Criminologia Flashcards

1
Q

No livro “ Criminologia crítica e crítica do Direito Penal” Alessandro Baratta, ao apresentar determinada perspectiva teórica, explica que, para seus autores, perguntas centrais seriam aquelas dizendo respeito a “quem definido como desviante?” “que efeito decorre desta definição sobre o indivíduo? e “quem define quem?”. O trecho citado se refere à perspectiva criminológica da teoria da associação diferencial.

A

ERRADO:

Labelling Approuch - Por meio dessa teoria ou enfoque, a criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em que se atribui tal “qualidade” (estigmatização). Assim, o criminoso apenas se diferencia do homem comum em razão do estigma que sofre e do rótulo que recebe.

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2
Q

São TEORIA DO CONSENSO: Chicago; Anomia; Subcultura do delinquente; Associação diferencial

A

CORRETO:

TEORIAS DO CONSENSO:
Chicago
Anomia
Subcultura do delinquente
Associação diferencial

TEORIA DO CONFLITO
Etiquetamento / labelling aproach
Marxista / crítica

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3
Q

Para a Teoria da Associação Diferencial o comportamento criminoso dos indivíduos tem sua gênese pela aprendizagem, bem como contato com padrões de comportamento favoráveis à violação da lei.

A

CORRETO

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4
Q

Para a Teoria da Anomia, a anomia é uma situação social em que há falta de coesão e ordem, especialmente, no tocante a normas e valores sociais. Essa escassez resultaria em uma sociedade levada a um estado de precariedade pela falta de ordem, de modo que cada um seguiria suas próprias normas individuais. Trata-se de uma Teoria do Conflito.

A

ERRADO:

A Teoria da Anomia é uma Teoria do CONSENSO.

São TEORIA DO CONSENSO: Chicago; Anomia; Subcultura do delinquente; Associação diferencial

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5
Q

Vários estudos indicam que a população carcerária brasileira é formada essencialmente por jovens pretos e pardos, com baixa escolaridade e processados por delitos patrimoniais e relacionados ao tráfico de drogas. Parte da criminologia analisa essa dinâmica através das noções microssociológicas e macrossociológicas da ideologia da defesa social, propostas pelas teorias conflituais.

A

ERRADO:

Essa dinâmica é analisada através das noções de criminalização primária, criminalização secundária e seletividade do sistema penal, propostas pela criminologia crítica.

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6
Q

Para Zaffaroni, a criminalização secundária possui seletividade e vulnerabilidade porque exerce poder punitivo sobre pessoas em face de suas fraquezas, por exemplo, moradores de rua, usuários de droga.

A

CORRETO:

Este fenômeno guarda íntima relação com o movimento criminológico conhecido como labelling approach (teoria da reação social, da rotulação ou do etiquetamento social): aqueles que integram a população criminosa são rotulados ou etiquetados como sujeitos contra quem normalmente se dirige o poder punitivo estatal.

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7
Q

Em sua obra “História dos pensamentos criminológicos” Gabriel Anitua explica que, para determinada corrente de pensamento, “o problema do desvio (… encontra-se (…) na estrutura social. A estrutura social não permite a todos os indivíduos que seu comportamento se oriente de acordo com as metas e meios culturalmente compartilhados”. O trecho do citado autor se refere à perspectiva da teoria do etiquetamento social, desenvolvida pela Escola de Chicago.

A

ERRADO:

Se refere à Teoria funcionalista da anomia, desenvolvida por Robert Merton; Anomia significa uma incapacidade de atingir os fins culturais. Ocorre quando o insucesso em atingir metas culturais, devido à insuficiência dos meios institucionalizados (sistema de normas), gera conduta desviante.

Anomia consiste na falta de ordem e coesão, falta de normas ou existência de muitas normas ambíguas.

As desigualdades sociais, a escassez de oportunidades, e os contrastes de uma sociedade heterogênea e de consumo, incentivam o surgimento de uma mentalidade de anomia. É muito difícil convencer uma parcela do corpo social, menos abastada, de que o trabalho assalariado compensa mais do que os serviços para o tráfico de drogas, furtos, roubos, assim, o sujeito não aceita as regras de convivência social impostas, inclusive as leis existentes para a mantença da paz social, por sentir-se de certa forma, frustrado, em razão da impossibilidade de atingir os objetivos socialmente estabelecidos através dos meios institucionalizados.

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8
Q

A teoria das zonas concêntricas, de Ernest Burgess, indica que o crescimento das cidades se dá a partir dos respectivos centros e, quanto mais próximo ao centro, mais alta a classe social das pessoas que ali residem.

A

ERRADO:

Ao contrário, para Ernest Burgess quanto mais longe do centro, mais alta é a classe social das pessoas. Os subúrbios e a exurbia são zonas afastadas do centro.

