CRESCIMENTO, PUBERDADE E SEUS DISTÚRBIOS Flashcards
FASES DO CRESCIMENTO NORMAL: QUAIS OS PRINCIPAIS DETERMINANTES DO CRESCIMENTO EM CADA UMA DESSAS FASES:
- FASE INTRAUTERINA
- FASE DO LACTENTE
- FASE INFANTIL
- FASE PRÉ-PUBERAL
- FASE PUBERAL
FASE INTRAUTERINA:
- O que determina o crescimento são os fatores ambientais -> VASCULARIZAÇÃO, NUTRIÇÃO MATERNA
- Hormônios do crescimento: INSULINA, LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO (semelhante ao GH), SOMATOTROFINA e SOMATOMEDINAS (ex: IGF1)
FASE LACTENTES:
- Fase de crescimento RÁPIDO, porém DESACELERADO. O que determina o crescimento é a NUTRIÇÃO e os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS
FASE INFANTIL/ PRÉ PUBERAL (a partir de 2 anos de idade):
- É a partir daqui que o POTENCIAL GENÉTICO passa a influenciar na estatura (a partir da ação do GH)
- É a fase mais REGULAR de todas: a criança ganha, em média, 2 kg por ano e cresce 5-7 cm por ano!! O crescimento nessa fase possui oscilações, mas é, na média, regular, então deve ser avaliado por um período mais prolongado, para não ocorrer erro de interpretação.
FASE PUBERAL:
- Hormônios efetores: ESTEROIDES SEXUAIS -> agem na placa de crescimento, mediando a ação do HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) e, consequentemente, das SOMATOMEDINAS (IGH1)
- Nessa fase ocorre um pico de crescimento seguido por um período de desaceleração, até que haja a parada do crescimento, atingindo a estatura da fase adulta.
QUAL O PRINCIPAL FATOR DE CRESCIMENTO, PRÉ E PÓS NATAL, E ONDE ELE ATUA?
PRINCIPAL FATOR DE CRESCIMENTO = IGF1
ATUA DIRETAMENTE NA EPÍFISE ÓSSEA.
O GH estimula a produção do IGF-1 no fígado e na epífise óssea.
Para que ocorra o crescimento linear dos ossos, deve ocorrer a proliferação das células da cartilagem de crescimento. Estas células se proliferam e formam colunas longitudinais. Ao mesmo tempo, ocorre um processo de vacuolização celular e calcificação dessas células. Com o tempo, novas camadas celulares vão sendo adicionadas à metáfise, até que a cartilagem de crescimento desapareça e a epífise e a metáfise se juntem.
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH):
- ONDE ELE É PRODUZIDO?
- COMO OCORRE SUA LIBERAÇÃO?
- EM QUE FASE DA VIDA ELE É LIBERADO EM MAIOR QUANTIDADE?
- Na HIPÓFISE ANTERIOR
- Sua secreção ocorre em PULSOS, principalmente no período NOTURNO. A meia-vida é de aproximadamente 20 minutos e as concentrações entre os pulsos são baixas.
- A amplitude do pulsos varia ao longo da vida, sendo mais intensa durante a PUBERDADE- a quantidade de GH secretado a cada pulso aumenta 2-10x!!
QUAIS OS PRINCIPAIS HORMÔNIOS QUE REGULAM A PRODUÇÃO DO GH (QUAL ESTIMULA E QUAL BLOQUEIA)?
- GHRH estimula a produção de GH
- SOMATOSTATINA bloqueia a secreção deste hormônio.
A secreção do GH também é influenciada por diversos hormônios como a tiroxina, os glicocorticoides e os esteroides sexuais.
QUAL A CONSEQUÊNCIA DO USO CRÔNICO DE CORTICOIDE PARA O CRESCIMENTO?
O uso crônico dos glicocorticoides é capaz de diminuir a produção e a sensibilidade ao GH, diminuindo o IGF-1
EM QUAL FASE DO CRESCIMENTO É COMUM NOTAR UMA MUDANÇA NO PERCENTIL DE CRESCIMENTO DA CRIANÇA?
NA TRANSIÇÃO DA FASE DO LACTENTE PARA A FASE PRÉ-PUBERAL, OU SEJA, A PARTIR DOS 2 ANOS DE IDADE, QUANDO OS PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO DEIXAM DE SER OS FATORES EXTRÍNSECOS E PASSAM A SER OS FATORES GENÉTICOS, OS QUAIS INFLUENCIAM NA AÇÃO DO GH!!!
