DOENÇAS RENAIS Flashcards
Quais as formas de ELIMINAÇÃO URINÁRIA?
ELIMINAÇÃO URINÁRIA
* Fisiologia da micção;
* Alterações da função vesical (incontinência, retenção, obstrução, doenças urológicas, ITU);
Obs.: Utiliza-se o material da Anvisa para realizar as boas práticas relacionadas às
sondagens e evitar a infecção do trato urinário associada ao cateter.
* Assistência de enfermagem;
A assistência de enfermagem no sistema urinário envolve também o paciente que não irá sondar, mas apenar auxiliar outro paciente, por exemplo, a se locomover ao banheiro.
* Ajudar a ir ao banheiro;
* Uso de dispositivo: urinol e comadre;
* Educação popular (exercícios específicos);
A educação popular abrange também as técnicas comportamentais – Biofeedback, Kegel, cones etc. – ou seja, de tratamentos não farmacológicos.
* Uso de fralda;
Obs.: Auxílio em evitar a umidade da fralda, o que é um fator de risco para as lesões por pressão.
* Sondagens;
* Cistostomia;
A cistostomia é a abertura na bexiga feita por meio de incisão, que também pode ocorrer pela passagem das sondas pela uretra – sonda de alívio, sonda de demora e sonda de irrigação.
* Assistência em exames urodinâmicos e uretrocistografia.
O exame urodinâmico avalia a função urológica e a dinâmica da micção; o exame
uretrocistografia é um raio-X do sistema urinário que ocorre mediante a introdução de uma sonda com contraste.
Qual a Fisiologia do Sistema Urinário?
Componentes do Sistema Urinário:
* 2 rins: no retoperitônio, parte posterior do abdômen;
* 2 ureteres: conduz a urina – produzida nos rins por meio do funcionamento dos
parênquimas e nefros – para a bexiga;
* 1 bexiga urinária: a urina é conduzida dos ureteres para a bexiga;
* 1 uretra: a urina sai no externo por meio da uretra.
ATENÇÃO
As questões de prova podem misturar os ureter e uretra.
- A uretra é diferente na estrutura masculina e feminina.
- Nos homens, a uretra é o único meio de comunicação entre o sistema urinário e o
sistema genital, ou seja, pela mesma uretra, o homem ejacula e urina. - Nas mulheres, há dois caminhos diferentes: um para o sistema urinário (uretra) e outro
para o sistema genital (vagina). - A uretra é um tubo que conecta a bexiga urinária ao meio externo.
- Nos homens, a uretra mede cerce de 18 a 30 cm – o que dificulta a infecção urinária –
e, nas mulheres, em torno de 3 a 5 cm.
Como é a formação da urina?
Formação da urina
* O córtex é a parte externa e a medula é a parte interna.
* Por meio do córtex e da medula, haverá nefros, que são as unidades funcionais em que acontece a filtração do sangue para produzir a urina.
* A arteríola aferente transporta o sangue para a cápsula de Bowman (que envolve
o glomérulo). Na cápsula de Bowman, há um emaranhado de capilares. Dentro dos
capilares, ocorre a permissão de passagem de uma parte significativa do plamas para os túbulos.
* Após passar pelo túbulo aproximal, são absorvidos os nutrientes que não serão
eliminados pela urina, como, por exemplo, a glicose. Alguns medicamentos agem
nesse sistema para impedir a reabsorção da glicose.
* Seleciona-se a urina e o que irá voltar para os vasos sanguineos que permeiam a
continuidade do nefro, em que há a alça de Henle descendente e ascendente.
* O sangue passa pelo túbulo contorcido – que está distante do glomérulo – e pela pelve renal para ser produzida a urina.
* A cápsula de Bowman envolve o glomérulo (parte capilar).
* A artéria aferente entra para a parte interna e a artéria eferente sai para a parte externa.
* Primeiro ocorre a filtração mais grosseira e, posteriormente, ocorre a reabsorção das substâncias úteis. A urina é formada, então, pela alça de Henle, bem como pelo túbulo contorcido distal.
* Ao final, o hormônio ADH age para reabsorver a água – por esse motivo, pacientes com dificuldade de produzir o hormônio ADH possuem complicações na reabsorção de água e, consequentemente, poliúria.
Obs.: A diabetes mellitus ocorre pela hiperglicemia e, aqui, a diabetes/poliúria ocorre pela alteração de hormônio ADH.
Como é a Eliminação de excretas pela urina?
- Ureia (metabolismo dos compostos nitrogenados, sobretudo dos aminoácidos);
- Potássio (equilibrado em relação à perda e à retenção de acordo com a função urinária.
Ao tomar diurético, por exemplo, a pessoa perde água e potássio, o que pode gerar
uma hipocalemia); - Creatinina;
- Ácido Úrico (a dificuldade da eliminação do ácido úrico pode desenvolver doenças).
(AERONÁUTICA/2014) A formação da urina é uma das principais funções do sistema urinário, resultando de três processos que são:
a. Secreção tubular, reabsorção tubular e perspiração.
b. Perspiração, filtragem glomerular e reabsorção tubular.
c. filtragem glomerular, reabsorção tubular e perspiração.
d. filtragem glomerular, reabsorção tubular e Secreção tubular.
Letra: D
Os processos são: filtração no glomérulo, reabsorção de substância úteis e eliminação ativa de excretos.
Como é o Armazenamento e a capacidade de urina na bexiga e a micção?
- Armazena a urina que vem continuamente dos ureteres até a sua eliminação.
- Capacidade de armazenar 500 Minl a 800 Minl em média;
armazenamento da urina ocorre até que se atinja uma quantidade suficiente para, por meio da medula, emitir a informação para o centro contínuo da micção no sistema nervoso central. Essa informação será emitida para o córtex, que irá decidir o momento e local adequado para a micção. A capacidade de armazenamento é individualizada e pode ser verificada por meio de exames urodinâmicos. - Músculo detrusor (liso);
A inervação do músculo detrusor ocorre por três formas de contato, mas a principal delas é de autoria do sistema parassimpático que irá inervar o músculo detrusor. - Armazenamento – detrusor relaxa e contração do esfíncter.
O esfíncter fecha e armazena a urina na bexiga. - Micção – detrusor contrai e esfíncter relaxa
- No momento adequado, o esfíncter irá permitir (“abrir a tampa”) que o detrusor contraia a bexiga e que a urina seja eliminada.
O processo miccional fisiológico trata do processo de esvaziar totalmente a bexiga. À medida que o músculo desgasta, perde-se um pouco da capacidade de contração. Assim, quanto maior o envelhecimento, mais propensa se torna a retenção urinária. Nesse caso, a retenção não é desejada, pois a estase da urina multiplica bactérias e gera favorecimento de infecção do trato urinário. A título de normalidade, o volume residual de 50 Minl é considerado normal; entre 50 Minl e 100 Minl, deve ser investigada a causa; e, acima de 100 Minl, entende-se que há retenção urinária. Há diversos motivos para a retenção de urina, incluindo
problemas neurológicos em relação à lesão medular e cerebral, assim como tumores.
ATENÇÃO
O processo de armazenamento e o processo de micção do esvaziamento é
cobrado em prova. - A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter, que se contrai
involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. - Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está
localizado o esfíncter externo, que, controlado voluntariamente, permite a
resistência à necessidade de urinar.
O trato urinário inferior é inervado por três tipos de fibras:
Obs.: As partes interagem para ser decidido se a urina será eliminada ou armazenada.
* Parassimpáticas: origina-se de neurônios localizados nos segmentos S2 a S4 da
medula e é conduzida pelo nervo pélvico até os gânglios localizados no plexo pélvico.
O sistema parassimpático é relacionado à função vegetativa, assim como o ato de urinar.
Ele ajuda no esvaziamento, ou seja, favorece o ato miccional.
* Simpáticas: originada no segmento toracolombar da medula, de T10 a L2, e
direciona-se, através da cadeia simpática, ao plexo hipogástrico superior.
O sistema simpático favorece à retenção de urina e remete à adrenalina na veia que possui como prioridade a “luta ou fuga”. Tudo que se relaciona ao sistema vegetativo está em estado parado, pois o corpo está, naquele momento, agindo em prioridade de outras atividades. O sistema parassimpático trata do momento de relaxamento do corpo.
* Somáticas: a inervação da musculatura estriada do esfíncter uretral é predominantemente somática (nervos pudendos).
O sistema somático está relacionado à ação voluntária. O esfíncter, por exemplo, possui um músculo esquelético e voluntário e recebe a inervação no momento de contrair e relaxar.
O esfíncter funciona como uma tampa.
Obs.: É comum que, ao passar a sondagem uretral, o esfíncter se contraia. Quando isso ocorrer, deve-se esperar o relaxamento do esfíncter para não causar trauma.
* O detrusor deve relaxar para permitir que a bexiga distenda. Com isso, forma-se
a urina e é gerada a sensação de urinar – que permite que a pessoa saiba da
necessidade de ir ao banheiro.
* Com metade da bexiga cheia, ainda há a função de inibir a urina voluntária.
* À medida em que a bexiga enche, o desejo miccional aumenta.
A estase urinária da urina por um longo período de tempo prolifera bactérias que geram a infecção urinária. Deve-se respeitar o desejo miccional para evitar infecções urinárias, bem como de extensão das fibras do detrusor.
O que é musculo Detrusor?
Na parte interna da bexiga há o trígono vesical.
Obs.: O detrusor pode ser dividido em duas porções com base nas diferenças regionais de sua inervação simpática:
1. a porção localizada acima dos orifícios ureterais, denominada corpo vesical, que
compreende sua maior parte; e
2. a base, que incorpora o trígono e o colo vesical.
Obs.: O trígono e o colo vesical estão na parte inferior.
Como funciona a micção?
A estase urinária da urina por um longo período de tempo prolifera bactérias que geram a infecção urinária. Deve-se respeitar o desejo miccional para evitar infecções urinárias, bem como de extensão das fibras do detrusor * Com a bexiga cheia, o esfíncter relaxa e o detrusor se contrai para empurrar o líquido
para a uretra.
No ato miccional normal, ocorre uma pressão de aproximadamente 40. Essa pressão não pode ser aumentada demasiadamente, pois, com isso, a urina pode ser empurrada de volta para os rins, o que gera a hidronefrose.
