Doenças Pulmonares Obstrutivas E Infecciosas Flashcards

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1
Q

Doença obstrutiva (doença das vias aéreas):

A

• Aumento da resistência do fluxo de ar devido a uma obstrução completa ou parcial, em qualquer nível da via respiratória.

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2
Q

Doença restritiva

A

Caracterizada por uma expansão reduzida do parênquima pulmonar, com diminuição da capacidade pulmonar total.

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3
Q

➢Principais doenças obstrutivas:

A

• Enfisema,bronquitecrônica,asma e bronquiectasias

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4
Q

➢Principais doenças restritivas:

A

❑Distúrbios da parede torácica na presença de pulmões normais
• Obesidade, cifoescoliose, doenças pleurais, doenças neuromusculares…

❑Doenças intersticiais infiltrativas
• Fibrose pulmonar…

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5
Q

Doença Pulmonar Obstrutiva o que e?

A

• Uma das causas mais comuns de doenças crônicas, com aumento da prevalência
• 3,23 milhões de óbitos/ano (OMS 2019) – última atualização: março/2023 (acesso em agosto/2023)
• Doenças preveníveis e passíveis de controle

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6
Q

Doença Pulmonar Obstrutiva Fatores de risco

A

tabagismo, poluição, alérgenos variados, agentes ocupacionais, estados pós-infecciosos, fatores genéticos

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7
Q

➢Obstrução ao fluxo aéreo

A

• Enfisema pulmonar + Bronquite crônica = DPOC
• Asma
• Bronquiectasia

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8
Q

Enfisema Pulmonar

A

• Aumento anormal e permanente dos espaços aéreos distais (ácinos pulmonares), por destruição de suas paredes (septos), sem fibrose evidente.

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9
Q

TIPOS DE ENFISEMA

A
  1. Centroacinar ou Centrolobular (tabagismo e mais comum)
  2. Panacinar ou Panlobular
  3. Parasseptal ou Acinar Distal (só na borda)
  4. Irregular
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10
Q

Diagnóstico De Enfisema pulmonar

A

TC

Macroscópica - necropsia

Não defini o tipo via microscópia

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11
Q

Enfisema Pulmonar:
CENTROACINAR

A

• Bronquíolos respiratórios e ductos alveolares proximais são afetados, poupando as regiões mais distais;
• Consequentemente, em um mesmo ácino e lóbulo, há áreas alteradas e preservadas;
• Ocorre comumente em tabagistas crônicos e, por isso, se associa a antracose;
• É mais evidente em lobos superiores.

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12
Q

Enfisema Pulmonar:
PANACINAR

A

• Ácinos uniformemente dilatados desde o bronquíolo respiratório até o alvéolo terminal
• Ocorre mais comumente nos lobos inferiores
• Está associado à deficiência de alfa-1-antitripsina

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13
Q

Deficiência de alfa-1-antitripsina

A

• É um distúrbio genético que resulta de diferentes mutações no gene SERPINA1.
• A alfa-1 antitripsina é produzida no fígado e atua como uma antiprotease.

Tem como principal função inativar a elastase neutrofílica, impedindo o dano tecidual.

• A redução dos níveis séricos de determina doença hepática e pulmonar
• No pulmão, se manifesta sob a forma de enfisema de aparecimento precoce, panacinar

• Enfisema pode surgir mesmo sem o hábito de fumar; se tabagista o enfisema tende a surgir de 10 a 20 anos mais cedo que em não fumantes

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14
Q

Enfisema Pulmonar
Epidemiologia

A

• Importante causa de morbimortalidade (6a causa de morte no Brasil)
• 1⁄4 de todas as internações hospitalares
• Em necrópsias, incidência chega até 50%
• Clara associação com o tabagismo

