DIREITO PENAL Flashcards

1
Q

O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras.

A

CERTO. O que a questão está querendo passar é que em relação as normas penais do tipo incriminadora só serão aceitas leis formais, porém para tipos não incriminadores, como descriminalização de condutas, as mesmas não necessariamente podem ser realizadas por tipos formais, já que decretos ou medidas provisórias podem versar sobre a matéria penal, desde de que para beneficiar o réu.

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2
Q

Conforme o STF, para que incida o princípio da insignificância e, consequentemente, seja afastada a recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja marcada por ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau de reprovabilidade, inexpressividade da lesão, e nenhuma periculosidade social.

A

CERTO.
É o famoso MIRA

M - Minima ofensividade do agente

I - inexpressividade do bem jurídico tutelado

R - Reduzidíssimo grau de reprovabilidade da conduta

A - Ausência de periculosidade

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3
Q

O crime permanente é aquele cujo resultado prolonga-se no tempo, atraindo a aplicação da lei penal vigente ao término do resultado.

A

ERRADO. Crime permanente é aquele cuja consumação se prolonga no tempo.

Crime continuado: crime crime crime crime crime crime crime
Crime permanente: ccccccccrrrrrrrrrriiiiiiiiiiimmmmmmmmmeeeeeeee

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4
Q

Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de aeronave ou embarcação brasileira que seja pública ou esteja a serviço do governo, independentemente de onde se encontrem, em razão do princípio da bandeira ou da representação.

A

ERRADO. Princípio da bandeira ou da representação.

Por este princípio, aplica-se a lei penal brasileira aos crimes cometidos no estrangeiro, a

bordo de aeronaves e embarcações privadas, mas que possuam bandeira brasileira, quando, no

país em que ocorreu o crime, este não for julgado.

Em caso de aeronaves ou embarcações públicas (que é o caso da questão), aplica-se o Princípio da Territorialidade, pois estas aeronaves são consideradas território brasileiro por extensão, onde quer que se encontrem!

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5
Q

O princípio da consunção é um princípio de resolução de conflito de leis penais no tempo, sem previsão expressa na parte geral do Código Penal brasileiro.

A

ERRADO. A alternativa está errada, pois o PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO não resolve o conflito de leis penais no tempo, mas diz respeito ao CONFLITO APARENTE DE NORMAS.
Quer um CONFLITO?! Então: CASE
Consunção: quando um fato (definido como crime) é meio de preparação/execução de outro crime.
Alternatividade: quando um mesmo tipo penal prevê várias condutas para configurar aquele crime.
Subsidiariedade: Aplica a norma que melhor se encaixe
Especialidade: Aplica a norma especial

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6
Q

No sistema penal brasileiro, a ilicitude é subjetiva, uma vez que sua configuração depende da capacidade de avaliação do agente acerca do caráter criminoso da conduta.

A

ERRADO. No sistema penal brasileiro, a ilicitude não é subjetiva, mas objetiva. A ilicitude (ou antijuridicidade) refere-se à contrariedade do fato com o ordenamento jurídico, ou seja, trata-se da violação de uma norma penal. É uma característica objetiva do fato típico que é analisada independentemente das características pessoais do agente.

A culpabilidade, por outro lado, é subjetiva, pois diz respeito à reprovabilidade da conduta do agente, levando em consideração sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de agir de acordo com esse entendimento.

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7
Q

Conforme a doutrina pátria, uma causa excludente de antijuridicidade, também denominada de causa de justificação, exclui o próprio crime.

A

CERTO.

O crime é composto por

1- Fato típico

2-Antijurídico

3-Culpável

Então: >Quando tiramos o 1 e o 2 dizemos que exclui o crime.

       >Quando tiramos o 3 dizemos que isenta de pena.
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8
Q

No Código Penal, a exposição de motivos é exemplo de interpretação autêntica, pois é realizada no próprio texto legal.

A

ERRADO. A Exposição de Motivos do CP deve ser encarada como interpretação doutrinária, e não autêntica, por não fazer parte da estrutura da lei.

