Diverticulose, Polipose, Câncer de Cólon e Apendicite Aguda Flashcards
O que é o ponto de McBurney?
- Ponto de Mcburney: local onde provavelmente vai encontrar o apêndice (50% dos casos), limite entre o terço médio e lateral de uma linha traçada da espinha ilíaca anterossuperior direita ao umbigo
Qual a fisiopatologia da Apendicite Aguda?
- Inicia-se, principalmente, com uma obstrução da luz do apêndice;
Causas: fecalito, hiperplasia linfoide, neoplasia, áscaris, corpo estranho; - Com a obstrução em alça fechada, a secreção luminal que se acumula leva a distensão do órgão e ao supercrescimento bacteriano (inflamação) ->Peritônio visceral, ao sofrer distensão, gera dor inespecífica e não localizada (fibras desmielinizadas);
- Principais agentes: Bacterioides fragiles e E coli
Como é a evolução da Apendicite Aguda?
Após 12-24 horas de evolução: dor vaga periumbilical vaga - dor visceral -> ocorre diminuição do suprimento arterial (necrose da parede do apêndice) -> isquemia do órgão -> peritônio parietal -> inervação somática -> dor parietal = dor localizada e bem qualificada em FID (sinal de Blumberg)
Após 48 horas: há a perfuração, levando ao abscesso (principal complicação) ou peritonite difusa
Como é a clínica da Apendicite Aguda?
- Dor periumbilical inicialmente por distensão do peritônio visceral -> localizando-se em FID com a evolução da doença pela dor de peritônio parietal;
- Anorexia;
- Náuseas/vômitos;
- Alteração do hábito intestinal;
- Febre baixa;
- Disúria: apêndice retrocecal inflamado fica em íntimo contato com ureter e bexiga, podendo irritar por contiguidade
Quais as principais complicações da Apendicite Aguda?
Plastão/abcesso, peritonite difusa
Quais os sinais clássicos da Apendicite Aguda?
Sinal de Blumberg: descompressão brusca dolorosa em ponto de McBurney (vibra peritônio parietal e dói);
Sinal de Rovsing (compressão do vizinho): dor na FID após compressão do FIE;
Sinal de Dunphy (sinal da tosse): dor na FID que piora com a tosse;
Sinal de Lenander: T retal > T axilar em pelo menos 1ºC;
Sinal do Obturador: dor hipogástrio com a rotação interna da coxa direita flexionada;
Sinal do Psoas: dor à extensão da coxa direita com paciente em decúbito esquerdo
Como é feito o diagnóstico da Apendicite Aguda?
- Clínico: história clássica em homem jovem (alta probabilidade);
Faixa-etária típica: 10-40 anos; - Imagem:
Fazer se dúvida = idoso, criança, mulheres, obesos, gestantes ou suspeita de complicação (massa ou tardio > 48h);
Tomografia: padrão-ouro - aumento do apêndice (≥ 7mm), espessamento da parede, borramento da gordura perpendicular, abscesso, apendicolito
USG/RM: para crianças e gestantes;
o USG: aumento do apêndice (≥ 7mm), espessamento da parede, imagem em alvo, doppler com vascularização aumentada
Qual o tratamento da apendicite aguda simples (sem complicações) e precoce (< 48h)?
Hidratação + correção de distúrbios hidroeletrolíticos + antibiótico profilático + apendicectomia (aberta ou vídeo, tendência a laparoscopia);
Qual o primeiro passo na suspeita de complicação da apendicite?
Exame de imagem
Qual o tratamento da apendicite sem complicações com > 48h?
Antibiótico profilático + apendicectomia (aberta ou vídeo, tendência a laparoscopia)
Qual o tratamento da apendicite com abscesso?
- Drenagem percutânea (dreno mantido por 4–7 dias) +
- Antibioticoterapia (4 a 7 dias) +
- Colonoscopia (4-6 semanas) ±
- Cirurgia (apendicectomia tardia, 6-8 semanas após - aberta ou vídeo, tendência a laparoscopia)
Qual o tratamento da apendicite com fleimão (< 3cm)?
- Antibioticoterapia (4 a 7 dias) +
- Colonoscopia (4-6 semanas) ±
- Cirurgia (apendicectomia tardia, 6-8 semanas após - aberta ou vídeo, tendência a laparoscopia)
Qual o tratamento da apendicite com peritonite difusa ?
- Antibioticoterapia empírica (4 a 7 dias) +
- Cirurgia de urgência – ideal é laparoscopia se estável +
- Reanimação volêmica agressiva +
- Correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos
O que fazer em casos em que se suspeitava de apendicite, abriu e não era?
Apendicectomia Incidental (resseca apêndice igual) e investigar causa
Qual a antibioticoterapia utilizada na Apendicite Aguda?
- Cefoxitina ou
- Anaerobicida (Clindamicina ou Metronidazol) + aminoglicosídeo ou Cefalosporina de 3ª geração
Qual o Escore de Alvarado para Apendicite Aguda?
- Critérios:
Dor que migra para FID = 1;
Anorexia = 1;
Náuseas/vômitos = 1;
Dor a palpação de FID = 2;
Descompressão positiva em FID = 1;
Temperatura ≥ 37,5 = 1;
Leucocitose = 2;
Desvio para a esquerda = 1; - Interpretação:
0-3: improvável – avaliar outras causas;
4-6: provável - observação por 12 horas;
o Se o escore se mantiver o mesmo, indica-se a cirurgia;
≥ 7: muito provável – apendicectomia
Qual a fisiopatologia da doença diverticular dos cólons?
Dieta pobre em fibras, rica em carboidratos e proteínas -> menor o volume fecal -> maior é a força da peristalse e pressão intestinal -> grande força muscular, principalmente na zona frágil (artéria), forma-se um saco herniário de mucosa e submucosa (fenômeno de pulsão)
Quais as características da doença diverticular dos cólons?
Mais comum no sigmoide -> maior ponto de pressão intraluminal;
Acomete idosos -> aproximadamente 40-50 anos;
É mais comum a formação no lado esquerdo;
É um divertículo falso: mucosa e submucosa -> entrada das artérias retas;
Mais comum no ocidente ->dieta pobre em fibras, rica em carboidratos e proteínas;
A maioria é assintomático -> é um achado incidental na maioria dos casos
Como diagnosticar a doença diverticular dos cólons?
Colonoscopia -> é um achado incidental na maioria dos casos
Quais as complicações da doença diverticular dos cólons?
Inflamação: mais comum – 25%;
o Cólon esquerdo (sigmoide);
o Causa: obstrução (fecalito);
Sangramento: 15%
o Cólon direito;
o Causa: trauma da arteríola tracionada