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15
Q

Enfisema Pulmonar:
Etiopatogênese

A

• Tabagismo e poluição:
Atividade inflamatória
- Nicotina: quimiotática para neutrófilos
- Macrófagos liberam fator quimiotático p/ neutrófilos - Liberação de elastases por neutrófilos e macrófagos
Ação lesiva de agentes oxidantes
- Radicais livres de oxigênio→agridem diretamente fibras colágenas e elásticas - Reduzem a eficiência da alfa-1 antitripsina

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16
Q

Enfisema Pulmonar
Macroscopia

A

• Pulmões volumosos; cheios de ar residual, inspiração diafragma e expiração fibra elástica; e pálidos, perda de vasos
Queda de Complacência
• Bolhas - fusão de alvéolos; especialmente nas margens e ápice;
• Perda da consistência esponjosa e elástica normal.

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17
Q

Enfisema Pulmonar
➢ Microscopia:

A

• Destruição de bronquíolos e alvéolos – dilatação permanente de alvéolos e ductos alveolares, perda do componente elástico, ↓ leito capilar (destruição dos septos) e ↓ superfície respiratória

• Obstrução bronquiolar - perda da ancoragem nos septos, tornando os bronquíolos deformados e tortuosos

Septo em baqueta de tambor ou palito de fósforo - ocorre devido a condensação de fibra elástica (Patogneumónico)

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18
Q

Enfisema Pulmonar - Fisiologia / clinica
➢Dificuldade / insuficiência respiratória:

A

1) Dificuldade no fluxo aéreo por:
a) Obstrução bronquiolar bronquíolo tortuosos
b) Destruição elástica dificultando a expiração

2) Aumento progressivo do ar residual e consequente redução do ar inspirado 3) Perda da superfície de troca respiratória

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19
Q

Enfisema Pulmonar - Fisiologia / clinica

➢ Hipertensão pulmonar

A

• Perda do leito vascular por destruição dos septos;
• Compressão de capilares remanescentes pelo aumento do ar residual;
• Vasoconstrição das arteríolas pulmonares em resposta à hipoxemia/hipercapnia (principal).

Menos vasos maior pressão

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20
Q

Enfisema Pulmonar - Fisiologia / clinica

➢ Cor pulmonale crônico

A

Aumento da pressão causa ICC D devido a doença pulmonar

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21
Q

Enfisema pulmonar manifestações clínicas principais

A

• dispneia, tosse (p. Inflamatório), chiado, sobrecarga do coração direito, expiração forçada e prolongada, tórax em tonel (em barril alargado anteroposteriormente), emagrecimento

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22
Q

Enfisema Pulmonar
➢ Complicações:

A

• Maior risco de infecções pulmonares (pneumonias);
• Pneumotórax por ruptura de bolhas subpleurais.
• Insuficiência respiratória grave

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23
Q

Bronquite crônica

A

Clinicamente definida como tosse persistente com produção excessiva de muco presente na maioria dos dias de um período de 3 meses, por pelo menos 2 anos consecutivos;
• Tosse e expectoração são mais intensas pela manhã;
• Pode também ocorrer em não tabagistas que vivem em ambientes com grande poluição ambiental.

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24
Q

Bronquite crônica
PATOGÊNESE

A

•Irritação crônica por substâncias cursando com inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar;
• As exacerbações são causadas por infecções agudas bacterianas ou virais;
• Há uma hipertrofia das glândulas submucosas e hiperplasia de células caliciformes em resposta às agressões.

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25
Q

Bronquite crônica
PATOGÊNESE papel da células

A

• Linfócitos: linfócitos T (especialmente CD8+) →
lesão do parênquima pulmonar e recrutamento de neutrófilos
•Macrófagos: em áreas onde há destruição da parede alveolar → liberação de TNF-α, IL-8, e LTB-4 → quimiotaxia de neutrófilos

• Neutrófilos: aumenta TNF, IL-8, E-selectina e ICAM-1 + diminui IL-10 (é anti- inflamatória)&raquo_space; propicia acúmulo de neutrófilos → hipersecreção brônquica

