Diarreias agudas Flashcards

1
Q

Principal agente etiológico das diarreias infecciosas

A

Vírus

Criança: Rotavírus

Adulto: Norovírus

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2
Q

Qual o agente infeccioso mais comum na diarreia dos viajantes?

A

E. coli enterotóxica

Bactéria lança uma toxina (como já é sugerido pelo nome) após aderir-se ao epitélio do TGI, causando diarreia explosiva, que dura cerca de três a cinco dias.

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3
Q

Dentre os micro-organismos causadores de gastroenterite, quais estão associadas à crise convulsiva tônico-clônica?

A

Shigella, Salmonella e Campylobacter

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4
Q

Dentre os micro-organismos causadores de gastroenterite, quais estão associadas à crise convulsiva tônico-clônica?

A

Shigella, Salmonella e Campylobacter

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5
Q

Infecção por Yersinia enterocolitica pode mimetizar:

A

Apendicite aguda

Vale lembrar apenas que, frente a um caso sugestivo de apendicite aguda, não iremos pensar inicialmente em infecção por Yersinia! Na apendicite, diagnóstico é IGUAL à cirurgia.

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6
Q

Diarreia que se inicia nas primeiras semanas após o início do antimicrobiano deve levantar suspeita de:

A

Colite pseudomembranosa

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7
Q

Antibiótico frequentemente associado a colite pseudomembranosa

A
  • Clindamicina
  • Cefalosporina
  • Quinolonas
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8
Q

Tratamento para colite pseudomembranosa

A

Suspensão do antibiótico causador da colite e em:

  • Casos leves a moderados: Metronidazol
  • Casos graves: Vancomicina
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9
Q

Mulher, 64 anos de idade, se queixa de dor abdominal difusa de forte intensidade há 24 horas, acompanhada de febre e diarreia sem sangue. Nega sintomas urinários. Antecedente de internação prévia há 1 mês devido a pneumonia. Refere tabagismo. Tem HAS e DM, controlados com medicamentos. Ao exame físico: Regular estado geral, FC:110 bcp, FR: 16, PA: 100x70 mmHg. Ausculta torácica sem alterações. Abdome distendido, doloroso com sinais de irritação peritoneal difusamente. Exames bioquímicos: Hb: 11,3 g/dL; Leuco: 19,57 mil/mm3; PCR: 60mg/dL; Creat: 2,19 m g/dL; Ureia:141 mg/dl; Lactato: 28 mg/dL; Gasometria sem outras alterações. Tomografia de abdome:

Qual é a principal hipótese diagnóstica?

A) Colite pseudomembranosa.

(B) Trombose venosa mesentérica.

(C) Úlcera péptica perfurada.

(D) Diverticulite complicada.

A

A) Colite pseudomembranosa

Adensamento da gordura = gordura com um tom de cinza mais claro

Espessura normal da alça é fina.

Espessamento de alça + adensamento de gordura + aumento do tamanho do órgão = inflamação OU isquemia intestinal

TC com contraste os vasos ficam mais brancos que as demais estruturas abdominais; logo exame sem contraste não é indicado para doença vascular.

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10
Q

Homem, 68 anos de idade, em atendimento no ambulatório. H.M.A.: queixa-se de diarreia há 20 dias, com fezes líquidas, amareladas, sem sangue, pus ou restos alimentares. Relata 7 a 8 evacuações ao dia, com despertar noturno e discreto desconforto em flanco esquerdo. Antecedentes de gastrite (SIC) em uso de bloqueadores de secreção ácida e tratamentos para sinusite bacteriana em duas ocasiões nos últimos dois meses. Nega ter familiares ou contatos próximos com quadro semelhante. EF: abdome globoso, sem sinais de defesa, ruídos hidroaéreos normoativos, sem outras alterações. ES: hemograma: sem alterações. Parasitológico de fezes: negativo. Pesquisa de Isospora e Cryptosporidium: negativas. Coproculturas: negativas. Colonoscopia: AP: colite crônica inespecífica, ausência de granulomas, presença de tampão mucoso fibrino leucocitário. A conduta mais adequada é:

a) Ciprofloxacino. b) Prednisona.
c) Metronidazol. d) Sulfassalazina.

A

Resposta certa: C.

Paciente idoso (\> 65 anos) que, após ter feito uso de antimicrobianos em duas ocasiões sucessivas para tratar um quadro de sinusite, evoluiu com uma diarreia que neste momento já deve ser classificada como “persistente”, isto é, com duração entre 2–4 semanas. As evacuações chegam a acontecer até 8 vezes ao dia e se acompanham de dor em flanco esquerdo: um padrão condizente com diarreia “baixa”, provavelmente uma colite. Exames laboratoriais e de pesquisa microbiológica inicial não revelam um diagnóstico específico, porém sua colonoscopia nos mostra o aspecto clássico da *Colite Pseudomembranosa* (CPM): existe colite macroscópica (mucosa hiperemiada e exsudativa) e formação de “pseudomembranas” amareladas (que no anatomopatológico se manifestam como tampões mucosos fibrinoleucocitários)! Sabemos que os idosos são um grupo especialmente suscetível ao desenvolvimento de CPM, e que o principal deflagrador dessa doença é o uso recente de antimicrobianos, em particular a clindamicina (2% dos pacientes), que às vezes é empregada no tratamento “de resgate” das sinusites bacterianas refratárias. Ora, com estes dados, o diagnóstico de CPM já pode ser estabelecido, mas podemos mesmo assim solicitar a pesquisa de toxina do *C. difficile* nas fezes, para corroborar nossa hipótese. Vamos relembrar os critérios que definem “CPM grave”?
(1) leucocitose \> 20.000/ml; (2) injúria renal aguda associada; (3) dor abdominal intensa e/ou mais do que 10 evacuações/dia. Logo, trata-se de um caso “não grave” de CPM, situação que tem como tratamento de primeira escolha o METRONIDAZOL ORAL (500 mg de 8/8h por 10–14 dias).
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11
Q

Cólera

  • Agente etiológico da Cólera
  • Transmissão e Imunidade
A

Vibrio Cholerae

Transmissão é comumente orofecal, através do consumo de água e de alimentos contaminados.

