DOENÇAS DA ADRENAL Flashcards

1
Q

ADRENAL:

O QUE É PRODUZIDO NO CÓRTEX? (3)

O QUE É PRODUZIDO NA MEDULA? (1)

A

CÓRTEX:

  1. GLICOCORTICOIDES (principalmente o CORTISOL = HIDROCORTISONA)
  2. MINERALOCORTICOIDES (Aldosterona)
  3. ANDROGÊNIOS (Androstenediona)

MEDULA:

CATECOLAMINAS (Adrenalina)

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2
Q

OS PRODUTOS DO CÓRTEX DA ADRENAL SÃO PRODUZIDOS A PARTIR DE QUAL SUBSTRATO PRINCIPAL?

A

O cortisol, a aldosterona e a androstenediona são produzidos a partir do COLESTEROL, sob ação de enzimas que atuam em sequência.

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3
Q

O ACTH (HORMÔNIO ADRENO CORTICOTRÓFICO) ESTIMULA A PRODUÇÃO DE QUAIS HORMÔNIOS CORTICAIS?

A

O ACTH ESTIMULA A SÍNTESE DO CORTISOL (HIDROCORTISONA) A PARTIR DO COLESTEROL!

ELE NÃO PARTICIPA DAS VIAS DE PRODUÇÃO DA ALDOSTERONA E DA ANDROSTENEDIONA - SÃO ESTIMULADAS POR OUTROS MECANISMOS!

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4
Q

HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA:

  • QUAL A ENZIMA DEFICIENTE EM 90% DOS CASOS?
  • O QUE OCORRE QUANDO HÁ FALTA DESSA ENZIMA?
A
  • ENZIMA 21-HIDROXILASE
  • Essa enzima está presente tanto na via de produção do GLICOCORTICOIDE, como também na via do MINERALOCORTICOIDE -> a redução no nível do CORTISOL estimula a liberação de ACTH, levando à HIPERPLASIA DA GLÂNDULA ADRENAL e desviando o substrato para a síntese de ANDROGÊNIOS (já que a enzima não faz parte dessa via de produção) -> síndrome de virilização no sexo feminino e androgenização prematura no masculino. Além disso, ocorre perda de sal e hipovolemia, pela deficiência de mineralocorticoides.
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5
Q

HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA:

COMO É DIVIDIDA ESSA PATOLOGIA?

(3 FORMAS DE APRESENTAÇÃO)

A

FORMA CLÁSSICA = LEVA A MANIFESTAÇÕES DESDE O PERÍODO NEONATAL. 2 APRESENTAÇÕES:

  1. FORMA PERDEDORA DE SAL - 75%
  2. FORMA VIRILIZANTE SIMPLES

FORMA NÃO CLÁSSICA = AS MANIFESTAÇÕES SÃO MAIS TARDIAS, JÁ QUE EXISTE ALGUMA ATIVIDADE ENZIMÁTICA.

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6
Q

FORMA CLÁSSICA PERDEDORA DE SAL:

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS E PARTIR DE QUANDO COMEÇAM A APARECER?

A

É A FORMA CLÁSSICA MAIS COMUM (75%)!

FORMA PERDEDORA DE SAL:

FORMA VIRILIZANTE (desde o nascimento)

+ DEFICIÊNCIA MINERALOCORTICOIDE (sintomas a partir da 2ª semana de vida)

Deficiência de mineralocorticoide: desidratação, vômitos, perda ponderal, anorexia, arritmias, cianose e dispneia. Sem diagnóstico e tratamento, a criança evolui para óbito!

Cuidado para não confundir com diagnóstico de estenose hipertrófica de piloro!

