CSV 1 Flashcards

1
Q

Qual a frequência máxima de doações?

A

Homem: 4 doações/ano, com intervalo minimo de 2 meses entre doaçõesMulher: 3 doações/ano, com intervalo mínimo de 3 meses entre doaçõesExceção: Doações autólogas (programadas pelo responsável do serviço de hemoterapia)

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2
Q

Qual a idade que permite doação?

A

de 16 a 69 anos, sendo que de 61 a 69, deve ter realizado doação previa. (candidatos < 18a necessitam consentimento do responsável)

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3
Q

Qual o peso minimo para doar sangue?

A

50kg, sem perda ponderal > 10% nos ultimos 3 meses

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4
Q

Quais os limites de PA e FC para doação?

A

50bpm < FC < 100bpm; 100mmHg < Psist < 180mmHg. Pulso de características normais.

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5
Q

Quais os niveis de Ht e Hb que permitem doação?

A

Homem: Hb > 13,0g/dL Ht > 39%Mulher: Hb > 12,5 g/dL Ht > 38%A Hb deve ser < 18,0 g/dL e o Ht < 54%

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6
Q

Qual o volume de sangue a ser coletado?

A

8ml/kg em mulher e 9ml/kg em homem, resultando em 450ml +/- 45ml aos quais podem ser acrescidos 30ml para realização de testes laboratoriais.

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7
Q

Qual o tempo máximo da coleta do sangue?

A

15 minutos, sendo o tempo ideal < 12min

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8
Q

Quais são os hemocomponentes?

A

ST - Sangue totalCH - Concentrado de hemaciasCP - Concentrado de plaquetasPFC - Plasma fresco congeladoCRIO - CrioprecipitadoCG - Concentrado de granulocitosPC - Plasma comum (isento de crio)PIC - Plasma isento de CRIOPFC24 - Plasma fresco congelado de 24hCHC - Concentrado de hemácias congeladas (desglicerinizadas)

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9
Q

Quais as temp. e o tempo de conservação dos hemocomponentes?

A

ST - 2 a 6ºC e 35 diasCH - 2 a 6ºC e 35 diasCP - 20 a 24ºC e 3 a 5 diasPFC e CRIO - < -18ºC ou < -30ºC e 12 (-18º) ou 24 meses (-30ºC)CG - 20 a 24ºC e 24 horasPC - < -18ºC e 12 mesesPIC - <18ºC e 12 mesesCHC - < -65ºC e 10 anos

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10
Q

Oque é lavagem? Para que é usada?

A

lavagem é eliminação da maior qtd de plasma possivel. Indicada para evitar reação alérgica

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11
Q

Oque é filtração? Para que é usada?

A

É a desleucocitação (retirada da camada de leucocitos para < 1,2x10^9)Usada para evitar RTFNH e prevenção de infecção por CMV (Profilaxia de aloimunização leucoplaquetária e em programas de transfusão cronica)para evitar aloimunização

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12
Q

Oque é irradiação? Para que é usada?

A

É a inativação linfocitaria.Utilizada para prevenir doença do enxerto X hospedeiro (GVHD)

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13
Q

Quais são os exames feitos na triagem sorológica?

A

Elisa ou quimio: HIV, HTLV, HCV, HBV, Chagas e sífilisNAT: HIV, HCV e HBVHbS: somente na primeira doaçãoEspeciais: Malária - Procedentes de regiões endemicas ha menos de 12 meses.CMV - Casos de indicação especifica de uso de filtros

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14
Q

Casos de alteração de sorologias

A

olhar tabelas

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15
Q

Quais são os testes pré transfusionais?

A

Tipagem ABO diretaTipagem ABO reversaTipagem RhD (pesquisa de D “fraco” e RhCE)Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI)Prova de hemóliseProva de compatibilidade

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16
Q

Como é feita a tipagem ABO direta?

