo sanguíneo venoso: êmbolo trombótico causando obstrução da veia, válvulas venosas incompetentes, redução na eficiência da ação de bombeamento dos músculos circundantes.
Observa-se que uma das coisas que faz com que o sangue volte ao coração é a contração dos músculos da batata da perna. Se esse músculo não estiver eficiente, ocorrerá dificuldades para o retorno venoso.
* A diminuição do fluxo sanguíneo venoso resulta em aumento da pressão venosa, elevação subsequente da pressão hidrostática capilar, filtração efetiva de líquido para fora dos capilares e para dentro do espaço intersticial e formação subsequente de edema. .
* Os tecidos edematosos não podem receber uma nutrição adequada do sangue e, por conseguinte, são mais suscetíveis a ruptura, lesão e infecção. Ex.: erisipela.
* A obstrução dos vasos linfáticos também resulta em edema. Os vasos linfáticos podem sofrer obstrução por um tumor ou por lesão de traumatismo mecânico ou processos inflamatórios.
Quais são os Locais onde se identificam o pulso nos membros inferiores?
Uma das diferenças entre a insuficiência venosa e a doença arterial periférica é que o pulso vai estar presente na venosa, e na arterial vai estar ausente ou diminuído. Por isso, é preciso saber em quais locais deve-se procurar o pulso na avaliação vascular.
Desse modo, nos membros inferiores, é preciso avaliar a pele – se está com baixa quantidade de pelos, pálida, com edema – e a presença do pulso, comparando um membro com o outro.
As seguintes imagens mostram os locais de pulso:
Artéria poplítea – é a região posterior do joelho.
Artéria dorsal do pé – parte de cima do pé.
Artéria tibial posterior – fica no maléolo medial.
Úlceras Arteriais – Características:
20% das feridas de MMII serão úlceras arteriais; 80% serão de úlceras venosas.
* As úlceras arteriais ou isquêmicas são causadas pela obstrução das artérias: o sangue não consegue chegar adequadamente aos tecidos para nutrir e oxigenar as células, resultando na morte celular e, consequentemente, nas lesões.
* Associada à aterosclerose (formação de placas nas artérias periféricas), diminui ou interrompe o fluxo sanguíneo.
* Fatores de risco: Tabagismo, diabetes descontrolado, altas taxas de colesterol e triglicerídeos.
O paciente com diabetes tem dois níveis de lesão, a saber, arterial e neuropática, que pode estar conectada à perda da sensibilidade protetora com a placa formada. Isso ajuda a descobrir o risco desse paciente no cruzamento entre a doença arterial periférica e a perda da sensibilidade protetora. Esses dois fatores contribuem para a gravidade do quadro de lesões do pé diabético e para as complicações relativas a isso, como as amputações.
* As úlceras arteriais são mais frequentes na região acima da canela e nas extremidades dos dedos dos pés.
* São feridas crônicas, de difícil cicatrização, podendo ser bastante dolorosas.
* Em casos mais graves, podem resultar na amputação do membro afetado.
* Tratamento mais complexo e cirúrgico.
* Compressão é contraindicada, pois, se já falta sangue, a compressão vai piorar ainda mais.
1. Perda de pelos nas extremidades.
2. Pele brilhante e atrófica.
3. Pulsos periféricos fracos/ausentes.
4. Tempo de enchimento capilar prolongado.
5. Palidez quando a perna é levantada. .
6. Aumento da dor após exercícios (claudicação intermitente) ou à noite (dor de repouso).
7. Diminuição da dor na posição pendente. O paciente pode referir a necessidade de dependurar as pernas fora da cama à noite. Pode mencionar a necessidade de sair da cama e colocar as pernas para baixo.
Essa úlcera pode acontecer em qualquer lugar, mas os locais mais comuns são as extremidades
Úlcera Venosa – Características:
- Também chamadas de varicosas, correspondem a cerca de 80% das feridas que acometem pernas e pés.
- Causa: má circulação sanguínea (congestão de sangue), consequência, na maioria dos casos, de fatores genéticos.
- Não são profundas, base avermelhada, mais comum acima do maléolo medial.