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7
Q

FORMA CLÁSSICA PERDEDORA DE SAL:

COMO FICAM AS SEGUINTES SUBSTÂNCIAS:

  1. 17-OH PROGESTERONA
  2. CORTISOL
  3. RENINA PLASMÁTICA
A
  1. 17-OH PROGESTERONA ELEVADA
  2. CORTISOL BAIXO
  3. RENINA PLASMÁTICA AUMENTADA - pelo baixo nível de aldosterona
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8
Q

FORMA CLÁSSICA PERDEDORA DE SAL:

QUAL AS ALTERAÇÕES ELETROLÍTICAS E QUAL O DISTÚRBIO ÁCIDO-BÁSICO ENCONTRADO?

A

HIPONATREMIA

HIPERCALEMIA

ACIDOSE METABÓLICA

Obs: Na estenose hipertrófica de piloro, há alcalose metabólica, pelos vômitos em grande quantidade!

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9
Q

O QUE DEVEMOS INVESTIGAR EM UM RN TERMO, MENINO, EM QUE NÃO SÃO PALPADOS OS TESTÍCULOS BILATERALMENTE?

A

HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA!!

PODE SER UMA MENINA COM A GENITÁLIA VIRILIZADA!

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10
Q

HAC - FORMA CLÁSSICA VIRILIZANTE SIMPLES:

COMO APARECE NOS MENINOS? O QUE ACONTECE SE NÃO FOR DIAGNOSTICADO?

COMO APARECE NAS MENINAS?

A

Nessa forma, existe certa atividade enzimática preservada, então existe síntese de cortisol e aldosterona em algum grau, levando às alterações apenas pela produção de androgênios em excesso!

MENINO: NORMAL AO NASCIMENTO, porém, com PUBERDADE PRECOCE nos primeiros 6 meses de vida.

Se não diagnosticada, o fechamento precoce das epífises pode determinar BAIXA ESTATURA no adulto.

MENINA: franca VIRILIZAÇÃO AO NASCIMENTO - hipertrofia do clitóris, graus variados de fusão labial, desenvolvimento de seio urogenital (vagina e a uretra em abertura comum) e pseudo-hermafroditismo.

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11
Q

HAC - FORMA NÃO CLÁSSICA:

QUAL A MANIFESTAÇÃO NAS MENINAS?

E NOS MENINOS?

A

MENINAS: não ocorre virilização ao nascimento, mas pode SIMULAR SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS na infância ou adolescência!

MENINOS: podem desenvolver PUBERDADE PRECOCE ou serem ASSINTOMÁTICOS!

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12
Q

TRIAGEM NEONATAL DA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA:

  1. QUAL SUBSTÂNCIA É DOSADA?
  2. COMO E QUANDO É REALIZADO O EXAME?
A
  1. 17-OHP
  2. PELO TESTE DO PEZINHO - colhido em papel-filtro entre o 3º e o 5º dia de vida, quando a função hormonal do RN está estável.

obs: os níveis de 17-OHP de crianças não afetadas podem estar elevados em situações de estresse (paciente internados, com infecção, prematuridade, etc.), o que pode gerar falso-positivos.

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13
Q

DIANTE DA SUSPEITA CLÍNICA E TESTE DO PEZINHO ALTERADO, COMO CONFIRMAR O DIAGNOSTICO DA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA? (6 EX LABS) QUAL O PRINCIPAL EXAME?

A

Solicitar exames confirmatórios:

  1. 17-HIDROXIPROGESTERONA - principal
  2. Cortisol
  3. Androstenediona
  4. Testosterona
  5. Sódio
  6. Potássio

17-OHP > 2.000 ng/dl = HAC

(na deficiência da 21-hidroxilase!)

Obs: nas formas não clássicas, a concentração basal de 17-OHP é variável. Nos casos duvidosos, pode ser realizado o teste agudo de estimulação com 125-250mcg de ACTH.

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14
Q

HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA

QUAIS OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DO TRATAMENTO? (2)

A
  1. EVITAR UMA CRISE ADRENAL
  2. CRESCIMENTO ADEQUADO
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15
Q

CRISE ADRENAL:

QUAL O TRATAMENTO?

(3 MEDIDAS PRINCIPAIS)

A

É UMA URGÊNCIA MÉDICA!