A

Coloca-se as hemácias do paciente em tubos com soros comerciais conhecidos, a fim de determinar os antígenos presentes na superfície das hemácias do pct.

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17
Q

Como é feita a tipagem ABO reversa?

A

Coloca-se o soro do paciente em tubos com hemacias comerciais de Ags conhecidos, a fim de determinar os anticorpos presentes no soro do pct.

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18
Q

Qual o significado de discrepância da tipagem direta pra reversa?

A

Discrepâncias podem significar inúmeras coisas, entre elas: presença de subgrupos ABO

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19
Q

Como é feita a tipagem RhD?

A

As hemácias do pcte são colocadas contra dois tubos: um contendo soro anti-D e outro contendo um soro controle sem anticorpos. (qdo controle +, a tipagem é invalida, uma vez que pode ser causado por proteinemias ou outras causas)Se resultado RhD negativo, realizar pesquisa de D “fraco”.

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20
Q

Como é feita a pesquisa de D “fraco”?

A

3 partes:- pingar gota de anti-D, centrifugar e ler (eliminar erro técnico)- incubar a 37ºC, centrifugar e ler (temp ótima)- lavar 3x com solução fisiológica, Soro de coombs, centrifugar e ler (se houver aglutinação, é D “fraco”)

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21
Q

Como é feita a pesquisa de anticorpos irregulares (PAI)?

A

O soro do pcte é colocado em tubos com hemácias comerciais de antígenos conhecidos. (detecta IgM)Adiciona-se LISS e centrifuga-se a 37ºC (sensibilização eritrocitária)Lava-se com soro 3x e adiciona-se soro de coombs aos eritrócitos sensibilizados a fim de potencializar a reação (Detecta IgG)Lavagem evita reação falso negativaSão comparadas as reações com as hemacias para descobrir qual o anticorpo irregular está presente no soro.

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22
Q

Como é feita a prova cruzada maior?

A

O soro do receptor é colocado em tubos com hemácias do doador e centrifugado. (incompatibilidade ABO)Adiciona-se LISS e centrifuga-se a 37ºC (sensibilização IgG)Lava-se com soro 3x e adiciona-se soro de coombs aos eritrócitos sensibilizados a fim de potencializar a reação (Detecta IgG ou auto-anticorpos)*Lavagem evita reação falso negativa

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23
Q

Quais os testes pré transfusionais para CH e CG?

A

No sangue do receptor- Tipagem ABO direta e reversa- Tipagem RhD (pesquisa de D “fraco” e antigenos C e E, se negativo)- PAINo doador (bolsa)- Retipagem ABO- Retipagem RhD (não precisa repetir D “fraco”)- Prova de HemóliseProva de compatibilidade

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24
Q

Quais os testes pré transfusionais para plaquetas?

A

No sangue do receptor- Tipagem ABO direta e reversa- Tipagem RhD (pesquisa de D “fraco” e antigenos C e E, se negativo)- PAINo doador (bolsa)Selecionar plaquetas isogrupo

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25
Q

Quais os testes pré transfusionais para PFC e CRIO?

A

No sangue do receptor- Tipagem ABO direta e reversa- Tipagem RhD (pesquisa de D “fraco” e antigenos C e E, se negativo)No doador (bolsa)Selecionar PFC ABO compatível e CRIO isogrupo

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26
Q

Quais os testes pré transfusionais para transfusão em neonatos?

A

No sangue do receptor- Tipagem ABO direta (não reversa)- Tipagem RhD - PAI (amostra da mãe) - se PAI negativo, não há necessidade de prova de compatibilidade.*neonatos não serão transfundidos com ST, plasma, ou outros hemocomponentes que contenham anticorpos irregulares clinicamente significativosNo doador (bolsa)Selecionar bolsa O- sempre

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27
Q

Quais são os principais sistemas de antígenos eritrocitários?

A
  • ABO- Rh- Kell- Duffy- Kidd- MNS- Lewis
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28
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema ABO?

A

9

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29
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema Rh?