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9
Q

A teoria ecológica entende a cidade como produtora de delinquência, havendo zonas em que a criminalidade seria maior e outras com índices menores de criminalidade.

A

CORRETO:

Também chamada de Teoria Ecológica ou Teoria da Ecologia Criminal, a Escola de Chicago tem como objeto central a análise das cidades e a sua contribuição para o fenômeno da criminalidade. Os principais autores da Escola de Chicago são: William Thomas, Robert Park, Ernest Burguess, Clifford Shaw e Henry Mackay.

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10
Q

A cifra negra corresponde à criminalidade sem registro oficial, desconhecida, impune e não elucidada.

A

CORRETO:

Trata-se do conjunto de crimes que não chegam ao conhecimento do Estado para registro por razões subjetivas, tais como o medo de represália (sequestro, ameaça), vergonha (estupro) ou por descrédito com a polícia e a justiça, ou seja, com os órgãos de controle social formal (crimes de bagatela). Atentar que nas cifras negras os crimes sequer chegam ao conhecimento da autoridade policial ou de outro órgão estatal.

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11
Q

A cifra cinza são crimes praticados com abuso de poder ou arbitrariedade ou violência policial, os quais não são noticiados aos órgãos fiscalizadores competentes (corregedorias, por exemplo).

A

ERRADO:

A questão descreve a CIFRA AMARELA.

A CIFRA CINZA são crimes que chegam ao conhecimento da autoridade policial, entretanto não prosperam na fase processual, haja vista a composição das partes ou a ausência de representação.

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12
Q

Cifra Amarela são os crimes praticados por criminosos diferenciados, denominados “criminosos do colarinho branco” (conexão com a teoria consensual da Associação Diferencial). É a criminalidade praticada pela elite e os crimes de ‘colarinho branco’

A

ERRADO:

Trata-se da CIFRA DOURADA.

A CIFRA AMARELA são crimes praticados com abuso de poder ou arbitrariedade ou violência policial, os quais não são noticiados aos órgãos fiscalizadores competentes (corregedorias, por exemplo).

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13
Q

Cifra Verde são os crimes relacionados à homofobia.

A

ERRADO:

Trata-se da CIFRA ROSA.

CIFRA VERDE são os crimes ambientais cuja autoria não é identificada, impossibilitando a responsabilização do delinquente (Exemplo: a pichação).

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14
Q

Cifra Azul são os Homicídios praticados pelos chamados serial killers (assassinos em série). São os criminosos – geralmente psicopatas – que matam vítimas cujo modus operandi funciona como uma verdadeira assinatura do criminoso, sempre matando com as mesmas características, armas, modo de execução, etc., de modo a deixar a própria marca.

A

ERRADO:

Trata-se da CIFRA VERMELHA.

CIFRA AZUL são os crimes praticados pelas classes menos favorecidas da sociedade, como roubos, furtos

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15
Q

A Criminologia tem como objeto o estudo do crime, do delinquente, da vítima, do controle social e do dever-ser.

A

ERRADO:

O DIREITO PENAL É uma ciência normativa, situada no mundo da cultura, que estuda o “dever ser”.

A Criminologia pode ser definida como ciência autônoma, empírica e interdisciplinar, que se preocupa em estudar, por meio de métodos biológicos e sociológicos, o crime/delito, o criminoso/delinquente, a vítima e o controle social, com escopo de controle e prevenção da criminalidade, tratando do crime como problema social.

Tem como objeto o estudo do crime, do delinquente, da vítima e do controle social.

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16
Q

A polícia, o Poder Judiciário e o sistema penitenciário exercem o controle social formal.

A

CORRETO:

Segundo a criminologia, o controle social dos crimes ocorre pela integração da atuação social de dois tipos de controle: o informal e o formal.

O Controle Informal pode ser entendido como o dia a dia das pessoas dentro de suas famílias, escola, igreja, profissão, etc. A imensa maioria da população não delinque, pois sucumbe às barreiras desse primeiro controle.

Como segundo obstáculo para a prática do delito temos os Controles Formais, exercidos pelos diversos órgãos públicos que atuam na esfera criminal, como as policias, o Ministério Público, o Sistema Penitenciário, etc. Em geral, na ausência ou fracasso das instâncias informais, passam a atuar as instâncias formais, bem mais coercivas e repressoras que as instâncias formais.

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17
Q

O controle informal é exercido pela Polícia.

A

ERRADO:

O Controle Informal pode ser entendido como o dia a dia das pessoas dentro de suas famílias, escola, igreja, profissão, etc. A imensa maioria da população não delinque, pois sucumbe às barreiras desse primeiro controle.

A polícia exerce o controle FORMAL.

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18
Q

Os objetos da criminologia são o delinquente, a vítima, o controle social e a justiça criminal.