A Interpretação Doutrinária ou científica é a interpretação exercida pelos doutrinadores, escritores e articulistas, enfim, comentadores do texto legal. Não tem força obrigatória e vinculante, em hipótese alguma.

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9
Q

Se um indivíduo praticar uma série de crimes da mesma espécie, em continuidade delitiva e sob a vigência de duas leis distintas, aplicar-se-á, em processo contra ele, a lei vigente ao tempo em que cessaram os delitos, ainda que seja mais gravosa.

A

CERTO. Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou permanência.

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10
Q

Suponha que Leôncio tenha praticado crime de estelionato na vigência de lei penal na qual fosse prevista, para esse crime, pena mínima de dois anos. Suponha, ainda, que, no transcorrer do processo, no momento da prolação da sentença, tenha entrado em vigor nova lei penal, mais gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicação da pena mínima prevista para o referido crime. Nesse caso, é correto afirmar que ocorrerá a ultratividade da lei penal.

A

CERTO. Um macete legal para acertar as questões relacionadas à Lei Penal no Tempo é que SEMPRE será aplicada a LEI MAIS BENÉFICA ao agente. Ou seja, se a lei mais benéfica vier depois do cometimento do crime, ocorrerá a RETROATIVIDADE de lei mais benéfica. Entretanto, se a lei mais severa vier depois do cometimento do delito, aplicará a lei mais benéfica vigente na data do fato, ou seja, ocorrerá a ULTRATIVIDADE da lei mais benéfica.

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11
Q

Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução coercitiva expedido pela autoridade judiciária competente, submeteu, embora temporariamente, um cidadão a situação de privação de liberdade. Assertiva: Nessa circunstância, a conduta do policial está abarcada por uma excludente de ilicitude representada pelo exercício regular de direito.

A

ERRADO.
ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL: os agentes públicos, no desempenho de suas atividades, não raras vezes devem agir interferindo na esfera privada dos cidadãos.

EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO: Compreende ações do cidadão comum autorizadas pela existência de direito definido em lei e condicionadas à regularidade do seu exercício.

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12
Q

Agirá em estado de necessidade o motorista imprudente que, após abalroar um veículo de passageiros, causando-lhes ferimentos, fugir do local sem prestar socorro, para evitar perigo real de agressões que possam ser perpetradas pelas vítimas.

A

CERTO. Resumo útil dos comentários: há divergências na doutrina, porém a CESPE considera que o Estado de Necessidade pode ser alegado pelo agente que, CULPOSAMENTE (imprudência, neste caso), deu causa ao resultado.

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13
Q

Haverá isenção de pena se o agente praticar o fato em estrito cumprimento de dever legal.

A

ERRADO. Isentar de pena é sinônimo de excludente de culpabilidade.

O estrito cumprimento do dever legal é excludente de ilicitude e não de culpabilidade. Não há sequer crime, pela exclusão da ilicitude.

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14
Q

Ocorre legítima defesa sucessiva, na hipótese de legítima defesa real contra legítima defesa putativa.

A

ERRADO. Legitima defesa sucessiva - quando há excesso daquele que age em defesa. Autorizando o prmeira agressor a exercer a LD sucessiva.

Legitima defesa Reciproca - quando age em LD real contra LD putativa.

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15
Q

Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um desconhecido, também maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um guarda-chuva e continue desferindo nele vários golpes, mesmo estando o desconhecido desacordado. Nessa situação hipotética, João incorre em excesso intensivo.

A

ERRADO. Extensivo se ESTENDEU no tempo, exagerou na duração, já estava desacordado e continuou batendo.

Intensivo ocorre exagero na INTENSIDADE dos atos, repelir um tapa com um tiro, por exemplo.

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16
Q

Henrique é dono de um feroz cão de guarda, puro de origem e premiado em vários concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado dia, esse cão escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, um menino que brincava na calçada. Ato contínuo, José, tio de Lucas, como única forma de salvar a criança, matou o cão.
Nessa situação hipotética, José agiu em legítima defesa de terceiro.