- Mulheres, sedentários ou pessoas que costumam ficar muito tempo em pé têm maior probabilidade de desencadear o problema precocemente.
Dificuldade do retorno do fluxo sanguíneo dos membros inferiores para o coração.
→ Estagnação do sangue nas pernas, ocasionando varizes e inchaço, o que prejudica a oxigenação alterada dos tecidos → Local fica mais suscetível, e até mesmo um leve traumatismo pode resultar em uma ferida, que pode evoluir para a condição crônica, que é a úlcera. - Repouso com pernas elevadas e bandagem compressiva.
Sinais: - Insuficiência venosa;
- Edema em tornozelo e/ou acima;
- Hiperpigmentação;
- Lipodermatoesclerose;
- Varizes e/ou veias reticulares e/ou telangiectasias
(AOCP/EBSERH/UFCG/2017) Paciente, 52 anos, sexo feminino, comparece ao ambulatório de feridas apresentando lesão ulcerativa em região dorsal de pé esquerdo. No exame físico do membro, observou-se ainda a presença de dermatite ocre, eczema, lipodermatoesclerose e edema. Os achados clínicos sugerem que se trata de
a. úlcera venosa.
b. úlcera arterial.
c. úlcera por leishmaniose.
d. úlcera por diabetes.
e. úlcera por pressão.
Letra: A
Dermatite ocre, eczema, lipodermatoesclerose e edema são palavras-chave da úlcera venosa.
(AOCP/2013) Sobre as características da Úlcera Arterial de Membro Inferior, assinale a
alternativa correta.
a. Complicações da estase venosa, quase sempre estão localizadas no terço inferior da perna um pouco acima do maléolo interno, às vezes no externo e no dorso do pé ou mais raramente no terço médio da perna.
b. A quantidade de exsudação é variável, dependendo da extensão do edema no membro inferior e a dor manifestada é moderada.
c. Na área adjacente à úlcera pode-se notar uma hiperpigmentação (ou com os nomes de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre).
d. Presença de veias tortuosas e dilatadas e cicatrizes visíveis de úlceras anteriores. O repouso do membro é de vital importância para o seu tratamento e cuidado.
e. Geralmente pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente dolorosas sendo exceção os casos onde há associação com o diabetes
Letra: E
a. Estase venosa é congestão venosa.
b. O edema na úlcera arterial não é presente. A dor é intensa, não moderada.
c. Hiperpigmentação (ou com os nomes de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre) é uma característica da úlcera venosa.
d. O problema tem que estar na obstrução das artérias, não das veias. Deve-se saber diferenciar artéria de veia.
e. A úlcera arterial é, de fato, pequena e arredondada, tem bordas e é delimitada. É de difícil cicatrização devido à ausência de oxigenação porque a artéria está obstruída. Há dor intensa na região. A diabetes é uma das causas da doença arterial periférica, pois ela lesiona a íntima do vaso. A queda da glicose libera radicais livres e destrói as camadas internas.
O que é o Índice Tornozelo-Braquial (ITB)?
- O ITB é a razão entre a pressão sistólica no tornozelo e no braço.
- É considerado um marcador de rigidez arterial em pacientes sem doença arterial
periférica. - Pode ser realizado com o uso do Doppler ou método oscilométrico.
- ITB ≤ 0,90 foi associado a aproximadamente o dobro de mortalidade idade-ajustada
em 10 anos, mortalidade CV e maior taxa de eventos coronários. . - Valores de ITB entre 0,91 a 1,30 são considerados normais.
- Valores abaixo de 0,91 ou maiores de 1,30 se constituem em fortes preditores de
doença aterosclerótica difusa e demonstram a presença de enrijecimento arterial em
virtude da calcificação da camada média e, consequente, rigidez da parede vascular. - Fórmula: Maior PAS do tornozelo/Maior PAS braquial.
- Realiza-se o cálculo do ITB por meio da razão entre a pressão arterial sistólica (PAS)
do braço e a do tornozelo, tanto esquerdo quanto direito. - Normal é acima de 0,90. A obstrução leve caracteriza-se por ITB entre 0,71- 0,90;
moderada 0,41-0,70; e grave 0,00-0,40.