A hidronefrose é uma doença a longo prazo em que os rins se inundam de urina e que leva a uma insuficiência renal – que é uma das causas do uso de hemodiálise. Por isso, o paciente com lesão medular por bexiga hiperativa (ou seja, com maior pressão entre o detrusor e esfíncter) deve realizar o exame uretocistografia da urina contrastada, pelo qual é possível perceber se o ureter está dilatado, se a urina está voltando etc. e identificar a chance de insuficiência renal. Algumas medicações aumentam a capacidade vesical – como a oxibutinina – e algumas cirurgias realizam a ampliação vesical, assim como há o cateterismo intermitente, que deve ser feito justamente para manter o esvaziamento vesical.
Entre a via aferente e o centro pontinho, há uma passagem obrigatória pela medula – por isso, a lesão medular gera comprometimento urinário.
C ou E: (CESPE/SEGESP-AL/2013) A respeito da localização e do funcionamento das estruturas internas do corpo humano, julgue os itens seguintes.
No ato de micção, o processo de contração do músculo detrusor é um dos responsáveis pelo esvaziamento da bexiga.
CERTO! Para esvaziar a bexiga, o detrusor se contrai e o esfíncter relaxa.
O que é a – RETENÇÃO URINÁRIA?
Retenção urinária é o armazenamento da urina na bexiga, mesmo após tendo uma parte sido eliminada. É possível ainda, neste caso, a retenção total da urina, como ocorre no caso de uma cirurgia, tendo como causa do processo operatório a própria anestesia, assim como pelas próprias medicações aplicadas na própria cirurgia. Logo, é bem comum as cirurgias evoluírem com retenção urinária.
Retenção urinária:
* Incapacidade de esvaziar a bexiga por completo durante as tentativas de urinar;
* A retenção urinária crônica frequentemente leva à incontinência de transbordamento;
* No adulto saudável com menos de 60 anos de idade, deve ocorrer esvaziamento
completo da bexiga a cada micção;
* Nos adultos com mais de 60 anos de idade, 50 a 100 mℓ de urina residual podem
permanecer depois de cada micção, devido à contratilidade diminuída do músculo
detrusor (músculo da bexiga que contrai no ato miccional);
* Pode ocorrer retenção urinária no período pós-operatório em qualquer paciente, particularmente se a cirurgia tiver afetado as regiões perineal ou anal e resultou em
espasmo reflexo dos esfíncteres;
* A anestesia geral reduz a inervação muscular vesical e suprime a necessidade de
urinar, impedindo o esvaziamento da bexiga.
As anestesias que mais impactam são a peridural e raquidiana. A cesariana é uma cirurgia na qual ocorre retenção urinária.
Como acontece a inibição do reflexo de micção? E a estimulação vesical?
Inibição dos reflexos da micção:
* Inibição vesical por meio da estimulação simpática e inibição da estimulação
parassimpática e ativação dos reflexos de enchimento vesical (estimulação
esfinctérica pudenda).
Ativação dos reflexos da micção:
* Estimulação vesical parassimpática e inibição dos reflexos de enchimento (inibição da ativação esfinctérica).
(REDE SARAH/2011) Quando a bexiga urinária está repleta de urina e o reflexo de
micção é iniciado, o suprimento nervoso da bexiga promove a contração da bexiga e o relaxamento do esfíncter uretral externo. Se o momento for inoportuno para a micção, o esfíncter uretral externo poderá ser contraído, impedindo a saída da urina. Responda:
* Que tipo de músculo compõe a bexiga? Que ramo do sistema nervoso periférico inerva esse músculo?
* Que tipo de músculo compõe o esfíncter uretral externo? Que ramo do sistema nervoso periférico inerva esse músculo?
a. Músculo liso e divisão eferente do sistema nervoso parassimpático / Músculo
esquelético e neurônios motores do sistema nervoso somático.
b. Músculo liso e divisão eferente do sistema nervoso simpático / Músculo esquelético e neurônios motores do sistema nervoso simpático.
c. Músculo esquelético e divisão aferente do sistema nervoso parassimpático / Músculo esquelético e neurônios motores do sistema nervoso somático.
d. Músculo liso e divisão eferente do sistema nervoso parassimpático / Músculo liso e neurônios motores do sistema nervoso somático.
e. Músculo esquelético liso e neurônios motores do sistema nervoso somático / Músculo esquelético e divisão eferente do sistema nervoso simpático.
Letra: A
Que tipo de músculo compõe a bexiga? Músculo liso.
Que ramo do sistema nervoso periférico inerva esse músculo? Sistema parassimpático.
Que tipo de músculo compõe o esfíncter uretral externo? Músculo esquelético.
Que ramo do sistema nervoso periférico inerva esse músculo? Somático.
Quais são as Causas da retenção urinária ?
- Diabetes;
- Hipertrofia da próstata;
- Patologia uretral (infecção, tumor, cálculo);
- Traumatismo (lesões pélvicas);
- Gravidez ou distúrbios neurológicos.
- AVC;
- Lesão da medula espinal;
- Esclerose múltipla ou doença de Parkinson.
Medicamentos provocam retenção urinária, ao inibir a contratilidade da bexiga ou ao aumentar a resistência da saída vesical. Dentro dos medicamentos, há os sedativos, os hipnóticos e opioides.
O que é a Urina residual – medida?
A urina residual pós-miccional (aquela que sobrou depois do ato miccional) pode ser avaliada utilizando um cateterismo direto ou uma ultrassonografia da bexiga, e a sua presença é considerada diagnóstica de retenção urinária se houver mais de 100 mℓ de urina residual
O que é o Bladder scan?
Bladder scan
Trata-se de um equipamento com o qual é possível monitorar se há retenção de urina no pós-operatório.
Obs.: o livro de Potter, que trata do diário miccional e ultrassom da bexiga, anota que é o caso de profissionais médicos utilizarem o Bladder Scan, e que não havia tal equipamento no Brasil, o que, muito pelo contrário, segundo anota a professora, não procede, haja vista o Hospital Sarah, em Brasília, ter o equipamento de forma muito comum.
Quanto mais se percebe a retenção e se tenta medidas não farmacológicas, um tanto mais efetividade há no esvaziamento espontâneo ou sondagem para evitar o distender da bexiga no pós-operatório.
Quais são as Complicações da retenção urinária?
Complicações da retenção urinária
* Cálculos renais (urolitíase ou nefrolitíase), pielonefrite, sepse ou hidronefrose;
* O extravasamento de urina pode levar à ruptura da pele perineal e sacra.
(VUNESP/CAMPINAS/2019) Os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico de Kegel constituem-se em uma das medidas não farmacológicas que contribuem para o melhor controle da incontinência urinária que acomete cerca de 30% das pessoas idosas não institucionalizadas, sendo que, entre as mulheres, encontram-se as maiores prevalências. Ao orientar sobre como realizar esses exercícios, o enfermeiro deve explicar que
a. a pessoa deve contrair os músculos das nádegas ou os músculos abdominais ao mesmo tempo que os músculos do assoalho pélvico.
b. para obtenção dos resultados esperados, só devem ser realizados com a pessoa na posição sentada.
c. sua realização na posição deitada produz resultado mais rápido do que quando executados na posição em pé.
d. consistem na introdução vaginal de cones com diferentes pesos, que devem ser retidos por um determinado tempo, utilizando-se para tal a contração da musculatura do assoalho pélvico.
e. para um treinamento eficaz, recomenda-se de 8 a 12 contrações lentas e próximas da força máxima de contração dos músculos pélvicos, por pelo menos 6 segundos, em três séries, 3 a 4 vezes por semana.
Letra: E
a. As pessoas não devem contrair os músculos das nádegas ou os músculos abdominais, e sim apenas os músculos do assoalho pélvico.
b. É possível fazer sentado, em pé ou deitado os exercícios de Kegel.
d. O cone vaginal não é uma técnica relacionada ao exercício de Kegel.
e. Conforme o caderno (CAB) 19.
Como é a Assistência de enfermagem na retenção urinária?
- Proporcionar privacidade ao paciente;
- Assegurar um ambiente e uma posição propícios para urinar e ajudar o paciente a
usar o banheiro ou uma cadeira higiênica, em lugar de uma comadre, para fornecer
um ambiente mais natural para a micção; - Se a condição permitir, o homem pode ficar em pé ao lado do leito para usar o urinol;
a maioria dos homens considera essa posição mais confortável e natural. - Aplicar calor para relaxar os esfíncteres (por exemplo: banhos de assento, compressas mornas no períneo, banhos de chuveiro);
- Oferecer chá quente ao paciente e incentivá-lo e tranquilizá-lo;
- Técnicas de estimulação: abrir a torneira enquanto o paciente está tentando urinar, massagear o abdome ou a região interna das coxas, percutir acima da área púbica e mergulhar as mãos do paciente em água quente;
- Cateterismo para evitar a distensão excessiva da bexiga: o cateterismo não pode
tarde muito; - Conversar com o paciente também é primordial para a melhor qualidade da saúde do paciente.
A sonda aplicada e explicitada acima é a sonda de alívio, pois é menos relacionada a infecções.
Assistência de enfermagem na retenção urinária - No caso de obstrução da próstata, as tentativas de cateterismo (pelo urologista)
podem não ser bem-sucedidas, exigindo a inserção de um cateter suprapúbico.
O cateter suprapúbico, que é a cistostomia mediante uma incisão que fará o pertuito entre o abdômen e a bexiga, necessita de um curativo na incisão.
A outra temática a ser reestudada será a bexiga neurogênica, sobretudo quanto aos distúrbios neurológicos tanto deixando a bexiga hiperreflexa (contraído demasiadamente) quanto a bexiga flácida.
Quais os exercícios para o fortalecimento pélvico? Como são realizados?
- Exercício de Kegel:
- Realizado em qualquer lugar;
- Sentada, em pé ou deitada;
- Identificar onde se localizam os seus músculos pélvicos (começar a urinar e então prender a urina).
A pessoa não deve contrair os músculos das nadegas ou os abdominais. Recomenda-se de 8 a 12 contrações lentas e próximas da força máxima, com o período de manutenção de 6 segundos, em três séries, 3 a 4 vezes por semana. - Cones vaginais:
- Consiste na introdução vaginal de cones com diferentes pesos. Para retê-los é necessário a contração da musculatura do assoalho pélvico. Fáceis e de baixo custo.
