DIABETES Flashcards

1
Q

O QUE É O DIABETES?

QUAIS AS POSSÍVEIS ALTERAÇÕES RESPONSÁVEIS POR ESSA PATOLOGIA?

A

Desordem metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica, resultado de um defeito na secreção da insulina, na resposta tecidual à insulina ou ambas.

Esses defeitos levam a alterações no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas.

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2
Q

COMO FECHAR O DIAGNÓSTICO DE DIABETES?

A

Pelo menos duas ocasiões de um mesmo teste positivo ou 2 testes de metodologias diferentes positivos:

Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (normal < 100)

ou TOTG-75 (2h) ≥ 200 mg/dl (normal < 140)

ou HbA1c ≥ 6,5%

ou

Glicemia casual isolada ≥ 200 mg/dl + sintomas típicos

OBSERVAÇÕES:

  • JEJUM = no mínimo 8 horas.
  • TOTG (teste de tolerância oral à glicose - 1,75g/kg. Máx 75g)
  • sintomas típicos = perda de peso, poliúria, polidipsia
  • Se diagnóstico eletivo, dar preferência para glicemia de jejum ou Hb glicada, já que o TOTG pode levar à hiperglicemia excessiva
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3
Q

DIABETES TIPO 1:

COMO TRATAR?

A

TRATAMENTO DM1:

TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA

(atividade física, mudança no estilo de vida, dieta)

+

INSULINOTERAPIA

(Padrão-ouro = bomba de infusão contínua)

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4
Q

DIABETES TIPO 2:

QUAL A TERAPIA INICIAL?

A

TRATAMENTO INICIAL - DM2:

TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA

(Mudança no estilo de vida, dieta e atividade física)

+

METFORMINA

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5
Q

QUAL A PRINCIPAL META LABORATORIAL NO TRATAMENTO DO DIABETES?

A

HbA1c < 7,5%

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6
Q

PRÉ-DIABETES:

QUAL A DEFINIÇÃO DE:

  1. GLICEMIA DE JEJUM ALTERADA
  2. TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLICOSE
A
  1. GLICEMIA DE JEJUM ALTERADA = glicemia de jejum entre 100-125mg/dl. Indica uma alteração no metabolismo dos carboidratos em estado basal.
  2. TOLERÂNCIA DIMINUÍDA À GLICOSE = glicemia entre 140-200 mg/dl no TOTG (2h). Indica uma alteração na resposta metabólica à administração de glicose.

AMBAS AS CONDIÇÕES SÃO CARACTERIZADAS COMO PRÉ-DIABETES, ESTANDO MAIS RELACIONADAS COM UM POSSÍVEL APARECIMENTO DA DIABETES MELLITUS TIPO 2.

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7
Q

DIABETES MELLITUS TIPO 1:

  1. FISIOPATOLOGIA?
  2. QUAL A CAUSA?
A
  1. FISIOPATOLOGIA: a interação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos leva ao desencadeamento de uma resposta autoimune contra as células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina. Sem nenhuma insulina circulante, as reações catabólicas chegam ao extremo e a lipólise segue sem nenhuma restrição, lançando na circulação quantidade enorme de ácidos graxos, que serão convertidos em corpos cetônicos no fígado. Tal estado descontrolado de cetogênese explica a constante tendência para o desenvolvimento de cetoacidose. O estado catabólico acentuado justifica o emagrecimento destes pacientes (assim como a desidratação intensa) e a hiperglicemia explica a poliúria osmótica, acompanhada de polidipsia.
  2. CAUSA: Idiopática. DOENÇA AUTOIMUNE, caracterizada pela presença de marcadores autoimunes (Anti-ICA = anticorpos anticélulas da ilhota pancreática - ex: Anti-insulina e Anti-GAD)

​obs: o quadro clínico não se é evidente até que 70-80% das células sejam destruídas!!!

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8
Q

DIABETES MELLITUS TIPO 2:

QUAL A FISIOPATOLOGIA?

A

Obesidade, dislipidemia, hipertensão, dentre outros fatores, levam à resistência tecidual à insulina, com deficiência relativa do hormônio e hiperglicemia subsequente.

  • Quando há a predisposição genética, a resistência insulínica, ao “forçar” as células beta do pâncreas a produzir mais insulina, induz estado de disfunção, uma espécie de “fadiga secretória” (inicialmente leva ao HIPERINSULINISMO e, posteriormente, ao HIPOINSULINISMO). Esse processo pode ser contido ou até revertido, se a resistência insulínica e a hiperglicemia forem combatidas na fase precoce do DM2 ou na fase pré-diabética. Uma medida de fundamental importância é corrigir a obesidade!*
  • Por outro lado, se a disfunção das células beta já estiver em fase avançada, torna-se, pelo menos em parte, irreversível. Nesse ponto, o tratamento poderá até abrandá-la, mas não revertê-la.*
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9
Q

DM1:

QUAIS AS POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES INICIAIS:

  1. NÃO EMERGENCIAIS
  2. EMERGENCIAIS (2 específicas)
A

Quadro clínico inicial DM1:

  1. NÃO EMERGENCIAIS: início recente de enurese em criança com controle esfincteriano prévio, candidíase vaginal em pré púberes, infecções cutâneas recorrentes, diminuição do desempenho escolar
  2. EMERGENCIAIS:
  • CETOACIDOSE DIABÉTICA: desidratação moderada a grave, vômitos, dor abdominal, perda de peso, hálito cetótico, poliúria, hiperventilação, alteração do nível de consciência
  • HIPERGLICEMIA HIPEROSMOLAR NÃO CETÓTICA
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10
Q

QUAL O NOME CARACTERÍSTICO DO QUADRO DE HIPERVENTILAÇÃO NA CETOACIDOSE DIABÉTICA?

