Cetoacidose Flashcards
O que caracteriza a cetoacidose diabética (CAD)?
A CAD é caracterizada por hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica com aumento do gap aniônico.
Qual a diferença principal entre CAD e estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)?
A CAD apresenta cetonemia e acidose, enquanto o EHH tem hiperglicemia severa e hiperosmolalidade sem cetose significativa.
Quais são os fatores precipitantes mais comuns da CAD?
Infecções, omissão de insulina, infarto agudo do miocárdio e uso de certos medicamentos (e.g., glicocorticoides e diuréticos tiazídicos).
Quais drogas estão associadas ao risco de CAD euglicêmica?
Inibidores de SGLT2, usados no tratamento do diabetes tipo 2 e off-label para diabetes tipo 1.
Qual é a apresentação clínica comum de pacientes com CAD?
Poliúria, polidipsia, perda de peso, náuseas, vômitos, dor abdominal, e em casos graves, alteração do estado mental.
Quais são os critérios laboratoriais para o diagnóstico de CAD?
Glicose > 250 mg/dL, bicarbonato sérico < 18 mEq/L, pH arterial < 7,3 e cetonemia/cetonúria positiva.
Qual é o tratamento inicial recomendado para reposição de fluidos na CAD?
Infusão de solução salina isotônica (0,9% NaCl) para corrigir hipovolemia e estabilizar o estado cardiovascular.
Quando deve ser iniciada a administração de insulina intravenosa na CAD?
Após correção da hipocalemia (se presente) e estabilização inicial com fluidos, quando o potássio sérico estiver ≥ 3,3 mEq/L.
Como a reposição de potássio deve ser ajustada durante o tratamento da CAD?
Manter os níveis de potássio sérico entre 4-5 mEq/L.
Qual o papel dos inibidores de SGLT2 na CAD?
Esses medicamentos aumentam a excreção urinária de glicose, podendo reduzir a glicemia, mas precipitam a CAD euglicêmica.
Quais exames laboratoriais devem ser solicitados no diagnóstico inicial da CAD?
Glicemia, eletrólitos séricos, gasometria arterial, cetonas no sangue e na urina, creatinina, hemograma, e osmolaridade plasmática.
Qual o impacto da reposição de fluidos na resposta ao tratamento com insulina?
A reposição de fluidos reduz a osmolaridade plasmática e melhora a resposta à insulina, otimizando o controle glicêmico.
Qual a indicação para adicionar glicose à reposição de fluidos durante o tratamento da CAD?
Quando a glicose sérica cair para 200 mg/dL em pacientes com CAD.
Quais são as complicações possíveis associadas à CAD não tratada?
Coma, choque hipovolêmico, insuficiência renal aguda, edema cerebral, e morte.
Qual a abordagem terapêutica em casos de hipocalemia severa (K+ < 3,3 mEq/L) na CAD?
Deve-se corrigir primeiro a hipocalemia com reposição de potássio antes de iniciar a insulina intravenosa.
Quando o bicarbonato é indicado no tratamento da CAD?
É indicado em pacientes com pH arterial <6,9, pois a acidose severa pode comprometer a perfusão tecidual.
Qual a taxa máxima recomendada de correção da osmolaridade plasmática para prevenir edema cerebral na CAD?
A redução da osmolaridade não deve exceder 3 mOsmol/kg por hora para minimizar o risco de edema cerebral.
Quando deve ser iniciada a reposição de potássio em pacientes com CAD?
Se o potássio sérico estiver ≤ 5,3 mEq/L, a reposição deve ser iniciada imediatamente.
Qual o cuidado necessário ao administrar insulina em pacientes com hipocalemia severa (K+ < 3,3 mEq/L)?
A insulina deve ser retardada até que o potássio sérico seja corrigido para ≥ 3,3 mEq/L.
Quando deve ser feita a conversão de insulina intravenosa para subcutânea na CAD?
Após resolução da cetoacidose e quando o paciente puder se alimentar, é iniciada a insulina subcutânea.
Qual o risco associado à correção rápida de hiperglicemia na CAD?
Correção rápida pode levar a edema cerebral, especialmente em pacientes jovens e crianças.
Qual é o alvo de potássio sérico durante o tratamento da CAD?
Manter os níveis de potássio sérico entre 4-5 mEq/L.
