Derrame e Empiema Flashcards

1
Q

Achados semiológicos do derrame pleural

A

Inspeção: Diminuição da expansibilidade; Sinal de Lemos-Torres (abaulamento expiratório do espaço intercostal)
Palpação: Diminuição de frêmito toracovocal
Percussão: som maciço/submaciço
Ausculta: MV diminuído; egofonia na transição entre líquido e parênquima

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2
Q

Diagnósticos diferenciais do derrame no exame físico

A

Consolidação: frêmito toracovocal é aumentado
Pneumotórax: som timpânico na percussão
Atelectasia: tiragem intercostal

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3
Q

Achados de derrame na radiografia

A

Apagamento de seios costofrênicos, parábola de Damoiuseau

Incidências: AP, Perfil e Laurell

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4
Q

Técnica de escolha para fazer toraconcentese

A

Punção guiada por USG; Achados do derrame na USG: sinal do quadrado, sinal do sinusoide

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5
Q

Como fazer o diagnóstico da etiologia do derrame?

A

Toracocentese diagnóstica; punção 2 costelas abaixo do limite do derrame. Puncionar na borda superior da costela inferior.

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6
Q

Critérios de Light

A
  • Proteína líquido pleural / sérica > 0,5
  • LDH líquido pleural / sérica > 0,6
  • LDH pleural > 200

1 critério ou mais = exsudato

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7
Q

Criterios que indicam drenagem

A

Derrame exsudativo complicado (empiema):
Se pH <7,2
DHL > 1000
Presença de gram +

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8
Q

Etiologias de transudato e exsudato

A

Transudato: sd nefrótica, cirrose hepática, urinotórax, diálise peritoneal, mixedema, obstrução de veia cava superior, ICC

Exsudato: o resto; mais importantes: infecções (PNM, TB), doenças reumatológicas (glicose < 40), pancreatite, câncer, TEP, sarcoidose, quilotórax (leitoso, aumento de TG)

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9
Q

Qual a causa mais comum de derrame pleural?

A

ICC

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10
Q

Quando analisar derrame pleural por ICC?

A

Quando unilateral, tamanhos discrepantes, febre, dor pleurítica

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11
Q

Tratamento do derrame pleural

A
  • Toracocentese de alívio se houver desconforto respiratório
  • Tratar a causa base
  • Se não tratável ou recorrência → pleurodese (fechar espaço pleural)
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12
Q

Definição de empiema

A

Pus no espaço pleural

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13
Q

Fisiopatologia do empiema

A

Contaminação do espaço pleural pela passagem direta de bactérias através da pelura ou ruptura de abscessos pulmonares periféricos para a cavidade pleural.
Outra etiologia possível é a contaminação direta por infecção de outros órgãos (fístulas).
Também podem ocorrer por infecção secundária a procedimentos cirúrgicos torácicos.
Traumatismo torácico também é uma causa importante, seja por meio de trauma penetrante ou hemotórax.

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14
Q

Bactérias envolvidas no empiema

A

Pneumococo e o estafilococo permanecem como os
principais patógenos.
Bactérias aeróbicas gram-negativas (Escherichia
coli, Klebsiella e Pseudomonas ) e os germes anaeróbios vêm emergindo.

Adulto jovem e crianças > 2 anos, empiema parapneumônico → pneumococo

Crianças < 2 anos, rápida evolução e velamento do hemitórax → estafilococos

Pacientes debilitados
(alcoolismo, diabete, imunodeprimidos) → germes aeróbios gram-negativos e anaeróbios

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15
Q

Fases do empiema

A

Fase exsudativa: rápido acúmulo de líquido estéril como resposta à reação inflamatória pleural, com níveis de glicose, desidrogenase láctica (DHL) e pH ainda dentro dos limites da normalidade, a mobilidade pulmonar e da pleura visceral estão preservadas.

Fase fibrinopurulenta: líquido pleural mais turvo, um aumento progressivo dos valores da DHL e do número de leucócitos, contrapondo se a uma redução dos níveis de glicose e pH, como resultado do metabolismo bacteriano e fagocitose dos leucócitos. Há a formação de septações ou loculações pleurais e
conseqüente imobilização parcial do pulmão.

Fase crônica: Líquido pleural espesso e francamente purulento. Níveis de glicose abaixo de 40 mg/dl e pH menor do que 7 são características bioquímicas desta fase. A fibrina é progressivamente substituída por fibroblastos, o que determinará imobilização do pulmão ou “encarceramento pulmonar”. O organismo finalmente limita a infecção e protege-se da sua disseminação hematogênica.

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16
Q

Tríade diagnóstica do empiema

A

Clínica + radiológica + toracocentese

17
Q

Clínica do empiema

A

Febre, dor torácica e dispneia são os principais. Prostação, diminuição do MV, macicez à percussão, escoliose. Leucocitose >15-20 mil com desvio à esquerda.

18
Q

Radiografia no empiema

A

Radiografia apresenta derrame, mas é pouco específico para diferenciação
(líquido, consolidação, abscesso). Diferenciais:
- A interface do nível hidroaéreo estende-se completamente até a parede torácica
- Os limites da coleção hidroaérea diminuem quando em contato com o mediastino
- O nível hidroaéreo freqüentemente ultrapassa os limites das cissuras

Na dúvida, pode-se utilizar de Eco ou TC. Ajuda-nos a diferenciar

19
Q

Ecografia torácica no empiema

A

Ajuda a diferenciar massas sólidas de líquidos. No empiema, pode indicar septações (fase fibrinopurulenta).

Tem a limitação de ser operador-dependente

20
Q

Tomografia no empiema

A

Diferencia entre abscesso, derrame e empiema. Conseguem também ver a densidade do derrame, indicado transudato ou exsudato.

21
Q

Toracocentese

A

Deve ser feita para fins diagnósticos. O aspecto purulento no líquido define o diagnóstico do empiema, mas o material deve ser encaminhado para análise.

22
Q

Parâmetros bioquímicos que definem necessidade de drenagem

A

pH < 7,00; glicose < 60 mg/dl; desidrogenase láctica (DHL) > 1000 UI/L
são as características bioquímicas que caracterizam os derrames parapneumônicos
complicados.

23
Q

Conduta de acordo com as fases do empiema

A

Fase exsudativa: drenagem fechada

Fase fibrinopurulenta: drenagem pleural aberta e descorticação pulmonar precoce

Fase crônica: drenagem aberta, decorticação pulmonar e toracoplastia