A

RESPIRAÇÃO DE KUSMAULL

  • CARACTERÍSTICA DE QUADROS DE ACIDOSE METABÓLICA (HIPERVENTILAÇÃO COMPENSATÓRIA)
  • AUSCULTA PULMONAR SEM ALTERAÇÕES
  • NÃO É INDICADA TERAPIA COM OXIGÊNIO
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11
Q

DIABETES MELLITUS 1:

QUAL MARCADOR LABORATORIAL INDICA DESTRUIÇÃO COMPLETA DAS ILHOTAS PANCREÁTICAS?

A

PEPTÍDEO C INDETECTÁVEL OU < 0,1 ng/dl

A insulina sintetizada pelas células beta do pâncreas é armazenada como pró-insulina e composta de duas cadeias (A e B) unidas pelo peptídeo C. Durante a secreção de insulina, o peptídeo C é clivado por uma protease e liberado conjuntamente com o hormônio. Em resumo: trata-se de um peptídeo produzido e liberado em conjunto com a insulina, pelas células beta das ilhotas pancreáticas. Quando as células estão destruídas (DM1), os seus níveis séricos geralmente são indetectáveis. Quando viáveis (DM2), os seus níveis encontram-se acima de 0,1 ng/dl.

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12
Q

DM1:

O INÍCIO DA DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS BETA PANCREÁTICAS PODE SER DEFLAGRADO POR 2 INFECÇÕES VIRAIS. QUAIS SÃO ELAS?

A

INFECÇÃO CONGÊNITA PELA RUBÉOLA

E

INFECÇÃO POR ENTEROVÍRUS

(principalmente no início da infância)

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13
Q

QUAL TIPO DE DIABETES TEM MAIOR INFLUÊNCIA DE FATOR GENÉTICO (DM1 OU DM2)?

A

DIABETER MELLITUS TIPO 2!!

(diabetes genético-ambiental)

80% dos pacientes com DM2 são obesos, com distribuição adiposa do tipo androgênica (centrípeta), ou seja, abdominovisceral. Obesidade androgênica provoca resistência periférica à insulina — lembre-se sempre deste conceito! Todavia, somente a minoria dos obesos abdominoviscerais se tornam diabéticos… Conclusão: o aumento da resistência periférica insulínica não é suficiente para causar DM2… é necessária também a influência genética, dentre outros fatores….

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14
Q

DIABETES TIPO 1:

SUBCLASSIFICAÇÃO EM 1A E 1B:

QUAL A PRINCIPAL EPIDEMIOLOGIA DE CADA GRUPO?

QUAL É AUTOIMUNE E QUAL É IDIOPÁTICA?

A

DM 1A: autoimune, predominante em caucasianos.

DM 1B: idiopático (não se encontram autoanticorpos), mais comum em negros e asiáticos.

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15
Q

NEM SEMPRE O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE DM1 E DM2 É SIMPLES.

COMO PODEMOS FAZER ESSA DIFERENCIAÇÃO?

A
  1. DOSAR ANTICORPOS ANTI-ILHOTA PANCRETÁTICA (Anti-ICA = anti-Insulina, anti-GAD), presentes apenas no DM1
  2. AVALIAR A PRESENÇA DE OUTROS SINAIS DE RESISTÊNCIA INSULÍNICA (ex: Acantose nígricans), indicativo de DM2
  3. OUTRAS DOENÇAS AUTOIMUNES ASSOCIADAS - mais característico de DM1 (também autoimune)
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16
Q

QUANDO HOUVER DIAGNÓSTICO DE DIABETES NO PRIMEIRO ANO DE VIDA, DEVEMOS DESCONFIAR DE…

A

DIABETES NEONATAL

Tipo de diabetes monogênico, podendo ocorrer por herança genética ou surgir como uma nova mutação

Quadro clínico: hiperglicemia importante, porém é raro que os sintomas de poliúria e polidipsia sejam percebidos pela família, fazendo o lactente chegar em estado avançado de desidratação, apresentando irritabilidade, taquidispneia (muitas vezes confundida com broncoespasmo) e até sinais de choque hipovolêmico.

EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE DIABETES NEONATAL! DEPENDENDO DO GENE QUE FOI AFETADO, A CRIANÇA APRESENTARÁ UM QUADRO CLÍNICO DIFERENTE, PODENDO ESSE, INCLUSIVE, SER TRANSITÓRIO E DEPENDER OU NÃO DO TRATAMENTO COM INSULINA!

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17
Q

QUAL A FORMA MAIS COMUM DE DIABETES DO TIPO MONOGÊNICO?

A

MATURITY-ONSET DIABETES OF THE YOUNG (MODY)

(DIABETES DE ADULTO QUE COMEÇA NA INFÂNCIA)

MODY: São pacientes com pouca secreção de insulina e os sintomas iniciais dependem do grau de insulinopenia.

Em razão de seu caráter genético, é comum acometer mais de duas gerações da mesma família.

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18
Q

MODY:

Os tipos mais comuns são MODY 2 e MODY 3:

Qual o tratamento indicado para cada tipo?

A
  • MODY 2: os pacientes, geralmente, têm fenótipo característico, com valores pouco elevados de glicemia e HbA1c, sem sintomas ou com sintomas leves de hiperglicemia (é geralmente um achado e o diagnóstico é feito na investigação).