(FCC/2014) Durante a avaliação do cliente com úlcera vascular de membro inferior, o enfermeiro deve diferenciar a etiologia arterial ou venosa da úlcera, uma vez que a presença de insuficiência arterial não tratada em extremidades inferiores pode acarretar uma situação de emergência, exigindo a amputação do membro afetado. Alguns dos sinais que caracterizam a úlcera arterial e a úlcera venosa estão, respectivamente, descritos em
a. Úlcera Arterial - bordas definidas, exsudato escasso ou ausente, índice tornozelo-braço menor que 0,8. /Úlcera Venosa -bordas irregulares, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo- braço maior que 0,8.
b. Úlcera Arterial - bordas irregulares, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo-braço maior que 0,8. Úlcera Venosa - bordas definidas, exsudato escasso ou ausente, índice tornozelo-braço menor que 0,8
c. Úlcera Arterial - bordas definidas, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo-braço maior que 0,8. /Úlcera Venosa - bordas definidas, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo-braço menor que 0,8.
d. Úlcera Arterial - bordas definidas, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo-braço maior que 0,8. /Úlcera Venosa - bordas irregulares, exsudato escasso ou ausente, índice tornozelo-braço menor que 0,8.
e. Úlcera Arterial - bordas irregulares, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo-braço menor que 0,8. /Úlcera Venosa -bordas definidas, exsudato escasso ou ausente, índice tornozelo-braço maior que 0,8.
Letra: A
a. A úlcera arterial tem bordas definidas, exsudato escasso ou ausente, índice tornozelo-braço menor que 0,8. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2020, onível normal de ITB deve estar acima de 0.91, ou seja, abaixo de 0,9 evidencia obstruçãoarterial. A úlcera venosa possui bordas irregulares, exsudato moderado ou excessivo, índice tornozelo- braço maior que 0,8.
b. A borda da úlcera arterial é regular, com exsudato escasso ou ausente, e o ITB está menor do que 0,8.
c. O exsudato é escasso ou ausente.
d. O exsudato é escasso ou ausente.
e. A úlcera arterial tem bordas regulares.
(CEFET/2019) Sobre as orientações de enfermagem na prevenção de úlceras venosa
e arterial, é correto afirmar que
a. a altura dos membros inferiores tem pouca relação com o prognóstico.
b. a pressão das meias de compressão pouco influencia o retorno venoso, desse modo
elas atuam mais nas veias superficiais.
c. os exercícios na panturrilha não representam grandes impactos na redução da pressão venosa, mas ajudam muito no débito cardíaco.
d. as compressões nos membros inferiores contribuem para melhorar o retorno venoso,
sendo mais precisas nos vasos profundos, o que evita formação de tromboembolismo.
e. os cuidados com o surgimento de anidrose, ou seja, excesso ou aumento do suor, é
de fundamental importância para evitar formação de úlceras arteriais.
Letra: D
a.Tem relação, sim, com o prognóstico.
b.Existem meias que são produzidas com uma compressão efetiva para melhorar a congestão e evitar a trombose. Fatores para a trombose: lesão endotelial, alteração da coagulabilidade e imobilidade.
c.Os exercícios na panturrilha representam, sim, grandes impactos na redução da pressão
venosa, visto que o retorno venoso depende do funcionamento da válvula e também da
bomba muscular da batata da perna, que ajuda a empurrar o sangue para cima.
d.Um dos cuidados para a prevenção é o uso de meais de compressão a fim de diminuir a
estase venosa. .
Quando a trombose é feita em uma artéria, há a doença arterial periférica, não haverá o transporte de sangue. Já quando houver lesão venosa por estase, com os três critérios característicos que configuram o tromboembolismo, fala-se que esse trombo está sendo formado dentro de uma veia, e vai se deslocar para determinado lugar, causando obstrução.
e. Anidrose é a diminuição da sudorese, e não o aumento.
Como se forma a Aterosclerose? Quais os locais mais vulneráveis?
- Os resultados diretos mais comuns da aterosclerose nas artérias consistem em estreitamento (estenose) da luz, obstrução por trombose, aneurisma, ulceração e ruptura.
