Doenças Pulmonares Obstrutivas E Infecciosas Flashcards
Doença obstrutiva (doença das vias aéreas):
• Aumento da resistência do fluxo de ar devido a uma obstrução completa ou parcial, em qualquer nível da via respiratória.
Doença restritiva
Caracterizada por uma expansão reduzida do parênquima pulmonar, com diminuição da capacidade pulmonar total.
➢Principais doenças obstrutivas:
• Enfisema,bronquitecrônica,asma e bronquiectasias
➢Principais doenças restritivas:
❑Distúrbios da parede torácica na presença de pulmões normais
• Obesidade, cifoescoliose, doenças pleurais, doenças neuromusculares…
❑Doenças intersticiais infiltrativas
• Fibrose pulmonar…
Doença Pulmonar Obstrutiva o que e?
• Uma das causas mais comuns de doenças crônicas, com aumento da prevalência
• 3,23 milhões de óbitos/ano (OMS 2019) – última atualização: março/2023 (acesso em agosto/2023)
• Doenças preveníveis e passíveis de controle
Doença Pulmonar Obstrutiva Fatores de risco
tabagismo, poluição, alérgenos variados, agentes ocupacionais, estados pós-infecciosos, fatores genéticos
➢Obstrução ao fluxo aéreo
• Enfisema pulmonar + Bronquite crônica = DPOC
• Asma
• Bronquiectasia
Enfisema Pulmonar
• Aumento anormal e permanente dos espaços aéreos distais (ácinos pulmonares), por destruição de suas paredes (septos), sem fibrose evidente.
TIPOS DE ENFISEMA
- Centroacinar ou Centrolobular (tabagismo e mais comum)
- Panacinar ou Panlobular
- Parasseptal ou Acinar Distal (só na borda)
- Irregular
Diagnóstico De Enfisema pulmonar
TC
Macroscópica - necropsia
Não defini o tipo via microscópia
Enfisema Pulmonar:
CENTROACINAR
• Bronquíolos respiratórios e ductos alveolares proximais são afetados, poupando as regiões mais distais;
• Consequentemente, em um mesmo ácino e lóbulo, há áreas alteradas e preservadas;
• Ocorre comumente em tabagistas crônicos e, por isso, se associa a antracose;
• É mais evidente em lobos superiores.
Enfisema Pulmonar:
PANACINAR
• Ácinos uniformemente dilatados desde o bronquíolo respiratório até o alvéolo terminal
• Ocorre mais comumente nos lobos inferiores
• Está associado à deficiência de alfa-1-antitripsina
Deficiência de alfa-1-antitripsina
• É um distúrbio genético que resulta de diferentes mutações no gene SERPINA1.
• A alfa-1 antitripsina é produzida no fígado e atua como uma antiprotease.
Tem como principal função inativar a elastase neutrofílica, impedindo o dano tecidual.
• A redução dos níveis séricos de determina doença hepática e pulmonar
• No pulmão, se manifesta sob a forma de enfisema de aparecimento precoce, panacinar
• Enfisema pode surgir mesmo sem o hábito de fumar; se tabagista o enfisema tende a surgir de 10 a 20 anos mais cedo que em não fumantes
Enfisema Pulmonar
Epidemiologia
• Importante causa de morbimortalidade (6a causa de morte no Brasil)
• 1⁄4 de todas as internações hospitalares
• Em necrópsias, incidência chega até 50%
• Clara associação com o tabagismo
Enfisema Pulmonar:
Etiopatogênese
• Tabagismo e poluição:
Atividade inflamatória
- Nicotina: quimiotática para neutrófilos
- Macrófagos liberam fator quimiotático p/ neutrófilos - Liberação de elastases por neutrófilos e macrófagos
Ação lesiva de agentes oxidantes
- Radicais livres de oxigênio→agridem diretamente fibras colágenas e elásticas - Reduzem a eficiência da alfa-1 antitripsina
Enfisema Pulmonar
Macroscopia
• Pulmões volumosos; cheios de ar residual, inspiração diafragma e expiração fibra elástica; e pálidos, perda de vasos
Queda de Complacência
• Bolhas - fusão de alvéolos; especialmente nas margens e ápice;
• Perda da consistência esponjosa e elástica normal.