A

Gabarito: Errado

José agiu em estado de necessidade de terceiro e não em legítima defesa de terceiro.
Vale mencionar que poderia ser caso de legítima defesa se o autor da agressão utilizasse o animal como instrumento para praticar a lesão a vítima, aí ocorreria legítima defesa sem problemas.

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17
Q

Na definição de lugar do crime, para os efeitos de aplicação da lei penal brasileira, a expressão “onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado” diz respeito, respectivamente, à consumação e à tentativa.

A

CERTO. “onde se produziu (…) o resultado” indica a consumação de um crime.
“onde (…) deveria produzir-se o resultado” indicada a tentativa de um crime.

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18
Q

Segundo o princípio da territorialidade, se uma pessoa comete latrocínio em embarcação brasileira mercante em alto-mar, aplica-se a lei brasileira.

A

Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

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19
Q

Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado tráfico internacional de drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo crime, também foi condenado, no Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos e dois meses.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a ser cumprida por Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses.

A

ERRADO. Nesse caso de extraterritorialidade condicionada, não existirá a possibilidade de ocorrer “bis in idem”, pois que, se Jurandir já cumpriu sua pena no exterior (ou se ele tivesse sido absolvido), ficará afastada a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira. Desta forma, como ele foi condenado e cumpriu pena no exterior, não há falar-se em cumprimento de pena da lei brasileira, pois ele já respondeu pelo crime que cometeu, lá no estrangeiro.

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20
Q

A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral de aplicação da lei vigente à época dos fatos.

A

CERTO.
Extra-atividade: quando a lei se movimenta no tempo. Tem duas espécies: Retroatividade: A lei nova retroage para fatos que aconteceram antes de sua vigência; Ultratividade: A lei anterior (mais benéfica) continua em vigor para fatos que ocorreram durante sua vigência.

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21
Q

Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da subsidiariedade, que incide no caso de a norma descrever várias formas de realização da figura típica, bastando a realização de uma delas para que se configure o crime.

A

ERRADO. Para não confundir, são os 4 principios que devemos analisar quando estivermos diante de um conflito de normas, basta lembrar da palavra SECA.
S = Subsidiariedade
E = Especialidade
C = Consunção
A = Alternatividade.

Só para refrescar a memória, aqui vai uma breve explanação sobre os Princípios: * Principio da Subsidiariedade = comprovado o fato principal, afasta se o subsidiário, conforme dito, comprovado o roubo, afasta se o furto
*Princípio da Especificidade = lei geral será aplicada tão-somente quando uma norma de caráter mais específico sobre determinada matéria não se verificar no ordenamento jurídico.
* Princípo da Consunção = quando um crime de menor importância é absorvido pelo crime de maior importância.
* Princípo da Alternatividade = quando o tipo penal prevê mais de uma conduta em seus variados núcleos. Exemplo: Art. 16 da Lei nº 6.368/76, – “Adquirir, guardar ou trazer consigo, para uso próprio, substância entorpecente ou…”

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22
Q

A homologação de sentença estrangeira no Brasil, nos casos em que a aplicação da lei brasileira produza na espécie as mesmas consequências, independe de pedido da parte interessada, a fim de obrigar o condenado a reparar o dano.

A

ERRADO. Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para:

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança.

Parágrafo único - A homologação depende:

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

Questão errada

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23
Q

Considere que Alberto, querendo apoderar-se dos bens de Cícero, tenha apontado uma arma de fogo em direção a ele, constrangendo-o a entregar-lhe a carteira e o aparelho celular. Nessa situação hipotética, da mera comparação entre os tipos descritos como crime de constrangimento ilegal e crime de roubo, aplica-se o princípio da especialidade a fim de se tipificar a conduta de Alberto.