Não é necessário tratamento farmacológico.

  • MODY 3: DM de início mais insidioso, simulando DM2, mas pode evoluir com quadro que simula DM1.

É importante o diagnóstico correto, pois esses pacientes têm boa resposta às sulfonilureias

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19
Q
A
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20
Q

QUAL A COMPLICAÇÃO CRÔNICA MAIS ASSOCIADA A PIOR MORBIDADE E AUMENTO DA MORTALIDADE NOS PACIENTES ADULTOS JOVENS COM DIABETES TIPO 1?

A

NEFROPATIA!!

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21
Q

Como fazer a triagem de nefropatia nos pacientes diabéticos?

A

Dosagem da RAC (RELAÇÃO ALBUMINA/CREATININA) em uma amostra isolada de urina:

Positivo se 2 amostras alteradas em um período de 3 a 6 meses.

Albuminúria = RAC entre 30 a 300 mg/g

Macroalbuminúria = RAC > 300 mg/g

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22
Q

Qual medicamento utilizar na presença de microalbuminúria, visando diminuir a velocidade de progressão para a insuficiência renal?

A

IECA = INIBIDOR DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSA

(REDUZ A EXCREÇÃO DE ALBUMINA NA URINA)

A dose deve ser a MÁXIMA tolerada pelo paciente. Caso seja hipertenso, o objetivo é que a PA < p90 (normal)

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23
Q

PACIENTES COM BOM CONTROLE GLICÊMICO CONSEGUEM REGREDIR AS LESÕES RETINIANAS CAUSADAS PELO DM?

A

SIM!!

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24
Q
  • QUAL A CLASSIFICAÇÃO DA RETINOPATIA DIABÉTICA? (2)
  • QUAL A DE PIOR PROGNÓSTICO?
  • A CADA QUANTO TEMPO DEVE SER FEITO O RASTREAMENTO DE RETINOPATIA NOS PACIENTES DIABÉTICOS?
A

CLASSIFICAÇÃO:

  • PROLIFERATIVA - PIOR PROGNÓSTICO - mais comumente causa perda de visão. Ocorre a proliferação de neovasos na retina, podendo evoluir com hemorragias e cicatriz retiniana.
  • NÃO PROLIFERATIVA

PACIENTE DIABÉTICOS DEVEM PASSAR EM CONSULTA COM OFTALMOLOGISTA A CADA 2 ANOS, PARA REALIZAÇÃO DE FUNDO DE OLHO.

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25
Q

NEUROPATIA DIABÉTICA:

QUAL A PRINCIPAL FORMA DE APRESENTAÇÃO?

QUAL A MANIFESTAÇÃO INICIAL?

A

POLINEUROPATIA SENSÓRIO-MOTORA

(OCORRE DANO DE VÁRIOS NERVOS, ENVOLVENDO FIBRAS MOTORAS, SENSORIAIS E AUTONÔMICAS)

A manifestação inicial é de perda sensorial com distribuição em “meias e luvas”, parestesia e dor em queimação.

Não é comum as crianças apresentarem quadros sintomáticos.

Outra forma de apresentação é a NEUROPATIA AUTONÔMICA, que se manifesta através de hipotensão postural, resposta anormal da frequência cardíaca, diarreia, vômitos, sensação de plenitude gástrica, impotência sexual, disfunção vesical, alterações do reflexo pupilar e anormalidades no controle da sudorese. A puberdade é um período crítico para surgimento deste tipo de neuropatia.

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26
Q

QUANDO REALIZAR A PRIMEIRA TRIAGEM DE NEFROPATIA, RETINOPATIA, NEUROPATIA E DOENÇA MACROVASCULAR NO DIABETES MELLITUS TIPO 1?

A

A PARTIR DOS 11 ANOS, desde que o diagnóstico tenha sido feito há pelo menos 2 anos. Ex: se diagnóstico aos 10 anos, triar aos 12 anos

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27
Q

QUANDO REALIZAR A PRIMEIRA TRIAGEM DE NEFROPATIA, RETINOPATIA, NEUROPATIA E DOENÇA MACROVASCULAR NO DIABETES MELLITUS TIPO 2?

A

SEMPRE NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO!!

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28
Q

COMO REALIZAR AS SEGUINTES TRIAGENS NOS PACIENTES DIABÉTICOS:

  1. NEFROPATIA
  2. RETINOPATIA
  3. NEUROPATIA
  4. DOENÇA MACROVASCULAR
A
  1. RELAÇÃO ALBUMINA/CREATININA EM AMOSTRA ISOLADA DE URINA
  2. FUNDO DE OLHO REALIZADO POR OFTALMOLOGISTA A CADA 2 ANOS
  3. ANAMNESE E EXAME NEUROLÓGICO, COM TESTES ESPECÍFICOS
  4. PERFIL LIPÍDICO E MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
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29
Q

QUAIS OS ALVOS RECOMENDADOS PARA O VALOR DO LDL, HDL E TRIGLICERÍDEOS NOS PACIENTES DIABÉTICOS?

A

LDL < 100 mg/dl

HDL > 35 mg/dl

Triglicerídeos < 150 mg/dl

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30
Q

Qual o alvo preconizado para a HbA1c nos pacientes diabéticos em tratamento? Deve ser dosada a cada quanto tempo?

A
  • ALVO = HbA1c < 7,5%
  • Deve ser dosada A CADA 3 MESES!

Obs: Como o risco de hipoglicemia é menor nos pacientes com DM2, é possível um alvo mais baixo, de 7%.

