DII/2 Flashcards

1
Q

Principais diferenças entre DC e RCU?

A

Na RCU, o processo inflamatório está restrito à mucosa dos cólons e reto, ao passo que na DC envolve todas as camadas da parede intestinal, podendo se manifestar da boca ao ânus.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Características semelhantes DC e RCU.

A

Cronicidade, padrão recidivante, acometimento principalmente de adultos jovens de ambos os sexos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quadro clínico.

A

• diarreia presente em cerca de 70% dos casos ao diagnóstico, associada ou não à presença de sangue ou muco; • dor abdominal tipo cólica de intensidade variável, em geral sem alívio com eliminação de flatos ou fezes, descrita por 80% dos pacientes; • emagrecimento, com perda ponderal importante em 60% dos indivíduos ao diagnóstico. • sintomas sistêmicos: Febre, anorexia, mal-estar. • Na RCU: envolvimento do reto resulta em sangramento visível nas fezes, relatado por mais de 90% dos pacientes, urgência fecal, tenesmo e, algumas vezes, exsudato mucopurulento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Anamnese

A

• início dos sintomas • viagens recentes, • intolerâncias alimentares • uso de antibióticos e AINES • tabagismo • história familiar • caracterização de sintomas noturnos • manifestações extraintestinais envolvendo boca, pele, olhos, articulações • episódios de abscessos perianais ou fissuras e fístulas anais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Exame físico

A

• peso • coloração de mucosas (alterações relacionadas à desnutrição e anemia) • estado geral No abdome • cicatrizes cirúrgicas • dor à palpação (sem sinal de irritação peritoneal, exceto quando há distensão) • Na DC, tumoração no quadrante inferior direito (mesentério, próximo ao íleo terminal) • fissuras • fístulas • abcessos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Manifestações extraintestinais/1

A

> Divididas em Imunomediadas: • Artropatia periférica tipo I: Grandes articulações, menos que 5, aguda, assimetrica e autolimitada. • Artropatia periférica tipo II: poliartrite de pequenas articulações. curso cronico. • Artropatia axial: inclui sacroileíte e a espondilite aquilosante. • Lesões cutâneas: eritema nodoso, pioderma gangrenoso > Não imunomediadas (relacionadas a alterações metabólicas ou processos secundárias) • colelitíase • nefrolitíase • anemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Manifestações extraintestinais/2

A

> Temporárias e relacionadas ao fluxo da doença: • artrite periférica • eritema nodoso • aftas orais • episclerite > Curso independente • pioderma gangrenoso • uveíte • artropatia axial • colangite esclerosante primária

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Avaliação clínica da RCU - Classificação de Montreal

A

Na classifcação de Montreal, a doença é dividida quanto à extensão (E) e gravidade (S, de severity); • E1: proctite – limitada ao reto. • E2: colite esquerda – envolve cólon descendente até a flexura esplênica. • E3: extensa – acometimento proximal à flexura esplênica, incluindo a pancolite. • S0 - remissão - Assintomático • S1 - Leve • S2 - Moderada • S3- Grave

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Avaliação clínica da RCU

A

Leve - tratada ambulatorialmente Grave • 6+ evacuações sanguinolentas • febre • taquicardia • anemia • VHS elevada • hipoalbuminemia Fulminante • 10+ evacuações sanguinolentas • enterorragia • necessidade transfusional • atividade inflamatória elevada • megacólon toxico • perfuração intestinal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Avaliação clínica da RCU - Escore completo de Mayo

A

x ≤ 2 remissão clínica;
3 a 5 atividade leve;
6 e 10 moderada;
11 a 12, grave.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Avaliação clínica da RCU - Índice endoscópico para retocolite ulcerativa - UCEIS

A

Utiliza o padrão vascular, sangramento e ulcerações da mucosa em sua classificação, com pontuações de 1 a 3 para cada um dos três critérios, que são somadas. Apesar de esse índice ser mais representativo da atividade inflamatória, não considera a extensão da doença e é de pouca aplicação prática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Avaliação clínica da RCU - Escore parcial de Mayo

A

• Remissão (Mayo = 0): exame normal ou ausência de qualquer inflamação na mucosa. • Atividade leve (Mayo = 1): quando se observa apenas enantema, redução do padrão vascular e mínima friabilidade. • Atividade moderada (Mayo = 2): na presença de enantema mais intenso, não é possível visualizar a trama vascular, além de friabilidade e erosões. • Atividade severa (Mayo = 3): quando há sangramento espontâneo e ulcerações.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Avaliação clínica da DC - Montreal

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Avaliação clínica da DC - Avaliação clínica