  • VOLUME (tratar o choque): SF 0,9% 20 ml/kg em bolus.
  • GLICOSE (tratar hipoglicemia): RN e lactantes: 5-10 ml/kg de glicose a 10%, em bolus (0,5-1 g glicose/kg).
  • HIDROCORTISONA: 50-100 mg/m2, em bolus. Depois, manter a mesma dose por dia, dividida de 6/6h, até que o paciente esteja estável.
  • Não há necessidade de mineralocorticoides quando é feita a hidrocortisona nesta dose inicial.*
  • Tratar distúrbios eletrolíticos: a hipercalemia geralmente resolve com a hidrocortisona.
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16
Q

HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA:

QUAL O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE MANUTENÇÃO, APÓS A ESTABILIZAÇÃO INICIAL DO PACIENTE? (2)

EM QUANTO TEMPO REAVALIAR O PACIENTE?

A
  • CORTISOL (GLICOCORTICOIDE): para repor a deficiência + feedbacknegativo na hipófise (evita maior secreção de ACTH, diminuindo a produção excessiva de androgênios):

- HIDROCORTISONA 15-20 mg/m2/dia, 8/8h

    • Em períodos de estresse (quadros infecciosos, cirurgias), ajustar a dose da hidrocortisona, para evitar uma crise adrenal!!*
  • MINERALOCORTICOIDE (Fludrocortisona) e NaCl: apenas na forma clássica perdedora de sal:

​- FLUDROCORTISONA: 0,1-0,3 mg/dia, 12/12h - nos primeiros meses de vida, podem ser necessárias doses mais elevadas.

REAVALIAR A DOSE APÓS 2 SEMANAS DE TRATAMENTO OU ANTES, CASO NECESSÁRIO!

17
Q

HIPERPLASIA DRENAL CONGÊNITA:

QUANDO ESTÁ INDICADA A GENITOPLASTIA NAS MENINAS?

A

Genitoplastia nas meninas: nos quadros com atipia genital, conforme a necessidade.

  • Nos casos de ambiguidade grave (Prader 4 e 5) - indica-se a cirurgia antes dos 2 anos de vida!
  • Nos casos intermediários (Prader 3), ainda não há consenso sobre a necessidade e a idade mais adequada para a realização das intervenções.
  • Nos casos leves (Prader 1 e 2), geralmente não é realizada.
18
Q

QUAL A DIFERENÇA ENTRE SÍNDROME DE CUSHING E DOENÇA DE CUSHING?

A

SÍNDROME DE CUSHING: SINAIS E SINTOMAS DECORRENTES DA EXPOSIÇÃO CRÔNICA AOS GLICOCORTICOIDES

X

DOENÇA DE CUSHING: É O ADENOMA DE HIPÓFISE QUE SECRETA ACTH -> AUMENTA A PRODUÇÃO DE GLICORTICOIDE -> SÍNDROME DE CUSHING + HIPERPLASIA ADRENAL BILATERAL

19
Q

SÍNDROME DE CUSHING:

  • QUAL A PRINCIPAL CAUSA?
  • COMO PODEM SER DIVIDIDAS AS CAUSAS ENDÓGENAS DA SÍNDROME? (2)
A
  • PRINCIPAL CAUSA = ADMINISTRAÇÃO EXÓGENA
  • 2 GRUPOS:

- CAUSAS ENDÓGENAS ACTH DEPENDENTES: doença de Cushing (adenoma hipofisário), produção ectópica de ACTH.

- CAUSAS ENDÓGENAS ACTH INDEPENDENTES: adenoma ou carcinoma suprerrenal.

20
Q

SÍNDROME DE CUSHING:

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS?

A
  1. Fácies em lua cheia
  2. Estrias violáceas
  3. Obesidade centrípeta (visceral)
  4. Baixa estatura
  5. Pletora facial
  6. Hipertensão
  7. Osteoporose
  8. Hiperglicemia
  9. Sinais de hiperandrogenismo: acne, hirsutismo, pubarca precoce, engrossamento da voz e hipertrofia de clitóris - sugerem etiologia da suprarrenal!