• Células epiteliais: fonte de mediadores inflamatórios (eicosanoides, citocinas, moléculas de adesão)

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26
Q

Bronquite crônica
PATOGÊNESE
• Obstrução em consequência de:

A
  1. Aumento da produção de muco
  2. Inflamação peribrônquica
  3. Espessamento fibroso (tardio) peribrônquico
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27
Q

Bronquite crônica - Clínica

A

• Tosse persistente
• Hipersecreção de muco (mediadores inflamatórios)
• Dispneia
• Hipercapnia, hipoxemia, cianose
• Hipertensão pulmonar → Cor pulmonale
• Infecções (alteração nas células de revestimento das vias aéreas e na ação ciliar, dificultando eliminação de muco )

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28
Q

Bronquite crônica
➢ Macroscopia:

A

• Espessamento da parede da árvore brônquica
• Secreção mucosa abundante, frequentemente purulenta (infecção sobreposta)

Secreção espessa (falta tempo para hidratar)

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29
Q

Bronquite crônica
➢ Microscopia:

A

• Hipertrofia das glândulas submucosas
• Aumento do número de células caliciformes e de secreção
• Inflamação crônica e fibrose das paredes brônquicas
• Metaplasia escamosa→displasia→CA (casos + graves)

Pseudo&raquo_space; escamoso - maior proteção
Displasia&raquo_space; CCE
Infiltrado inflamatório

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30
Q

DPOC

A

Combinação de bronquite e enfisema

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31
Q

DPOC com bronquite predominante

A

Idade (anos)&raquo_space; 40-45
Dispneia&raquo_space; Leve; tardia
Tosse&raquo_space; Inicial; escarro abundante
Infecções&raquo_space; Comuns
Insuficiência respiratória&raquo_space; Repetida
Cor pulmonale&raquo_space; Comum mais hipoxia e hipercapnia
Recuo elástico&raquo_space; Normal
Raio-x&raquo_space; Cardiomegalia

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32
Q

DPOC com enfisema predominante

A

Idade (anos)&raquo_space; 50-75
Dispneia&raquo_space; Severa; inicial
Tosse&raquo_space; Tardia; escarro escasso
Infecções&raquo_space; Ocasionais
Insuficiência respiratória&raquo_space; Terminal
Cor pulmonale&raquo_space; Terminal
Recuo elástico&raquo_space; Baixo
Raio-x&raquo_space; Hiperinsuflação Mais radiotransparencia

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33
Q

Bronquiectasia

A

• Dilatação anormal e permanente de brônquios e bronquíolos;

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34
Q

Bronquiectasia causas

A

infecções, enfraquecimento da parede brônquica ou por
defeitos na sua formação;

Na maioria dos casos: resulta de infecção e obstrução dos brônquios por fatores diversos.

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35
Q

Bronquiectasia Classificação

A

1) Bronquiectasia obstrutiva
2) Bronquiectasia não obstrutiva

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36
Q

1) Bronquiectasia obstrutiva

A

Parcial

• Obstrução de segmento da árvore brônquica → retenção de secreções no segmento distal à obstrução→favorece infecções de repetição→enfraquecimento da parede→dilatação
• Causas: tumores endobronquiais de crescimento lento; aspiração de corpo estranho; linfonodos hilares aumentados

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37
Q

2) Bronquiectasia não obstrutiva

A

• Etiopatogênese menos conhecida
• Ex: Fibrose cística e Discinesia ciliar→infecc. pulmonares recorrentes→ enfraquecimento da parede→dilatação
• Ex: Bronquiectasia por tração→tracionamento e dilatação da parede por cicatriz no parênquima pulmonar

38
Q

Bronquiectasia
Clínica

A

• Febre;
• Expectoração abundante, mucosa ou purulenta, principalmente pela
manhã;
• Lesão extensa→Dispneia, insuficiência respiratória

39
Q

Bronquiectasia
➢ Macroscopia:

A

• Dilatação de brônquios e bronquíolos (até 4x o diâmetro normal)
• Fibrose irregular da parede
Ocupam espaço do parênquima
• Brônquios periféricos (próximos à pleura)→normal: 2 a 3 cm distantes • Acúmulo de muco na luz

40
Q

Atelectasia

A

• Também conhecida como “colapso pulmonar”
•Pode ser decorrente de expansão incompleta pulmonar ou colabamento de pulmão previamente inflado
• Reduz oxigenação e predispõe a infecções pulmonares • Geralmente é reversível→eliminação da causa
(exceto a atelectasia por contração)

41
Q

Atelectasia - classificação

A

1) Atelectasia por compressão
2) Atelectasia por absorção
3) Atelectasia por contração
4) Atelectasia por deficiência de surfactante

42
Q

Atelectasia por Compressão

A

Compressão externa do parênquima pulmonar previamente inflado;

• Causas:
Derrames pleurais→hemotórax, piotórax, pneumotórax…

43
Q

Atelectasia por Absorção/Obstrução

A

• Obstrução brônquica completa

• Causas:
- Tumor,
- Corpo estranho,
- Secreções espessas…

Vaso absorve o que não sai - colaba

44
Q

Atelectasia por Contração

A

• Lesões fibróticas pulmonares locais ou difusas que impedem a expansão do órgão

45
Q

Atelectasia por Deficiência de Surfactante

A

Recém-nascidos (Doença da Membrana Hialina)

Mecanismo:
- colabamento de alvéolos por aumento da tensão superficial

Diferente de SARA mas a mesma morfologia

46
Q

Doença da Membrana Hialina

A

• Síndrome da Angustia Respiratória do RN
• Surfactante (20a semana)→níveis fisiológicos: 34a
• Aumenta produção de surfactante: corticoide
• Diminui produção: insulina
• Fatores de risco (ex.): Prematuridade; DM Materno; Cesariana (stress da mãe produz cortisona)

47
Q

Doença da Membrana Hialina Patogênese

A

alvéolos colabam a cada expiração → ventilação e perfusão→hipóxia→lesão celular→membranas hialinas

48
Q

Doença da Membrana Hialina Microscopia

A

Alvéolo com membranas hialinas e colabados

49
Q

➢Mecanismos de defesa pulmonar:

A

•Tosse
• Aparelho mucociliar
• Broncoconstrição
• Substâncias citoprotetoras: lisozima, fibronectina, lactoferrina, etc
• Resposta imunitária inata / adaptativa

50
Q

Infecção pulmonar

A

Alta patogenicidade do agente + mecanismos de defesa insuficientes

51
Q

Pneumonia

A

Processo inflamatório e infeccioso agudo do parênquima pulmonar (vias aéreas distais: bronquíolos respiratórios e alvéolos) com expressão clínica

Agente patogênico deverá atingir as vias respiratórias inferiores em número e virulência suficientes para superar as defesas do organismo

52
Q

Vias de infecção da pneumonia

A

➢ Microaspiração
• microaspiração de secreções da orofaringe
• Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza
➢ Aspiração
• comum em doentes com disfunção da deglutição • anaeróbios e bacilos gram negativos
➢ Disseminação hematogênica
• bacteremia por endocardite, infecção por catéter IV…
➢ Aerossóis
• Mycobacterium tuberculosis, Legionella spp, vírus respiratórios e fungos

53
Q

Pneumonias Bacterianas

A

Infecção aguda do parênquima que gera Inflamação do parênquima pulmonar. Levando a Exsudado fibrinopurulento inflamatório nos alvéolos

Ocorre então
- Condensação pulmonar
- Aumento do peso pulmonar
- Alterações nas trocas gasosas