Seus resultados indiretos consistem em desnutrição e fibrose subsequente dos órgãos supridos pelas artérias escleróticas. - LOCAIS MAIS VULNERÁVEIS: regiões em que as artérias se bifurcam ou se ramificam em vasos menores, parte proximal dos membros inferiores (porção distal da aorta abdominal, as artérias ilíacas comuns, o orifício das artérias femoral superficial e femoral profunda e a artéria femoral superficial no canal adutor, que é particularmente estreito), distalmente ao joelho (qualquer local ao longo da artéria).
Aterosclerose – causas e fisiopatologia:
- Forças hemodinâmicas prolongadas, como os estresses de cisalhamento e o fluxo turbulento (aumento da pressão), a irradiação, a exposição química ou a hiperlipidemia crônica são causas potencializadoras da aterosclerose.
- A lesão do endotélio, que é a parte inicial do processo da fisiopatologia, aumenta a agregação das plaquetas e dos monócitos (placas de defesa) no local da lesão.
- As células musculares lisas migram e proliferam, permitindo a formação de uma matriz de colágeno e fibras elásticas, alargando o espaço em relação à diminuição da luz do vaso.
- As lesões ateroscleróticas são de dois tipos: estrias gordurosas (sem sintomatologia)
e placa fibrosa (sintomatologia).
Tipos de lesões ateroscleróticas: ESTRIAS GORDUROSAS:
ESTRIAS GORDUROSAS - amareladas e lisas, fazem ligeira protrusão para dentro da luz da artéria e são compostas de lipídios e células musculares lisas alongadas. Essas lesões têm sido encontradas nas artérias de pessoas de todas as faixas etárias, incluindo lactentes. Em geral, não provocam sintomas clínicos.
Tipos de lesões ateroscleróticas: PLACAS FIBROSAS:
- Compostas de células musculares lisas, fibras de colágeno, componentes plasmáticos e lipídios. São brancas a amarelo-esbranquiçadas e fazem protrusão em vários graus para dentro da luz arterial, causando algumas vezes a sua obstrução completa.
Essas placas são encontradas predominantemente na aorta abdominal e nas artérias coronárias, poplítea e carótida interna, e acredita-se que sejam lesões progressivas.
A imagem abaixo representa a progressão da aterosclerose. Observa-se que ela piora com o tempo. .
Observa-se também a diferença entre a estria gordurosa e a placa fibrosa. A estria gordurosa é apenas um aumento de um espaço com maior tecido muscular e algum agregado maior, ou seja, o fluxo de sangue está bem mantido. Já a placa fibrosa tem uma introdução na luz do vaso, diminuindo o fluxo de sangue dentro dele. Essa placa é formada conforme o envelhecimento, podendo crescer a ponto de obstruir e causar uma trombose.
Pode acontecer de a placa já com o espaço reduzido ser invadida por um êmbolo, que vem de outro lugar, e esse êmbolo terminar de fechar o que já estava com dificuldade para passar o sangue.
No lugar que ocorrer o fechamento do fluxo sanguíneo, haverá a ausência de sangue depois. Se for na coronária, tem-se o infarto agudo do miocárdio; se for em uma artéria cerebral, há o acidente vascular cerebral isquêmico; em uma artéria periférica, ocorre a gangrena, que pode levar à amputação.
Circulação colateral:
Forma-se à medida que novos vasos são feitos para melhorar o percurso.
* O estreitamento gradual da luz arterial estimula o desenvolvimento da circulação colateral.
O paciente idoso tem mais probabilidade de sobreviver a um infarto do que o paciente mais jovem, pois o idoso vai ramificando as artérias coronárias, formando artérias colaterais para ajudar a circulação sanguínea, visto que as obstruções vão acontecendo ao longo do tempo. Já os jovens, não. Na falta de obstrução, eles têm falta de colateral, então, a dimensão da necrose vai ser mais rápida.
* A circulação colateral surge a partir de vasos preexistentes, que aumentam para reorientar o fluxo sanguíneo ao redor de uma estenose ou oclusão hemodinamicamente significativa.