A

1

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30
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema Kell?

A

7

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31
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema Duffy?

A

1

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32
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema Kidd?

A

18

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33
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema MNS?

A

4

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34
Q

Em qual cromossomo se localiza o gene do sistema Lewis?

A

19

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35
Q

Qual a bioquímica do sistema ABO?

A

Os genes ABO não codificam a expressão dos antígenos ABO. Eles produzem glicosiltransferases específicas que transferem açucares que serão ligados à substancia precursora básica.

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36
Q

O que é a substancia precursora básica

A

A substancia precursora básica (H) é formada pela adição de fucose à uma molecula de N-acetil-glucosamina e D-galactose. Quando esta reação não ocorre, o individuo produz anticorpo anti-H (Bombay)

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37
Q

Como é formado o fenótipo A ou B?

A

O fenótipo A é formado a partir da adição de uma N-Acetil-D-Galactosamina à substancia H. enquanto o fenótipo B é resultante da adição de uma D-Galactose à substancia H.

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38
Q

Quais sistemas contém anticorpos naturais?

A

Somente o sistema ABO. Os outros precisam ser aloimunizados para formar anticorpos.

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39
Q

Qual a taxa de hemólise em transfusão ABO incompatível?

A

1ml de hemácias/min

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40
Q

Quais os subgrupos ABO de maior importância?

A

A2 (20% da população) - variedade quantitativa e qualitativaB adquirido - sangue do paciente previamente A, é tipado como B após infecção bacteriana (enzimas bacterianas retiram GalNac. (individuo aparece como B no teste, se tranfundido sangue B, haverá reação. Após a infecção, individuo volta ao normal)

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41
Q

Quais os genes e quais os haplótipos do sistema Rh?

A

RhD e RhCE são os genes, que podem gerar 8 haplotipos: Dce; dCe; DCe; dce; DcE; dcE; DCE; dCE

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42
Q

O que é RhD nulo?

A

RhD nulo é um fenótipo onde o antigeno Rh não é expresso. equivalente ao individuo Bombay no sistema ABO, ele pode doar para qualque Rh, mas só recebe de RhD nulo.

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43
Q

O que é D fraco?e o Del?

A

D fraco é uma variante quantitativa em que há menor quantidade de antígenos expressos na membrana da hemácia, tornando mais difícil a sua detecção. Se tipado errado (como RhD -), o D fraco pode causar RHAI. (Problema no doador, se o sangue for marcadp como negativo)Del é como um D fraco, com ainda menos antigenos expressos na membrana

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44
Q

O que é D parcial?

A

D parcial é uma variante qualitativa, onde nem todos os epítopos D são expressos na membrana, fazendo com que o indíviduo se imunize contra o antigeno RhD normal. (Problema no receptor, que recebe RhD +)

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45
Q

Qual a ordem de imunogenicidade dos ags RhD e RhCE

A

D > c > E > C > e (D e c causam as maiores reações imunogênicas)

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46
Q

Como ocorre a eritoblastose fetal e qual a sua prevenção?

A

A DHRN ocorre em mae RhD -, cujo primeiro parto teve filho RhD +, permitindo aloimunização da mãe pela placenta. No segundo parto RhD +, os anticorpos anti-D da mãe reagem contra os antígenos Rhd + do feto, causando hemólise. A sua prevenção é feita IGRh (IG pronto dado à mãe para imperdir aloimunização) 300 microgramas por 15ml de sangramento fetal ou hemocomponente D+

47
Q

Quais são os principais antígenos Kell?

A

K (KEL1) e k (KEL2 - Cellano)

48
Q

Como inativar uma reação Kell em laboratório?

A

DTT ou AET quebram as pontes de dissulfeto, inativando a reação

49
Q

Qual a importância do sistema Kell?