- Eletroestimulação e Biofeedback:
- Capacidade de provocar uma contração passiva da musculatura do assoalho pélvico, reeducando os músculos a fornecer níveis aumentados de continência.
(FGV/SENADO FEDERAL/2012) A incontinência urinária caracteriza-se pela incapacidade de controlar a eliminação da urina, podendo ser permanente ou temporária, sendo os seis tipos identificados desse problema: incontinência por estresse, por urgência, reflexa, funcional, por refluxo excessivo e total. Um dos cuidados de enfermagem para com o paciente com incontinência por estresse é a orientação de exercícios de Kegel.
a. Ao ato de inclinar-se para frente e aplicar pressão manual sobre a bexiga na tentativa de vencer a resistência do músculo esfincteriano interno.
b. A exercícios isométricos que fortalecem e tonificam os músculos pubianos, coccígeos e elevador do ânus, usados voluntariamente para segurar a urina.
c. Ao fechamento da sonda vesical de demora durante um tempo determinado antes de sua retirada definitiva, simulando o enchimento da bexiga.
d. A exercícios que consistem em leves massagens ou suaves palmadas acima da
região pubiana visando o relaxamento espontâneo do esfíncter urinário em resposta à estimulação física.
e. A técnica de prender a respiração e realizar força com o abdome durante 40 segundos que deve ser realizada com a bexiga vazia
a. Em relação à técnica de Kegel, busca-se fazer a contração do músculo do assoalho
pélvico. Existem técnicas, chamadas de manobras, que facilitam o esvaziamento vesical.
Ao paciente que não possui aumento da pressão vesical, para este será recomendado a manobra de Credé. E a manobra de Valsava aumenta a pressão abdominal, ajudando na eliminação urinária.
Tanto a técnica de Credé quanto a de Valsava aumentam a pressão vesical e podem apenas ser recomendadas quando não houver refluxo vésico-ureteral e não havendo dificuldade hidronefrose.
c. Em relação ao fechamento da sonda, ele não é desde há muito tempo recomendado.
Manobra de Credé: compressão do baixo ventre com as mãos espalmadas e flexão do tronco sobre as coxas. Este procedimento, no entanto, não deve ser utilizado constantemente pelo risco de infecção ascendente (ureteres e renais) e, quando executado, a compressão deve ser suave, evitando-se aumento perigoso da pressão intravesical.
O aumento da pressão abdominal (Valsalva) ou a pressão manual suprapúbica (Credé) são uma forma mecânica de esvaziamento da bexiga, só aconselhável quando não há risco de lesão alta, pois podem favorecer o refluxo vesicoureteral.
Quais as ações terapêuticas para Delirium miccional na incontinência urinaria?
- Não utilize sondas vesicais, pois podem causar ou exacerbar o delirium. Busque e trate a causa.
Quais as ações terapêuticas para Vaginite Atrófica incontinência urinaria?
- Tratamento local baseado em aplicaçõe locais de estrogenos com creme vaginal, preferencialmente a base de estriol, 2 cc, 1 a 2x por semana.
Vaginite atrófica tem a ver com a menopausa, podendo ser tratada com terapia de reposição hormonal.
Quais as ações terapêuticas para infecção urinaria incontinência urinaria?
- Antibioticoterapia. Se ao termino do tratamento a incontinência não se resolver, buscar outras causas e não repetir tratamentos ao menos que exista resistência bacteriana.
Quais as ações terapêuticas para fármacos que provocam incontinência urinaria?
Se possível, retirar todos os fármacos que possam causar incontinência. Em caso de anti-hipertensivo mudar para outra classe. Em caso de antidepressivos tricíclicos, mude para inibidores de recapção de serotonina.
Quais as ações terapêuticas para causas psicológicas que provocam incontinência urinaria?
- Limitar a ingesta de líquidos a 1,5 l/ dia e orientar a não toma-los após as 20h. Outras causas encaminhar ao especialista.
Quais as ações terapêuticas para causas endocrinológicas que provocam incontinência urinaria?
- Em caso de DM, dê tratamento específico. Outros casos encaminhar ao especialista
Quais as ações terapêuticas para restrições de mobilidade que provocam incontinência urinaria?
- Fisioterapia e modificações no domicilio que tendem a facilitar o deslocamento. Uso de papagaios ou comadres.
Quais as ações terapêuticas para impactação fecal que provocam incontinência urinaria?
- Tratar a obstrução e remover fecaloma
Quais são as Medidas farmacológicas e cirúrgicas: medidas de segunda linha para incontinência urinaria?
Primeiro é preciso tentar resolver se há causa reversível e tecer orientações não farmacológicas. Não resolvendo, deve-se aplicar medidas farmacológicas e cirúrgicas.
Oxibutinina: efeito direto na musculatura lisa da bexiga, aumentando a sua capacidade de armazenamento.
Efeitos adversos: retenção aguda de urina, constipação, deterioração da cognição,
xerostomia (redução da saliva).
* Hormônios (reposição hormonal);
* Toxina botulínica;
* Cirurgias.
Assistência de enfermagem:
* Evitar tomar diuréticos depois das 16 h;
* Evitar irritantes da bexiga, como cafeína, álcool e aspartame;
* Evitar a constipação intestinal;
* Urinar regularmente, 5 a 8 vezes/dia (a cada 2 a 3 h);
* Realizar todos os exercícios da musculatura pélvica;
* Parar de fumar (os fumantes em geral tossem frequentemente, o que aumenta a
incontinência).
Qual a Assistência de enfermagem para incontinência urinaria?
Evitar tomar diuréticos depois das 16 h;
* Evitar irritantes da bexiga, como cafeína, álcool e aspartame;
* Evitar a constipação intestinal;
* Urinar regularmente, 5 a 8 vezes/dia (a cada 2 a 3 h);
* Realizar todos os exercícios da musculatura pélvica;
* Parar de fumar (os fumantes em geral tossem frequentemente, o que aumenta a
incontinência).
O que é a RETENÇÃO URINÁRIA?
Retenção urinária é o armazenamento da urina na bexiga, mesmo após tendo uma parte sido eliminada. É possível ainda, neste caso, a retenção total da urina, como ocorre no caso de uma cirurgia, tendo como causa do processo operatório a própria anestesia, assim como pelas próprias medicações aplicadas na própria cirurgia. Logo, é bem comum as cirurgias evoluírem com retenção urinária.
Retenção urinária:
* Incapacidade de esvaziar a bexiga por completo durante as tentativas de urinar;
* A retenção urinária crônica frequentemente leva à incontinência de transbordamento;
* No adulto saudável com menos de 60 anos de idade, deve ocorrer esvaziamento
completo da bexiga a cada micção;
* Nos adultos com mais de 60 anos de idade, 50 a 100 mℓ de urina residual podem
permanecer depois de cada micção, devido à contratilidade diminuída do músculo
detrusor (músculo da bexiga que contrai no ato miccional);
* Pode ocorrer retenção urinária no período pós-operatório em qualquer paciente, particularmente se a cirurgia tiver afetado as regiões perineal ou anal e resultou em
espasmo reflexo dos esfíncteres;
* A anestesia geral reduz a inervação muscular vesical e suprime a necessidade de
urinar, impedindo o esvaziamento da bexiga.
As anestesias que mais impactam são a peridural e raquidiana. A cesariana é uma cirurgia na qual ocorre retenção urinária.
Quais as Causas da retenção urinária?
- Diabetes;
- Hipertrofia da próstata;
- Patologia uretral (infecção, tumor, cálculo);
- Traumatismo (lesões pélvicas);
- Gravidez ou distúrbios neurológicos.
- AVC;
- Lesão da medula espinal;
- Esclerose múltipla ou doença de Parkinson.
O que é BEXIGA NEUROGÊNICA?
Quando se fala em Bexiga Neurogênica, atribui-se a disfunção vesical a algum problema relacionado ao sistema nervoso.
Conceito: É uma disfunção que resulta de uma lesão do sistema nervoso e que leva à incontinência urinária. Exemplos de lesão: AVC, tumor cerebral.
Quais as causa de BEXIGA NEUROGÊNICA?
Causas: Lesão da medula espinal, tumor espinal, hérnia de disco vertebral, esclerose múltipla, distúrbios congênitos (espinha bífida ou mielomeningocele), infecção ou complicações do diabetes melito.
Obs.: Hérnia de disco impede a passagem de informações relacionadas ao sistema nervoso.
* Esclerose múltipla gera uma alteração na bainha de mielina, o que dificulta a passagem da informação nervosa.
* Distúrbios congênitos estão relacionados às alterações medulares, por conta de
doenças já existentes, como a espinha bífida, que é quando há a parte óssea da
coluna aberta. Na mielomeningocele, por meio da espinha bífida, há a exteriorização da medula.
O que é Bexiga espástica?
Bexiga espástica
* Lesão da medula espinal acima do arco reflexo de micção (lesão do neurônio motor superior).
* O resultado consiste em uma perda da sensação consciente e do controle motor cerebral.
* A bexiga espástica esvazia sob reflexo, com influência de controle mínima ou ausente para regular a sua atividade.
Obs.: Aqui ocorre um aumento da pressão dentro da bexiga e essa pressão gera um refluxo vesicoureteral.
Quais são os tipos de BEXIGA NEUROGÊNICA?
Tipos: Bexiga espástica (ou reflexa) e a bexiga flácida.
A bexiga espástica gera uma pressão interna muito grande, e essa pressão interna faz com que a urina volte para o rim, gerando o problema da hidronefrose, que pode levar à destruição do tecido renal e, dessa forma, constituir uma causa de insuficiência renal crônica, levando o paciente a necessitar de hemodiálise. Então é importante que o paciente que possui a bexiga espástica seja tratado, por meio do cateterismo de alívio, por exemplo, a cada quatro horas, para que haja esvaziamento.
A bexiga flácida retém um pouco de urina e perde outra parte, o que pode gerar infecção relacionada a retenção de urina, por falta de força para urinar.
O que é Bexiga Flácida? Quais as complicações e tratamento?
Bexiga Flácida
Causada por uma lesão do neurônio motor inferior, geralmente em consequência de traumatismo ou diabetes.