Enfisema Pulmonar
➢ Microscopia:
• Destruição de bronquíolos e alvéolos – dilatação permanente de alvéolos e ductos alveolares, perda do componente elástico, ↓ leito capilar (destruição dos septos) e ↓ superfície respiratória
• Obstrução bronquiolar - perda da ancoragem nos septos, tornando os bronquíolos deformados e tortuosos
Septo em baqueta de tambor ou palito de fósforo - ocorre devido a condensação de fibra elástica (Patogneumónico)
Enfisema Pulmonar - Fisiologia / clinica
➢Dificuldade / insuficiência respiratória:
1) Dificuldade no fluxo aéreo por:
a) Obstrução bronquiolar bronquíolo tortuosos
b) Destruição elástica dificultando a expiração
2) Aumento progressivo do ar residual e consequente redução do ar inspirado 3) Perda da superfície de troca respiratória
Enfisema Pulmonar - Fisiologia / clinica
➢ Hipertensão pulmonar
• Perda do leito vascular por destruição dos septos;
• Compressão de capilares remanescentes pelo aumento do ar residual;
• Vasoconstrição das arteríolas pulmonares em resposta à hipoxemia/hipercapnia (principal).
Menos vasos maior pressão
Enfisema Pulmonar - Fisiologia / clinica
➢ Cor pulmonale crônico
Aumento da pressão causa ICC D devido a doença pulmonar
Enfisema pulmonar manifestações clínicas principais
• dispneia, tosse (p. Inflamatório), chiado, sobrecarga do coração direito, expiração forçada e prolongada, tórax em tonel (em barril alargado anteroposteriormente), emagrecimento
Enfisema Pulmonar
➢ Complicações:
• Maior risco de infecções pulmonares (pneumonias);
• Pneumotórax por ruptura de bolhas subpleurais.
• Insuficiência respiratória grave
Bronquite crônica
Clinicamente definida como tosse persistente com produção excessiva de muco presente na maioria dos dias de um período de 3 meses, por pelo menos 2 anos consecutivos;
• Tosse e expectoração são mais intensas pela manhã;
• Pode também ocorrer em não tabagistas que vivem em ambientes com grande poluição ambiental.
Bronquite crônica
PATOGÊNESE
•Irritação crônica por substâncias cursando com inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar;
• As exacerbações são causadas por infecções agudas bacterianas ou virais;
• Há uma hipertrofia das glândulas submucosas e hiperplasia de células caliciformes em resposta às agressões.
Bronquite crônica
PATOGÊNESE papel da células
• Linfócitos: linfócitos T (especialmente CD8+) →
lesão do parênquima pulmonar e recrutamento de neutrófilos
•Macrófagos: em áreas onde há destruição da parede alveolar → liberação de TNF-α, IL-8, e LTB-4 → quimiotaxia de neutrófilos
• Neutrófilos: aumenta TNF, IL-8, E-selectina e ICAM-1 + diminui IL-10 (é anti- inflamatória)»_space; propicia acúmulo de neutrófilos → hipersecreção brônquica
• Células epiteliais: fonte de mediadores inflamatórios (eicosanoides, citocinas, moléculas de adesão)
Bronquite crônica
PATOGÊNESE
• Obstrução em consequência de:
- Aumento da produção de muco
- Inflamação peribrônquica
- Espessamento fibroso (tardio) peribrônquico
Bronquite crônica - Clínica
• Tosse persistente
• Hipersecreção de muco (mediadores inflamatórios)
• Dispneia
• Hipercapnia, hipoxemia, cianose
• Hipertensão pulmonar → Cor pulmonale
• Infecções (alteração nas células de revestimento das vias aéreas e na ação ciliar, dificultando eliminação de muco )
Bronquite crônica
➢ Macroscopia:
• Espessamento da parede da árvore brônquica
• Secreção mucosa abundante, frequentemente purulenta (infecção sobreposta)
Secreção espessa (falta tempo para hidratar)
Bronquite crônica
➢ Microscopia:
• Hipertrofia das glândulas submucosas
• Aumento do número de células caliciformes e de secreção
• Inflamação crônica e fibrose das paredes brônquicas
• Metaplasia escamosa→displasia→CA (casos + graves)
Pseudo»_space; escamoso - maior proteção
Displasia»_space; CCE
Infiltrado inflamatório
DPOC
Combinação de bronquite e enfisema
DPOC com bronquite predominante
Idade (anos)»_space; 40-45
Dispneia»_space; Leve; tardia
Tosse»_space; Inicial; escarro abundante
Infecções»_space; Comuns
Insuficiência respiratória»_space; Repetida
Cor pulmonale»_space; Comum mais hipoxia e hipercapnia
Recuo elástico»_space; Normal
Raio-x»_space; Cardiomegalia
DPOC com enfisema predominante
Idade (anos)»_space; 50-75
Dispneia»_space; Severa; inicial
Tosse»_space; Tardia; escarro escasso
Infecções»_space; Ocasionais
Insuficiência respiratória»_space; Terminal
Cor pulmonale»_space; Terminal
Recuo elástico»_space; Baixo
Raio-x»_space; Hiperinsuflação Mais radiotransparencia
Bronquiectasia
• Dilatação anormal e permanente de brônquios e bronquíolos;
Bronquiectasia causas
infecções, enfraquecimento da parede brônquica ou por
defeitos na sua formação;
Na maioria dos casos: resulta de infecção e obstrução dos brônquios por fatores diversos.