A

Pode causar DHRN e RTH. Fenótipo K0 é o fenótipo Kell nulo que está mais relacionado com aberrações genéticas e produz anti-Ku. Sindrome de McLeod tem Ags kell expressos fracamente, podendo pesquisa de Kell utilizada para auxílio diagnóstico.

50
Q

Quais os fenótipos do sistema Duffy?

A

Fy(a+b+); Fy(a+b-); Fy(a-b+) e Fy(a-b-)

51
Q

Importância clínica sistema Duffy?

A

Receptor para merozoítos Plasmodium Vivax. Indivíduos Fy(a-b-) (Normalmente africanos) são resistentes à malaria.

52
Q

Como fazer inativação em laboratório do sistema Duffy?

A

Fya e Fyb são sensíveis a enzimas proteolíticas (Bromelina, papaína e ficina), podendo estas ser utilizadas para inativar reação.

53
Q

Quais os fenótipos de do sistema Kidd?

A

jK(a+b+); jK(a+b-); jK(a-b+) e jK(a-b-)

54
Q

Qual a importância clínica do sistema Kidd?

A

Relacionado com severas RTH tardias (após 24h). Alem disso a glicoproteína Kidd é transpotadora de Uréia (quando fenótipo null (jK(a-b-)) pode haver problema de transporte ureico e individuos nao sofrem lise por ureia 2M, que causa problemas em laboratório)

55
Q

Qual a importância clínica do sistema MNS?

A

Anticorpos anti-M e anti-N não são ativos a 37ºC, não sendo importantes clinicamente. Geralmente Anti-S e anti-s são ativos a 37ºC e podem causar RTH e DHRN. O sistema MNS tambem pode ser inativado por enzimas proteolíticas.

56
Q

Qual a importância do sistema Lewis?

A

O sistema Lewis é incorporado na membrana atravez do plasma, portanto para ser expresso na membrana o indivíduo deve ser secretor.Não ha importância clínica, uma vez que anticorpos só são produzidos por indivíduos Le(a-b-) e não reagem a 37ºC

57
Q

O que significa ser um indivíduo secretor e qual a porcentagem da população é?

A

Indivíduo secretor é aquele cujo genótipo é Se/Se ou Se/se, oque faz com que os antígenos sejam expressos na saliva e nas secreções teciduais (exceto líquor). 20% da população é não secretora (se/se).

58
Q

O que são reações transfusionais?

A

São agravos ocorridos durante ou após a transfusão sanguínea e a ela relacionados

59
Q

Qual a classificação das reações transfusionais?

A

Quanto ao tempo:- Imediata: até 24h do início da transfusão- Tardia: após 24h do início da transfusãoQuanto a gravidade: - Grau I (leve)- Grau II (moderado)- Grau III (grave)- Grau IV (óbito)Quanto a causalidade:- Confirmada: não há outras causas possíveis- Provável: há correlação dos sinais e sintomas, mas há outras causas possíveis- Possível: Há evidencias de outras causas, mas a transfusão não pode ser descartada como causa- Improvavel: evidências claras de outra causa, mas transfusão nao pode ser descartada- Inconclusiva: não ha evidencias suficientes para descartar correlação- descartada: quando há evidencias suficientes para descartar a transfusão como causa

60
Q

Quais as possíveis etiologias de uma reação transfusional?

A

Imune: RHAI, RTFNH, Reação alérgica, TRALI, reação hemolítica tardia, aloimunização, GVHD (doença enxertoXhospedeiro), purpura pós transfusionalNão imune: contaminação bacteriana, sobrecarga de ferro, transmissão de doenças infecciosas (HIV, HCV, HBV, etc)

61
Q

Quais são as reações transfusionais mais comuns?

A

RTFNH e Reação alérgica são as mais comuns

62
Q

Quais são as reações transfusionais mais letais?

A

RHA, TRALI, TACO e contaminação bacteriana

63
Q

Qual a etiologia de uma RHAI?