QUAIS AS MEDIDAS REALIZADAS PARA AVALIAR O CRESCIMENTO? (3)
- PESO
- ESTATURA
- PERÍMETRO CEFÁLICO
ATÉ QUANDO DEVEMOS PESAR A CRIANÇA DEITADA?
ATÉ 16 KG OU ATÉ 24 MESES.
Depois disso (o que ocorrer antes), a criança deve ser pesada em pé!!
Existe uma PERDA FISIOLÓGICA INICIAL de até 10% e, normalmente, a criança RECUPERA ESSE PESO ATÉ O FINAL DA 2ª SEMANA DE VIDA.
QUAL O GANHO DE PESO/DIA NO 1º, 2º, 3º E 4º TRIMESTRES, DURANTE O PRIMEIRO ANO DE VIDA?
Ganho trimestral no 1º ano de vida:
1º trimestre: 25-30g/dia
2º trimestre: 20g/dia
3º trimestre: 15g/dia
4º trimestre: 12-15g/dia
COM QUANTO TEMPO DE VIDA A CRIANÇA ATINGE O DOBRO DO SEU PESO DE NASCIMENTO? E O TRIPLO?
DOBRO do PN aos 4 a 5 meses de vida
TRIPLO do PN: 1 ano (aprox. 10 kg)
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPRIMENTO E ALTURA?
A PARTIR DE QUANDO DEVEMOS MEDIR A ESTATURA DA CRIANÇA EM PÉ?
COMPRIMENTO = ESTATURA DEITADA
ALTURA = ESTATURA EM PÉ
A PARTIR DOS 2 ANOS DE IDADE, A CRIANÇA DEVE SER MEDIDA EM PÉ!!
OBS: EXISTE DIFERENÇA ENTRE AS MEDIDAS DE UMA MESMA CRIANÇA SE ELA FOR MEDIDA EM PÉ E DEITADA!! Como a gravidade tem o poder de “achatar” a criança, a medida da criança em pé fica menor em 0,7cm
QUANTO DE ESTATURA, EM MÉDIA, A CRIANÇA GANHA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA?
GANHO DE 50% no 1º ano - (60%) a maior parte desse ganho ocorre no 1º semestre!
LEMBRAR: O DESENVOLVIMENTO É DESACELERADO!
NASCE COM APROX 50CM + 25CM =
75CM COM 1 ANO DE VIDA.
QUANTO, EM MÉDIA, A CRIANÇA CRESCE:
- 1º AO 2º ANO DE VIDA
- 2º AO 4º ANO DE VIDA
- 4º AO 6º ANO DE VIDA
- 6º ANO ATÉ A PUBERDADE
- 1º AO 2º ANO DE VIDA = 12 CM/ ANO
- 2º AO 4º ANO DE VIDA = 7 CM/ ANO
- 4º AO 6º ANO DE VIDA = 6 CM/ANO
- 6º ANO ATÉ A PUBERDADE = 5 CM/ANO
O CRESCIMENTO É DESACELERADO ATÉ A PUBERDADE!
QUAL O PARÂMETRO MAIS SENSÍVEL E O PARÂMETRO MAIS ESPECÍFICO PARA AVALIAR A NUTRIÇÃO DO PACIENTE?
PESO = MAIS SENSÍVEL (É O PRIMEIRO A ALTERAR EM QUADROS AGUDOS DE DESNUTRIÇÃO)
ESTATURA = MAIS ESPECÍFICO (FICA ALTERADA NA DESNUTRIÇÃO CRÔNICA)
QUAL O MELHOR PARÂMETRO PARA AVALIAR O GRAU DE NUTRIÇÃO DE UMA POPULAÇÃO?
ESTATURA
(Indicador da nutrição ao longo do tempo)
ATÉ QUANDO DEVEMOS MEDIR O PERÍMETRO CEFÁLICO?
ATÉ COMPLETAR 2**/3 ANOS DE VIDA!
(depende da referência)
É a última medida que se altera nos casos de desnutrição.
QUANTO O PERÍMETRO CEFÁLICO CRESCE, POR MÊS, NO 1º, 2º, 3º E 4º TRIMESTRES DE VIDA?
GANHO por trimestre:
1º trimestre: 2CM / mês
2º trimestre: 1CM / mês
3º trimestre: 0,5 cm / mês
4º trimestre: 0,5 cm / mês
PERÍMETRO CEFÁLICO:
QUAL A MEDIDA APROXIMADA QUANDO A CRIANÇA NASCE?