A bexiga continua se enchendo e fica extremamente distendida, ocorrendo incontinência de transbordamento.
Então retém uma parte e a outra parte se perde por transbordamento, pois não há força para colocar toda a parte urinária para fora. Assim, acaba gerando necessidade do cateterismo para o esvaziamento dessa bexiga.
Complicações: ITU, urolitíase (cálculos no trato urinário, pois a urina irá cristalizar),
refluxo vesicoureteral e hidronefrose.
Tratamento: Cateterismo contínuo, intermitente ou autocateterismo.
Normalmente, quando um paciente sofre uma lesão medular, que pode ter sido provocada por um acidente automobilístico, um acidente com arma de fogo, um mergulho em águas rasas etc., ele chega na emergência em estado crítico, muitas vezes associado a perda de sangue. Após exames, para detectar se houve lesão medular e se foi completa ou não, o paciente ainda permanece com sonda vesical de demora por um tempo, a depender da instituição.
Quando o paciente estiver tranquilo em relação à parte hemodinâmica, é pensada a questão da reabilitação, já que a bexiga desse paciente não funcionará. Será necessário fazer o cateterismo, e então será retirada a sonda vesical de demora e se iniciará o cateterismo de horário. Primeiro se faz o cateterismo assistido, chamado de cateterismo intermitente, de técnica cética, até que o paciente esteja pronto para ir de alta para casa, com relação à parte hemodinâmica e com relação à reabilitação.
Na fase em que ele está pronto para a reabilitação é quando ele passará pelo treinamento para aprender a fazer um cateterismo, desde que ele tenha condições motoras. Caso seja percebido que o paciente não possui competência cognitiva e física para realizar sozinho o cateterismo, será preciso um cuidador para fazer os cuidados em casa.
O que é Nefrolitíase?
Nefrolitíase:
* Os cálculos formam-se no trato urinário quando as concentrações urinárias de determinadas substâncias aumentam, como oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e
ácido úrico.
* Esse processo, designado como supersaturação, depende da quantidade da substância, da força iônica e do pH da urina.
* Podem ser encontrados em qualquer local, desde o rim até a bexiga, e podem variar quanto ao tamanho.
O que são os Cálculos de Ácido Úrico?
Cálculos de Ácido Úrico
* Para os cálculos de ácido úrico, o paciente deve seguir uma dieta com baixo teor de purinas para reduzir a excreção de ácido úrico na urina;
* Os alimentos ricos em purinas (mariscos, anchovas, aspargos, cogumelos e órgãos de animais) são evitados, e outras proteínas podem ser limitadas;
* O alopurinol (Zyloprim) pode ser prescrito para reduzir os níveis séricos e a excreção urinária de ácido úrico.
Quais os Fatores que favorecem a formação de cálculos?
Fatores que favorecem a formação de cálculos:
* Infecção;
* Estase urinária e períodos de imobilidade, todos os quais lentificam a drenagem renal; e * Alteram o metabolismo do cálcio.
Obs.: É preciso ter cuidado com a associação dos cálculos com o cálcio. Pois, apesar de a maioria dos cálculos ter envolvimento com o cálcio, quando se trabalha com medidas de prevenção, não se pode suspender alimentos ricos em cálcio. É preciso analisar cada caso antes de fazer qualquer recomendação.
* As concentrações aumentadas de cálcio no sangue e na urina promovem a precipitação do cálcio e a formação de cálculos (cerca de 75% de todos os cálculos renais apresentam cálcio em sua composição).
* Os medicamentos conhecidos por causar a formação de cálculos em alguns pacientes incluem antiácidos, acetazolamida (Diamox), vitamina D, laxativos e altas doses de ácido acetilsalicílico.
Quais as Instruções ao paciente: Prevenção dos cálculos Renais?
- Evitar o consumo de proteína; habitualmente, a proteína é restrita a 60g/dia para diminuir a excreção urinária de cálculo e de ácido úrico.
- Recomenda-se um aporte de sódio de 3 a 4g/dia. O sal de cozinha e os alimentos ricos em sódio devem ser reduzidos, visto que o sódio compete com o cálcio pela sua reabsorção nos rins.
- As dietas com baixo teor de cálcio geralmente não são recomendadas, exceto para a hipercalciúria absortiva verdadeira. As evidências mostram que a limitação do cálcio, particularmente nas mulheres, pode levar à osteoporose e não impede a formação de cálculos renais.
- Evitar o consumo de alimentos contendo oxalato (por exemplo: espinafre, morangos, ruibarbo, chá, amendoins, farelo de trigo).
- Durante o dia, ingerir líquidos (idealmente água) a cada 1 a 2h.
- Ingerir dois copos de água ao deitar e mais um copo a cada despertar noturno para impedir que a urina fique muito concentrada durante a noite.
- Evitar as atividades que levam a aumentos súbitos na temperatura ambiente, podendo causar sudorese excessiva e desidratação.
- Entrar em contato com o médico assistente ao primeiro sinal de infecção do trato urinário.
O que são os Cálculos de Cálcio?
- Reduzir o aporte nutricional de proteína e sódio;
- Consumo irrestrito de líquidos;
- Medicamentos para acidificar a urina, como cloreto de amônio, e diuréticos tiazídicos se a produção de paratormônio estiver aumentada.
O que são os Cálculos de Cistina?
Cálculos de Cistina
Prescreve-se uma dieta hipoproteica, a urina é alcalinizada e aumentase o consumo
de líquidos
O que são os Cálculos de Oxalato?
Cálculos de Oxalato
Uma urina diluída é mantida, e limita-se o consumo de oxalato. Muitos alimentos contêm oxalato; apenas determinados alimentos aumentam a excreção urinária de oxalato, incluindo espinafre, morangos, ruibarbo, chocolate, chá, amendoins e farelo de trigo.
REDE SARAH/2011) Um paciente de 34 anos realizou litotripsia para remoção de cálculos de ácido úrico localizados no ureter. O enfermeiro ensina ao paciente que a prevenção de formação de outros cálculos pode ser auxiliada pela ingesta hídrica adequada e uma dieta baseada em:
a. Alto teor de vitamina C.
b. Baixo teor de cálcio.
c. Alto teor de fibra.
d. Baixo teor de proteínas.
e. Baixo teor de gorduras.
Letra: D
Quais as PRINCIPAIS SONDAS PARA CATETERISMO VESICAL?
PRINCIPAIS SONDAS PARA CATETERISMO VESICAL
* Sonda de Alívio (Intermitente) – Sonda de Nelaton;
* Sonda de Foley (demora);
* Sonda de Owen (três vias).
As sondas podem ser de dois tipos:
* Látex (amarela); ou
* Silicone.
A sonda de silicone sofre menos incrustação e diminui a possibilidade de infecção. Além disso, pode ser utilizada em pacientes alérgicos ao látex.
A cateterização vesical pode permanecer por curto prazo (duas semanas ou menos) ou prolongada (mais de um mês).
Quais as Complicações no uso de sonda?
Impede a maioria das defesas naturais do trato urinário inferior ao obstruir os ductos periuretrais, ao irritar a mucosa da bexiga e ao propiciar uma via artificial para a entrada de microrganismos na bexiga.
Os microrganismos podem ser introduzidos da uretra para a bexiga durante o cateterismo, ou podem migrar ao longo da superfície epitelial da uretra ou da superfície externa do cateter.
Espasmos da bexiga, estenoses uretrais e necrose por pressão.
Fonte: Brunner.
O autocateterismo promove a independência, resulta em poucas complicações e aumenta a autoestima e a qualidade de vida.
Qual a Indicação de cateterismo vesical?
- Aliviar a obstrução do trato urinário;
- Ajudar na drenagem pós-operatória nas cirurgias urológicas e em outras cirurgias;
- Proporcionar um meio para monitorar o débito urinário de modo acurado nos pacientes em estado crítico;
- Promover a drenagem urinária em pacientes com disfunção da bexiga neurogênica ou retenção urinária;
- Evitar o extravasamento de urina nos pacientes com úlceras de pressão nos estágios III e IV.
bs.: hoje, o termo “úlcera por pressão” se encontra em desuso. O termo correto é lesão por pressão.
INDICAÇÃO DO USO DE CATETER URINÁRIO (ANVISA)
* Pacientes com impossibilidade de micção espontânea;
* Paciente instável hemodinamicamente com necessidade de monitorização de
débito urinário;
* Pós-operatório, pelo menor tempo possível, com tempo máximo recomendável de até 24 horas, exceto para cirurgias urológicas específicas;
* Tratamento de pacientes do sexo feminino com úlcera por pressão grau IV com cicatrização comprometida pelo contato pela urina.
O que é Condom – Drenagem externa?
A sonda externa, também chamado de sonda preservativo ou bainha peniana, é uma bainha macia e flexível como um preservativo que se encaixa sobre o pênis, e proporciona de uma maneira segura e não invasiva o controle da eliminação da urina.
Não aplique fita adesiva, velcro ou tiras elásticas ao redor do pênis. A circulação sanguínea pode ser prejudicada e causar a necrose do pênis.
O que é Scanner de Bexiga?
Dispositivo não invasivo que mensura o volume urinário na bexiga por meio de uma imagem de ultrassom, da qual são realizados cálculos para estimar volumes urinários precisos.
Usar para avaliar o volume urinário na bexiga quando houver suspeita de esvaziamento inadequado da bexiga após a remoção de SVD, para a avaliação de uma incontinência de início recente, na suspeita de distensão da bexiga e para monitorar a micção após uma cirurgia urológica
O que é Diário miccional e avaliação do volume residual pós-micção (VRPM)?
O VRPM é o volume urinário na bexiga após a micção normal.
O VRPM deverá ser mensurado 10 minutos após a micção para ser mais preciso, e os volumes inferiores a 50 mL podem ser considerados normais.
Duas ou mais medidas de VRPM acima de 100 mL demandam mais investigação.
Na ausência de um scanner de bexiga, obtenha o VRPM mensurando a urina eliminada da bexiga e após a cateterização de alívio.
Quais os Cuidados com Sonda vesical?
Escolher a sonda de menor calibre possível (em média a 14 a 16 French).