Bronquiectasia Classificação
1) Bronquiectasia obstrutiva
2) Bronquiectasia não obstrutiva
1) Bronquiectasia obstrutiva
Parcial
• Obstrução de segmento da árvore brônquica → retenção de secreções no segmento distal à obstrução→favorece infecções de repetição→enfraquecimento da parede→dilatação
• Causas: tumores endobronquiais de crescimento lento; aspiração de corpo estranho; linfonodos hilares aumentados
2) Bronquiectasia não obstrutiva
• Etiopatogênese menos conhecida
• Ex: Fibrose cística e Discinesia ciliar→infecc. pulmonares recorrentes→ enfraquecimento da parede→dilatação
• Ex: Bronquiectasia por tração→tracionamento e dilatação da parede por cicatriz no parênquima pulmonar
Bronquiectasia
Clínica
• Febre;
• Expectoração abundante, mucosa ou purulenta, principalmente pela
manhã;
• Lesão extensa→Dispneia, insuficiência respiratória
Bronquiectasia
➢ Macroscopia:
• Dilatação de brônquios e bronquíolos (até 4x o diâmetro normal)
• Fibrose irregular da parede
Ocupam espaço do parênquima
• Brônquios periféricos (próximos à pleura)→normal: 2 a 3 cm distantes • Acúmulo de muco na luz
Atelectasia
• Também conhecida como “colapso pulmonar”
•Pode ser decorrente de expansão incompleta pulmonar ou colabamento de pulmão previamente inflado
• Reduz oxigenação e predispõe a infecções pulmonares • Geralmente é reversível→eliminação da causa
(exceto a atelectasia por contração)
Atelectasia - classificação
1) Atelectasia por compressão
2) Atelectasia por absorção
3) Atelectasia por contração
4) Atelectasia por deficiência de surfactante
Atelectasia por Compressão
Compressão externa do parênquima pulmonar previamente inflado;
• Causas:
Derrames pleurais→hemotórax, piotórax, pneumotórax…
Atelectasia por Absorção/Obstrução
• Obstrução brônquica completa
• Causas:
- Tumor,
- Corpo estranho,
- Secreções espessas…
Vaso absorve o que não sai - colaba
Atelectasia por Contração
• Lesões fibróticas pulmonares locais ou difusas que impedem a expansão do órgão
Atelectasia por Deficiência de Surfactante
Recém-nascidos (Doença da Membrana Hialina)
Mecanismo:
- colabamento de alvéolos por aumento da tensão superficial
Diferente de SARA mas a mesma morfologia
Doença da Membrana Hialina
• Síndrome da Angustia Respiratória do RN
• Surfactante (20a semana)→níveis fisiológicos: 34a
• Aumenta produção de surfactante: corticoide
• Diminui produção: insulina
• Fatores de risco (ex.): Prematuridade; DM Materno; Cesariana (stress da mãe produz cortisona)
Doença da Membrana Hialina Patogênese
alvéolos colabam a cada expiração → ventilação e perfusão→hipóxia→lesão celular→membranas hialinas
Doença da Membrana Hialina Microscopia
Alvéolo com membranas hialinas e colabados
➢Mecanismos de defesa pulmonar:
•Tosse
• Aparelho mucociliar
• Broncoconstrição
• Substâncias citoprotetoras: lisozima, fibronectina, lactoferrina, etc
• Resposta imunitária inata / adaptativa
Infecção pulmonar
Alta patogenicidade do agente + mecanismos de defesa insuficientes
Pneumonia