A

Ocorre por incompatibilidade eritrocitária. Normalmente anticorpos do receptor reagem com antígenos do doador. Casos em que o inverso acontece: Individuos RN que tem baixo peso e, portanto, pouco sangue podem sofrer com reações do Ac do doador contra seus Ags

64
Q

Quais os sinais e sintomas de uma RHAI?

A

Febre, calafrios, dor no local da punção, dor torácica ou lombar, hipotensão e choque, hemoglobinúria, insuficiência renal (anúria), CIVD e morte.

65
Q

Qual a fisiopatologia de RHAI?

A

Reação Ag-Ac causa liberação de cininas, ativação do sistema complemento, ativação da coagulaçaõ, liberação de citocinas e finalmente falência renal.Hemólise causada pode ser intravascular (IgM mediada - ABO e Kidd) ou extravascular (IgG - a nivel de baço. causada pelos outros sistemas)

66
Q

Quais as causas de uma RHAI?

A

Troca de pctes, Hemocomponente errado transfundido, baixos títulos de Acs no sangue, que atrapalham a identificação.

67
Q

Como fazer confirmação diagnóstica de uma RHAI?

A
  • Cor do plasma (Hemoglobinemia)- Cor da urina (Hemoglobinúria)- Haptoglobina (baia é sinal de hemólise)- DHL aumentado- BI pode alterar se for uma reação de anticorpo irregular (extravascular)- Aumento de ureia e creatinina- TTPA aumentado- Demonstração sorológica de incompatibilidade —- Comparação testes pré e pós transfusionais—- Teste de antiglobulina direta (TAD) positivo—- Eluato para descobrir qual Ac irregular pode ter causado a reação
68
Q

TTO de RHAI?

A

Não há específico. Hidratação, manutenção da PA, administração de CH, plasma e CRIO e diálise (TTO sintomático)

69
Q

O que é TRALI?

A

Insuficiência respiratória aguda associada a transfusão

70
Q

Fisiopatologia do TRALI?

A

Ac plaquetário ou de neutrófilos do doador (anti-HLA, anti-HNA) contra Ag do receptor

71
Q

Diagnóstico de TRALI e sintomatologia

A
  • Ocorre até 6h após a transfusão (evento agudo)- Hipoxemia (Dispneia, SaO2 < 90%, crepitação na ausculta)- Infiltrado bilateral no Rx de tórax- Não há causa cardiogênica - Sintomatologia: Febre, Dispneia, Hipotensão, crepitação na ausculta pulmonar.
72
Q

TTO TRALI?

A

Administração de O2 é o TTO. É eficaz, com melhora em 48h do quadro.

73
Q

Profilaxia TRALI?

A

Impedir doação de mulheres multíparas (Sensibilizadas com anticorpos anti-HLA e anti-HNA)

74
Q

O que é TACO? Qual a fisiopatologia?

A

TACO significa Transfusion associated circulatory overload. A fisiopatologia é o aumento rapido de volume causado por transfusão. Ocorre durante a transfusão ou até 6h.

75
Q

Quais os sinais e sintomas de TACO?

A

Dispneia, taquicardia, aumento da PA, tosse, Rx sugestivo de sobrecarga.

76
Q

Profilaxia de TACO

A

Transfusão mais demorada, menos bolsas transfundidas de forma mais lenta.

77
Q

Pacientes de risco para TACO

A

Idosos, crianças, pessoas com insuficiência cardíaca, com insuficiência renal ou anemia crônica (toleram menos o aumento de volume)

78
Q

O que é dispneia associada a transfusão? Como é feito o diagnóstico?

A

Desconforto respiratório sem outra causa até 24h depois da transfusão. O diagnóstico é feito excluindo-se TRALI, TACO e reação alérgica.

79
Q

Quais as causas de contaminação bacteriana?

A
  • Assepsia incorreta na coleta- Bacteremia do doador (erro de triagem)- Contaminação de hemocomponente durante o processamento ou transfusão (mais raro)
80
Q

Qual o quadro clínico da contaminação bacteriana?