* O fluxo colateral possibilita a perfusão continuada para os tecidos; todavia, é frequentemente inadequado para atender às demandas metabólicas aumentadas, resultando em isquemia.
A imagem abaixo representa o que é uma circulação colateral:
Quais são os Fatores de risco da aterosclerose?
A própria aterosclerose já é um fator de risco para AVC e IAM, mas existem também os
fatores de risco para o desenvolvimento de aterosclerose.
NÃO MODIFICÁVEIS - idade, genética e sexo.
MODIFICÁVEIS - uso de nicotina (tabagismo ou mascar fumo), dieta (contribuindo para a hiperlipidemia), HAS, DM, (acelera o processo de aterosclerose através do espessamento
das membranas basais dos vasos de grande e pequeno calibres), obesidade, estresse, estilo
de vida sedentário, níveis elevados de proteína C reativa, hiper-homocisteinemia.
Como o Tabagismo atua na formação da aterosclerose?
- A nicotina do tabaco diminui o fluxo sanguíneo para os membros e aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial ao estimular o sistema nervoso simpático, causando vasoconstrição.
- Aumenta também o risco de formação de coágulo ao elevar a agregação das plaquetas.
- O monóxido de carbono (CO), uma toxina produzida pela queima do tabaco, combina-se mais rapidamente com a hemoglobina do que o oxigênio, privando os tecidos do oxigênio.
- A quantidade de tabaco, seja inalado ou mastigado, que o indivíduo utiliza está diretamente relacionada com a extensão da doença, e o abandono do uso de tabaco diminui os riscos.
Como o Proteína C reativa (PCR) atua na formação da aterosclerose?
- É um marcador sensível de inflamação cardiovascular, tanto em nível sistêmico
quanto local. - A ocorrência de uma ligeira elevação nos níveis séricos de PCR está associada a um risco aumentado de lesão na vasculatura, particularmente quando esses aumentos são acompanhados de outros fatores de risco, incluindo idade crescente, sexo feminino, hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade, níveis elevados de glicemia, tabagismo ou história familiar positiva de doença cardiovascular
- Associação positiva entre a doença arterial periférica e os marcadores hemostáticos ou inflamatórios, o fibrinogênio e o D-dímero.
Observa-se que o fibrinogênio é um componente normal, sendo o precursor da fibrina, que é usada para fazer a coagulação.
Quando o fibrinogênio está aumentado no vaso, a tendência é ocorrer mais distúrbios trombóticos. De acordo com o Bunner, o fibrinogênio aumentado é um dos critérios que faz crescer o risco de síndrome metabólica, além da circunferência abdominal, colesterol, pressão arterial e resistência à insulina.
O D-dímero também pode mostrar o maior poder de coagulação no sentido de avaliar risco de trombose, visto que, quando esse risco é aumentado, o D-dímero também o é. - A hiper-homocisteinemia tem sido correlacionada de maneira positiva com o risco de doença vascular periférica, cerebral e da artéria coronária. A homocisteína é uma proteína que promove a coagulação ao aumentar a atividade dos fatores V e XI, enquanto deprime a ativação da proteína C e aumenta a ligação da lipoproteína (a) na fibrina.
Esses processos aumentam a formação de trombina e a propensão à trombose
O que é a Claudicação intermitente?
- A claudicação intermitente constitui um sintoma de aterosclerose generalizada e pode ser um marcador de doença arterial coronária oculta.
- A hipertensão representa um importante fator de risco para o desenvolvimento da DAP, resultando em um risco 2 vezes maior de desenvolvimento de claudicação.
Quais são as Metas colesterol (Brunner)?
Meta níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL) inferiores a 100 mg/dℓ. São recomendados níveis de LDL abaixo de 70 mg/dℓ para pacientes com história de diabetes, tabagismo, aterosclerose ou hipertensão.
* As metas secundárias incluem obter níveis de colesterol total inferiores a 200 mg/dℓ e níveis de triglicerídios abaixo de 150 mg/dℓ.
No tocante ao colesterol, a dieta nem sempre influencia tanto, sendo a herança genética o fator decisivo. Existem famílias que têm predisposição ao aumento exagerado do colesterol, podendo ser necessário o uso de estatina para a diminuição do colesterol ruim em virtude dessa predisposição genética.