E AO FINAL DO 1º ANO DE VIDA?
QUANDO NASCE:
PC = 35 CM
AO FINAL DO 1º ANO DE VIDA:
PC = 47 CM
- **GANHO DE 12 CM NO 1º ANO DE VIDA***
- MAIS DA METADE DO CRESCIMENTO CEREBRAL QUE OCORRE DURANTE A VIDA ACONTECE NOS 2 PRIMEIROS ANOS DE VIDA!*
CURVAS DE CRESCIMENTO:
OS ESCORES Z -3, -2, -1, 0, +1, +2 E +3 CORRESPONDEM A QUAIS PERCENTIS?
Perntil 0,1 = Z -3
Percentil 3 = Z -2
Percentil 15 = Z -1
Percentil 50 = Z 0 -> REPRESENTA A MEDIANA (seria o “ideal” para a criança) – é a partir desses valores que as crianças serão comparadas.
Percentil 85 = Z + 1
Percentil 97 = Z + 2
Percentil 99,9 = Z+3
CURVAS DE CRESCIMENTO:
QUAIS AS CURVAS PRECONIZADAS PELA OMS/MS? (4)
- PESO/IDADE
- ESTATURA/IDADE
- PESO/ESTATURA
- IMC/IDADE
CURVAS DE CRESCIMENTO OMS/MS:
QUAIS SÃO AS CURVAS AVALIADAS, DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA:
- 0 AOS 5 ANOS
- 5 AOS 10 ANOS
- 10 AOS 19 ANOS
0-5 Anos: P/I, E/I, P/E e IMC/I
5-10 Anos: P/I, E/I e IMC/I
10-19 Anos: E/I e IMC/I
NOS GRÁFICOS DE PESO/IDADE E ESTATURA/IDADE, QUAL A INTERPRETAÇÃO QUANDO O PACIENTE FICA:
- ENTRE OS ESCORES -2 E -3
- ABAIXO DO ESCORE -3
PESO/ IDADE e ESTATURA/IDADE:
Entre os escores -2 e -3 = BAIXO PESO / BAIXA ESTATURA PARA A IDADE
Abaixo do escore – 3 = MUITO BAIXO PESO / MUITO BAIXA ESTATURA PARA A IDADE
NOS GRÁFICOS DE PESO/ESTATURA E IMC/IDADE, QUAL A INTERPRETAÇÃO QUANDO O PACIENTE FICA:
- ENTRE OS ESCORES -2 E -3
- ABAIXO DO ESCORE -3
PESO/ESTATURA e IMC/IDADE:
Entre os escores -2 e -3 = DESNUTRIÇÃO MODERADA ou magreza
Abaixo do escore -3 = DESNUTRIÇAO GRAVE ou magreza acentuada
NOS GRÁFICOS DE PESO/ESTATURA (até 5 anos) E IMC/IDADE (0-19 anos), O PACIENTE É CONSIDERADO EUTRÓFICO QUANDO A VARIÁVEL AVALIADA ESTÁ ENTRE QUAIS PERCENTIS?
