Doença trofoblástica gestacional Flashcards
Quais tipos benignos e malignos de doença trofoblástica gestacional?
Benignos: mola hidatiforme que pode ser completa ou imcompleta
Malignos: neoplasia trofoblástica gestacional que inclui o coriocarcinoma, mola invasiva e o tumor trofoblástico
Quais fatores de risco para DTG?
Idade > 40 anos Intervalo interpartal curto SOP Abortamentos previos Mola hidatiforme anterior Tabagismo Inseminação artificial ACO
Como ocorre a formação da mola completa? E quais suas características?
A mola completa é sempre diploide e todos os cromossomos são de origem paterna. Isso pode ocorrer de duas formas:
- Fertilização de um óvulo com núcleo ausente inativado por um espermatozoide 23x que duplica o genoma.
- Surge a partir da fertilização de um óvulo anucleado ou inativo por dois espermatozoides 23X e/ou 23Y.
É caracterizada pela eliminação de grandes vesículas e pela ausência de feto e/ou âmnio
Como ocorre a formação da mola incompleta? e quais suas características?
Nesse tipo de mola há a presença de triploidia com dois genomas paternos e um materno.
O tecido fetal está sempre presente, entretanto, a gestação é inviável.
Qual característica patognomônica da mola hidatiforme?
Macroscopicamente, observam-se vesículas com líquido claro na placenta. A eliminação desse material é o sinal patognomônico.
Como diferenciar mola completa de incompleta pelo quadro clínico?
Mola completa: feto e âmnio ausentes; edema difuso; proliferação trofoblástica variável; há eliminação de vesículas; fundo uterino aumentado para IG; complicações frequentes; hipertireoidismo associado; níveis de beta-hCG muito altos; USG com flocos de neve; e maior chance de evolução para neoplasia
Mola incompleta: feto e âmnio presentes; edema focal; não há eliminação de vesículas; fundo uterino pequeno ou normal para IG; poucas complicações associadas; níveis de beta-hCG estão normais ou levemente aumentados; na USG se observa cistos placentários e feto; progressão para neoplasia menos comum
Como é feito o diagnóstico de mola hidatiforme?
Clínico, USG e laboratorial.
Laboratório evidencia niveis de beta-hCG muito altos.
O material uterino deve passar por estudo histopatológico.
Qual a conduta em casos de mola hidatiforme?
Recomenda-se se solicitar: USG com Doppler, beta-hCG, R-X (metástases), hemograma, funções renal, hepática e tireoidiana.
Realizar o esvaziamento uterino e envio de material para análise histopatológica
Acompanhamento do paciente com dosagem semanal de beta-hCG devido a possibilidade de malignização da doença. Geralmente negativa em 8 a 10 semanas. A dosagem deve ser mantida por mais seis meses após negativação do mesmo.