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31
Q

Medida de glicemia capilar em pacientes diabéticos:

Quando aferir nos pacientes com DM1?

Quando aferir nos pacientes com DM2?

A
  • DM1: antes das refeições e lanches, antes de dormir; antes de atividades físicas, na suspeita de hipoglicemia e até que esta seja corrigida. Ocasionalmente, após as refeições.
  • DM2: avaliar de acordo com o perfil de resposta do paciente. No pacientes em uso de insulina, as medições devem ser feitas mais regularmente, como nos pacientes com DM1.
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32
Q

MEDIDA DE GLICEMIA CAPILAR NOS PACIENTES DIABÉTICOS:

  1. QUAL O ALVO TERAPÊUTICO DA GLICEMIA PRÉ-PRANDIAL?
  2. QUAL O ALVO TERAPÊUTICO DA GLICEMIA ANTES DE DORMIR?

** DECORAR ESSES VALORES!!!**

A
  1. GLICEMIA PRÉ-PRANDIAL = 90-130mg/dl
  2. GLICEMIA ANTES DE DORMIR = 90-150mg/dl
33
Q

EXISTEM 2 FASES DE LIBERAÇÃO DE INSULINA PELO ORGANISMO: PICO PÓS PRANDIAL E A LIBERAÇÃO BASAL.

  1. QUAIS TIPOS DE INSULINA PODEM SIMULAR O PICO PÓS-PRANDIAL?
  2. QUAIS TIPO DE INSULINA PODEM SIMULAR A LIBERAÇÃO BASAL?
A
  1. INSULINAS ULTRARRÁPIDAS (LISPRO e ASPARTE) E INSULINA RÁPIDA (REGULAR) - devem ser administradas logo antes das refeições.
  2. INSULINA DE AÇÃO INTERMEDIÁRIA (NPH) E INSULINAS DE LONGA DURAÇÃO (GLARGINA e DETEMIR)
34
Q

QUAIS SÃO AS INSULINAS ULTRARRÁPIDAS?

(3)

A
  1. LISPRO
  2. ASPARTE
  3. GLULISINA

Início de ação: 10-15 minutos

Pico de ação: 1-2 horas

Duração: 3-5 horas

35
Q

INSULINA HUMANA REGULAR:

EM QUANTO TEMPO COMEÇA A AGIR?

A

INÍCIO DE AÇÃO: 30 MINUTOS

PICO DE AÇÃO: 2-3 HORAS

DURAÇÃO: ATÉ 6 HORAS E 30 MINUTOS

36
Q

INSULINA NPH:

EM QUANTO TEMPO COMEÇA A AGIR?

QUAL A DURAÇÃO?

A

INÍCIO DA AÇÃO: 1-3 HORAS

DURAÇÃO: ATÉ 18 HORAS

37
Q

INSULINAS DE LONGA DURAÇÃO:

EM QUANTO TEMPO COMEÇAM A AGIR?

QUAL A DURAÇÃO?

A

COMEÇAM A AGIR ENTRE 1-2 HORAS

DURAÇÃO: CERCA DE 24 HORAS

38
Q

QUAL A DOSE INICIAL DE INSULINA DIÁRIA?

QUAL A DOSE MÉDIA DE INSULINA DIÁRIA, COM O TRATAMENTO ESTABELECIDO?

A

DOSE INICIAL:

0,3 a 0,5 UNIDADE / KG / DIA

(começar com 0,3 em crianças menores e 0,5 em adolescentes)

DOSE DE MANUTENÇÃO:

0,5 a 1,0 UNIDADE / KG/ DIA

39
Q

O QUE É O PERÍODO DE “LUA DE MEL” NO TRATAMENTO DOS PACIENTES COM DM1?

A

PERÍODO DO TRATAMENTO EM QUE A NECESSIDADE DE INSULINA EXÓGENA PODE SER MAIS BAIXA QUE O HABITUAL (0,5-1,0 U/KG/DIA), POIS O PÂNCREAS AINDA POSSUI CAPACIDADE DE SECRETAR INSULINA, MESMO QUE EM POUCA QUANTIDADE.

(INÍCIO DO TRATAMENTO DE ALGUNS PACIENTES)

40
Q

QUAL O ESQUEMA DE INSULINOTERAPIA MAIS RECOMENDADO PARA OS PACIENTES COM DM1?

(disponível no SUS)

A

TRATAMENTO INTENSIVO CLÁSSICO:

OPÇÕES DISPONÍVEIS NO SUS:

Insulina INTERMEDIÁRIA (NPH):

2x ao dia: antes do café da manhã e antes de dormir

+

insulina RÁPIDA (REGULAR):

30 minutos antes das principais refeições (café da manhã, almoço e janta) - para que o pico de ação coincida com a absorção dos alimentos.

41
Q

TRATAMENTO DM1:

NO TRATAMENTO INTENSIVO CLÁSSICO, AS INSULINAS NPH E REGULAR PODERIAM SER SUBSTITUÍDAS POR QUAIS OUTRAS INSULINAS SINTÉTICAS, CASO O PACIENTE TENHA ACESSO?

COMO FICARIA O ESQUEMA TERAPÊUTICO?

A

No lugar da insulina NPH:

INSULINAS DE AÇÃO PROLONGADA (GLARGINA e DETEMIR) - podem ser aplicadas 1-2 vezes ao dia. Levam à menor variabilidade glicêmica e menor chance de hipoglicemia durante a noite.