A

ERRADO. 1. ESPECIALIDADE: (Lex specialis derogat generali) A norma especial prevalece sobre a geral

  1. SUBSIDIARIEDADE: ocorre subsidariedade expressa, quando a própria norma reconhecer seu caráter subsidiário, admitindo incidir somente se não ficar caraterizado o fato de maior gravidade. Ex: pena de detenção de 1 mes a 6 meses, se o fato não constituir crime mais grave.

3.CONSUNÇÃO: o fato mais amplo e mais grave absorve outros menos amplos e graves, que funcionam como fase normal de preparação ou execução ou mero exaurimento. PRINCÍÍO APLICADO NA QUESTÃO

  1. ALTERNATIVIDADE:a norma descreve várias formas de realização da figura típica, onde a ação de uma ou de todas configura crime. São os chamados tipos alternativos, que descrevem crimes de ação múltipla.
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24
Q

Considere que Maria seja condenada ao pagamento de multa por crime praticado no estrangeiro, e, pelo mesmo delito, seja igualmente condenada no Brasil a pena privativa de liberdade. Nessa situação, a pena de multa executada no estrangeiro tem o condão de atenuar a pena imposta pela justiça brasileira.

A

CERTO. Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas (PENAS), ou nela é computada, quando idênticas.

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25
Q

Pedro, policial militar, foi convocado para acompanhar uma manifestação ao redor de prédios públicos. Em dado momento, parte dos manifestantes começou a apedrejar tais edifícios públicos, tendo ocasionado a destruição de uma vidraça da fachada de um deles. Em meio aos ataques, acreditando, erroneamente, que um dos manifestantes portava uma arma de fogo e iria disparar tiros contra ele, Pedro rapidamente sacou sua arma de fogo e disparou antecipadamente um tiro de advertência no chão, para tentar dispersar o manifestante. No entanto, o tiro acabou atingindo a perna do manifestante, causando-lhe lesão corporal grave.

Pedro agiu em legítima defesa putativa, pois acreditou, erroneamente, que estivesse sendo atacado por um manifestante armado.

A

CERTO. A legitima defesa putativa se perfaz na conduta de um agente em situação fática, quando imagina, acredita, prever erroneamente uma realidade adversa da que irá acontecer. Ele tem uma visão fantasiosa do que poderá ocorrer e se antecipa a fim de proteger de injusta agressão ou iminente perigo um bem jurídico.

26
Q

O agente policial, ao submeter o preso aos procedimentos estabelecidos na lei, como, por exemplo, à identificação datiloscópica, quando autorizada, e ao reconhecimento de pessoas e de coisas, no curso do inquérito policial,encontra-se amparado pelo exercício regular de direito, respondendo criminalmente nos casos de excesso doloso ou culposo.

A

ERRADO. Estrito cumprimento do dever legal -atuação de agente publico

exercício regular de direito - atuação do particular.

27
Q

É isento de pena o agente que, por doença mental ao tempo da ação, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato.

A

ERRADO

inteiramente incapaz = isento de pena

não era inteiramente capaz = redução de pena (1 a 2/3)

28
Q

Alberto, com mais de dezoito anos de idade, praticou crime de lesão corporal de natureza grave contra Bruno, seu inimigo. Alberto foi processado criminalmente, tendo sido comprovado que, ao tempo da conduta criminosa, ele era pessoa com doença mental, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, o que determinou a sua absolvição.

Para a absolvição de Alberto bastaria a este ser, ao tempo do processo, inteiramente incapaz de compreender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

A

ERRADO. Para a absolvição de Alberto bastaria a este ser, AO TEMPO DA AÇÃO OU DA OMISSÃO, inteiramente incapaz de compreender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (art. 26 do Código Penal).

29
Q

Julgue o item que se segue, acerca de extinção da punibilidade no direito penal brasileiro. É causa de extinção da punibilidade a reparação de dano decorrente de peculato culposo por funcionário público, antes do trânsito em julgado de sentença condenatória.

A

CERTO. Peculato

Art. 312.

§ 3º - No caso depeculato culposo, areparação do dano,se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade;se lhe é posterior, reduz demetade a pena imposta.