Balão com volume maior que 30 mL aumenta o acúmulo de urina abaixo do nível do lúmen da sonda e aumenta o risco de infecção.
A prática de testar a insuflação do balão de uma sonda de demora não é mais
recomendada.
Obs.: apesar da orientação dada por Potter (acima), outras literaturas ainda trazem a necessidade de testar o balão.
A insuflação/desinsuflação precoce do balão pode levar à formação de sulcos, potencionalizando a causa de traumatismo durante a inserção.
Checar as instruções do fabricante antes de inserir uma sonda vesical de demora.
Não force a inserção da sonda. Se você encontrar resistência ou o paciente sentir dor durante a inserção, interrompa o avanço da sonda imediatamente.
Pedir ao paciente para respirar algumas vezes, lenta e profundamente, a fim de promover o relaxamento enquanto você avança a sonda lentamente na uretra.
Se o paciente se queixar de dor súbita durante a insuflação do balão, interrompa a injeção e retire o líquido do balão, avance mais a sonda e insufle novamente o balão.
O balão possivelmente foi insuflado na uretra. Caso isso aconteça, é possível gerar
trauma e sangramento.
Como é a Fixação da sonda vesical de demora (Potter)?
Sexo feminino: Prenda a sonda na parte interna da coxa, deixando uma folga suficiente para evitar a tração.
Sexo masculino: Prenda a sonda na parte superior da coxa ou inferior do abdome.
Reposicione o prepúcio sobre a glande do pênis em caso de retração
O que é a Irrigação vesical?
Indicação: cirurgias urológicas, prostatectomia, ampliação vesical.
Durante a irrigação da sonda, certifique-se da permeabilidade da sonda vesical de demora e da extensão de drenagem durante a irrigação (sem pinçamento e obstruções).
A obstrução no sistema de drenagem da bexiga e a infusão da solução de irrigação
podem resultar na hiperdistensão, desconforto extremo e lesão ou ruptura da bexiga.
O procedimento de irrigar a sonda não pode ser delegado ao técnico ou auxiliar de
enfermagem.
Fonte: Potter.
Obs.: ou seja, segundo Potter, a irrigação da sonda é um procedimento privativo do enfermeiro.
Como é a Técnica de inserção do cateter urinário?
- Reunir o material para higiene íntima, luva de procedimento e luva estéril, campo estéril, sonda vesical de calibre adequado, gel lubrificante, antisséptico preferencialmente em solução aquosa, bolsa coletora de urina, seringa, agulha e água destilada.
Obs.: não se enche o balão com soro fisiológico, e sim com água destilada, para evitar cristalização. - Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica para as mãos.
- Realizar a higiene íntima do paciente com água e sabonete líquido (comum ou com antisséptico).
- Retirar luvas de procedimento, realizar higiene das mãos com água e sabão.
- Montar campo estéril fenestrado com abertura.
- Organizar material estéril no campo (seringa, agulha, sonda, coletor urinário, gaze
estéril) e abrir o material tendo o cuidado de não o contaminar. - Calçar luva estéril.
- Conectar sonda ao coletor de urina (atividade), testando o balonete (sistema fechado com sistema de drenagem com válvula antirreflexo).
- Realizar a antissepsia da região perineal com solução padronizada, partindo da uretra para a periferia (região distal).
- Introduzir gel lubrificante na uretra em homens.
- Lubrificar a ponta da sonda com gel lubrificante em mulheres.
- Seguir técnica asséptica de inserção.
- Observar drenagem de urina pelo cateter e/ou sistema coletor antes de insuflar o balão para evitar lesão uretral, que deverá ficar abaixo do nível da bexiga, sem contato com o chão; observar para manter o fluxo desobstruído.
- Fixar corretamente o cateter no hipogástrio no sexo masculino e na raiz da coxa
em mulheres (evitando traumas). - Assegurar o registro em prontuário e no dispositivo para monitoramento de tempo de permanência e complicações.
- Gel lubrificante estéril, de uso único, com ou sem anestésico (dar preferência ao uso de anestésico em paciente com sensibilidade uretral).
- Utilizar cateter de menor calibre possível para evitar trauma uretral.
Fonte: ANVISA
Recomendações:
1. Não há evidências que o uso de sondas impregnadas com prata ou antibiótico diminui o risco de infecção.
2. Cateteres de silicone mostram menor tendência a apresentar incrustações.
3. Cateteres hidrofílicos trazem mais conforto e qualidade de vida ao paciente, porém o uso não há evidências de redução de infecção.
C ou E: (CESPE/2013) No que tange à assistência de enfermagem a pacientes com disfunções endócrinas, renais e reprodutoras, julgue os itens a seguir.
Os pacientes com infecção do trato urinário decorrente do uso de cateteres urinários têm risco aumentado de sepse por microrganismos gram-positivos, razão pela qual os cateteres devem ser irrigados a cada quatro horas.
ERRADO! Na realidade, os microrganismos envolvidos são de tipo gram-negativos e, além disso, a irrigação não é recomendada, seja ela de rotina ou para prevenir infecções do trato urinário.
Como é o MANUSEIO CORRETO DO CATETER VESICAL?
I – Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação;
II – Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
III – Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigação for necessária;
IV – Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento;
V – Para exame de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina
com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta; Levar a amostra
imediatamente ao laboratório para cultura;
VI – Manter o fluxo de urina desobstruído;
VII – Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
Obs.: Vale lembrar que não existe prazo predeterminado para que seja feito esse
esvaziamento da bolsa coletora. Na realidade, é importante evitar que a bolsa atinja
um volume maior do que 2/3 de sua capacidade para evitar o refluxo da urina.
VIII – Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
IX – Não há recomendação para uso de antissépticos tópicos ou antibióticos aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral;
X – Realizar a higiene rotineira do meato e sempre que necessário;
XI – Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
Como realizar a PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU?
Na parte de ITU associada à cateter, existem algumas subdivisões:
* Infraestrutura para prevenção;
* Vigilância de processo;
* Educação permanente e treinamento;
* Manuseio correto do cateter.
Como é a VIGILÂNCIA DE PROCESSO para PREVENÇÃO de ITU?
I – Estabelecer rotina de monitoramento e vigilância, considerando a frequência do uso de cateteres e os riscos potenciais, como por exemplo, tipo de cirurgias, obstetrícia e unidades de terapia intensiva – UTI;
II – Utilizar critérios nacionais para diagnóstico de ITU associada ao cateter;
III – Coletar informações de cateteres-dia;
IV – Calcular o indicador de densidade de ITU associada ao cateter.
Obs.: Para fins de prova, é importante lembrar que a vigilância do processo está ligada a indicadores.
O que é a INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)?
As bactérias Gram negativas (enterobactérias e não fermentadores) são as mais
frequentes (E. coli), mas Gram positivos são de importância epidemiológica, especialmente do gênero Enterococcus.
Quais são as ESTRATÉGIAS ESPECIAIS PARA PREVENÇÃO DE ITU – ASSOCIADA A UM
CATETER (AC)?
A. Implantar um programa na instituição para identificar e remover cateteres
desnecessários, utilizando lembretes ou ordens para interromper o uso e avaliar a
necessidade de remover o cateter.
I – Desenvolver e implantar política de revisão contínua, diária, da necessidade de
manutenção do cateter:
a. Revisar a necessidade da manutenção do cateter;
b. padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico;
II – Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da
manutenção do cateter.
B. Desenvolver protocolo de manejo de retenção urinária no pós-operatório, incluindo cateterização intermitente e ultrassonografia – USG de bexiga, com medida do resíduo
pós-miccional;
I – Estabelecer sistema de análise e divulgação de dados sobre uso do cateter e
complicações;
II – Definir e monitorar eventos adversos além de ITU-AC, como obstrução do cateter, remoção acidental, trauma ou reinserção após 24 horas da retirada;
III – Para melhor análise dos dados, estratificar de acordo com fatores de risco relevantes (idade, sexo, duração, setor, doença de base). Revisar e divulgar os resultados aos interessados em tempo hábil.
Como é a INFRAESTRUTURA PARA PREVENÇÃO de ITU?
Criar e implantar protocolos escritos de uso, inserção e manutenção do cateter;
* Assegurar que a inserção do cateter urinário seja realizada apenas por profissionais capacitados e treinados;
Obs.: É importante lembrar que a Resolução COFEN n. 450/2013 dispõe que o ato de sondagem é privativo do enfermeiro capacitado para isso.
* Implantar sistema de documentação em prontuário; e
* Registrar: indicações do cateter, responsável pela inserção, data e hora da inserção e retirada do cateter.
Quais ESTRATÉGIAS QUE NÃO DEVEM SER UTILIZADAS PARA PREVENÇÃO de ITU?
a. Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata ou outro antimicrobiano;
b. Não monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática em pacientes com cateter;
c. Não tratar bacteriúria assintomática, exceto antes de procedimento urológico invasivo;
Obs.: Também existe exceção no caso das gestantes, isso por conta do risco de gerar um parto prematuro.
d. Evitar irrigação do cateter:
I – Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano;
II – Não utilizar instilação rotineira de soluções antisséptica ou antimicrobiana em sacos de drenagem urinária;
e. Não utilizar rotineiramente antimicrobianos sistêmicos profiláticos;
f. Não trocar cateteres rotineiramente.
Obs.: A bacteriúria assintomática não necessita tratamento, porém pacientes grávidas, transplantados de rim, crianças com refluxo vesicoureteral, pacientes com cálculos infectados e pacientes submetidos a cirurgias urológicas, deverão ser avaliados para possível tratamento.
Quais os FATORES DE RISCO para ITU?
Não modificáveis – Sexo feminino, DM, idade, Imunosupressão, desnutrição (alguns
podem ser controlados).
Modificáveis – Indicação Adequada, Cuidados na Inserção, duração da SVD, sistema
fechado e manipulação do sistema.
Fatores de Risco para ITU
* Mulher;
* Pessoas com Diabetes mellitus;
* Mulheres que usam diafragma como método contraceptivo;
* Pessoas com histórico de cálculos renais (pedras nos rins);
* Pessoas com sonda vesical;
* Portadores de complicações com a próstata;
* Idosos;
* Pessoas com imunodeficiência.
