Doença Inflamatória Pélvica Flashcards
Agentes etiológicos mais comuns da DIP:
Neirreria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis (mas lembrar que ela é geralmente uma infecção polimicrobiana).
Estágios da DIP:
Estágio I: salpingite
Estágio II: Salpingite + peritonite
Estágio III: Sapingite + sinais de oclusão tubária ou abscesso tubo-ovariano
Estágio IV: sinais CLÍNICOS de abscesso roto
Casos em que se suspeita de etiologia TUBERCULOSA da DIP:
- Resposta inadequada ao tratamento
- DIP em virgens
- Desproporção inadequada entre a lesão anatômica e os sintomas escassos
- DIP ascossiada à ascite
- Antecedentes pessoais ou familiares de tuberculose (pleurite, osteoartrite)
- Ocorrência de febre vespertina
Tratamento e ambiente de tto de DIP no Estágio I:
- Ambulatorial
1. Ceftriaxona 250 mg IM em dose única
2. Doxiciclina 100 mg VO - 12/12h - por 14 dias
com ou sem
3. Metronidazol 500 mg VO - 12/12h - por 14 dias. - Retirar DIU se tiver
- Antitérmico, analgésico
- Abstinência sexual
- Repouso relativo
Tratamento e ambiente de tto de DIP no Estágio II:
- Enfermaria (alta após cessar dor, febre e normalizar exames laboratoriais)
1. Doxicilina
200 mg - VO - (dose de ataque
100 mg - VO - 12/12h - (após alta) por 10 dias
2. Cefoxitina
2 g - EV - 6/6h - 24/48h após pode-se progredir para VO (por 10 dias)
Tratamento e ambiente de tto de DIP no Estágio III:
- Enfermaria (alta após cessar dor, febre e normalizar exames laboratoriais)
2. Clindamicina 900 mg - EV - 6/6h
3. Gentamicina 3-5 mg/kg/dia - EV - 8/8h
Após alta hospitalar
- Doxiciclina 100 mg - VO - 12/12 - por 10 dias
- Metronidazol 500 mg - VO - 8/8h - por 10 dias
Fatores de risco:
- ISTs prévias ou atuais
- Multiplicidade de parceiro (quanto mais relações desprotegidas, maior o risco) ou parceiro recente
- DIU (facilita quando há outros fatores de risco associados - a cavidade que era virtual com o DIU se torna real e isso favorece a ascensão das bactérias. O primeiro mês é o que deve ter mais atenção. O DIU somente não causa a DIP)
- Manipulação do trato genital
- Adolescentes e adultas jovens são as mais propensas (também às ISTs)
- Quando já houve uma ocorrência previa de DIP e ou cervicite
Achado de Fitz-Hugh-Curtis:
Peri-hepatite - aderências em decorrência de DIP crônica.
- Aderência em corda de violino
Sinais e Sintomas de DIP:
- Presença de massa anexial e febre
- Dor à mobilização do colo
- Dor pélvica e subcostal
- Endocervicite, material purulento à ectoscopia
- Dispareunia profunda
- Alterações menstruais (começa a aparecer metrorragia - endometrite)
Complicações de DIP:
- Infertilidade canalicular
- Dor pélvica crônica
- Gravidez ectópica
- Aderências
- Recidivas
- Abscesso tubovariano
Exames Cmplementares da abordagem: (não recomendados de rotina, mas os que podem ser escolhidos para melhor esclarecimento)
- Exame de secreção para Cultura, bacterioscopia e pesquisa de Clamidia
- Hemograma (leucocitose 11.000-12.000), VHS, PCR, bHCG
- Sorologias: VDRL, Hepatite B e C, HIV
- EAS e Urocultura (muito associada a queixas urinárias)
- Ultrassonografia abdominal e a transvaginal (as trompas não são normalmente visíveis à US) o ideal da US transvaginal é idealmente com doppler
- Laparoscopia (se não tenho US - PADRÃO OURO)
- Histeroscopia (aquela paciente que tem endometrite, queixa vaga)
- TC, RNM (não tem muita diferença, a não ser os planos que podem ficar na US - não podemos chegar aqui - em ultimo caso ….. serve mais como acompanhamento)
Diagnóstico diferencial de DIP:
Apendicite; Gravidez ectópica; Torção ovariana; Cisto ovariano hemorrágico ou roto; Endometriose; Infecção ou litíase do trato urinário; Síndrome do intestino irritável; Transtorno de somatização.
Diagnóstico diferencial de DIP:
Apendicite; Gravidez ectópica; Torção ovariana; Cisto ovariano hemorrágico ou roto; Endometriose; Infecção ou litíase do trato urinário; Síndrome do intestino irritável; Transtorno de somatização (exclusão).