30
Q
A
31
Q

O crime de moeda falsa é incompatível com o instituto do arrependimento posterior.

A

Certo

Informativo 554 do STJ: Não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa

No crime de moeda falsa — cuja consumação se dá com a falsificação da moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a terceiros —, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de reparação. Desse modo, os crimes contra a fé pública, semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral, SÃO INCOMPATÍVEIS COM O INSTITUTO DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR, dada a impossibilidade material de haver reparação do dano causado ou a restituição da coisa subtraída (STJ. 6ª Turma. REsp 1242294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014).
32
Q

O particular que solicita vantagem econômica de suspeito sob falso pretexto de exercer influência sobre o delegado responsável pelo inquérito policial, para que não o indicie, pratica exploração de prestígio.

A

ERRADO. Art. 357 -Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade,a pretexto deinfluir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa.

33
Q

Para influenciar promotor de justiça a não oferecer denúncia contra Lúcio, Mário, analista do Ministério Público, solicitou ao provável denunciado a quantia de R$ 5.000. Lúcio pagou o valor, mas Mário não comentou o assunto com o membro do Ministério Público, e a denúncia foi oferecida regularmente.Nessa situação hipotética, Mário e Lúcio cometeram, respectivamente, os crimes de exploração de prestígio e de corrupção ativa.

A

INCORRETA. Pois trata-se de crime de exploração de prestígio, por parte de Mário, mas não de corrupção ativa por parte de Lúcio, sua conduta é atípica.

Corrupção ativa - Art. 333 -OFERECER ouPROMETER vantagem indevida a funcionário público, paradeterminá-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.

34
Q

Se um servidor público, valendo-se de seu cargo, apropriou-se, temporariamente, de equipamentos de informática da repartição e os manteve em residência para uso particular, durante alguns dias, não se configura o crime de peculato.

A

ERRADO. → O STF/STJ já decidiu ser atípica a conduta de peculato de uso.

ATENÇÃO!

→ Se o bem é infungível e não consumível: NÃO HAVERÁ peculato de uso

Ex: servidor público que utiliza carro oficial para levar seu gato ao veterinário.

→ Se o bem é fungível ou consumível: SERÁ peculato de uso

Ex: Servidor público que utilizar dinheiro público para pagar suas contas pessoais, ainda que restitua integralmente a quantia antes que descubram

→ Vale ressaltar que essa conduta configuraria, obviamente, improbidade administrativa (art. 9º, IV, da Lei n.° 8.429/92):

35
Q

Para a caracterização do crime de concussão, é necessário que o agente público, abusando de sua autoridade, exija a vantagem indevida mediante grave ameaça à vítima.

A

ERRADO. Se o agente público exigir por meio de ameça/violência, cometerá o crime de extorsão.

36
Q

Josefa, diretora administrativa da Secretaria de Estado de Educação, solicitou a quantia de R$ 2.000,00 ao particular André, a pretexto de obter decisão favorável a ele, em procedimento administrativo conduzido por outro servidor na Secretaria de Estado de Administração. Nessa situação, a conduta de Josefa amolda-se, em tese, ao crime de corrupção passiva e incide causa de aumento de pena em razão da função de direção ocupada por Josefa.

A

ERRADO. O crime de Tráfico de Influência (art. 332) consta do Capítulo II, “Dos Crimes praticados por Particular contra a Administração em Geral”, do Título XI, Parte Especial, do Código Penal.

No enunciado, consta que a solicitação do dinheiro foi realizada por Josefa, Servidora Pública, o que, em um primeiro momento, afastaria o delito de tráfico de influência, restando enquadrar o ato como Corrupção Passiva.

O crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a solicitação ou recebimento de vantagem indevida, ou a aceitação da promessa de tal vantagem, esteja relacionada com atos que formalmente não se inserem nas atribuições do funcionário público, mas que, em razão da função pública, materialmente implicam alguma forma de facilitação da prática da conduta almejada.