* Os medicamentos classificados como inibidores da HMG-CoA redutase ou “estatinas”, incluindo a atorvastatina (Lipitor), a lovastatina (Mevacor), a pravastatina (Pravachol), a sinvastatina (Zocor), a fluvastatina (Lescol) e a rosuvastatina (Crestor), sem limitar-se exclusivamente a esses exemplos, constituem, na atualidade, o tratamento de primeira linha, visto que eles reduzem a incidência de eventos cardiovasculares importantes. As diretrizes do atendimento de infarto agudo do miocárdio também incluem a estatina
(AOCP/2018) Alguns dos fatores de risco para doença cardiovascular são tabagismo, obesidade, hipertensão e diabetes. A maioria desses fatores de risco contribuem diretamente com o desenvolvimento da aterosclerose, também conhecida como
a. angiogênese.
b. endurecimento das artérias.
c. enfraquecimento das veias.
d. ruptura dos vasos.
e. hipertrofia ventricular.
Letra: B
Aterosclerose = placa de ateroma.
Ela é um dos tipos de arterosclerose, que é o endurecimento da artéria. Isso vai acontecer
de forma mais macro, incluindo a aterosclerose.
a. Angiogênese é a formação de novos vasos.
b. Endurecimento das artérias é o conceito macro da artéria endurecida, que é a arterosclerose, sendo a aterosclerose um dos motivos para esse endurecimento.
c. Enfraquecimento das veias é característica de insuficiência venosa.
d. Ruptura dos vasos é característica de ruptura de aneurisma.
e. Hipertrofia ventricular é o aumento do músculo do ventrículo, normalmente o esquerdo,
como primeira consequência da hipertensão.
Problemas Vasculares Periféricos – Cuidados de enfermagem:
- META: Aumento do suprimento sanguíneo arterial para os membros.
- Abaixar os membros abaixo do nível do coração (se a condição for de natureza arterial). Os membros inferiores pendentes aumentam o suprimento sanguíneo arterial.
- Incentivar uma quantidade moderada de deambulação ou exercícios gradativos dos membros, se não houver contraindicações. O exercício muscular promove o fluxo sanguíneo e o desenvolvimento da circulação colateral.
- META: Diminuição da congestão venosa.
- Elevar os membros acima do nível do coração (se a condição for de natureza venosa).
A elevação dos membros anula a gravidade, promove o retorno venoso e evita a estase venosa. - Desencorajar a permanência de ficar em pé parado ou sentado por períodos prolongados, pois promove a estase venosa.
- Incentivar a deambulação, pois promove o retorno venoso ao ativar a “bomba muscular”.
- META: Promoção da vasodilatação e prevenção da compressão vascular.
- Desencorajar o uso de produtos do tabaco.
Ao desencorajar o uso de produtos de tabaco, é necessário avaliar em que nível da mudança o paciente está, ou seja, se ele estiver na pré-contemplação, é preciso falar dos problemas e consequências até que ele se conscientize; se ele estiver na contemplação, ele já sabe da necessidade de parar o uso. A preparação é o início do processo de organização para parar de fumar, a partir daí, deve-se fazer uma consulta para que haja a ação e o paciente não tenha recaída (fase de manutenção). - Aconselhar sobre as maneiras de evitar transtornos emocionais; controle do estresse, pois provoca vasoconstrição periférica ao estimular o sistema nervoso simpático.
- Incentivar evitar o uso de roupas e acessórios constritivos.
- Incentivar não cruzar as pernas, pois provoca compressão dos vasos, com impedimento subsequente da circulação, resultando em estase venosa.
- Administrar medicamentos vasodilatadores e agentes bloqueadores adrenérgicos, conforme prescrição, com as considerações de enfermagem apropriadas. Os vasodilatadores relaxam o músculo liso; os agentes bloqueadores adrenérgicos bloqueiam a resposta aos impulsos nervosos simpáticos ou às catecolaminas circulantes.
