Crise Hipertensiva Flashcards
Classificação
- Emergência hipertensiva (risco iminente de morte)
- Urgência hipertensiva (risco não imediato de morte)
- Pseudocrise hipertensiva (retirada do fator causal faz PA cair –> analgésico e ansiolítico –> não melhorou? Exclui pseudocrise)
Principais diagnósticos diferenciais
- Pseudohipertensão - Aferição incorreta
2. Hipertensão crônica - não tomada da medicação
Sinais de alerta no estado do paciente com crise hipertensiva que o classifica como emergência clínica
- Encefalopatia hipertensiva
- Edema agudo de pulmão (estertoração pulmonar)
- AVC
- IAM
- Insuficiência Cardíaca Aguda
- Descompensação de DPOC
- Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia
- Amaurose
Regras gerais da conduta do paciente com emergência hipertensiva
- Redução imediata da PA (20-25%, se tiver HAS crônica)
- Investigar encefalopatia
- Iniciado em minutos ou em poucos horas
- Drogas IV potentes ou em bomba de infusão contínua
Regras gerais da conduta do paciente com urgência hipertensiva
- Redução gradual da PA (em até 24h)
- Avaliar HAS crônica prévia e o uso do esquema antihipertensivo
- Se não tomada dos medicamentos, retornar ao esquema.
- Drogas VO ou SL ou injetáveis em baixas doses.
Anamnese na crise hipertensiva
HDA: 1. Histórico de hipertensão 2. Uso de termogênico 3. AINEs4 4. Uso de descongestionantes nasais: “sorine/neosoro” 5. Abstinência de ansiolítico ANTECEDENTES: 6. Infarto 7. Angina 8. AVC 9. DM 10. Nefropatias 11. Tabagismo, 12. Problemas psicossomáticos
Exame físico na crise hipertensiva e possíveis achados
1º: Cardíaco: PA, ritmo (galope), galope, j
4º. Neurológico: avaliação de nível de consciência, coordenação, linguagem, sensibilidade, déficit mental, desvio de comissura, convulsão, dilatação pupilar.
5º. Fundoscopia: edema de papila
Metas de redução da PA
- Se EAP, AVC hemorrágico ou dissecção de aorta –> PAD < 100
- Demais casos –> PAD = 100 (redução inicial de 25% da PAM)
Condições associadas à crise hipertensiva
- AVC
- PCR
- Dissecção de aorta
- Nefrite aguda
- Eclampsia e pre-eclampsia
- Feocromocitoma
- Cocaína
- Reboot de Betabloqueador
- Queimadura extensa
Principais tipos de emergências hipertensivas e características que levam ao diagnóstico diferencial
- EAP –> Dificuldade respiratória, Estertores, sibilos e baixa StO².
- SCA –> Angina, naúsea, dispneia, sudorese
- Dissecção agudo de aorta –> Dor lancinante, pulsos assimétricos, sopro diastólico em foco aórtico.
- Encefalopatia hipertensiva –> Ínicio agudo de letargia, cefaleia, confusão, distúrbios visuais e convulsões. Fazer TC –> DD com AVE
- Hipertensão maligna –> Papiledema
- AVEh ou AVEi –> alterações neurológicas súbitas –> DD com hipo e hiperglicemia.
- Eclâmpsia –> PE prévio e convulsões
Exames complementares e achados investigados
- Hemograma –> coagulopatias (trombólise em AVEi) e infecção associada
- Glicemia (hipo ou hiperglicemia)
- Ureia e Creatinina (disfunção renal)
- Potássio (disfunção renal)
- Rx de tórax (acompanhamento de EAP, Dissecção, ICC, pneumonia)
- ECG (DAC, SVE, FA aguda ou crônica)
• TC de crânio (AVE)
Conduta nas emergências hipertensivas
- Monitorização
a) Quadro clínico
b) Sinais vitais - Reduzir PA
- Tratar causas
Medicamentos utilizados no tratamento de EAP
- Diuréticos
- Nitroprussiato
- Nitratos
- Morfina
Medicamentos utilizados no tratamento da Síndrome coronariana aguda
- Nitratos injetáveis
a) Nitroglicerina 5 – 100 µg/min EV em bomba de infusão
- 1 ampola de 50mg em 250mL de SF 0,9%, iniciar 3mL
b) Nitroprussiato de sódio - 0,25-10 µg/kg/min, se necessário
- 1 ampola de 50mg em 200mL SG 5% iniciar 2-5mL/h
Cuidados gerais com o uso de nitratos
- Monitorar PA de perto –> Atuam rapidamente e geram hipotensão e roubo de fluxo (Nitroprussiato)
- Proscrito em Taqui ou bradicardia
- Proscrito se uso de Sildenafila nas ultimas 24h
- Proscrito se uso de Tadanafila nas ultimas 48h
- Usar somente se PAS mínima de 100mmHg