Quais as RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR ITU?
a. Inserir sonda vesical no paciente apenas nas indicações apropriadas;
b. Realizar protocolos de sondagem, incluindo as situações perioperatórias;
c. Implantar protocolos escritos de uso, inserção com técnica asséptica e manutenção do cateter;
d. A inserção do cateter urinário seja realizada apenas por profissionais capacitados e treinados;
e. Remoção oportuna do cateter vesical;
f. Revisar a necessidade da manutenção do cateter;
g. Lembretes padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico;
h. Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da
manutenção do cateter.
Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do uso do cateter
e de suas complicações:
a. Estabelecer rotina de monitoramento e vigilância, considerando a frequência do uso de cateteres e os riscos potenciais monitorar cateter-dia e densidade de 1TU-AC;
b. Desenvolver protocolo de manejo de retenção urinária no pós-operatório, incluindo cateterização intermitente e ultrassonografia – Ultrassom de bexiga, com medida do resíduo pós-miccional.
Como é o Procedimento Sondagem Vesical?
- Higienize as mãos.
- Reúna o material na bandeja e leve para o quarto do paciente.
- Oriente o paciente sobre o cuidado a ser realizado.
- Promova a privacidade do paciente colocando o biombo e fechando as portas e janelas.
- Prenda o saco plástico em local de fácil acesso.
- Posicione o paciente em decúbito dorsal.
- Calce as luvas de procedimento.
- Realizar a antissepsia com PVPI tópico e gaze estéril em movimentos únicos da base do pênis até o púbis, e após da base do pênis até a raiz da coxa, bilateralmente. Após, da glande até a base, e, por último, em movimentos circulares sobre o meato, de dentro para fora.
Obs.: ao estudar o passo a passo da sondagem vesical, verifica-se que, atualmente, as recomendações mais importantes na higiene são o foco no meato uretral. - Retire o material de higiene íntima.
- Retire as luvas de procedimento.
- Abra o material de cateterismo sobre o leito, entre as pernas do paciente e com técnica estéril sobre o campo.
- Coloque o PVPI tópico na cúpula.
- Calce as luvas estéreis.
- Certifique-se do bom funcionamento do Cuff (balonete), insufle com 10 ml de água destilada.
Obs.: é importante entender que atualmente a recomendação é de não testar o balonete, mas na Resolução n. 450/2013, assim como no manual da Anvisa de 2017, há no passo a passo o teste do balonete. Portanto, verifique na prova qual a referência citada. - Conecte a sonda no coletor de urina de sistema fechado.
- Coloque água destilada na seringa e lubrificante anestésico em outra seringa de 20 e 10 ml respectivamente.
Obs.: não é recomendado o uso de soro fisiológico, pois ele pode cristalizar. - Faça a antissepsia do meato urinário para a base do pênis, trocando a gaze a
cada etapa. - Com o pênis perpendicular ao corpo do paciente, injete o lubrificante anestésico
lentamente. - Introduza a sonda dentro da uretra quase até sua bifurcação, até que a urina flua.
- Quando a resistência é sentida no esfíncter externo, aumente discretamente a tração do pênis e aplique pressão suave e contínua sobre a sonda. Pedir para que o paciente faça força (como se estivesse urinando), para ajudar a relaxar o esfíncter.
- Insuflar o cuff (balonete) com água destilada (aproximadamente 10 ml).
- Fixar a sonda de demora na região suprapúbica (homem) ou na coxa (se mulher).
- Retire as luvas estéreis.
- Deixe o paciente confortável.
- Recolha o material do quarto e mantenha a unidade organizada.
- Lave as mãos.
- Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar.
O que estabelece a RESOLUÇÃO COFEN N. 450/2013 (Cateterismo vesical)?
O item mais importante dessa Resolução é que o cateterismo vesical é um ato privativo do enfermeiro. Ela dispõe sobre as atribuições do técnico, as atribuições do enfermeiro e demonstra o passo a passo da sondagem.
* A sondagem vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral ou vesical.
* A inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro.
Técnico de Enfermagem
* Compete a realização de atividades prescritas pelo enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de monitoração e registro das queixas do paciente, das condições do sistema de drenagem, do débito urinário;
* Manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina para exames;
* Monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos; sob supervisão; e
* Orientação do enfermeiro.
Paciente com Sonda Vesical
* Sonda vesical de demora (sonda de Foley) é usado quando é necessário que o paciente permaneça com ela longos períodos na bexiga, para controlar o volume urinário, possibilitar a eliminação da urina em pacientes imobilizados, inconscientes ou com obstrução, em pós-operatório de cirurgias urológicas.
Sabe-se que foi determinado com a Anvisa as indicações mais precisas em relação a
paciente instável hemodinamicamente para tratar o débito urinário, paciente com lesão por pressão em estágio avançado, paciente com obstrução etc.
Do que trata a RESOLUÇÃO COFEN N. 450/2013?
Quais são as MEDIDAS DE PREVENÇÃO ITU?
a. Adesão às medidas de prevenção de ITU-AC (higiene de mãos, educação, técnica
asséptica na inserção, manutenção adequada e vigilância);
b. Bexiga – Ultrassom de bexiga para evitar cateterização de demora;
c. Condom e cateter intermitente como alternativas possíveis;
d. Direcionar o uso de cateter urinário de demora apenas para os casos com
indicações claras;
e. Evitar manter cateter urinário por tempo desnecessário.
Quais os Cuidados para Evitar Complicações com SVD?
- Verificar se a sonda está corretamente fixada na coxa do paciente (mulher) ou suprapúbica (homem), prevenindo lesões uretrais devido a tração acidental;
- Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do paciente, para evitar retorno de urina à bexiga. Pode-se também pinçar o prolongamento para poder elevar o coletor.
Orientações COFEN n. 450/2013
* Escolher cateter de menor calibre possível, que garanta a drenagem adequada, a fim de minimizar ocorrências de trauma;
* Seguir práticas assépticas durante a inserção e manipulação do cateter vesical;
* Encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas, ou que contenham outros eletrólitos, trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter;
* Higienizar as mãos antes, durante e após a inserção e manipulação do cateter vesical;
* Utilizar um sistema de drenagem urinária que possa garantir sua esterilidade, como um todo, com o uso de bolsas plásticas descartáveis, munidas de alguns dispositivos que visam diminuir ainda mais a incidência de infecção urinária, como válvula antirrefluxo, câmara de gotejamento e local para coleta de urina, de látex auto-retrátil, para exames;
* O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se necessário, manusear com técnica asséptica;
* Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, evitando refluxo intravesical de urina;
* Obedecer a critérios determinados no protocolo para troca do cateter vesical;
* Manter fluxo de urina descendente e desobstruído, exceto para os casos pontuais de coleta de urina para análise.
Obs.: no momento da coleta, fecha-se a sonda por um tempo, para que essa urina fique um tempo armazenada na bexiga antes de fazer aspiração.
* Realizar coleta de amostras de urina para análise com técnica asséptica;
* Registrar o procedimento realizado no prontuário do paciente, segundo normas da instituição e respectivos conselhos, devendo minimamente conter: - Data e hora da inserção do cateter;
- Identificação completa do profissional que realizou o procedimento; e
- Data e horário da remoção do cateter.
* Substituir o sistema de drenagem, quando houver quebra na técnica asséptica, desconexão ou vazamento;
* Revisar regularmente a necessidade de manutenção do dispositivo, removendo-o logo que possível;
* Identificar e monitorar os grupos de pacientes susceptíveis a Infecção do Trato Urinário
(FCC/TRE-PR/2017) A execução do procedimento de Sondagem Vesical requer ações da equipe de enfermagem, observadas as disposições legais da profissão sobre competências. A Resolução do Conselho Federal de Enfermagem COFEN n.450/2013 e o Parecer Técnico do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná COREN/PR n. 10/2015 estabeleceram que nesse procedimento
a. as soluções salinas são as mais indicadas para encher o balão de retenção.
b. a inserção do cateter vesical de alívio pode ser realizada pelo técnico de enfermagem.
c. a inserção dos dispositivos urinários seja realizada somente pelo enfermeiro treinado.
d. o sistema cateter-tubo coletor deve ser aberto, no mínimo, diariamente para evitar o risco de cristalização.
e. a bolsa coletora deve ser mantida 5 cm acima do nível de inserção do cateter
Letra: C
Nesse caso, em uma prova para o TRE do Paraná, a banca cobrou pareceres do COREN do mesmo estado. Deve-se ficar atento às publicações do órgão e da região para os quais está prestando o concurso. A banca FCC costuma fazer questões usando pareceres dos CORENs.
Obs.: procure avaliar esses pareceres, pois trazem muitas informações importantes.
a. A água destilada é o material mais indicado para encher o balão.
b. A inserção do cateter vesical de alívio é ato privativo do enfermeiro.
d. Deve-se manter o sistema cateter-tubo fechado.
e. A bolsa coletora deve ficar abaixo do nível de inserção do cateter
FCC/TRT 20º REGIÃO/2016) Paciente atendido no ambulatório em pós-operatório tardio de prostatectomia, faz uso de sonda vesical de demora que foi tracionada acidentalmente e deslocada para fora da uretra. Após o contato telefônico com o urologista do paciente, o médico solicita nova passagem da sonda vesical de demora pela equipe de enfermagem. De acordo com a Resolução COFEN n. 450/2013, no procedimento de sondagem vesical são recomendações, dentre elas
a. escolher cateter de maior calibre possível, que garanta a drenagem adequada, a fim de minimizar ocorrências de obstrução e reincidência de deslocamento.
b. garantir que o técnico de enfermagem e enfermeiro façam a inserção do novo dispositivo urinário, utilizando técnica asséptica.
c. orientar o paciente para manter a bolsa coletora na altura do abdome, evitando-se nova tração e deslocamento da sonda.
d. encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter.
e. considerar que no ambulatório, o procedimento de inserção de sonda vesical de
demora seja feito com o uso de luvas de procedimento.
Letra: D
a. A Resolução COFEN n. 450/2013 recomenda escolher o cateter de menor calibre possível.
b. A inserção é um ato privativo do enfermeiro.
c. Deve-se manter a bolsa coletora abaixo do abdome.
d. Água destilada é o material recomendado para a insuflação do balão.
e. A inserção da sonda é com luvas estéreis.