Imunidade apenas por tempo limitado (aprox. seis meses)

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12
Q

Tratamento da cólera

A
  • Formas leves e moderadas
    • ​Soro de reidratação oral (SRO)
  • ​Forma grave
    • ​Adultos
      • ​Doxiciclina 300mg ( dose única)
    • Gestantes e Crianças
      • ​Azitromicina ou Eritromicina
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13
Q

Foi noticiado, em agosto de 2013, um surto de cólera em Cuba, onde alguns turistas foram acometidos pela doença. Sobre a cólera, é CORRETO afirmar que:

a) Uma vez acometido pela doença, o indivíduo desenvolve imunidade permanente.
b) A notificação da doença não é compulsória no Brasil, pois, em nosso país, a cólera é uma doença endêmica.
c) Os contactantes de pacientes com cólera não devem receber tratamento quimioprofilático com antibióticos.
d) O principal reservatório do Vibrio cholerae são plantas aquáticas, moluscos marinhos e crustáceos, por isso a doença é endêmica na área do Caribe.
e) A vacinação é eficaz, confere imunidade por longo período (aproximadamente 10 anos) e somente é indicada em áreas onde esteja ocorrendo surto de cólera devido ao alto custo da vacina.

A

A INCORRETA. A infecção produz elevação de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado, em torno de seis meses, não havendo imunidade permanente.

B INCORRETA. Já sabemos! A cólera é uma doença de notificação compulsória internacional, com desencadeamento de investigação epidemiológica imediatamente após o estabelecimento da suspeita. O Brasil, portanto, não foge à regra!

C CORRETA. A quimioprofilaxia de contatos não é indicada por não ser eficaz para conter a propagação dos casos. A única medida comprovada está baseada na oferta de saneamento básico e medidas educacionais para a população. As vacinas disponíveis ainda apresentam imunogenicidade baixa e transitória, recomendadas eventualmente em ambientes de alto risco. Aproveitando para lembrar, isto nos faz lembrar bastante a vacina da febre tifoide…

D INCORRETA. O principal é o homem, apesar de estudos recentes sugerirem a existência de reservatórios ambientais como plantas aquáticas e frutos do mar. Apenas para reforçar, não há reservatório animal segundo o Guia de Vigilância Epidemiológica.

E INCORRETA. Como já discutimos, a vacinação apresenta baixa eficácia (50%), curta duração de imunidade (três a seis meses) e não evita a infecção assintomática.

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14
Q

A causa de morte mais frequente em pacientes com cólera é:
a) Hiponatremia. b) Choque hipovolêmico.

c) Choque séptico d) Hipercalemia.

A

Resposta certa: B) Choque hipovolêmico

A cólera, um tipo de diarreia aguda infecciosa causada pela bactéria Vibrio cholerae, caracteriza-se por uma secreção intestinal ABSURDA (estimulada por uma poderosa toxina secretada pelo patógeno), que acarreta a perda de até 20 litros de líquido em um dia. Desnecessário dizer que o paciente desenvolve uma severa espoliação volêmica, cursando com redução do volume circulante efetivo (volume de sangue dentro do leito arterial) e má perfusão tecidual generalizada (síndrome do choque hipovolêmico).

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15
Q

Sinais de alarme nas diarreias agudas

A
  • Diarreia abundante com desidratação
  • Fezes francamente sanguinolentas
  • Febre (≥ 38,5ºC)
  • Ausência de melhora após 48 horas
  • Novos surtos na comunidade
  • Dor abdominal grave associada a pacientes com mais de 50 anos
  • Idosos (≥ 70 anos)
  • Imunocomprometidos (ex.: Aids)
  • Uso recente de antibióticos
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16
Q

Os sinais de alarme da diarreia dispara uma investigação mais apurada.

A
  • Hemograma completo (leucocitose pode indicar infecção mais grave);
  • Bioquímica sérica (avaliar a perda de eletrólitos);
  • Exame das fezes:
    • Leucócito – se positivo = diarreia invasiva;
    • Lactoferrina – se positiva = diarreia invasiva;
    • Pesquisa de sangue oculto – se positivo = diarreia invasiva;
    • Coprocultura;
    • Pesquisa da toxina do Clostridium difficile;
    • Exame parasitológico de fezes.
17
Q

Indicações de antibioticoterapia empírica nas diarreias agudas

A
  • Pacientes com febre alta
  • Disenteria (sangue ou leucócitos nas fezes)
  • Frequência maior que oito evacuações diárias
  • Duração maior que sete dias
  • Desidratação importante
  • Idosos e imunocomprometidos
  • Diarreia grave em viajantes
  • Pacientes com valvas cardíacas mecânicas ou próteses vasculares recentes
  • Pacientes que serão hospitalizados
18
Q

Antibiótico de escolha para tratamento das diarreias agudas.

A

Quinolonas

  • Ciprofloxacina 500 mg, 12/12h, ou
  • Levofloxacina 500 mg, 1x/dia, por 5-7 dias