A

Número de evacuações, peso, bem-estar geral, dor abdominal e manifestações extraintestinais, complicações e presença de tumoração em fossa ilíaca direita.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Avaliação clínica da DC - CDEIS e SES-CD (Escores)

A

avalia de forma independente cada segmento do intestino (íleo, cólon direito, transverso, cólon esquerdo e reto) quanto à presença de úlceras superfciais e profundas, superfície do intestino acometido e a presença de estenoses com ou sem inflamação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Avaliação clínica da DC - Escore específico de Rutgeerts

A

ara pacientes com doença restrita à região ileocecal submetidos a ressecção cirúrgica. • i0: ausência de lesões; • i1: ≤ 5 erosões/úlceras aftoides; • i2: > 5 erosões/úlceras aftoides intercaladas por mucosa normal ou úlceras maiores em áreas isoladas ou úlceras maiores confnadas a anastomose; • i3: inflamação difusa com erosões/úlceras aftoides; • i4: inflamação difusa com úlceras maiores, nó- dulos ou estenoses. Pacientes com escore i0 e i1 são considerados em remissão e i3 e i4 em atividade; aqueles classificados como i2 devem ser submetidos ao exame de enteroRNM para complementação diagnóstica e correta classificação da atividade ou remissão da doença.

17
Q

Diagnóstico

A

O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, laboratorial e na combinação de dados endoscópicos, histológicos e de imagem.

18
Q

Diagnóstico - RCU

A

A colonoscopia com intubação ileal e biópsias seriadas (do íleo ao reto) é a melhor forma de diagnosticar e avaliar a gravidade e extensão da RCU. Exceto para aqueles com colite grave, nos quais também existe a recomendação de extremo cuidado na realização da colonoscopia, ou preferencialmente a substituição desse exame por retossigmoidoscopia flexível com pouca insuflação e preparo retrógrado. Observa-se enantema e edema da mucosa, com perda do padrão vascular, friabilidade, erosões ou ulcerações superficiais. Em pacientes com doença de longa duração, nota-se perda das haustrações e aparência de tunelização do cólon, com atrofia mucosa, estreitamento luminal e presença de pseudopólipos. Na colite grave, há sangramento espontâneo e ulcerações. Achados histológicos auxiliam pouco no diagnóstico. Ramificações, distorções, depleções e alargamentos das criptas consequente à inflamação crônica da mucosa, assim como a depleção das células caliciformes e a metaplasia das células de Paneth associada à reparação tecidual. A inflamação é evidenciada por infiltrado de plasmócitos, aumento da celularidade da lâmina própria, agregados linfoides e espessamento da muscular da mucosa. A inflamação crônica é considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal.

19
Q

Diagnóstico DC

A

O diagnóstico é baseado em uma combinação de achados endoscópicos, histológico e de imagem. A colonoscopia é o principal exame. No entanto, faz-se necessária a investigação complementar do intestino delgado por métodos de imagens como a enterotomografa ou enterorressonância e, em situações especiais, por meio da cápsula endoscópica e enteroscopia assistida por balão. Colonoscopia: lesões descontínuas, úlceras profundas e longitudinais, com tendência a não acometer o reto. De maneira geral, observam-se acometimento de cólon, íleo terminal e ileocolônico em 20%, 30% e 30% dos casos, respectivamente. Após a confirmação diagnóstica de DC por colonoscopia, recomenda-se a avaliação do intestino delgado por meio de exames de imagem. Enteroscopia com duplo balão: pode acometer áreas do intestino delgado que não são acessíveis à EDA ou à colonoscopia. Cápsula endoscópica: Bastante sensível, superior à tomografa ou à ressonância no diagnóstico da doença de Crohn. contraindicada em pacientes com obstrução gastrointestinal, estenoses ou fístulas, marca-passo ou outros dispositivos eletrônicos implantados, e precisa de auxílio por endoscopia para inserção na presença de distúrbios da deglutição. A indicação desse exame está reservada para pacientes com alta suspeita de doença de Crohn, mas sem comprovação diagnóstica com outros exames. Exames de imagem: enterotomagrafia, enteroressonancia, Tide, ultrassonografia Exame anatomopatológico: importante afastar outras causas de lesão intestinal, como infecção por citomegalovírus ou fungos, a investigação anatomopatológica tem importância. Exames laboratoriais: • Hemograma: pode identifcar anemia e plaquetose. • Provas de atividade inflamatória, (PCR), (VHS). • Testes microbiológicos para excluir diarreia infecciosa. • Sorologia para HIV. Marcadores sorológicos: p-ANCA - RCU e ASCA -DC Diagnóstico diferencial: o mais parecido é a síndrome do intestino irritável.