Diabetes Mellitus tipo 1 Flashcards
O que é diabetes mellitus tipo 1 (DM1)?
Doença crônica caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina.
Qual é a principal característica do DM1 em crianças?
Deficiência de insulina devido à destruição autoimune das células beta pancreáticas.
Qual é o principal mecanismo que leva ao DM1?
A destruição autoimune das células beta pancreáticas, resultando na deficiência de insulina.
Quais são os estágios do DM1 reconhecidos atualmente?
Estágio 1: autoimunidade de células beta sem hiperglicemia. Estágio 2: autoimunidade com intolerância à glicose. Estágio 3: autoimunidade com hiperglicemia clínica. Estágio 4: DM1 estabelecido.
Quais são os principais sintomas clínicos do DM1 na apresentação clássica?
Poliúria, polidipsia e perda de peso associadas à hiperglicemia e cetonemia/cetonúria.
Qual é o valor de glicemia plasmática que excede o limite renal, causando poliúria?
Quando a glicemia ultrapassa 180 mg/dL (10 mmol/L), excedendo o limiar renal de glicose.
Qual é o critério de glicose plasmática de jejum para diagnóstico de DM1?
Glicose plasmática ≥126 mg/dL (7 mmol/L) em pelo menos duas ocasiões.
Quais são os níveis de glicose plasmática em uma amostra aleatória que indicam diabetes?
Glicose plasmática ≥200 mg/dL (11.1 mmol/L) em um paciente com sintomas clássicos de hiperglicemia.
Qual é o valor de HbA1c que indica diabetes?
HbA1c ≥6.5%.
Qual exame raramente é necessário para o diagnóstico de DM1, mas pode ser utilizado em alguns casos?
O teste oral de tolerância à glicose (TOTG), com glicose plasmática ≥200 mg/dL (11.1 mmol/L) após 2 horas.
Quais são os sintomas típicos da cetoacidose diabética (CAD)?
Poliúria, polidipsia, perda de peso, hálito com odor frutado, sonolência e letargia.
Qual a prevalência de CAD como apresentação inicial em crianças com DM1?
A CAD é a apresentação inicial em cerca de 30% das crianças com DM1, variando de 15 a 70%.
Qual a população de maior risco para CAD como apresentação inicial de DM1?
Crianças pequenas (<6 anos) ou aquelas de condições socioeconômicas desfavoráveis têm maior risco de apresentar CAD.
Quais são os sinais e sintomas da CAD em crianças com DM1?
Náuseas, vômitos, dor abdominal, respiração de Kussmaul e hálito com odor frutado.
Qual é a primeira medida no manejo da CAD?
Reposição de fluidos intravenosos, seguida de correção dos níveis de glicose e eletrólitos e administração de insulina.
O que causa a hiperglicemia no diabetes tipo 1?
A destruição autoimune das células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina.
Quais são os fatores que contribuem para o desenvolvimento do DM1?
Fatores genéticos e ambientais, como a exposição a agentes infecciosos e alimentos em indivíduos geneticamente suscetíveis.
Qual é o risco de desenvolver DM1 em parentes próximos de pacientes com a doença?
O risco é significativamente aumentado; gêmeos monozigóticos têm até 65% de concordância até os 60 anos.
Qual é o tratamento básico para DM1?
Terapia com insulina, visando imitar o perfil fisiológico de secreção de insulina, com injeções de insulina basal e bolus de insulina rápida antes das refeições.
Quais são os tipos de insulina usados no tratamento do DM1?
Insulina prandial (ação rápida) e insulina basal (ação longa ou intermediária).
Qual o objetivo da terapia com insulina no DM1?
Imitar o perfil fisiológico de secreção de insulina, utilizando injeções de insulina basal e bolus de insulina rápida antes das refeições.
Quais são os tipos de insulina utilizados em uma bomba de insulina (CSII)?
Insulina de ação rápida ou ultrarrápida, como lispro, aspart ou glulisina, é usada para infusão basal e bolus.
Qual é a recomendação inicial de dose diária total de insulina para adultos recém-diagnosticados com DM1?
0,2 a 0,5 unidades de insulina por kg por dia, ajustando conforme sintomas e medições de glicose.
Qual a composição recomendada de um esquema de injeções múltiplas diárias (MDI) de insulina para DM1?
Aproximadamente 40 a 50% da dose diária total deve ser insulina basal, com o restante sendo insulina rápida ou ultrarrápida antes das refeições.
Como deve ser ajustada a insulina durante períodos de doença em pacientes com DM1?
A glicose deve ser monitorada a cada 2-3 horas, e, se a glicose estiver acima de 250-300 mg/dL, deve-se testar cetonas e ajustar a insulina conforme necessário para evitar cetoacidose.
Quais são as principais complicações agudas do DM1?
Cetoacidose diabética (CAD) e hipoglicemia são as principais complicações agudas.
Quais são as principais complicações microvasculares que podem ser prevenidas com o controle intensivo da glicemia?
Retinopatia, nefropatia e neuropatia.
Qual é o impacto do controle intensivo da glicemia nas complicações macrovasculares do DM1?
A terapia intensiva com insulina demonstrou reduzir doenças cardiovasculares e mortalidade.
Como prevenir a hipoglicemia em pacientes com DM1?
Monitorar a glicose regularmente, ajustar a insulina conforme a ingestão de alimentos e a atividade física, e usar glucagon em casos de hipoglicemia grave.
Quantas vezes por dia deve-se monitorar a glicemia com um glicosímetro para pacientes em terapia de insulina intensiva?
Idealmente, pelo menos quatro vezes ao dia, antes das refeições e ao deitar.
Qual é o principal benefício do monitoramento contínuo de glicose (CGM) para pacientes com DM1?
O CGM pode ajudar a prevenir hipoglicemia frequente ou grave e melhorar o controle glicêmico, fornecendo dados contínuos e alertas.
O que é ‘tempo no intervalo alvo’ no monitoramento contínuo da glicose (CGM)?
Refere-se ao tempo que os níveis de glicose permanecem na faixa alvo de 70 a 180 mg/dL, sendo utilizado como um parâmetro de controle glicêmico.
Quais são as estratégias educacionais importantes para famílias de crianças com DM1?
Ensinar a monitorar a glicose, administrar insulina, reconhecer e tratar hipoglicemia, além de ajustar o manejo durante doenças e viagens.
Qual é a vantagem da bomba de insulina (CSII) sobre as injeções diárias?
A CSII oferece maior flexibilidade na administração de insulina e pode melhorar o controle glicêmico com menor variabilidade em relação às injeções subcutâneas.