(REDE SARAH/2012) Um paciente de 60 anos foi internado devido a sequela de acidente vascular encefálico e está com uma sonda vesical de demora. Em relação aos cuidados de enfermagem com a sonda vesical, indique V (verdadeiro) ou F (falso) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) O tamanho do cateter deve ser determinado pelo tamanho da uretra.
( ) Os cateteres plásticos são inflexíveis e, portanto, devem ser utilizados para cateterismos intermitente.
( ) Para preencher o balão, utilizar o volume determinado por cada fabricante e solução fisiológica.
( ) Em homens, a sonda deve ser fixada na parte interna da coxa.
( ) Os pacientes com sonda vesical de demora devem ter sua região perineal higienizada 3 vezes ao dia e sempre após cada defecação.
a. F, F, V, V, F
b. V, V, F, F, V
c. V, V, V, F, F
d. V, F, F, V,
Letra: B
- Não se usa solução fisiológica, e sim água destilada para preencher o balão.
- A sonda deve ser fixada na parte interna da coxa em mulheres e na região suprapúbica ou hipogástrica no homem
C ou E: (UFPB/2012) Um motorista de 32 anos comentou sobre disúria, polaciúria e febre. A dor lombar estava presente. Realizado um sumário, foram detectados proteinúria, hematúria e cilindros leucocitários. Considerando-se esse caso, julgue a assertiva abaixo:
Nas infecções urinárias, a disúria e a polaciúria são frequentes.
CERTO!
Disúria = dor ao urinar.
Polaciúria = aumento da frequência urinária.
Poliúria = aumento do volume urinário.
FCC/TRE-SP/2017) Foi solicitado ao técnico de enfermagem que realizasse a coleta
de urina para exame Tipo I, de um paciente com cateterização vesical de longa permanência. Visando prestar uma assistência de enfermagem correta e segura o profissional deve
a. esvaziar a bolsa coletora, posicioná-la acima do nível da bexiga e coletar a urina diretamente do dispositivo de conexão, utilizando-se de técnica asséptica.
b. providenciar o fechamento do cateter vesical por duas horas e, após a limpeza do sistema coletor, retirar a amostra diretamente da bolsa coletora.
c. orientar o paciente a tomar dois copos de água, após duas horas, desconectar o tubo de drenagem e coletar a urina diretamente do cateter.
d. recusar a realizar o procedimento, pois de acordo com a legislação profissional, é vedado ao técnico de enfermagem a manipulação de cateter vesical de demora.
e. coletar a amostra através de aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta.
Letra: E
a. Não se pode esvaziar a bolsa coleta acima do nível da bexiga. O ideal é coletar a urina do dispositivo de silicone do cateter.
d. A Resolução 450 dispõe que o técnico de enfermagem pode coletar o exame de urina.
(AOCP/EBSERH/2015) Qual é o patógeno responsável pela maioria
das infecções urinárias?
a. Klebsiella sp.
b. Proteus mirabilis.
c. Staphylococcus sapropyticus.
d. Escherichia coli.
e. Enterecocos faecalis
Letra; D
Qual a Funções dos rins?
- Excreção de produtos finais de diversos metabolismos;
Obs.: inclusive os metabólicos nitrogenados. - Produção de hormônios;
Obs.: há o sistema renina-angiotensina-aldosterona, bem como a eritropoetina, que é um hormônio que estimula a produção de células vermelhas do sangue. - Controle do equilíbrio hidroeletrolítico;
Obs.: isso vale tanto para o contexto de reter e liberar eletrólitos quanto para a parte de reter e liberar mais água. O rim sofre influência do sistema endócrino, do hormônio ADH para verificar se haverá retenção ou liberação de água. O antidiurético retém água no corpo. - Controle do metabolismo acidobásico;
Obs.: para o controle do pH sanguíneo, existe a função do pulmão, com o controle da pressão arterial de CO2 e existe a função do rim com bicarbonato (se pega ou libera). - Controle da pressão arterial;
Obs.: por meio do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Quais são as Doenças renais?
- Insuficiência renal aguda e crônica
- Glomerulonefrite;
- Nefro litíase e urolitiase;
- ITU;
- Pielonefrite aguda e crônica;
- Síndrome nefrítica aguda;
- Síndrome nefrônica;
- Distúrbios hidroeletrolítico e acidobásicos.
As duas formas de doenças renais mais cobradas em prova são insuficiência renal aguda e crônica.
A síndrome nefrítica aguda e a síndrome nefrótica também são muito cobradas, principalmente na parte das diferenças.
O que é Anúria?
- Anúria: débito urinário total inferior a 50 m em 24 h.
Obs.: em outras literaturas, o conceito é encontrado como menor que 100 ml
O que é Oligúria?
- Oligúria: débito urinário diminuído; inferior a 500 m/24h.
Obs.: a Sociedade Brasileira de Urologia e outras literaturas dizem que é menor que 400 ml.
Como é feita a Avaliação da função renal?
Avaliação da função renal
* Urina: análise e sedimento.
Obs.: verifica-se se há liberação de substâncias que não deveriam ser liberadas. Exemplo:
glicose, proteína.
* Laboratório: ureia e creatinina, taxa de filtração glomerular (TFG), cistatina C (proteína inibidora de protease), eletrólitos. Cistatina C – marcador mais precoce, mais exato e mais sensível.
Obs.: ureia e creatinina são dois marcadores importantes que mostram a filtração renal adequada. A creatinina é um marcador mais usado no controle da função renal. Em relação a ser mais precoce e sensível, existe a Cistatina C, que é um pouco mais cara, mas é mais precoce, exata e sensível em relação à deterioração renal. Ela é uma proteína inibidora de protease. A ureia é monitorada porque pode acontecer alteração neurológica quando ela está alta, além de alterações hematológicas.
Quando a ureia está em valores altos, pode acontecer discrasia sanguínea e dificuldade de coagulação. A taxa de filtração glomerular é uma medida importante para classificar a insuficiência renal crônica em estágios. Vale lembrar que nem toda insuficiência renal crônica tem a taxa glomerular alterada. No estágio 1, por exemplo, existe apenas uma lesão estrutural renal vista nos exames de imagem, mas, na hora do exame de taxa de filtração glomerular, não há alteração.
Para a avaliação renal de maneira geral, os eletrólitos são importantes porque o rim
controla o que fica e o que sai, o que influencia a medida da função renal. Quando
o rim não está funcionando, esses eletrólitos são acumulados no corpo, gerando intoxicação. É o caso, principalmente, da hipercalemia, que é o aumento do potássio, também chamada de hiperpotassemia. Pode gerar arritmia cardíaca e morte. É uma situação que demanda o uso de hemodiálise em emergência.
* Imagem renal: excluir obstrução e ver tamanho do rim.
Obs.: ultrassonografia e tomografia, por exemplo.
* Biópsia renal: deve ser avaliada pelo nefrologista.
Obs.: ocorre quando há necessidade de investigação patológica. É um procedimento com muito risco de sangramento, pois o rim é um órgão muito vascularizado.
* Avaliação do peso: o indicador mais acurado de perda ou de ganho de líquidos no
paciente agudamente doente é o peso. O peso diário acurado deve ser obtido e registrado. Um ganho de 1 kg no peso é igual a 1.000 ml de líquido retido.
Obs.: a avaliação clínica pode ser monitorada por meio da avaliação do peso. Quando o paciente tem insuficiência renal e não consegue produzir urina satisfatória, ele retém muita água e faz excesso de volume de líquido, aumentando o peso de maneira significativa.
O que é Azotemia?
Azotemia: concentração anormal de produtos nitrogenados no sangue.
O que são os Cilindros urinários?
- Cilindros urinários: proteínas secretadas pelos túbulos renais lesionados.
Obs.: na filtração glomerular, onde se deixa passar o plasma para os tubos renais, que absorvem o que pode ser útil e o restante é transformado em urina. O glomero, quando lesionado, deixa passar proteínas, que não deveriam ser passadas. Isso está associado a uma lesão renal, permitindo a saída de uma proteína, que é uma substância grande e, em tese, não passaria para a produção da urina.
O que é a Síndrome nefrótica?
Síndrome nefrótica: tipo de insuficiência renal com aumento da permeabilidade glomerular e proteinúria maciça.
Obs.: ao ler nefrótica, a palavra-chave é proteína.
O que é Uremia?
- Uremia: excesso de ureia e outros produtos de degradação nitrogenados no sangue.
Obs.: a ureia alta causa alterações neurológicas, como confusão mental. Além disso, pode gerar discrasia, que é alteração de coagulação sanguínea. Por isso, o paciente terá um cateter que fará a hemodiálise de emergência, deixando um hematoma ao redor do cateter, pois não há uma coagulação sanguínea adequada
O que são os Nefrotóxico?
Nefrotóxico: qualquer substância, medicamento ou ação capaz de destruir o tecido renal.
Obs.: exemplo: uma picada de cobra é nefrotóxica, podendo gerar alterações na urina. Além disso, alguns antibióticos, como o aminoglicosídeo, são nefrotóxicos. Há também anti-inflamatórios, principalmente de uso prolongado, considerados nefrotóxicos, além do contraste, usado em exames radiológicos.
Quando há um esmagamento ou alguma alteração relacionada à hemólise (ruptura da hemácia), duas coisas podem acontecer: liberação de hemoglobina, a qual será tóxica ao tecido renal. Nesse caso, será percebido na urina hemoglobinúria. Além disso, haverá a liberação de substâncias que estão dentro da célula muscular, que é a mioglobina. Essa mioglobina também é tóxica ao rim, gerando uma miotoxicidade.
O que é a Síndrome nefrítica aguda?
Síndrome nefrítica aguda: tipo de insuficiência renal com inflamação glomerular.
Obs.: quando se fala em nefrítica, haverá uma inflamação no glomérulo. No néfron, há a cápsula de Bowman, que é a cápsula mais rígida que envolve os glomérulos, que são os locais onde há os capilares sanguíneos. Do capilar sanguíneo sai o plasma para a cápsula de Bowman, que vai para o túbulo proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal. Depois, segue para pelve renal para produzir a urina. Esses glomérulos são os vasos sanguíneos que estão para filtrar o sangue.