No lugar da insulina REGULAR:

INSULINAS ULTRARRÁPIDAS (LISPRO, ASPARTE e GLULISINA) - podem ser aplicadas na hora da refeição.

42
Q

QUAL CUIDADO PRATICO DEVEMOS TER EM RELAÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DAS INSULINAS DE LONGA DURAÇÃO?

A

Não podem ser misturadas com outras insulinas, pois têm sua farmacocinética alterada.

43
Q

NO ESQUEMA DE INSULINOTERAPIA COM NPH E REGULAR, QUAL DEVE SER A FRAÇÃO DO TOTAL, DE CADA INSULINA?

A

NPH: 1/3

REGULAR: 2/3

44
Q

NA INSULINOTERAPIA COM INSULINAS ULTRARRÁPIDA E DE LONGA DURAÇÃO, QUAL DEVE SER A FRAÇÃO DO TOTAL, DE CADA INSULINA?

A

INSULINAS DE LONGA DURAÇÃO: 1/2

INSULINA ULTRARRÁPIDA: 1/2

OBS: A PROPORÇÃO É DIFERENTE, POIS A INSULINA REGULAR POSSUI CERTO EFEITO BASAL, POR SER DE MAIOR DURAÇÃO QUE A ULTRARRÁPIDA, PODENDO CORRESPONDER A 2/3 DO TOTAL.

45
Q

A DOSE DE INSULINA QUE SERÁ ADMINISTRADA, EM BOLUS, ANTES DAS REFEIÇÕES, DEPENDE DE QUAIS FATORES? (2)

A
  1. CONTAGEM DE CARBOIDRATOS DA REFEIÇÃO QUE SERÁ CONSUMIDA (CONSIDERANDO A RAZÃO INSULINA/CARBOIDRATO)
  2. CORREÇÃO DE INSULINA NECESSÁRIA, DE ACORDO COM A GLICEMIA PRÉ PRANDIAL (DEPENDE DO FATOR DE CORREÇÃO/DE SENSIBILIDADE)
46
Q

O QUE É A RAZÃO INSULINA/CARBOIDRATO? COMO CALCULAR?

A

CORRESPONDE À QUANTIDADE DE CARBOIDRATOS, EM GRAMAS, QUE SERÁ COBERTA POR 1 UNIDADE DE INSULINA.

RAZÃO INSULINA/CARBOIDRATO = 500/DOSE TOTAL DE INSULINA DIÁRIA

47
Q

A INSULINA ADMINISTRADA EM BOLUS ANTES DAS REFEIÇÕES TAMBÉM LEVA EM CONTA O VALOR DA GLICEMIA PRÉ PRANDIAL. ESSA CORREÇÃO COM A INSULINA DEPENDE DO FATOR DE CORREÇÃO/DE SENSIBILIDADE. O QUE É ESSE FATOR? COMO CALCULAR?

A

FATOR DE CORREÇÃO/ DE SENSIBILIDADE:

Corresponde a quanto 1U insulina é capaz de reduzir a glicemia do paciente.

Cálculo: FS = 1.500/dose total de insulina do dia (1.500 para o uso da insulina regular ou 1.800 quando usamos os análogos de insulina).

Assim, em um paciente que faz 25U de insulina ao dia, o fator de correção é 1.500/25 = 60; isto é, 1U de insulina regular leva à redução de 60 mg/dl na glicemia. Se a glicemia pré-prandial dele for então de 220 mg/dl e quisermos “corrigir” para cerca de 100 mg/dl, precisamos fazer 2U extras de insulina.

48
Q

QUAL A TERAPIA PADRÃO OURO (MAIS FISIOLÓGICA) PARA O TRATAMENTO COM INSULINA EM PACIENTES COM DM1?

A

BOMBA DE INFUSÃO CONTÍNUA DE INSULINA:

Administra-se a insulina (geralmente de ação rápida, REGULAR, presente num reservatório) através de bomba infusora com cateter implantado no subcutâneo do abdome, podendo-se programar horários de redução e aumento de dose conforme os hábitos do paciente. Doses em bolus também podem ser fornecidas de acordo com a monitorização da glicemia capilar.

Como desvantagem, além do custo, necessita de acompanhamento por equipe habilitada.

Principais complicações: risco de obstrução, infecções locais (o sítio de aplicação deve ser trocado a cada 2-3 dias).

49
Q

INSULINOTERAPIA TRADICIONAL

(esquema mais utilizado nos postos de saúde):

COMO É O ESQUEMA DE APLICAÇÃO DE INSULINA?

A

2 APLICAÇÕES AO DIA:

CALCULAR DOSE TOTAL DIÁRIA:

1/2 TOTAL NPH (sendo 2/3 MANHÃ e 1/3 NOITE)

+ 1/2 TOTAL REGULAR (1/2 MANHÃe 1/2 À NOITE)

50
Q

INSULINOTERAPIA TRADICIONAL:

QUAL INSULINA APLICADA PREVIAMENTE ESTÁ INTERFERINDO NAS GLICEMIAS CAPILARES MEDIDAS NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:

  1. Glicemia pré-café da manhã (matinal)
  2. Glicemia pré-almoço
  3. Glicemia pré-jantar
  4. Glicemia ao deitar
A
  1. Glicemia pré-café da manhã (matinal) = NPH VESPERTINA DO DIA ANTERIOR
  2. Glicemia pré-almoço = REGULAR DA MANHÃ
  3. Glicemia pré-jantar = NPH DA MANHÃ
  4. Glicemia ao deitar = REGULAR VESPERTINA
51
Q

INSULINOTERAPIA TRADICIONAL:

QUAIS AS POSSÍVEIS CAUSAS DE UMA HIPERGLICEMIA MATINAL (GLICEMIA CAPILAR ELEVADA ANTES DO CAFÉ DA MANHÃ)? (3)

A
  1. DOSE INADEQUADA DA NPH VESPERTINA (não está conseguindo cobrir até o dia seguinte)
  2. FENÔMENO DO ALVORECER: ocorre devido ao pico fisiológico do GH na madrugada. Ocorre em todos os indivíduos, porém conseguimos corrigir essa hiperglicemia com maior liberação de insulina. (resumo: causado pela dose insuficiente da NPH vespertina)
  3. EFEITO SOMOGYI: ocorre por uma hiperglicemia de rebote. O pico da NPH vespertina ocorre de madrugada -> hipoglicemia -> pâncreas libera glucagon -> hiperglicemia no começo da manhã. (resumo: causado pelo excesso da NPH vespertina)

obs: Essa 2 ultimas são situações que levam a hiperglicemias de difícil controle!

52
Q

COMO É FEITA A DIFERENCIAÇÃO DA HIPERGLICEMIA MATINAL PELO FENÔMENO DO ALVORECER DA HIPERGLICEMIA MATINAL PELO EFEITO SOMOGYI?

A

DOSAR GLICEMIA CAPILAR ÀS 03 HORAS DA MANHÃ!

Se estiver reduzida, a hiperglicemia ocorre pelo Efeito Somogyi.

Se estiver normal ou elevada, a hiperglicemia ocorre pelo Fenômeno do alvorecer

53
Q

ARMAZENAMENTO DA INSULINA:

  1. QUANTO TEMPO PODE PERMANECER EM AR AMBIENTE?
  2. QUANTO TEMPO PODE PERMANECER NA GELADEIRA?
A

Em temperatura ambiente: 30 dias (alguns fabricantes orientam 10-14 dias)

Geladeira: 3 meses

*Não deixar exposta à luz solar

54
Q

QUAIS OS LOCAIS DO CORPO PARA APLICAÇÃO DA INSULINA?

(4 principais)

A
  • Abdome: absorção mais rápida
  • Coxa - região frontal ou lateral: indicado para aplicação das insulinas de ação prolongada
  • Quadrante superior lateral nos glúteos
  • Face lateral dos braços.

Rodízio dos locais: deve ser feito também no mesmo sítio de injeção, para evitar a lipo-hipertrofia.

55
Q

TRATAMENTO DM2: MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA + TRATAMENTO FARMACOLÓGICO.

QUAL A PRINCIPAL MEDICAÇÃO INDICADA NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA?

A

MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA:

  • ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
  • ESTIMULAR ATIVIDADE FÍSICA - 1 HORA POR DIA
  • REDUZIR TEMPO DE TELA < 2 HORAS / DIA

MEDICAÇÃO: METFORMINA

56
Q

METFORMINA NO TRATAMENTO DE DM2:

  1. QUAIS EXAMES DEVEM SER SOLICITADOS ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO?
  2. QUANDO INICIAR O TRATAMENTO:
  • ​HbA1c < 8,5% e assintomáticos
  • HbA1c ≥ 8,5% ou presença de cetonúria/cetose/cetoacidose
A
  1. FUNÇÃO RENAL (contraindicada se clearance de Cr <30) E FUNÇÃO HEPÁTICA
  2. HbA1c < 8,5% e assintomáticos: iniciar metformina + MEV. Dose inicial: 500 a 1.000 mg, uma vez ao dia, durante 7 a 14 dias. Aumentar em 500-1.000 mg a cada 1-2 semanas, até dose máxima de 1.000 mg, duas vezes ao dia, ou 850 mg, três vezes ao dia.
  3. HbA1c ≥ 8,5% ou presença de cetonúria/cetose/cetoacidose: iniciar insulinoterapia (no mesmo esquema para DM1). Introduzir metformina quando após compensação inicial e correção da acidose. Reduzir progressivamente as doses de insulina e aumentar a dose de metformina.
57
Q

CETOACIDOSE DIABÉTICA:

QUAL O QUADRO CLÍNICO CARACTERÍSTICO?

A

CETOACIDOSE DIABÉTICA:

Poluiria, polidipsia, polifagia, perda de peso, DESIDRATAÇÃO, dispneia sem alteração à ausculta pulmonar, dores abdominais, vômitos, náuseas (pode mimetizar abdome agudo cirúrgico), alteração no nível de consciência, confusão mental, coma.

58
Q

CETOACIDOSE DIABÉTICA:

QUAL A TRÍADE DIAGNÓSTICA?

A

Tríade diagnóstica:

  1. Ceto: Cetonemia ≥ 3mmol/L ou cetonúria (2 ou 3+)** (+ realizado)
  2. Acidose: pH<7,3 ou BIC <15 (a acidose ocorre tanto pelo aumento dos corpos cetônicos, como pela acidose lática pela desidratação intensa)
  3. Diabética: glicemia>200 mg/dL
59
Q

CETOACIDOSE DIABÉTICA:

QUAIS EXAMES SOLICITAR INICIALMENTE?