(Prefeitura de Garuva- SC/2020) Como é denominado o acúmulo anormal de lipídios ou substâncias gordurosas e tecido fibroso no revestimento das paredes dos vasos arteriais, causando bloqueio e estreitamento de vasos coronários e reduzindo o fluxo sanguíneo para o miocárdio?
a. Arteriosclerose.
b. Aterosclerose.
c. Embolia gordurosa.
d. Aneurisma.
Letra: B
Esta questão não aborda o enrijecimento normal de várias causas, que é a arteriosclerose, mas fala de algo mais específico - acúmulo anormal de lipídios ou substâncias gordurosas e tecido fibroso no revestimento das paredes dos vasos arteriais – que é a aterosclerose.
A arterosclerose é um conceito mais amplo, que envolve a aterosclerose, mas tem outros motivos de enrijecimento arterial, não só a formação de placas.
(UNIRIO/2014) A grande maioria dos pacientes com hipotireoidismo de longo tempo apresenta níveis séricos elevados de colesterol, aterosclerose e doença arterial coronariana. Portanto, é necessário que nestes pacientes a equipe de enfermagem monitore a possibilidade de
a. Tireoidite.
b. Hipoparatideoidismo.
c. Hipertireoidismo.
d. Isquemia e infarto do miocárdio.
e. Hiperparatireoidismo.
Letra: D
a. Tireoidite já é o próprio hipotireoidismo
c. Hipertireoidismo é o contrário de hipotireoidismo.
d. Isquemia e infarto do miocárdio precisam ser monitorados, visto que o colesterol está
elevado e há aterosclerose e doença arterial coronariana.
Quais são os Tratamento Clínico da DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA?
Tratamento Clínico
* Mudança em relação ao estilo de vida.
– Deve se suspender o tabaco e realizar exercício físico no controle da dor.
Quais são as ESCALAS DE AVALIAÇÃO PARA ENFERMAGEM – NEUROLÓGICAS?
- Ocorre com mais frequência nos homens;
- A causa comum de incapacidade;
- As pernas são acometidas com mais frequência; entretanto, os membros superiores também podem ser afetados.
- A doença oclusiva distal é frequentemente observada em pacientes com diabetes melito e nos pacientes idosos.
- O sintoma característico consiste em claudicação intermitente.
- Essa dor pode ser descrita como difusa, em cãibra ou induzindo fadiga ou fraqueza, que ocorre com o mesmo grau de exercício ou atividade e que é aliviada pelo repouso.
- A dor isquêmica em repouso agrava-se habitualmente à noite e, com frequência, desperta o paciente. As alternativas de elevar o membro ou colocá-lo em posição horizontal aumentam a dor, enquanto a colocação do membro em posição pendente a diminui.
- A claudicação intermitente pode ser acompanhada de sensação de frio ou dormência nos membros devido a uma redução do fluxo arterial. O membro apresenta-se frio e pálido, quando elevado, ou rosado e cianótico, quando colocado em posição pendente. Podem-se observar alterações da pele e das unhas, ulcerações, gangrena e atrofia muscular.
- Os pulsos periféricos podem estar diminuídos ou ausentes.
- As unhas podem estar espessadas e opacas, e a pele pode estar brilhante, atrófica e seca, com crescimento escasso de pelos. A avaliação inclui a comparação dos membros direito e esquerdo
Quais são os Tratamento Medicamentoso da DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA?
Tratamento Medicamentoso
* Pentoxifilina (Trental) e e o cilostazol (Pletal).
* A pentoxifilina aumenta a flexibilidade dos eritrócitos, diminui as concentrações sanguíneas de fibrinogênio e exerce efeitos antiplaquetários.
– O cilostazol, um inibidor da fosfodiesterase III, é um vasodilatador que inibe a agregação plaquetária.
* Os agentes antiplaquetários, como o ácido acetilsalicílico ou o clopidogrel (Plavix), impedem a formação de tromboembolia, que pode levar ao infarto do miocárdio e ao acidente vascular cerebral.
Quais são os Tratamento Cirúrgico da DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA?
Tratamento Cirúrgico
* A cirurgia está reservada para o tratamento da claudicação grave ou incapacitante, ou
quando o membro corre risco de amputação, devido à necrose tecidual.