54
Q

FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIAS

A

• Idade: atinge principalmente crianças e idosos ( < 5 anos e > 65 anos)
• Estilo de vida: tabagismo, etilismo, má nutrição
• Fatores ambientais e ocupacionais: exposição a poluentes e substâncias
irritantes para as vias respiratórias
• Doenças crônicas ou debilitantes: DPOC, neoplasias, diabetes mellitus, ICC
• Imunossupressão: AIDS, transplantados, etc

55
Q

Classificação de origem da pneumonia

A

• Pneumonia hospitalar ou nosocomial
• Pneumonia adquirida na comunidade

56
Q

Classificação pela distribuição das lesões no território pulmonar:

A

• Pneumonia Lobar
• Broncopneumonia ( ou Pneumonia Lobular)
• Pneumonia Intersticial

57
Q

Pneumonia adquirida na
comunidade (PAC)

A

Inflamação aguda do parênquima pulmonar de origem infecciosa, adquirida em ambientes comuns

58
Q

Pneumonia associadas a serviços de saúde ou nosocomial

A

Surge ≥ 48 horas após internação e até 10 dias após alta.

➢ Pneumonias adquiridas nos hospitais
➢ Pneumonia associada à ventilação mecânica
➢ Pneumonia associada a cuidados de saúde

Streptococcus pneumoniae

OBS: Agentes etiológicos não são identificados em 40 a 60% dos doentes

59
Q

PNEUMONIA ATÍPICA – CONCEITO EM DESUSO!

A

Infecção por um conjunto de agentes patogênicos
Mycoplasma pneumoniae Chlamydia psittaci Chlamydia pneumoniae Coxiella burnetti Gênero Legionella Bordetella pertussis Pneumocystis jirovecii Toxoplasma gondii Vírus

• Crescimento intracelular
• Dificuldade de diagnóstico por
meios de rotina
• Resistência aos β-lactâmicos
15 a 30% das PAC

60
Q

Pneumonia lobar morfologia

A

Processo inflamatório uniforme nos lobos pulmonares, dando ao parênquima aspecto homogêneo. Não há destruição da parede alveolar. Ex: pneumococo

61
Q

Broncopneumonia (Pneumonia lobular)

A

Focos inflamatórios múltiplos que acometem os lóbulos. Disseminação aérea. Destruição das paredes alveolares.
Tipicamente crianças, idosos e debilitados.

62
Q

Pneumonia intersticial

A

Reação inflamatória intersticial. Localizado, difuso ou bilateral. Ex: vírus, legionella e mycoplasma.

63
Q

PNEUMONIA LOBAR
➢Evolução em 4 fases:

A

Inicial ou congestão: hiperemia ,edema ,poucos neutrófilos , numerosas bactérias
• Hepatização vermelha: hiperemia, intensa exsudação de hemácias, fibrina, leucócitos e bactérias
• Hepatização cinzenta: redução da hiperemia e das bactérias; aumento de células inflamatórias e de fibrina;
• Resolução: diminuição progressiva do exsudato inflamatório penetração progressiva de ar nos alvéolos

64
Q

BRONCOPNEUMONIA Morfologia

A

• Comprometimento focal ou multifocal dos pulmões

• Casos mais graves: confluência dos focos e comprometimento mais extenso = pneumonia pseudolobar

• Hiperemia, edema, exsudato purulento na luz dos alvéolos e bronquíolos, com destruição da parede (septo) alveolar.

Focos broncopneumônicos, alvéolos normais, septos necróticos, exsudato fibrino purulento

65
Q

Clínica da pneumonia

A

• Febre alta, fraqueza, inapetência, calafrios, tosse produtiva com escarro purulento
• Pleurite fibrinosa: dor ventilatório-dependente
• Radiografia de tórax imagem de hipotransparência, condensação - lobo radiopaco (lobar);
- ou opacidades focais (broncopneumonia)

66
Q

Diagnóstico de Pneumonia

A

Diagnóstico anamnese + exame físico + exame de imagem

Exame físico
Inspeção Taquipneia, eventualmente tiragem; cianose
Percussão Sinais de macicez
Ausculta Crepitações Sibilos Roncos