ENTRE O Z SCORE -2 E +1
OU SEJA, ENTRE OS PERCENTIS 3 E 85
(PACIENTE EUTRÓFICO)
GRÁFICO DE PESO PARA IDADE (0-10 ANOS):
QUAL A CLASSIFICAÇÃO, DE ACORDO COM OS SEGUINTES Z ESCORES:
- < Z-3
- ENTRE Z-2 E Z-3
- ENTRE Z -2 E Z +2
- > Z+2
- < Z-3 = MUITO BAIXO PESO PARA IDADE
- ENTRE Z-2 E Z-3 = BAIXO PESO PARA IDADE
- ENTRE Z -2 E Z +2 = PESO ADEQUADO PARA IDADE
- > Z+2: PESO ELEVADO PARA IDADE
GRÁFICO DE ESTATURA PARA IDADE (0-19 ANOS):
QUAL A CLASSIFICAÇÃO, DE ACORDO COM OS SEGUINTES Z ESCORES:
- < Z-3
- ENTRE Z-2 E Z-3
- > Z -2
- < Z-3 = MUITO BAIXA ESTATURA PARA IDADE
- ENTRE Z-2 E Z-3 = BAIXA ESTATURA PARA IDADE
- > Z -2 = ESTATURA ADEQUADA PARA IDADE
GRÁFICO DE PESO PARA ESTATURA (0-5 ANOS):
QUAL A CLASSIFICAÇÃO, DE ACORDO COM OS SEGUINTES Z ESCORES:
- < Z-3
- ENTRE Z-2 E Z-3
- ENTRE Z -2 E Z +1
- ENTRE Z +1 E Z +2
- ENTRE Z +2 E Z +3
- > Z+3
- < Z-3 = MAGREZA ACENTUADA
- ENTRE Z-2 E Z-3 = MAGREZA
- ENTRE Z -2 E Z +1 = EUTRÓFICO
- ENTRE Z +1 E Z +2 = RISCO DE SOBREPESO
- ENTRE Z +2 E Z +3 = SOBREPESO
- > Z+3 = OBESIDADE
GRÁFICO DE IMC PARA IDADE (0-19 ANOS):
QUAL A CLASSIFICAÇÃO, DE ACORDO COM OS SEGUINTES Z ESCORES:
- < Z-3
- ENTRE Z-2 E Z-3
- ENTRE Z -2 E Z +1
- ENTRE Z +1 E Z +2
- ENTRE Z +2 E Z +3
- > Z+3
- < Z-3 = MAGREZA ACENTUADA
- ENTRE Z-2 E Z-3 = MAGREZA
- ENTRE Z -2 E Z +1 = EUTRÓFICO
- ENTRE Z +1 E Z +2 = SOBREPESO
- ENTRE Z +2 E Z +3 = OBESIDADE
- > Z+3 = OBESIDADE GRAVE
ACOMPANHAMENTO DE RECÉM NASCIDOS PREMATUROS:
É INDICADO QUE SEJA REALIZADO O ACOMPANHAMENTO PELAS CURVAS DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO ATÉ QUANTO TEMPO?
ATÉ 40 SEMANAS DE IDADE CORRIGIDA!
APÓS ESSE PERÍODO, PODEM SER ACOMPANHADOS PELAS CURVAS DA OMS/MS, PORÉM, ATÉ OS 3 ANOS DE IDADE DEVE SER UTILIZADA A IDADE GESTACIONAL CORRIGIDA PARA ESSA AVALIAÇÃO!!
QUAL A DEFINIÇÃO DE BAIXA ESTATURA?
ABAIXO DO PERCENTIL 3 ou ABAIXO DO ESCORE Z -2, no gráfico de ESTATURA PARA IDADE
obs: ATENÇÃO também para crianças com distúrbios no crescimento, apesar de não apresentarem baixa estatura por definição (podemos considerar que há crescimento deficitário quando o paciente se encontra abaixo de seu alvo genético familiar ou quando apresenta alteração na velocidade de crescimento - são dados que podem aparecer antes que exista a baixa estatura)
BAIXA ESTATURA:
QUAIS AS POSSÍVEIS ETIOLOGIAS? (2 VARIANTES NORMAIS E 4 VARIANTES PATOLÓGICAS)
2 VARIANTES NORMAIS:
- BAIXA ESTATURA GENÉTICA/FAMILIAR - os pais são baixos
- RETARDO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO E DA PUBERDADE - os pais podem ter estatura normal
4 VARIANTES PATOLÓGICAS:
- DESNUTRIÇÃO (PRIMÁRIA OU SECUNDÁRIA) - altera a estatura quando for crônica
- DOENÇAS CRÔNICAS - cardiopatia, pneumopatia, doença hematológica, renal, imunológica, etc
- CAUSAS ENDÓCRINAS - deficiência de GH, hipotireoidismo, excesso de cortisol
- CAUSAS GENÉTICAS - síndromes cromossômicas (ex: Turner), displasias esqueléticas
QUAL A DOENÇA ENDÓCRINA QUE MAIS LEVA À BAIXA ESTATURA?
HIPOTIREOIDISMO
COMO O EXCESSO DE CORTISOL INFLUENCIA NA ESTATURA?
QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE HIPERCORTISOLISMO NA PEDIATRIA?
INICIALMENTE PODE ESTIMULAR O CRESCIMENTO, PORÉM, QUANDO O EXCESSO SE TORNA CRÔNICO, LEVA AO FECHAMENTO PRECOCE DAS CARTILAGENS DE CRESCIMENTO, PELA DIMINUIÇÃO DA SÍNTESE E DA SENSIBILIDADE AO GH -> BAIXA ESTATURA!