Por outro lado, no enunciado, “apenas” consta a informação de que Josefa era Diretora (servidora pública), porém não cita expressamente que ela solicitou a vantagem “em razão do cargo”, portanto, restaria afastado o delito de Corrupção Passiva por ausência de elementar do tipo, o que voltaria a classificar como Tráfico de Influência. (em tese, a pegadinha tá aí =/ )

37
Q

Pedro, diretor de uma escola estadual, desviou, de forma livre e consciente, em proveito próprio e ao longo de alguns meses, parte dos alimentos da merenda escolar dos alunos. Por temer futura fiscalização, Pedro restituiu, paulatinamente, todos os alimentos desviados. O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Pedro pela prática do crime de peculato. Nessa situação, a reparação do dano precedente à sentença irrecorrível extingue a punibilidade de Pedro, mas, se lhe for posterior, a pena imposta será reduzida à metade.

A

ERRADO. Apenas o peculato culposo poderá extinguir a punibilidade ou redução de pena em caso de reparação do dano.
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

38
Q

Para a caracterização do crime de corrupção passiva, deve ser demonstrado solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo agente público, não configurada quando há mero ressarcimento ou reembolso de despesa.

A

CERTO. Exemplo: Não comete crime médico do SUS que solicita reembolso do paciente por ter utilizado em cirurgia sua máquina particular para realizar exames.

39
Q

Os advogados dativos, nomeados por juízes para exercerem a defesa técnica em local onde não há Defensoria Pública, podem ser autores de corrupção passiva se solicitarem vantagem indevida para o exercício dessa função.

A

CERTO. - Segundo a doutrina quem exerce MÚNUS PÚBLICO não é equiparado a funcionário público para fins penais, a exemplo de tutores, curadores, depositário, inventariante e administrador judicial. Lado outro, são considerados funcionários públicos: diretor de organização social, administrador de loteria, advogados dativos, médico de hospital particular conveniado com o SUS, estagiários de entidades públicas.

40
Q

Não ofenderá o princípio da legalidade o juiz que, ao prolatar sentença condenatória, reconhecer de ofício, em favor do réu, atenuantes que não estejam previstas em lei nem foram alegadas pelas partes.

A

CERTO. Atenuante inominada: art. 66, CP: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.

41
Q

A ultra-atividade aplica-se à lei penal somente se ela for excepcional ou temporária.

A

ERRADO. Não apenas as leis excepcionais e temporárias são dotadas de ultratividade, mas também aquelas que de qualquer forma sejam benéficas ao réu (e também o investigado, o indiciado ou o acusado).

42
Q

Aquele que, no exterior, falsificar papel-moeda de curso legal no estrangeiro, estará sujeito a responder pelo mesmo crime perante a jurisdição brasileira, independentemente do cumprimento de pena no país onde o crime for praticado.

A

CERTA. Trata-se de uma das hipóteses de extraterritorialidade incondicionada.
- crime contra vida/liberdade do PR; crime contra patrimônio/fé da adm direta ou indireta; crime contra a adm pública, por quem está a seu serviço; crime de genocício quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Br;
- Nesses casos, o agente é punido no Br, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro (abate a pena cumprida no estrangeiro)

43
Q

Aquele que utilizar laudo médico falso para, sob a alegação de possuir doença de natureza grave, furtar-se ao pagamento de tributo, deverá ser condenado apenas pela prática do delito de sonegação fiscal se a falsidade ideológica for cometida com o exclusivo objetivo de fraudar o fisco, em virtude da aplicação do princípio da subsidiariedade.

A

ERRADO. A questão erra ao fundamentar a conclusão do enunciado no princípio da subsidiariedade, pois, na verdade, ela decorre do princípio da consunção.

44
Q

A homologação de sentença estrangeira no Brasil, nos casos em que a aplicação da lei brasileira produza na espécie as mesmas consequências, independe de pedido da parte interessada, a fim de obrigar o condenado a reparar o dano.

A

ERRADO. “Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança.

Parágrafo único - A homologação depende:

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada”.