67
Q

Complicações da pneumonia

A

Insuficiência respiratória&raquo_space; Ocupação dos alvéolos pelo exsudado inflamatório > Altera relação ventilação e perfusão
Atelectasia&raquo_space; Retenção de secreções e obstrução brônquica
Broncospasmo&raquo_space; Hiperreatividade brônquica secundária
Derrame pleural
Empiema&raquo_space; Cavidade preexistente
Necrose e abscesso pulmonar

68
Q

Derrame pleural na pneumonia

A
  • É consequência do processo inflamatório pleural;
  • A sua resolução é, normalmente, espontânea;
  • É bastante comum (≈ 40% dos doentes internados).
69
Q

ABSCESSO PULMONAR na pneumonia

A

➢Coleção de pus na intimidade do órgão, resultante de agressão e destruição tecidual, com formação de cavidade com secreção purulenta.
• Agentes: anaeróbios da microbiota oral; agentes causadores de pneumonias.

70
Q

ABSCESSO PULMONAR macroscopia

A

• Tamanho e forma variáveis
• Único ou múltiplos
• Lesão forma nível líquido na cavidade

71
Q

PNEUMONIA
Complicações secundárias à bacteremia

A

• Lesão de outros órgãos→SIRS→Choque séptico
• CIVD

72
Q

Evolução da pneumonia bacteriana

A

• Depende da virulência do agente etiológico, do hospedeiro e da extensão da pneumonia
• Tratamento eficaz cura com eliminação do microrganismo, reabsorção do material e reaeração pulmonar;
ou resolução incompleta com proliferação de tecido conjuntivo→formando cicatrizes
• Evolução fatal – causa importante de morte em pacientes com doenças crônicas debilitantes

73
Q

PNEUMONIA INTERSTICIAL/ VIRAL

A

• Alterações inflamatórias pulmonares envolvendo o interstício (septos alveolares)
• Manifestações clínicas mais brandas
• Sem consolidação pulmonar
• Pode não apresentar alterações ao RX
• Padrão arrastado podendo cursar com insuficiência respiratória

74
Q

Pneumonia intersticial - Morfologia

A

• Localizada ou difusa, uni ou bilateral
• Infiltrado inflamatório mononuclear
• Congestão e edema exsudativo
• Agressão celular com lesão da membrana alvéolo-capilar
↑ da permeabilidade vascular e formação de membranas hialinas

Espessamento de septo

75
Q

TUBERCULOSE EPIDEMIOLOGIA

A

• Associação com pobreza, condições de saneamento básico, desnutrição, alcoolismo, doenças debilitantes crônicas e imunossupressão
• Brasil:semantémcomocentroendêmico
• Países industrializados: praticamente erradicada (1950), mas retornou.
AIDS “reinventou” a doença

76
Q

Transmissão e Agente da TB

A

• Agente:Mycobacteriumtuberculosis
(bacilo de Koch – BK ou bacilo de Calmette-Guérrin - BCG)
• Transmissão pessoa-pessoa (aerossois) – caso ativo→hospedeiro suscetível

77
Q

reações à TB

A

• Reação de hipersensibilidade a antígenos do bacilo
• Linfócitos TH1 estimulam macrófagos a matar as bactérias→lesão tecidual
• Resposta imunitária inata (inespecífica)
• Reação imunitária adaptativa (específica) → granulomatosa
• Bacilos “escapam” dos mecanismos de fagocitose
• BAAR (Bacilo ácido álcool resistente), de crescimento lento, aeróbio estrito→localização com altos teores de oxigênio (qual região do pulmão? Ápice)

78
Q

Tuberculose
• Dois tipos fisiopatológicos:

A

➢ Tuberculose primária→hospedeiro não imune
➢ Tuberculose secundária→hospedeiro imune