A

Febre de 2ºC, sinais de sepse,

81
Q

Qual a fisiopatologia da reação alérgica?

A

Ac do receptor contra proteínas plasmáticas do doador

82
Q

Quais os sinais e sintomas da reação alérgica?

A

Sinais de alergia (prurido, febre, urticaria) até 4h após transfusão. Edema de glote, broncoespasmo, febre, choque anafilático (mais graves)

83
Q

Qual a profilaxia da reação alérgica?

A

Lavagem de hemocomponentes (retirada de plasma)

84
Q

TTO de reação alergica

A

De acordo com gravidade

85
Q

O que é RFNH e como fazer diagnóstico?

A

RFNH é aumento de 1ºC sem outra causa identificada (excluir outras causas, até contaminação bacteriana)

86
Q

Qual a fisiopatologia da RFNH?

A

3 diferentes:- Ac receptor + leucocito do doador ativa sist. complemento e libera citocinas pró inflamatórias- Leucócitos do doador liberam citocinas- Reação Ag-Ac plaquetário que libera citocinas inflamatórias

87
Q

Qual a profilaxia da RFNH?

A

Filtração (leucorredução)

88
Q

Qual o TTO da RFNH?

A

Dipirona

89
Q

Qual a profilaxia da doença enxerto X hospedeiro (GVHD)?

A

Irradiação de hemocomponentes

90
Q

Qual a conduta diante de uma reação transfusional imediata?

A
  • Parar transfusão- Checar dados da bolsa- Manter veia com soro fisiologico- Solicitar exames confirmatórios- Comunicar ao banco de sangue (com hemocomponente e amostra do pcte)
91
Q

Quais os testes realizados no banco de sangue em caso de reação transfusional?

A
  • Refazer testes pré transfusionais- realizar cultura da bolsa
92
Q

Quais os critérios de Tx maciça?

A
  • Reposição de ao menos uma volemia em 24h (10u)- Reposição > 50% da volemia em 3h (5 a 6u)- Perda de 1,5ml de sangue/kg.min durante 20min
93
Q

Qual o protocolo para Tx maciça?

A
  • Liberar bolsa O- e isogrupo após testes- CH/PFC/CP: 1/1/1 (20min)5/5/1 (3h)10/10/1 (24h)
94
Q

Qual o protocolo de Tx de emergência?

A
  • Liberar bolsa O– Realizar testes mesmo após termino da Tx- Liberar bolsas compatíveis após testes- Se PAI +, deve-se avisar o PS sobre a possibilidade de reações* Médico solicitante é responsável pelas consequências do ato transfusional
95
Q

Como é feita a preparação de CH?

A

O concentrado de hemácias (CH) é obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção da maior parte do plasma. Sem solução aditiva devem ter hematócrito entre 65% e 80%. Com solução aditiva, de 50% a 70%.

96
Q

Quais as indicações do uso de CH?

A

Perda volêmica superior a 25-30%. Hemorragias agudas com fatores associados. Anemia < 7g/dL, sem comorbidades. e > 7g/dl, < 10g/dL se associado a comorbidades.

97
Q

Quais as contra-indicações do uso de CH?

A
  • Profilaxia- Melhora do bem estar geral- Melhora da cicatrização- Expansão do volume vascular
98
Q

Qual indicação de uso de CH desleucocitado (Filtrado)?

A
  • Evitar aloimunização- Impedir transmissão de CMV- Evitar RFNH*Usado em Tx crônicas
99
Q

Qual a indicação de CH lavado?

A
  • Evitar reações alérgicas
100
Q

Qual o objetivo de congelar CH?

A

Preservar tipos raros de sangue por mais tempo

101
Q

Como é preparado o PFC?

A

O PFC é obtido por centrifugação a partir de uma unidade de sangue total e congelado até 8h depois.

102
Q

Qual a indicação de uso do PFC?