Ao redor dos túbulos, há vasos sanguíneos que retomam algumas coisas que estavam no plasma para a corrente sanguínea. A glicose, por exemplo, passa, mas,
quando isso acontece, já nos túbulos proximais, há receptores que captam a glicose
e voltam para o sangue (98% são captados na fase inicial e os outros 2% ao longo
do processo de formação da urina). Portanto, a síndrome nefrítica é aquilo que gera
inflamação no tecido glomerular.
O que é Pielonefrite?
- Pielonefrite: inflamação da pelve renal
O que é Glomerulonefrite?
- Glomerulonefrite: inflamação dos capilares glomerulares
O que é Insuficiência renal aguda?
- Insuficiência renal aguda: deterioração súbita e rápida da função renal, que é algumas vezes reversível.
Qual o valor da anúria e oliguria para a Sociedade Brasileira de Urologia?
anúria: <100 ml;
oliguria: < 400ml.
Qual o Impactos das doenças renais?
Impactos das doenças renais
* Doença com grande impacto no sistema de saúde;
* Alta incidência;
Obs.: a principal causa das doenças renais é o diabetes, que lesiona o endotélio renal. Além disso, a hipertensão causa hipertrofia dos vasos sanguíneos das artérias renais. Entre as duas, diabetes é o primeiro lugar; o segundo motivo de impacto no desfecho da doença renal é a HAS.
* Alta mortalidade/morbidade;
* Dificuldade de qualidade de vida;
* Alto custo para o serviço de saúde;
Obs.: é algo que demanda procedimentos de alta complexidade e caros.
* Evidências de que estratégias de prevenção podem reduzir.
Obs.: nesse ponto, entra o MEV, que é a mudança do estilo de vida. Indica-se a terapia de substituição renal na fase 5, a qual possui dois estágios: dialítico e não dialítico (no caso crônico; no caso de agudo, depende).
Fonte: MS, 2014
Quais os Fatores de risco para as doenças renais crônicas?
- Diabetes;
- HAS;
- Idosos;
Obs.: fisiologicamente, o idoso tem alteração na taxa de filtração glomerular. Por isso, é preciso ajustar doses de medicamento para o paciente idoso. Nos pacientes idosos hipertensivos, por exemplo, é caso de metade da dose, porque, como o rim funciona mais lentamente, ele elimina a urina mais lentamente e a medicação circula no sangue por mais tempo, agindo e tendo um tempo maior de ação. - Portadores de obesidade (IMC > 30 Kg/m²);
- Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);
- Histórico de Doença Renal Crônica na família;
- Tabagismo; e
- Uso de agentes nefrotóxicos.
Obs.: exemplos: contrate, antibióticos, quimioterápicos, entre outros
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Excesso de volume de líquidos. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Ganho de peso agudo ≥ 5%, edema, estertores, falta de ar, diminuição da ureia e do hematócrito, distensão das veias do pescoço.
- Tratamento: Restrição de líquidos e de sódio, diuréticos, diálise.
O que são os DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS?
Quando se fala em “hidro”, fala-se em líquido, podendo ser excesso ou déficit de líquido, da mesma forma que acontece com o eletrólito.
Obs.: no excesso de volume de líquido, o rim tem dificuldade de eliminar a urina, o que gera edema no corpo.
O déficit de volume de líquidos acontece quando o paciente tem uma insuficiência pré-renal aguda por deficiência de volume. Imaginando que o paciente esteja com uma síndrome hemorrágica ou vomitando e com diarreia. Isso diminui o volume de líquido no corpo e impacta no rim. O rim fecha as artérias e fica prejudicado sem sangue para salvar o coração e cérebro. Com o rim prejudicado, isso pode causar uma necrose tubular por falta de sangue suficiente. No contexto do choque séptico, há duas fases e é um caso bem mais complexo.
Por isso, vale guardar os exemplos do déficit de volume de líquidos associado a hemorragias, vômitos e diarreia intensa, gerando uma queda do fluxo sanguíneo para o rim. O déficit de volume de líquido é causa de insuficiência renal de motivo pré-renal.
No excesso de volume de líquidos, há a deficiência do rim em liberar a urina adequadamente, fazendo com que ela fique acumulada no corpo. Vale lembrar que um marcador importante para excesso de volume de líquido é o peso do paciente, pois a retenção de água aumenta rapidamente o peso. A ureia pode estar diluída pelo líquido acumulado. Se a causa do excesso de volume de líquido for uma insuficiência renal, a ureia ficará aumentada no contexto da dificuldade de o rim liberá-la.
A falta de ar e o estertor são quando uma insuficiência cardíaca está conectada com o excesso de volume de líquido. O coração sobrecarregado de líquido começa a deixar de voltar líquido para o pulmão, o qual ficará encharcado.
A distensão das veias do pescoço é a jugular. Quando o coração, do lado esquerdo, está cheio e sem conseguir dar conta do volume de líquido, ele volta para o pulmão para o lado esquerdo. O lado direito volta para a jugular e para o abdômen, formando edema de membros inferiores. A jugular é avaliada com o paciente em 45º
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Déficit de volume de líquidos. Quais as manifestações e tratamento?
Manifestação: Perda de peso aguda ≥ 5%, diminuição do turgor da pele, mucosas
secas, oligúria ou anúria, aumento do hematócrito, nível de ureia desproporcionalmente aumentado em relação ao nível de creatinina, hipotermia.
Tratamento: Reposição de líquidos por via oral ou parenteral.
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Déficit de sódio. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Náusea, mal-estar, letargia, cefaleia, cólicas abdominais, apreensão, convulsões.
- Tratamento: Dieta, soro fisiológico normal ou solução salina hipertônica.
Obs.: o valor normal do sódio é de 135 a 145. Sódio e potássio são os dois eletrólitos mais relevantes.
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Déficit de potássio. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Anorexia, distensão abdominal, íleo paralítico, fraqueza muscular,
alterações do ECG, arritmias. - Tratamento: Dieta, terapia de reposição de potássio por via oral ou parenteral.
Obs.: o déficit e o excesso de potássio geram alterações do ECG. O valor normal de potássio pode variar, dependendo da literatura, de 3,5 a 4,5 ou 3,5 a 5,5. É preciso tomar cuidado com o nome potássio: pode-se dizer hipercalemia, hipocalemia ou hiperpotassemia.
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Excesso de sódio. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Mucosas secas e pegajosas, sede, língua seca e áspera, febre, inquietação, fraqueza, desorientação.
- Tratamento: Líquidos, diuréticos, restrição dietética.
Obs.: o valor normal do sódio é de 135 a 145. Sódio e potássio são os dois eletrólitos mais relevantes.
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Excesso de potássio. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Diarreia, cólica, náuseas, irritabilidade, fraqueza muscular, alterações do ECG.
- Tratamento: Restrição dietética, diuréticos, glicose IV, insulina e bicarbonato de sódio, resina de troca de cátions, gliconato de cálcio, diálise.
Obs.: o déficit e o excesso de potássio geram alterações do ECG. O valor normal de potássio pode variar, dependendo da literatura, de 3,5 a 4,5 ou 3,5 a 5,5. É preciso tomar cuidado com o nome potássio: pode-se dizer hipercalemia, hipocalemia ou hiperpotassemia.
C ou E: : entre as alterações do ECG, é possível citar a elevação da onda T. No déficit, haverá reposição de potássio; no excesso, haverá restrição
CERTO!
C ou E: A glicose e a insulina, que é uma solução polarizante, servem para trocar o potássio do meio extracelular (dentro do sangue) para o meio intracelular.
CERTO!
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Déficit de cálcio. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Cólicas abdominais e musculares, estridor, espasmo carpopedal, reflexos hiperativos, tetania, sinal de Chvostek ou de Trousseau, formigamento dos dedos das mãos e ao redor da boca, alterações do ECG.
- Tratamento: Dieta, reposição de sal de cálcio por via oral ou parenteral.
Obs.: a tetania, que é uma contração muscular exagerada, gera dois sinais: Chvostek e Trousseau.
Em relação ao cálcio, o valor é de 4,5 a 5,5 (miliequivalente); em ml, o valor será de 9 a 10,5 nos exames laboratoriais.
Em relação ao cálcio, é importante lembrar que ele não é avaliado sozinho. É preciso avaliá-lo junto com o paratormônio, a vitamina D e o magnésio.
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Excesso de cálcio. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Dor óssea profunda, dor no flanco, fraqueza muscular, reflexos tendíneos profundos deprimidos, constipação, náuseas, vômitos,
confusão, comprometimento da memória, poliúria, polidipsia, alterações do ECG. - Tratamento: Reposição de líquido, etidronato, pamidronato, mitramicina, calcitonina, glicocorticoides, sais de fosfato.
Em relação ao cálcio, o valor é de 4,5 a 5,5 (miliequivalente); em ml, o valor será de 9 a 10,5 nos exames laboratoriais.
Em relação ao cálcio, é importante lembrar que ele não é avaliado sozinho. É preciso avaliá-lo junto com o paratormônio, a vitamina D e o magnésio.
O que são os Sinais de Trousseau e Chvostek?
- Chvostek: é pesquisado pela percussão do nervo facial em seu trajeto anteriormente ao pavilhão auricular, sendo que nos casos de hipocalcemia observa-se uma contração dos músculos perilabiais do mesmo lado.
Dica para lembrar de Chvostek: teste do nervo facial.
* Trousseau: é mais específico e consiste na observação de uma contração generalizada dos músculos do antebraço com flexão do punho, ou sinal de mão de parteiro, após a aplicação do esfigmomanômetro de pressão cerca de 20 mmHg acima da pressão sistólica por 3 minutos.
Dica para lembrar de Trousseau: tensiomêtro
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS COMUNS NAS DOENÇAS RENAIS: Déficit de bicarbonato. Quais as manifestações e tratamento?
- Manifestação: Cefaleia, confusão, sonolência, aumento da frequência e profundidade respiratórias, náuseas e vômitos, pele ruborizada e quente.
- Tratamento: Reposição de bicarbonato, diálise.
Obs.: bicarbonato é uma substância básica; o gás carbônico é ácido. Se há um déficit de bicarbonato, o corpo compensa com uma hiperventilação. O bicarbonato em déficit gera uma acidose. Haverá hiperventilação para colocar para fora o CO2
e compensar a acidose. O valor normal de bicarbonato no sangue é de 22 a 26.