DIP II - TUBERCULOSE Flashcards
QUAL O ESQUEMA BÁSICO DE TTO PARA TB?
2RHZE/4RH
1) FASE INTENSIVA = 2 MESES RHZE
20-35kg 2 comprimidos
36-50kg 3 comprimidos
>50kg: 4 comprimidos
2) FASE MANUTENÇÃO = 4 MESES RH
20-35kg: ( 1 ) 300/200 ou ( 2 ) de 150/75
36-50kg: ( 1 ) 300/200 + ( 1 ) 150/75 ou ( 3 ) 150/75
>50kg: ( 2 ) 300/200 ou ( 4 ) 150/75
QUAL O ESQUEMA BÁSICO PARA TB MENÍNGEA?
Semelhante ao padrão, aumentando o período de manutenção de 4 para 7 meses, totalizando 9 meses de tto.
2RHZE/7RH
1) FASE INTENSIVA = 2 MESES RHZE
20-35kg 2 comprimidos
36-50kg 3 comprimidos
>50kg: 4 comprimidos
2) FASE MANUTENÇÃO = 7 MESES RH
20-35kg: ( 1 ) 300/200 ou ( 2 ) de 150/75
36-50kg: ( 1 ) 300/200 + ( 1 ) 150/75 ou ( 3 ) 150/75
>50kg: ( 2 ) 300/200 ou ( 4 ) 150/75
QUAIS AS PRINCIPAIS REAÇÕES ADVERSAS DO TTO DA TB?
Mudança da coloração da urina (ocorre universalmente) Intolerância gástrica (40%) Alterações cutâneas (20%) Icterícia (15%) Dores articulares (4%)
O que fazer na vigência de efeitos colaterais onde o esquema básico não puder ser reintroduzido após a resolução da reação adversa, onde se identifica o medicamento causador?
O paciente deverá ser tratado com Esquemas especiais, compostos por outros medicamentos de primeira linha nas suas apresentações individualizadas, nas dosagens correspondentes ao peso do paciente.
QUAIS OS ESQUEMAS ESPECIAIS NA OCORRÊNCIA DE REAÇÃO ADVERSA ESPECÍFICA A CADA DROGA?
Reação adversa:
RIFAMPICINA: 2HZES / 10HE
ISONIAZIDA: 2RZES / 4RE
PIRAZINAMIDA: 2RHE / 7RH
ETAMBUTOL: 2RHZ / 4RH
Em que condições o TTO deve ser interrompido por toxicidade hepática? O que fazer essas condições?
1) Suspender o TTO quando:
a) Valores das enzimas hepática atingirem 3X o valor normal
b) Início de sintomas
c) Icterícia
2) Conduta:
a) Encaminhar o doente a uma unidade de referência secundária para acompanhamento clínico e laboratorial, além da adequação do tratamento, caso seja necessário.
b) Se após a interrupção do tratamento houver redução dos níveis séricos das enzimas hepáticas e resolução dos sintomas, indica-se a reintrodução do Esquema Básico da seguinte maneira:
R + E → H → Z
Com intervalo de três a sete dias entre elas.
c) A reintrodução de cada medicamento deverá ser precedida da análise da função hepática.
d) O tempo de tratamento será considerado a partir da data em que foi possível retomar o esquema terapêutico completo.
e) Se a dosagem das enzimas hepáticas não reduzirem para menos de três vezes o limite superior normal em quatro semanas ou em casos graves de tuberculose, iniciar esquema alternativo.
QUAL O TTO ALTERNATIVO NA VIGÊNCIA DE HEPATOTOXICIDADE?
1) COM DOENÇA HEPÁTICA PRÉVIA:
Com cirrose OU Sem cirrose + TGO/TGP 3x normal: 3SEO / 9EO
Sem cirrose e TGO/TGO < 3x normal: padrão.
2) SEM DOENÇA HEPÁTICA PRÉVIA:
TGO/TGP > 5x LSN ou >3x LSN ou Icterícia: Reintrodução do esquema básico [REHZ]
TGO/TGP > 5x LSN por 4 semanas ou casos graves de TB: [3SEO / 9EO]
Como se dá a profilaxia da TB?
Deve-se fazer a busca ativa de todos os contactante sintomáticos = TOSSE > 3 SEMANAS e orientar os assintomáticos.
Contactantes sintomáticos de casos de TB pulmonar com baciloscopia (+):
a) Exame de escarro: Se positivo (+) → Tratar Se negativo (-) → Orientação e TTO.
Quais exames solicitados na suspeita de TB? Quando solicitar?
BACILOSCOPIA: Pacientes que apresentam sintomas respiratórios, suspeita clínica/radiológica de TB ou de TB extrapulmonar. Deve obrigatoriamente ser realizada em duas amostras, uma na ocasião da consulta e outra na manhã seguinte. O escarro induzido é feito com solução salina hipertônica (5 ml de NaCl 3%) e nebulizador.
CULTURA: Quando houver suspeita clínica e/ou radiológica, mas com baciloscopia repetidamente negativa, de TB paucibacilar, de TB com dificuldade de obtenção de material, de TB extrapulmonar, de infecção por micobactéria não tuberculosa. Além disso deve ser realizada quando:
a) Contato com infectados
b) Paciente HIV positivo
c) Baciloscopia após 2 meses de tratamento
d) Populações de risco
➢ RADIOLOGIA: Todo paciente com suspeita de TB, Pode ser inalterada em alguns casos, como nos imunossuprimidos. Tem as utilidades de diferenciar
TB de outras doenças, diferenciar os diferentes tipos de TB, avaliar evolução após início do tratamento, e quando o paciente possuí baciloscopia positiva tem como função excluir outras doenças pulmonares.
QUAIS OS POSSÍVEIS ACHADOS RADIOLÓGICOS DA TB?
Pode apresentar-se radiologicamente como um foco pulmonar e/ou um foco linfonodal homolateral apenas.
FOCO PULMONAR 1ª: Pequena opacidade parenquimatosa, frequentemente unifocal. Em crianças acomete mais os lobos superiores, e nos adultos o médio e inferior.
TB PÓS-PRIMÁRIA: Pequenas opacidades de limites imprecisos, imagens segmentares ou lobares de aspecto heterogêneo, pequenos nódulos e/ou estrias.
TB MILIAR: Pode ocorrer tanto na TB primária quanto na TB pós-primária e corresponde a um quadro de disseminação hematogênica da doença. Apresenta-se como pequenas opacidades nodulares medindo de 1mm-3mm de diâmetro, distribuídas de forma simétrica em até 90% dos casos.
QUAIS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA TB PULMONAR?
Tosse persistente e produtiva ou não Hemoptise Dispneia Febre vespertina, Sudorese noturna Emagrecimento Baqueteamento digital.
TB PRIMÁRIA VS TB SECUNDÁRIA
A TB primária decorre da doença inicial e está mais associada a crianças, apresentando-se com lesão pulmonar periférica e adenopatia hilar, e tenda à cura espontânea na maioria dos casos.
A TB secundária apresenta-se com pequenos infiltrados até doença cavitária extensa, e a necrose liquefeita é liberada nas vias respiratórias resultando em lesões satélites nos pulmões, que coalescem e formam a pneumonia tuberculosa.
CARACTERIZAÇÃO DE TB MILIAR
Ocorre por disseminação brônquica ou hematogênica, o que demonstra uma queda brusca na imunidade (neoplasia, alcoolismo).
O nome vem do aspecto radiológico causado pela doença: MILIUM (lesões granulares amareladas) que atingem vários órgãos.