A
  • Risco de sangramento causado por deficiência de múltiplos fatores da coagulação (I, II, VII, IX e X) - casos de hepatopatia e CIVD.- Reversão de anticoagulante oral ou urgente da anticoagulação.- Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia.- Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT). (plasmaférese terapêutica)
103
Q

Qual a contra-indicação de uso de PFC?

A
  • Como expansor volêmico e em pacientes com hipovolemias agudas (com ou sem hipoalbuminemia).- Em sangramentos sem coagulopatia.- Para correção de testes anormais da coagulação na ausência de sangramento.- Em estados de perda protéica e imunodeficiências.
104
Q

Qual a indicação de uso do PIC?

A

Uso restrito a reposição volêmica na plasmaférese em pacientes com PTT, em detrimento do PFC.

105
Q

Como é preparado o CRIO?

A

É preparado descongelando‑se uma unidade de PFC à temperatura de 1°C a 6°C. Depois de descongelado, o plasma sobrenadante é removido deixando‑se na bolsa a proteína precipitada.

106
Q

Qual a indicação de uso de CRIO?

A
  • Deficiência de fatores XIII, fibrinogênio, quando há hemorragia. E fatores VIII e FVW, na ausência desses fatores recombinantes.- Uso tópico de fibrinogênio na composição de cola de fibrina.
107
Q

Qual a contra-indicação de uso de CRIO?

A

O (CRIO) não deve ser usado no tratamento de pacientes com deficiências de outros fatores que não sejam de fibrinogênio ou Fator XIII.

108
Q

Qual a indicação de uso de PC?

A
  • Obtenção de hemoderivados
109
Q

Como é obtido o CP?

A

É feita uma centrifugação leve, em que se obtém o plasma rico em plaquetas (PRP); este plasma é novamente centrifugado, desta vez em alta rotação, para a obtenção do CP.

110
Q

Qual a qtd de plaquetas obtidas por pool e por aférese?

A

Cada unidade de CP unitários contém aproximadamente 5,5 x 10^10 plaquetas em 50‑60mL de plasma, já as unidades por aférese contém pelo menos 3,0 x 10^11 plaquetas em 200‑300mL de plasma (correspondente de 6 a 8 unidades de CP unitários).

111
Q

Qual a indicação de uso do CP?

A
  • Sangramentos ativos com plaquetopenia associada- Plaquetopenias por falência medular (doenças hematológicas e/ou quimioterapia e radioterapia - profilaticamente) - contagem < 10.000/µL na ausência de fatores de risco- contagem < 20.000/µL com fatores associados- contagem < 5.000/µL em pctes pediatricos sem fatores de risco- contagem < 20.000/µL em adultos com tumores sólidos- Distúrbios associados a alterações de função plaquetária (pcts de procedimentos cardíacos cirúrgicos, com utilização de circulação extracorpórea por 90‑120min - mesmo com contagens superiores a 50.000/µL, está indicada a transfusão de CP.)- Plaquetopenias por diluição ou destruição periférica (TX maciça, CIVD, plaquetopenias imunes (PTI) e dengue hemorrágica)- Procedimentos cirúrgicos invasivos (manter plaquetas > 50.000/µL) *Excessão cirurgias cerebrais, oftalmicas e pulmonares que deve-se manter > 100.000/µL
112
Q

Qual a contra-indicação de uso do CP?

A

A transfusão profilática mesmo para realização de procedimentos invasivos e/ou cirúrgicos deve ser evitada -> eventos tromboembólicosNa púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e na plaquetopenia induzida por heparina (PIH) a indicação de transfusão de CP está restrita a situações de sangramento grave.

113
Q

Qual a indicação do uso de CG?

A
  • Paciente com neutropenia (< 500 neutrófilos/mm³) e infecção documentada e não‑responsiva à terapia por pelo menos 24h a 48 horas, num cenário de hipoplasia mielóide reversível (sem perspectiva de melhora da neutropenia)