(6)

A
  1. Glicemia sérica
  2. Gasometria
  3. Urina I (p/ ver cetonúria) ou cetonemia
  4. Eletrólitos: Na, K
  5. Função renal: Ureia/creat
  6. Hemograma completo

​Observações:

  • A cetonemia é mais fidedigna que a cetonúria
  • Procurar por foco infeccioso, por ser um dos principais fatores desencadeantes
  • Pode haver leucocitose no hemograma em decorrência do aumento do cortisol, não indicando, necessariamente, quadro infeccioso
  • Pode haver hiponatremia dilucional, em decorrência da hiperglicemia (glicose fica restrita ao espaço extracelular)
60
Q

QUAL A ALTERAÇÃO NO VALOR DO POTÁSSIO SÉRICO, DE ACORDO COM A VARIAÇÃO NO PH?

QUAL A ALTERAÇÃO NO VALOR DO SÓDIO SÉRICO, DE ACORDO COM A VARIAÇÃO NA GLICEMIA?

A

ALTERAÇÃO NO VALOR DO POTÁSSIO SÉRICO, DE ACORDO COM A VARIAÇÃO NO PH:

O potássio fica FALSAMENTE ALTO de 0,4 a 0,6 mEq/L para cada redução de 0,1 no pH

QUAL A ALTERAÇÃO NO VALOR DO SÓDIO SÉRICO, DE ACORDO COM A VARIAÇÃO NA GLICEMIA?

O Na sérico REDUZ (hiponatremia dilucional) 1,6 mEq/L para cada 100 mg/dL de aumento de glicemia, acima do patamar de 100 mg/dL.

61
Q

COMO CLASSIFICAR A CETOACIDOSE EM LEVE, MODERADA OU GRAVE?

A

pH< 7,3 ou bic < 15 = LEVE

pH< 7,2 ou bic < 10 = MODERADA

pH< 7,1 ou bic < 5 = GRAVE

62
Q

QUAL O TIPO DE ACIDOSE METABÓLICA QUE ACONTECE NA CETOACIDOSE DIABÉTICA?

A

ACIDOSE METABÓLICA COM ÂNIO GAP AUMENTADO, NORMOCLORÊMICA.

É UMA ACIDOSE PELA FORMAÇÃO DE NOVOS ÁCIDOS.

63
Q

POR QUE OCORRE DOR ABDOMINAL NA CETOACIDOSE DIABÉTICA?

A

Pela liberação de prostaglandinas na parede abdominal

64
Q

QUAIS AS CONDUTAS INICIAIS PARA UM PACIENTE COM CETOACIDOSE DIABÉTICA? (4)

A
  1. ABCDE
  2. SOLICITAR EXAMES INICIAIS (6): GLICEMIA SÉRICA, GASOMETRIA, URINA I (cetonúria), FUNÇÃO RENAL, ELETRÓLITOS, HEMOGRAMA
  3. 2 ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS
  4. VOLUME: 20 a 50 ml/kg/HORA (de acordo com o grau de desidratação), podendo ser repetido até restaurar a hidratação (repetir com 10 a 20 ml/kg/hora). Não é em bolus!

VELOCIDADE MÁXIMA = 1000ml/HORA

obs: Não ter receio de fazer volume, mesmo que o paciente não apresente sinais claros de desidratação!!

65
Q

CONDUTA NA CETOACIDOSE DIABÉTICA:

  1. POR QUANTO TEMPO DEVEMOS REALIZAR A GLICEMIA CAPILAR DE HORÁRIO? A CADA QUANTAS HORAS?
  2. EM QUANTO A GLICEMIA DEVE CAIR A CADA HORA, SE TRATAMENTO ADEQUADO?
  3. A CADA QUANTO TEMPO SOLICITAR GASOMETRIA?
A
  1. A CADA HORA, NAS PRIMEIRAS 12 HORAS
  2. ATÉ 100mg/dl, NÃO MAIS DO QUE ISSO!!
  3. A CADA 4 HORAS
66
Q

O QUE FAZER QUANDO GLICEMIA <200-250 MG/DL?

A

FORNECER AÇÚCAR, MESMO QUE O PACIENTE NÃO TENHA SAÍDO AINDA DA CETOACIDOSE!!

COMO? OPÇÕES:

  • Se ainda necessitar de volume = Iniciar reposição com soro ao meio (metade SF 0,9% + metade SG 5%) OU liberar dieta se bem acordado e não vomitando, mantendo reposição EV
  • Se não houver mais a necessidade de volume, mas não aceita dieta VO = iniciar soro basal
  • Caso ja tenha iniciado a insulina = iniciar reposição de glicose de acordo com a relação U insulina/g glicose: 1/4 se glicemia > 250mg/dL; 1/6 ou 1:8 se glicemia < 250 mg/dL (Obs: SG 5% = 5g glicose a cada 100ml)
67
Q

QUANDO REALIZAR TENTATIVA DE HIDRATAÇÃO VIA ORAL?

A

QUANDO HOUVER MELHORA CLÍNICA, BEM ACORDADO, SEM SINAIS DE INTOLERÂNCIA GASTROINTESTINAL.

CASO O PACIENTE NÃO TENHA CAPACIDADE DE ACEITAR VIA ORAL NO MOMENTO, MANTER COM SORO BASAL (GERALMENTE 1,5-2X O VOLUME DO SORO HABITUAL NAS PRIMEIRAS 24 HORAS)

68
Q

POR QUE É NECESSÁRIA A INSULINOTERAPIA, SE A HIDRATAÇÃO, POR SI SÓ, JÁ CONSEGUE REDUZIR A GLICEMIA?

A

A insulina deve ser iniciada para restaurar o metabolismo celular normal, permitindo a passagem de glicose para o intracelular e, assim, interromper o catabolismo e a cetogênese!