Dessa forma, para que haja a obrigação de reparação do dano, deve, necessariamente, ser realizado o pedido pela parte interessada.

45
Q

Joaquim, penalmente imputável, praticou, sob absoluta e irresistível coação física, crime de extrema gravidade e hediondez. Nessa situação, Joaquim não é passível de punição, porquanto a coação física, desde que absoluta, é causa excludente da culpabilidade.

A

ERRADO. A coação FÍSICA irresistível e absoluta exclui a conduta do agente, uma vez que ele pratica movimentos alheios a sua vontade.

O que exclui a culpabilidade é coação MORAL irresistível.

  • Esquema:
    Coação Física -> exclui a conduta (presente no substrato fato típico).
    Coação Moral -> exclui a culpabilidade.
46
Q

Considerando a responsabilidade profissional, a ação precipitada, insensata, geralmente na forma comissiva, conduta que a cautela indica que deveria ser evitada, é definida como negligência.

A

ERRADO. É IMPRUDÊNCIA.

A imprudência é a forma ativa da culpa, visto que o indivíduo age de forma precipitada, sem cautela ou insensata, violando regras de conduta ensinadas pela experiência. Ex.: Indivíduo que dirige em alta velocidade no meio de uma cidade.

A negligência é uma forma passiva de culpa, que se configura quando o sujeito atua sem os devidos cuidados, com desatenção ou descuido. Ex: Pai que deixa a arma em local de fácil acesso de seu filho e a criança, ao encontrar a arma, atira em seu colega.

A imperícia é uma forma de imprudência no exercício da profissão, arte ou ofício. Nesse caso, o profissional é incapaz, inapto ou não possui conhecimentos suficiente e necessários para o exercício de sua profissão. Ex: médico obstetra que atinge a bexiga da parturiente durante a cesariana.

Atenção! É importante decorar quais são os elementos da culpa.

Elementos da culpa

  1. Tipicidade
  2. Nexo causal
  3. Conduta voluntária
  4. Resultado naturalístico involuntário
  5. Previsibilidade objetiva do resultado
  6. Violação do dever objetivo de cuidado.
47
Q

De acordo com o Código Penal, o agente que altera selo destinado a controle tributário comete crime de falsificação de selo ou sinal público.

A

ERRADO. Comete crime de falsificação de papeis públicos. Art. 293, CP. Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal;
III - vale postal;
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público;
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

48
Q

Considere que Silas, maior, capaz, ao examinar os autos do inquérito policial no qual figure como investigado pela prática de estelionato, encontre os documentos originais colhidos pela autoridade, nos quais seja demonstrada a materialidade do delito investigado, e os destrua. Nessa situação, em razão desse ato, Silas responderá pelo crime de supressão de documento.

A

CORRETO.

Supressão de Documento
Art.305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é particular.

49
Q

Aquele que emitir, sem permissão legal, título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador praticará crime contra a ordem econômica, as relações de consumo e a economia popular.

A

ERRADO. Trata-se de crime contra a fé pública e não contra a ordem tributária, os quais estão previstos na Lei 8137/1990.

Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.”

50
Q

No crime de peculato, o proveito a que se refere o tipo penal pode ser tanto material quanto moral, consumando-se o delito mesmo que a vantagem auferida pelo agente não seja de natureza econômica.

A

ERRADO. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.

STF: O peculato-desvio, por seu turno, caracteriza-se quando o agente estatal imprime à coisa destinação diversa da exigida ou esperada, em proveito próprio ou de outrem. O proveito a que se refere a lei tanto pode ser material como moral, auferindo o agente qualquer vantagem ainda que não de natureza econômica.

51
Q

A devolução dos bens apropriados indevidamente por João antes do recebimento da denúncia é hipótese de eficiente reparação do dano, o que deverá ser considerado como causa de extinção da punibilidade do crime de peculato-apropriação.

A

ERRADO

Veja que o João teve dolo em se apropria dos bens, logo, não a possibilidade de ele devolver e ser extinta a sua punibilidade, uma vez que essa somente pode ser aplicada quando temos o crime de peculato culposo.