Atenção: ganho de peso insidioso e interrupção ou desaceleração do crescimento podem ser as únicas manifestações presentes!

21
Q

QUAIS SÃO OS TESTES UTILIZADOS PARA A INVESTIGAÇÃO DO HIPERCORTISOLISMO? (4)

A
  • CORTISOL PLASMÁTICO BASAL PELA MANHÃ: útil para confirmar a etiologia exógena - o cortisol fica suprimido (< 1,8 mcg/dl), já que normalmente pela manhã o cortisol é elevado.
  • TESTE DE SUPRESSÃO COM DEXAMETASONA: dosar cortisol após 8 a 9 horas da administração de 20 mcg/kg de dexametasona - confirma causa endógena quando cortisol > 1,8 mcg/dl. Se o cortisol for suprimido, afastar sd de Cushing.
  • CORTISOL LIVRE NA URINA DE 24H: útil nos casos de síndrome cíclica causada por adenoma hipofisário.
  • CORTISOL SALIVAR: dosagens elevadas em amostras colhidas às 23 horas confirmam a perda de ritmo circadiano, o que acontece precocemente nos portadores da síndrome.

​São necessárias duas medidas alteradas nos casos de dosagem do cortisol urinário ou salivar para afirmamos que os testes são positivos. Ou uma amostra alterada de cada exame.

22
Q

QUAIS AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA RETIRADA ABRUPTA DO CORTICOIDE EXÓGENO (PRINCIPAL CAUSA DA SÍNDROME DE CUSHING)?

A

O uso crônico de corticoide causa supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (H-H-A) e a suspensão abrupta da medicação pode levar à insuficiência adrenal aguda e à síndrome da retirada de esteroides.

  • INSUFICIÊNCIA ADRENAL AGUDA: principais manifestações: anorexia, fadiga, náusea, vômito, dor abdominal, dispneia, febre, artralgia, mialgia, hipotensão postural, síncope e colapso circulatório. Tratamento: VOLUME + GLICOSE + GLICOCORTICOIDE.
  • SÍNDROME DA RETIRADA DE ESTEROIDES: caracterizada por uma “abstinência” em pacientes com eixo H-H-A normal, que em geral se manifesta cerca de 1 a 5 dias após a retirada, com sintomas semelhantes à insuficiência adrenal.
23
Q

COMO REALIZAR A RETIRADA DO CORTICOIDE, EM PACIENTE EM USO CRÔNICO DE CORTICOIDE EXÓGENO?

A

Para realizar a redução, considerar o tipo, a dose, o tempo de uso, a doença de base e o uso concomitante de outras medicações!

ESQUEMA DE REDUÇÃO DO CORTICOIDE (SBP):

  1. Reduzir 20% da dose a cada 2 a 4 dias, até atingir a dose fisiológica (2-3 mg/m2/dia de prednisona)
  2. Reduzir para metade da dose fisiológica em 2 a 4 semanas - nesta dose, dosar mensalmente cortisol sérico matinal e ACTH — quando normais, suspender o corticoide!
  • Para pacientes com doença de base dependente de corticoide (ex: nefropatia), é recomendado reduzir 10% por semana, até que ocorram sinais de reativação da doença — nesse caso, retornar para a dose anterior, sempre mantendo a menor dose possível.*
  • É importante lembrar que mesmo após a suspensão, ainda haverá uma certa supressão do eixo. A SBP recomenda reposição de glicocorticoides em situações de estresse (trauma, cirurgia, doença febril) por até um ano após a suspensão da corticoterapia.*
24
Q

QUAL O PERÍODO EM QUE O USO DE CORTICOIDE CONTÍNUO, EM QUALQUER DOSE, NÃO PROMOVE A SUPRESSÃO DO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-ADRENAL?

A

2 SEMANAS!

Se o paciente usou corticoide continuo por até 2 semanas, a retirada não precisa ser gradual!

25
Q
A