FCC 2018) Considere as condições abaixo.
I – neuropatia periférica.
II – doença vascular periférica.
III – deformidade nos pés.
IV – tabagismo.
São fatores de risco para a ulceração nos pés da pessoa com diabetes mellitus:
a. II e IV, apenas.
b. I e II, apenas.
c. I, II, III e IV.
d. III e IV, apenas.
e. I e IV, apenas.
Letra: C
A neuropatia periférica é uma lesão nervosa com destruição de nervos, que causa diminuição da percepção a um estímulo doloroso, há uma diminuição da sensibilidade da cobertura, uma perda da sensibilidade protetora.
A doença vascular periférica refere-se à obstrução das artérias e causa também a diminuição do fluxo sanguíneo e do oxigênio tecidual.
A própria deformidade dos pés favorece a abertura de uma úlcera, pois o osso ficará mais próximo do contato com a pele.
O tabagismo é fator de risco para a ulceração nos pés da pessoa com diabetes mellitus
C ou E: CESPE 2018) Acerca do pé diabético, julgue o item subsequente.
A doença arterial periférica muitas vezes está expressa nas queixas de claudicação
intermitente e na ausência de pulsos arteriais nos pés, o que aumenta o risco de amputação do membro.
CERTO!
A claudicação intermitente abaixa a temperatura, o que provoca a ausência de pulsos. É
decorrente da vascularização ineficiente, de um problema vascular, ou seja, isquemia.
O que é ANEURISMA? Quais as formas mais comuns?
- O aneurisma é um saco ou dilatação localizada, que se forma em um ponto fraco na
parede da artéria. - As formas mais comuns de aneurisma são: a sacular e a fusiforme.]
- O aneurisma sacular projeta-se a partir de um lado do vaso apenas. Quando todo um
segmento arterial se torna dilatado, ocorre aneurisma fusiforme.
A – Camadas: Adventícia (externa); média (meio) e íntima (interna).
B – Aneurisma falso: há uma dilatação, mas está protegida, sem conexão com risco
de ruptura;
C – Aneurisma verdadeiro;
D – Aneurisma fusiforme;
E – Aneurisma sacular;
F – Aneurisma dissecante (secção): ruptura da camada interna, acaba lesionando a saída
de sangue entre as paredes das camadas da artéria (rompimento);
Os aneurismas da aorta torácica, em virtude do arcabouço ósseo torácico, apresentam
sinais indiretos de sua existência a não ser quando crescem e adquirem grande tamanho e
corroem o plano ósseo, projetando-se na parede torácica anterior e formando uma saliência
que pulsa com o ritmo cardíaco.
O que é a Aneurisma da aorta torácica?
Cerca de 85% de todos os casos de aneurisma da aorta torácica são causados por aterosclerose.
Ocorrem mais frequentemente em homens, entre 40 e 70 anos de idade.
A área torácica constitui o local mais comum de aneurisma dissecante.
Cerca de 33% dos pacientes com aneurismas torácicos morrem de ruptura do aneurisma.
A área torácica constitui o local mais comum de aneurisma dissecante.
O que é Aneurisma da aorta abdominal?
- A causa mais comum de aneurisma da aorta abdominal é a aterosclerose. A condição, que é mais comum entre os brancos, afeta quatro vezes mais os homens do que as mulheres e é mais prevalente nos pacientes idosos.
- A maioria desses aneurismas ocorre abaixo das artérias renais (aneurismas infrarrenais). Sem tratamento, o resultado final pode consistir em ruptura e morte.
- Todos os aneurismas envolvem lesão da túnica média do vaso. Pode ser causada por fraqueza congênita, traumatismo ou doença. Após o desenvolvimento de um aneurisma, ele tende a aumentar.
Se a parede está enfraquecida e dilata, com o sangue entrando e realizando uma
pressão, isso tende a aumentar de tamanho. - Apenas cerca de 40% dos pacientes com aneurismas da aorta abdominal apresentam sintomas.
- Alguns pacientes queixam-se de que conseguem sentir o coração batendo no abdome quando estão deitados, ou podem dizer que sentem uma massa abdominal ou pulsação abdominal.