Processo inflamatório e infeccioso agudo do parênquima pulmonar (vias aéreas distais: bronquíolos respiratórios e alvéolos) com expressão clínica
Agente patogênico deverá atingir as vias respiratórias inferiores em número e virulência suficientes para superar as defesas do organismo
Vias de infecção da pneumonia
➢ Microaspiração
• microaspiração de secreções da orofaringe
• Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza
➢ Aspiração
• comum em doentes com disfunção da deglutição • anaeróbios e bacilos gram negativos
➢ Disseminação hematogênica
• bacteremia por endocardite, infecção por catéter IV…
➢ Aerossóis
• Mycobacterium tuberculosis, Legionella spp, vírus respiratórios e fungos
Pneumonias Bacterianas
Infecção aguda do parênquima que gera Inflamação do parênquima pulmonar. Levando a Exsudado fibrinopurulento inflamatório nos alvéolos
Ocorre então
- Condensação pulmonar
- Aumento do peso pulmonar
- Alterações nas trocas gasosas
FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIAS
• Idade: atinge principalmente crianças e idosos ( < 5 anos e > 65 anos)
• Estilo de vida: tabagismo, etilismo, má nutrição
• Fatores ambientais e ocupacionais: exposição a poluentes e substâncias
irritantes para as vias respiratórias
• Doenças crônicas ou debilitantes: DPOC, neoplasias, diabetes mellitus, ICC
• Imunossupressão: AIDS, transplantados, etc
Classificação de origem da pneumonia
• Pneumonia hospitalar ou nosocomial
• Pneumonia adquirida na comunidade
Classificação pela distribuição das lesões no território pulmonar:
• Pneumonia Lobar
• Broncopneumonia ( ou Pneumonia Lobular)
• Pneumonia Intersticial
Pneumonia adquirida na
comunidade (PAC)
Inflamação aguda do parênquima pulmonar de origem infecciosa, adquirida em ambientes comuns
Pneumonia associadas a serviços de saúde ou nosocomial
Surge ≥ 48 horas após internação e até 10 dias após alta.
➢ Pneumonias adquiridas nos hospitais
➢ Pneumonia associada à ventilação mecânica
➢ Pneumonia associada a cuidados de saúde
Streptococcus pneumoniae
OBS: Agentes etiológicos não são identificados em 40 a 60% dos doentes
PNEUMONIA ATÍPICA – CONCEITO EM DESUSO!
Infecção por um conjunto de agentes patogênicos
Mycoplasma pneumoniae Chlamydia psittaci Chlamydia pneumoniae Coxiella burnetti Gênero Legionella Bordetella pertussis Pneumocystis jirovecii Toxoplasma gondii Vírus
• Crescimento intracelular
• Dificuldade de diagnóstico por
meios de rotina
• Resistência aos β-lactâmicos
15 a 30% das PAC
Pneumonia lobar morfologia
Processo inflamatório uniforme nos lobos pulmonares, dando ao parênquima aspecto homogêneo. Não há destruição da parede alveolar. Ex: pneumococo
Broncopneumonia (Pneumonia lobular)
Focos inflamatórios múltiplos que acometem os lóbulos. Disseminação aérea. Destruição das paredes alveolares.
Tipicamente crianças, idosos e debilitados.
Pneumonia intersticial
Reação inflamatória intersticial. Localizado, difuso ou bilateral. Ex: vírus, legionella e mycoplasma.
