DHEG Flashcards
O que caracteriza a pré-eclâmpsia?
Hipertensão arterial >= 140 x 90 mmHg (basta a sistólica ou diastólica)
Proteinúria significativa >= 300mg/24h
Se torna hipertensa após 20 semanas de gestação e desaperece em até 12 semanas pós-parto
O que caracteriza a Eclâmpsia?
Convulsões em pacientes com pré-eclâmpsia, podendo ocorrer antes, durante ou até 10 dias após o parto.
O quadro pode se iniciar antes do de pré-eclâmpsia
O que caracteriza a hipertensão crônica em gestantes?
Hipertensão persistente anterior à gravidez ou a 20 semanas e que se mantém após o puerpério
O que caracteriza a hipertensão transitória?
Elevação dos níveis pressóricos no final da gestação ou no início do puerpério, sem proteinúria e que retorna aos valores normais em até 10 dias após o parto
O que caracteriza a Síndrome HELLP?
É uma pré-eclâmpsia com os 3 critérios:
- hemólise (anemia hemolítica microangiopática): LDH, bilirrubinas indiretas elevadas, esquizócitos, diminuição de hemoglobina
- elevação de transaminases
- plaquetopenia (<100000)
Quais fatores de risco para DHEG?
Idade materna avançada ou muito baixa Nível socieconômico desfavorável Mulheres negras Nulípara Histórico familiar Obesidade Gestação múltipla/gemelaridade Hidropsia fetal Inseminação com doação de material genético Hipertensão prévia SOP Doença Renal Trombofilias DM
Qual principal teoria etiológica para a DHEG?
Teoria da invasão trofoblástica anormal: A primeira onda de invasão trofoblástica faz com que as artérias espiraladas diminuam sua resistência e aumentem de diâmetro. Assim, quando têm a segunda invasão trofoblástica no final da 20ª semana, é possível com que aumente o fluxo sanguíneo placentário sem ocorrer nenhum problema.
Caso a primeira invasão trofoblástica seja deficiente, haverá um aumento da resistência dos vasos espiralados, fazendo com que na segunda invasão trofoblástica, o aumento do aporte sanguíneo leve a um aumento da pressão.
Qual principal lesão renal da DHEG?
Endoteliose capilar glomerular é a lesão característica
Como se classifica a pré-eclâmpsia?
Pré-eclâmpsia leve
Pré-eclâmpsia grave:
-HAS >= 160X110mmHg confirmada em duas medidas com intervalo entre 4 e 6h que leva a risco de AVC
- Lesão de órgão alvo: renal, hepática, pulmonar
DHEG: Quando e em quem se deve iniciar AAS?
Pacientes com alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia: DM, trombofilia, falcêmia, LES…
Deve se iniciar até a 12ª semana e seguir até o parto
Quando se deve induzir o parto na pré-eclâmpsia?
O parto é o tratamento definitivo Pré-Eclâmpsia leve: 37 semanas Pré-Eclâmpsia grave: - 24-34 semanas -> tentar ganhar tempo, uso de corticoterapia por 48h, - 34 semanas -> interrupção da gestação
Quando e como deve ser realizado o tratamento farmacológico em pré-eclâmpsia?
Tratamento anti-hipertensivo não deve ser realizado em gestantes com pré-eclâmpsia leve
Magnesioterapia deve ser iniciado em todas as pacientes com pré-eclâmpsia grave e permanecer por 24h (diminui o risco de evoluir com eclâmpsia)
O antihipertensivo de escolha é o metildopa e serão utilizados com objetivo de manter a PS entre 140 e 155 e PD entre 90 e 100.
Quando se inicia o tratamento de emergencia hipertensiva e quais medicamentos?
PAD > 105 mmHG associada a sinais de lesão de órgão alvo: cefaléia, epigastralgia, distúrbios visuais, edema agudo de pulmões
Os medicamentos são:
Hidralazina 5 - 20mg IV
Nifedipina 10 - 50mg VO
Nitropussiato de sódio 0,25 - 1 -> se precisar fazer uso deve induzir o parto
Como é feito a magnesioterapia?
Esquema de Prichard:
Dose de ataque: 4 a 6g IV (20-30’) + 10g IM
Manutenção: 5g IM de 4/4h
Qual alvo terapêutico e quando se desconfiar de intoxicação com magnésio?
Alvo terapêutico: 4-7mEq/L
Avaliar perda de reflexos profundos, caso haja, suspender o magnesio.