PRINCIPAL CAUSA = ADMINISTRAÇÃO EXÓGENA.
DIAGNÓSTICO: aumento do cortisol em dosagens na urina de 24 horas ou do cortisol sérico após teste de supressão com dexametasona ou, ainda, cortisol sérico no final da tarde.
PACIENTE COM QUEIXA DE BAIXA ESTATURA - QUAIS PARÂMETROS DEVEM SER AVALIADOS? (7)
- ESTATURA ATUAL - é realmente uma baixa estatura para a idade e sexo (abaixo do p3 ou abaixo do Z-2)?
- VELOCIDADE DE CRESCIMENTO - parâmetro mais sensível para detectar desvios do crescimento normal
- DESENVOLVIMENTO PUBERAL - a VC é diferente em pacientes pré púberes e púberes
- RELAÇÃO PESO/ESTATURA - para a avaliação de doenças nutricionais
- ALVO GENÉTICO - avaliar qual o canal de crescimento
- PROPORÇÃO CORPORAL - pode estar alterada em quadros de osteocondroplasias, raquitismo.
- EXAMES COMPLEMENTARES - idade óssea, dosagem hormonal, cariótipo
O NÃO PODEMOS ESQUECER AO AVALIAR A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO?
A VC sempre deve ser avaliada no contexto do DESENVOLVIMENTO PUBERAL do paciente!
Um paciente impúbere de 10 anos terá uma VC inferior a um paciente com a mesma idade que já tenha iniciado o seu desenvolvimento puberal. Por este motivo, a avaliação do desenvolvimento puberal é fundamental para a correta interpretação dos dados.
COMO CALCULAR O CANAL DE CRESCIMENTO DA CRIANÇA, DE ACORDO COM SEU ALVO GENÉTICO?
ALVO GENÉTICO = média da estatura dos pais, se fossem do mesmo sexo:
MENINOS: PAI + (MÃE + 13) / 2
MENINAS: (PAI – 13) + MÃE / 2
Obs: sobre o valor encontrado, ainda é considerado uma variação de + ou – 8 cm ou + ou - 2 desvios padrões.
O alvo genético pode comtemplar uma baixa estatura.
EXAMES COMPLEMENTARES NA AVALIAÇÃO DE BAIXA ESTATURA:
- QUAL A PRINCIPAL INDICAÇÃO DE CARIÓTIPO?
- IDADE ÓSSEA: COMO É FEITO O EXAME E O QUE ELE AVALIA?
- CARIÓTIPO: MENINAS COM BAIXA ESTATURA PATOLÓGICA (BAIXA ESTATURA + VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DIMINUÍDA) - Principal diagnóstico associado: Síndrome de Turner!!
- IDADE ÓSSEA: RADIOGRAFIA DE MÃO E PUNHO ESQUERDOS! AVALIA O POTENCIAL DE CRESCIMENTO DO PACIENTE
AVALIAÇÃO DA PROPORÇÃO CORPORAL:
COMO REALIZAR AS MEDIDAS DO SEGMENTO SUPERIOR E INFERIOR?
- Medida do segmento inferior = distância entre a parte superior da sínfise púbica até o chão, com o paciente em pé em uma superfície plana.
- Medida do segmento superior = subtrai-se a medida do segmento inferior da altura da criança.
Outra forma de cálculo é a avaliação da estatura do paciente sentado em uma superfície de altura conhecida e a sua comparação com a estatura total.
COMO A PROPORÇÃO CORPORAL SE ALTERA AO LONGO DA VIDA?
Ao nascimento: relação SS/SI de 1,7
Aos três anos: relação SS/SI de 1,3
Entre 8 e 10 anos: relação SS/SI de 1
Até o final da puberdade: relação SS/SI entre 0,9 e 1
RESUMINDO: O SEGMENTO SUPERIOR (CABEÇA E TRONCO) SUPERA O SEGMENTO INFERIOR INICIALMENTE, ATINGINDO UMA MESMA PROPORÇÃO ATÉ O FINAL DA PUBERDADE.
QUAL EXAME COMPLEMENTAR DEVE SER SEMPRE SOLICITADO QUANDO HÁ SUSPEITA NO DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE TURNER?
FUNÇÃO TIREOIDIANA!
O HIPOTIREOIDISMO ESTÁ PRESENTE EM MUITAS PACIENTES COM SÍNDROME DE TURNER, SENDO TAMBEM CAUSA DE BAIXA ESTATURA (PORÉM REVERSÍVEL)