Quais são os sintomas clínicos do edema cerebral na CAD?
Cefaleia, letargia, confusão, alterações pupilares e, em casos graves, coma.
Qual a estratégia para a reposição de fluídos em pacientes com hipernatremia durante a CAD?
Usar solução salina isotônica inicialmente, com mudança para salina hipotônica conforme necessidade clínica.
Qual o protocolo de uso de insulina em pacientes com potássio sérico entre 3,3 e 5,3 mEq/L?
Administrar insulina intravenosa com adição de KCl aos fluidos de reposição.
Quais análogos de insulina podem ser utilizados na CAD?
Insulina regular ou análogos de ação rápida, como lispro, são igualmente eficazes no tratamento da CAD.
Qual o efeito da insulina sobre o potássio sérico durante o tratamento da CAD?
A insulina promove a entrada de potássio nas células, o que pode causar uma queda significativa no potássio sérico.
Como ajustar o tratamento de insulina em pacientes com CAD que apresentam hipocalemia severa?
A administração de insulina deve ser suspensa até que o potássio sérico seja ≥ 3,3 mEq/L.
Quais são os sinais laboratoriais de resolução da cetoacidose diabética?
Normalização do bicarbonato sérico, pH arterial > 7,3 e ausência de cetonas no sangue.
Quando deve ser usada a insulina subcutânea após tratamento com insulina intravenosa na CAD?
Quando a cetose estiver resolvida e o paciente estiver apto para alimentação, a insulina subcutânea deve ser introduzida.
Quando é indicada a conversão de insulina intravenosa para subcutânea no tratamento da CAD?
Quando a cetoacidose tiver se resolvido e o paciente estiver apto para alimentação, com glicemia controlada.
Qual o critério para o uso de bicarbonato no tratamento da CAD?
É recomendado quando o pH arterial é inferior a 6,9 devido ao risco de disfunção miocárdica e vasodilatação excessiva.
Quais são as complicações potenciais do tratamento inadequado da CAD?
Edema cerebral, hipocalemia grave e recidiva de hiperglicemia.
Quais são os sintomas de edema cerebral em pacientes com CAD?
Letargia, cefaleia, alteração pupilar, bradicardia e, em casos graves, coma.
Qual o diagnóstico diferencial a ser considerado em pacientes com CAD?
Acidoses com aumento do ânion gap, como acidosis lática, abuso de álcool, insuficiência renal avançada e intoxicações por aspirina ou metanol.
Como deve ser feito o monitoramento dos eletrólitos durante o tratamento da CAD?
Potássio, sódio e bicarbonato devem ser monitorados a cada 2-4 horas, ajustando a terapia conforme necessário.
Qual o objetivo da reposição de fluidos na CAD?
Corrigir a hipovolemia e melhorar a perfusão tecidual, reduzindo a osmolaridade plasmática e a glicemia.
Quais são os sinais laboratoriais de resolução da CAD?
Bicarbonato sérico normalizado, pH arterial > 7,3 e ausência de cetonas no sangue ou urina.
Como a reposição de potássio é ajustada durante o tratamento da CAD?
A reposição é ajustada para manter os níveis séricos entre 4-5 mEq/L.
Qual é a abordagem terapêutica em pacientes com CAD e potássio inicial < 3,3 mEq/L?
A insulina é suspensa até que o potássio seja corrigido, para evitar arritmias cardíacas graves.
Quais são as indicações para o uso de insulina intravenosa em pacientes com CAD?
Em pacientes com glicemia > 250 mg/dL, com acidose metabólica e cetonemia significativa.
Qual a principal complicação cerebral relacionada ao tratamento da CAD?
O edema cerebral, que ocorre principalmente com correção rápida da hiperglicemia e osmolaridade plasmática.
Quando o uso de soluções isotônicas é indicado durante a reposição de fluidos na CAD?
No início do tratamento, para expandir o volume extracelular e estabilizar o paciente hemodinamicamente.
Qual é o risco da administração rápida de fluidos em pacientes com CAD?
A redução rápida da osmolaridade pode causar edema cerebral, especialmente em jovens e crianças.
Qual o papel da insulina subcutânea após a resolução da CAD?
A insulina subcutânea mantém a glicemia estável e previne a recidiva da cetose após a interrupção da insulina intravenosa.