52
Q

Uma investigadora de polícia exigiu de um traficante de drogas o pagamento de determinada importância em dinheiro a fim de que evitasse o indiciamento dele em inquérito policial. O traficante pediu um prazo para o pagamento do valor acordado e, dois dias depois, entregou o dinheiro à investigadora, a qual, então, ocultou as provas contra o traficante.
O cumprimento, pela investigadora, do acordado com o traficante configura circunstância qualificadora do crime.

A

ERRADO. O crime de concussão não prevê qualificadora ou mesmo causa de aumento de pena. A banca tentou confundir o candidato com a previsão da causa de aumento de pena prevista para o crime de corrupção passiva, em que ela será aumentada de 1/3 se o funcionário deixar de praticar ato de ofício.

53
Q

No exercício de suas atribuições, um funcionário público prestava atendimento a um cidadão quando necessitou buscar, no interior da repartição, um documento para concluir um procedimento. Por descuido do funcionário, um laptop da instituição, que estava sendo utilizado por ele, ficou desvigiado e o cidadão o furtou. Nesse caso, o funcionário público
não praticou crime, uma vez que não anuiu à conduta delituosa.

A

ERRADO. No caso narrado, o funcionário público agiu com descuido, isto é, com culpa e por isso responderá pela modalidade culposa de peculato, podendo ter sua punibilidade extinta caso repare o dano antes do trânsito em julgado da sentença

54
Q

Incorrem na prática de condescendência criminosa tanto o servidor público hierarquicamente superior que deixe, por indulgência, de responsabilizar subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo quanto os funcionários públicos de mesma hierarquia que não levem o fato ao conhecimento da autoridade competente para sancionar o agente faltoso.

A

CERTO. Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.”

55
Q

Caso o denunciado por peculato culposo opte, antes do pronunciamento da sentença, por reparar o dano a que deu causa, sua punibilidade será extinta.

A

CERTO. Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

56
Q

O auditor tributário que desviar, em proveito próprio, quantia que tenha recebido indevidamente para recolher aos cofres públicos cometerá crime de peculato.

A

ERRADO. A assertiva descreve o crime de excesso de exação em sua forma qualificada, previsto no art. 316, § 2º, Código Penal. Observe:

“§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.”

57
Q

O proprietário de estabelecimento comercial que impeça o acesso de auditor fiscal da SEFAZ, regularmente identificado e com atribuição para dar início à ação fiscal, pratica resistência

A

ERRADO. Para caracterizar a resistência deve ocorrer violência ou ameaça. O caso em tela é o crime de DESOBEDIÊNCIA.

Art. 330, CP. Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

58
Q

Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo clandestino para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros contrabandeados. Nessa situação, a pena pelo crime de contrabando será aumentada pela metade.

A

ERRADO. Art. 334-A, CP. Importar ou exportar mercadoria proibida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
[…]
§ 3º. A pena aplica-se EM DOBRO se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.

59
Q

O conhecimento da situação justificante é
indispensável para a configuração da legítima
defesa.

A

CERTO. O conhecimento da situação justificante é exigido para a configuração da legítima defesa, ou seja, não basta a existência dos elementos objetivos da referida excludente de ilicitude (agressão injusta, atual ou iminente, etc.), sendo necessário que o agente tenha atuado com conhecimento da existência dessa situação
justificante, ou seja, tenha agido para repelir a injusta agressão, o que se chama de “animus defendendi”.

60
Q

Incorrendo o agente em erro de proibição, se inevitável, haverá isenção de pena, diante da exclusão da culpabilidade pela ausência de potencial consciência da ilicitude do fato.

A

CERTO. Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

61
Q

O prazo de prescrição da pretensão executória somente começa a correr do dia em que a sentença condenatória transita em julgado para ambas as partes, momento em que nasce para o Estado a pretensão executória da pena.

A

Item correto, pois esse é o entendimento atual do STF

62
Q
A