PNEUMONIA LOBAR
➢Evolução em 4 fases:
Inicial ou congestão: hiperemia ,edema ,poucos neutrófilos , numerosas bactérias
• Hepatização vermelha: hiperemia, intensa exsudação de hemácias, fibrina, leucócitos e bactérias
• Hepatização cinzenta: redução da hiperemia e das bactérias; aumento de células inflamatórias e de fibrina;
• Resolução: diminuição progressiva do exsudato inflamatório penetração progressiva de ar nos alvéolos
BRONCOPNEUMONIA Morfologia
• Comprometimento focal ou multifocal dos pulmões
• Casos mais graves: confluência dos focos e comprometimento mais extenso = pneumonia pseudolobar
• Hiperemia, edema, exsudato purulento na luz dos alvéolos e bronquíolos, com destruição da parede (septo) alveolar.
Focos broncopneumônicos, alvéolos normais, septos necróticos, exsudato fibrino purulento
Clínica da pneumonia
• Febre alta, fraqueza, inapetência, calafrios, tosse produtiva com escarro purulento
• Pleurite fibrinosa: dor ventilatório-dependente
• Radiografia de tórax imagem de hipotransparência, condensação - lobo radiopaco (lobar);
- ou opacidades focais (broncopneumonia)
Diagnóstico de Pneumonia
Diagnóstico anamnese + exame físico + exame de imagem
Exame físico
Inspeção Taquipneia, eventualmente tiragem; cianose
Percussão Sinais de macicez
Ausculta Crepitações Sibilos Roncos
Complicações da pneumonia
Insuficiência respiratória»_space; Ocupação dos alvéolos pelo exsudado inflamatório > Altera relação ventilação e perfusão
Atelectasia»_space; Retenção de secreções e obstrução brônquica
Broncospasmo»_space; Hiperreatividade brônquica secundária
Derrame pleural
Empiema»_space; Cavidade preexistente
Necrose e abscesso pulmonar
Derrame pleural na pneumonia
- É consequência do processo inflamatório pleural;
- A sua resolução é, normalmente, espontânea;
- É bastante comum (≈ 40% dos doentes internados).
ABSCESSO PULMONAR na pneumonia
➢Coleção de pus na intimidade do órgão, resultante de agressão e destruição tecidual, com formação de cavidade com secreção purulenta.
• Agentes: anaeróbios da microbiota oral; agentes causadores de pneumonias.
ABSCESSO PULMONAR macroscopia
• Tamanho e forma variáveis
• Único ou múltiplos
• Lesão forma nível líquido na cavidade
PNEUMONIA
Complicações secundárias à bacteremia
• Lesão de outros órgãos→SIRS→Choque séptico
• CIVD
Evolução da pneumonia bacteriana
• Depende da virulência do agente etiológico, do hospedeiro e da extensão da pneumonia
• Tratamento eficaz cura com eliminação do microrganismo, reabsorção do material e reaeração pulmonar;
ou resolução incompleta com proliferação de tecido conjuntivo→formando cicatrizes
• Evolução fatal – causa importante de morte em pacientes com doenças crônicas debilitantes
PNEUMONIA INTERSTICIAL/ VIRAL
• Alterações inflamatórias pulmonares envolvendo o interstício (septos alveolares)
• Manifestações clínicas mais brandas
• Sem consolidação pulmonar
• Pode não apresentar alterações ao RX
• Padrão arrastado podendo cursar com insuficiência respiratória
Pneumonia intersticial - Morfologia
• Localizada ou difusa, uni ou bilateral
• Infiltrado inflamatório mononuclear
• Congestão e edema exsudativo
• Agressão celular com lesão da membrana alvéolo-capilar
↑ da permeabilidade vascular e formação de membranas hialinas
Espessamento de septo
TUBERCULOSE EPIDEMIOLOGIA
• Associação com pobreza, condições de saneamento básico, desnutrição, alcoolismo, doenças debilitantes crônicas e imunossupressão
• Brasil:semantémcomocentroendêmico
• Países industrializados: praticamente erradicada (1950), mas retornou.