79
Q

Tuberculose Primária

A

• Primeira infecção com o BK
• Mais comum em crianças
• Na maioria dos indivíduos, é assintomática e com evolução “benigna”→cura
Mais de um tipo de reação

80
Q

Tipos de reações que a primoinfeccção com TB determina:

A

1) Reação Exsudativa
2) Reação Produtiva
3) Reação Produtivo-caseosa
4) Reação de Cicatrização

81
Q

Tuberculose Primária
1- Reação Exsudativa

A

• Inalação dos bacilos, que chegam aos alvéolos
• Macrófagosalveolareseneutrófilos
• 3 primeiras semanas: resposta inflamatória pulmonar inespecífica
• Alveolite aguda – necrose de alvéolos; exsudato de fibrina e neutrófilos; bacilos viáveis
• Proliferaçãodebacilos

Exsudato fibrinogênio intraalveolar com grupos de fibrina e células inflamatórias

82
Q

Tuberculose Primária
2- Reação produtiva

A

Adaptativa

• Segunda linha de defesa
• Macrófagos com bacilos são modulados por linfócitos T (TH1)
• Citocinas (IFN-γ) → ativa os macrófagos → transformação em células epitelioides → células gigantes multinucleadas → granulomas da TBC

83
Q

Tuberculose Primária
3- Reação produtivo-caseosa

A

• Macrófagos, células epitelioides e linfócitos T causam morte dos bacilos existentes no granuloma
• Necrose caseosa no centro do granuloma

84
Q

Tuberculose Primária
4- Reação de cicatrização

A

• Morte dos bacilos
• Macrófagos secretam fator de crescimento de fibroblastos→reparação (cicatrização, calcificação)

85
Q

Tuberculose Primária
Complexo primário da TBC

A

• Resposta infl. inicial→Conjunto de granulomas – Nódulo de Ghon (Ponto no pulmão)
• Disseminação bacilar por linfáticos e linfonodos hilares – Linfadenite granulomatose

86
Q

Complexo primário da TBC (ou Complexo de Ghon)

A

Nódulo de Ghon + Linfadenite granulomatosa
Lesão em halteres

87
Q

Tuberculose Primária
Complexo primário evolução

A

• Cura: maioria dos casos
• Em algumas pessoas, alguns bacilos podem permanecer latentes, sem lesão (viáveis)
• Tuberculose doença (< 5%):
Não há cura da infecção; bacilos persistem no tecido e podem se disseminar para os próprios pulmões ou para outros órgãos

TBC primária progressiva&raquo_space;
Pneumonia caseosa ou Tuberculose miliar

88
Q

Tuberculose Secundária

A

• Mais comum em adultos
• Indivíduo previamente sensibilizado
• Reativação (ápices pulmonares) – forma latente OU reinfecção

89
Q

Tuberculose Secundária
• Formas macroscópicas principais:

A

➢TBC Cavernosa: necrose extensa (material necrótico liquefaz);
➢TBC Miliar: bacilos penetram nos vasos sanguíneos, implantando o agente no pulmão ou em outros órgãos

90
Q

Tuberculose - Disseminação

A

• Pleura (por contiguidade): pleurite tuberculosa (derrame pleural, aderência de folhetos, restrição respiratória)
• Laringite tuberculosa (pela via aérea)
• TBC intestinal (por deglutição)
• Diversos órgãos (por via sanguínea): rins, ossos (Mal de Pott), sistema nervoso, órgãos genitais, etc…

91
Q

Tuberculose Clínica

A

• Variada, de acordo com os órgãos comprometidos;
• Imagens radiológicas variadas (consolidação; cavitação)
• Forma pulmonar progressiva: quadro infeccioso arrastado; mal estar, anorexia, perda de peso, febre vespertina diária, sudorese noturna, tosse com expectoração, falta de ar, hemoptise, dor pleurítica

92
Q

• Diagnóstico da TBC pulmonar:

A

Anamnese, exame físico, exame de imagem, baciloscopia de escarro