69
Q

CETOACIDOSE DIABÉTICA:

  1. QUANDO COMEÇAR O TRATAMENTO COM INSULINA?
  2. QUAL INSULINA DEVE SER UTILIZADA? QUAL A DOSE? COMO PREPARAR A SOLUÇÃO?
A
  1. A PARTIR DA 2ª HORA DE FLUIDOTERAPIA, COM A MELHORA DA PERFUSÃO PERIFÉRICA!
  2. INSULINA REGULAR EM BOMBA DE INFUSÃO CONTÍNUA.
  • Dose: 0,05 a 0,1 UNIDADE/KG/HORA
  • Solução: Diluir 25UI de Regular para cada 250ml de SF 0,9% (1 UI de Regular em 10ml de SF) - calcular a velocidade de infusão da solução em ml/hora.

​** A GLICEMIA CAPILAR É AFERIDA A CADA HORA E, SE NECESSÁRIO, PODEMOS ACRESCENTAR OU RETIRAR 0,05 U/KG/HORA

** Alternativa = insulina ultrarrápida (Lispro) 0,15 U/Kg, via subcutânea, a cada 2 horas.

70
Q
A
71
Q

TRATAMENTO DE CETOACIDOSE DIABÉTICA:

QUANDO INICIAR A TRANSIÇÃO DA INSULINA EM BOMBA DE INFUSÃO CONTÍNUA PARA A INSULINA SUBCUTÂNEA?

DEPOIS DE QUANTO TEMPO PODEMOS SUSPENDER A INSULINA EM BOMBA?

A

Quando a glicemia estiver entre 200 e 250 mg/dl e o paciente tolerar bem líquidos e dieta oral:

-> Iniciar INSULINA REGULAR SUNCUTÂNEA

0,15 UI/kg de 4/4 horas.

CUIDADO: a insulina regular subcutânea leva 60 minutos para iniciar sua ação. Por isso, deve-se aguardar cerca de 1 A 2 HORAS após a administração da dose por esta via para suspender a insulina em bomba.

72
Q

QUANDO CONSIDERAMOS QUE A CETOACIDOSE FOI RESOLVIDA?

O QUE FAZER NESSE MOMENTO?

A

A CETOCIADOSE ESTÁ RESOLVIDA QUANDO pH ≥ 7,3 E O BICARBONATO ≥ 15 mEq/L, O QUE ACONTECE GERALMENTE APÓS 12 HORAS DE TRATAMENTO.

NESSE MOMENTO, INICIAR INSULINA BASAL COM NPH 0,5 A 1,0 U/KG/DIA E AJUSTAR, AOS POUCOS, O ESQUEMA DE INSULINOTERAPIA DO PACIENTE.

73
Q

QUANDO ESTÁ INDICADO O BICARBONATO NO TRATAMENTO DA CETOACIDOSE DIABÉTICA?

A

Quando pH ≤ 6,9 mesmo após a primeira hora de reposição volêmica.

Dose bicarbonato = 1 a 2 mEq/kg, em uma a duas horas.

74
Q

TRATAMENTO CETOACIDOSE DIABÉTICA:

POR QUE É NECESSÁRIO REPOR POTÁSSIO, SE O NÍVEL SÉRICO DEVE É GERALMENTE NORMAL OU ELEVADO?

A

É NECESSÁRIO POIS, NA PRÁTICA, EXISTE UMA DEPLEÇÃO DE POTÁSSIO DO ORGANISMO (É PERDIDO PELA DIURESE OSMÓTICA, PELOS VÔMITOS E PELA DESIDRATAÇÃO COM HIPERALDOSTERONISMO E PERDA RENAL DE K) E TAMBÉM INTRACELULAR, PELA FALTA DE INSULINA.

QUANDO COMEÇAMOS A CORRIGIR O QUADRO DE CETOACIDOSE, REPONDO INSULINA, O POTÁSSIO SÉRICO VOLTA PARA DENTRO DA CÉLULA E, SE NÃO REPOSTO, EXISTE RISCO DE HIPOCALEMIA!

75
Q
  1. QUANDO DEVEMOS ESPERAR QUE O PACIENTE APRESENTE DIURESE ADEQUADA PARA INICIAR A REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO?
  2. COMO REALIZAR A REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO, QUANDO INDICADA?
A
  1. SE POTÁSSIO SÉRICO > 6,5 mEq/L
  2. REPOSIÇÃO DE K (se > 5,5 mEq/L): Diluir 6 mEq de K para cada 100mL de solução com SF 0,9%. Usar solução de KCl 19,1% (2,5 mEq/mL). Dose: 0,3 a 0,5 mEq/kg/hora, em 4 horas.
76
Q

QUAIS AS POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES NO TRATAMENTO DA CETOACIDOSE DIABÉTICA? (4) QUAL A PRINCIPAL?

A
  1. EDEMA CEREBRAL - principal!
  2. HIPOCALEMIA
  3. ARRITMIAS
  4. HIPOGLICEMIA
77
Q

QUAL A TRÍADE DE CUSHING

(SINAL DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA)?

A
  1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
  2. BRADICARDIA
  3. BRADIPNEIA / ALTERAÇÃO NO PADRÃO RESPIRATÓRIO
78
Q

QUAL A CONDUTA NA OCORRÊNCIA DO EDEMA CEREBRAL?

A
  • MANITOL 0,5 - 1,0 g/kg, correr em 30 minutos.
  • Elevar a cabeceira em 45º
  • Dependendo do nível de consciência e oxigenação, pode ser indicada IOT.

Caso não haja manitol disponível:

NaCl 3% - 5 a 10 ml/kg, correr em 30 minutos.