AIDS “reinventou” a doença
Transmissão e Agente da TB
• Agente:Mycobacteriumtuberculosis
(bacilo de Koch – BK ou bacilo de Calmette-Guérrin - BCG)
• Transmissão pessoa-pessoa (aerossois) – caso ativo→hospedeiro suscetível
reações à TB
• Reação de hipersensibilidade a antígenos do bacilo
• Linfócitos TH1 estimulam macrófagos a matar as bactérias→lesão tecidual
• Resposta imunitária inata (inespecífica)
• Reação imunitária adaptativa (específica) → granulomatosa
• Bacilos “escapam” dos mecanismos de fagocitose
• BAAR (Bacilo ácido álcool resistente), de crescimento lento, aeróbio estrito→localização com altos teores de oxigênio (qual região do pulmão? Ápice)
Tuberculose
• Dois tipos fisiopatológicos:
➢ Tuberculose primária→hospedeiro não imune
➢ Tuberculose secundária→hospedeiro imune
Tuberculose Primária
• Primeira infecção com o BK
• Mais comum em crianças
• Na maioria dos indivíduos, é assintomática e com evolução “benigna”→cura
Mais de um tipo de reação
Tipos de reações que a primoinfeccção com TB determina:
1) Reação Exsudativa
2) Reação Produtiva
3) Reação Produtivo-caseosa
4) Reação de Cicatrização
Tuberculose Primária
1- Reação Exsudativa
• Inalação dos bacilos, que chegam aos alvéolos
• Macrófagosalveolareseneutrófilos
• 3 primeiras semanas: resposta inflamatória pulmonar inespecífica
• Alveolite aguda – necrose de alvéolos; exsudato de fibrina e neutrófilos; bacilos viáveis
• Proliferaçãodebacilos
Exsudato fibrinogênio intraalveolar com grupos de fibrina e células inflamatórias
Tuberculose Primária
2- Reação produtiva
Adaptativa
• Segunda linha de defesa
• Macrófagos com bacilos são modulados por linfócitos T (TH1)
• Citocinas (IFN-γ) → ativa os macrófagos → transformação em células epitelioides → células gigantes multinucleadas → granulomas da TBC
Tuberculose Primária
3- Reação produtivo-caseosa
• Macrófagos, células epitelioides e linfócitos T causam morte dos bacilos existentes no granuloma
• Necrose caseosa no centro do granuloma
Tuberculose Primária
4- Reação de cicatrização
• Morte dos bacilos
• Macrófagos secretam fator de crescimento de fibroblastos→reparação (cicatrização, calcificação)
Tuberculose Primária
Complexo primário da TBC
• Resposta infl. inicial→Conjunto de granulomas – Nódulo de Ghon (Ponto no pulmão)
• Disseminação bacilar por linfáticos e linfonodos hilares – Linfadenite granulomatose
Complexo primário da TBC (ou Complexo de Ghon)
Nódulo de Ghon + Linfadenite granulomatosa
Lesão em halteres
Tuberculose Primária
Complexo primário evolução
• Cura: maioria dos casos
• Em algumas pessoas, alguns bacilos podem permanecer latentes, sem lesão (viáveis)
• Tuberculose doença (< 5%):
Não há cura da infecção; bacilos persistem no tecido e podem se disseminar para os próprios pulmões ou para outros órgãos
TBC primária progressiva»_space;
Pneumonia caseosa ou Tuberculose miliar
Tuberculose Secundária
• Mais comum em adultos
• Indivíduo previamente sensibilizado
• Reativação (ápices pulmonares) – forma latente OU reinfecção
Tuberculose Secundária
• Formas macroscópicas principais:
➢TBC Cavernosa: necrose extensa (material necrótico liquefaz);
➢TBC Miliar: bacilos penetram nos vasos sanguíneos, implantando o agente no pulmão ou em outros órgãos
Tuberculose - Disseminação
• Pleura (por contiguidade): pleurite tuberculosa (derrame pleural, aderência de folhetos, restrição respiratória)
• Laringite tuberculosa (pela via aérea)
• TBC intestinal (por deglutição)
• Diversos órgãos (por via sanguínea): rins, ossos (Mal de Pott), sistema nervoso, órgãos genitais, etc…
Tuberculose Clínica
• Variada, de acordo com os órgãos comprometidos;
• Imagens radiológicas variadas (consolidação; cavitação)
• Forma pulmonar progressiva: quadro infeccioso arrastado; mal estar, anorexia, perda de peso, febre vespertina diária, sudorese noturna, tosse com expectoração, falta de ar, hemoptise, dor pleurítica
• Diagnóstico da TBC pulmonar:
Anamnese, exame físico, exame de imagem, baciloscopia de escarro