A

ERRADO:

Tem como objeto o estudo do crime, do delinquente, da vítima e do controle social.

Em outra assertiva: crime, criminoso, vítima e comportamento social.

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19
Q

Prevenção primária consiste na implementação de medidas sociais indiretas de prevenção para evitar que fatores exógenos sirvam como estímulo à prática delituosa.

A

CORRETO:

A prevenção primária é igualmente aquela voltada para as causas do cometimento do crime. Ela se preocupa em neutralizar o problema antes que ele se manifeste. É necessário, por exemplo, que o Estado forneça educação, condições dignas de vida, moradia, salários justos, saneamento básico, saúde, emprego, lazer. Esse tipo de prevenção opera a médio e longo prazo e se destina à coletividade.

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20
Q

A prevenção secundária é voltada para o condenado, o preso e o egresso, com o fim de evitar que voltem a delinquir.

A

ERRADO:

Trata-se da PREVENÇÃO TERCIÁRIA.

Já a prevenção secundária atua considerando os potenciais e eventuais criminosos e vítimas, além dos locais e momentos em que os crimes ocorrem. Também é chamada de prevenção situacional, pois destina-se a neutralizar situações de risco.

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21
Q

A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar.

A

CORRETO:

É uma ciência empírica porque é baseada na realidade; e interdisciplinar por envolver o estudo da sociologia, psicologia, filosofia, medicina e direito.

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22
Q

A criminologia utiliza os métodos experimental e indutivo.

A

CORRETO:

EXPERIMENTAL: empirismo, analisa o mundo do ser.

INDUTIVO: trabalha com casos concretos, específicos, para extrair uma ideia geral.

Também utiliza métodos biológicos e sociológicos.

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23
Q

Os métodos biológico e sociológico são utilizados pela criminologia, que, por meio do empirismo e da experimentação, estuda a motivação criminosa do sujeito.

A

CORRETO

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24
Q

A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e concausas da criminalidade e da periculosidade preparatória da criminalidade.

A

CORRETO

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25
Q

Etiologia criminal é a ciência que estuda a criminogênese.

A

CORRETO

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26
Q

São seleções do controle social formal:

1ª Seleção: Judiciário (julgamento)
2ª Seleção: MP (acusação)
3ª Seleção: Polícia Judiciária (investigação)

A

ERRADO:

1ª Seleção: Polícia Judiciária (investigação)
2ª Seleção: MP (acusação)
3ª Seleção: Seleção: Judiciário (julgamento)

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27
Q

Na antiguidade, período pré-científico, havia o traço da luta entre a fé e a razão, com a inquisição, poder punitivo controlado pela igreja.

A

ERRADO:

A luta entre a fé e a razão e a inquisição (concepção religiosa totalitária, com o poder punitivo controlado pela igreja) é característica da Idade Média.

Na antiguidade o traço principal é a explicação sobrenatural sobre o delito.

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28
Q

A antiguidade é marcada pelas pseudociências.

A

CORRETO:

São pseudociências a demonologia (demônios), fisionomia (características físicas) e frenologia (tamanho das áreas do cérebro é proporcional ao desenvolvimento das faculdades mentais).

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29
Q

São pensadores da Idade Média Protágoras, Platão, Aristóteles e Sêneca.

A

ERRADO:

Protágoras, Platão, Aristóteles e Sêneca são pensadores da Antiguidade.

São pensadores da Idade Média São Tomás de Aquino e Santo Agostinho.

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30
Q

A criminologia clássica, baseada na escola clássica e nas ideias iluministas, é o marco do período científico.

A

ERRADO:

A escola clássica faz parte do período pré-científico.

O marco do período científico é a Escola Positiva (Lombroso: O homem delinquente)

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31
Q

A criminologia clássica, compreendida no período pré-científico, tem como autores principais Beccaria, Carrara, Bentham e Feuerbach. Utiliza-se do método abstrato e indutivo.

A

CORRETO:

A criminologia clássica, da escola clássica, baseada em ideias iluministas do século XVIII, entende o crime como um ente jurídico que decorre da violação de um direito. O criminoso é um ser livre, opta por praticar o crime (livre arbítrio, indeterminismo). A pena tem função de retribuição e não deve ser cruel ou desumana.

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32
Q

O marco do período científico é a Escola Positiva, com a obra de Lombroso - O Homem Delinquente.

A

CORRETO

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33
Q

A criminologia positiva está inserida na idade moderna e contemporânea e inaugura o período científico.

A

CORRETO:

A criminologia positiva, da escola positiva, é baseada nas ideias científicas dos séculos XIX e XX, e são respostas às limitações da escola clássica.

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34
Q

São pensadores da escola positiva Beccaria e Carrara.

A

ERRADO:

Beccaria e Carrara são pensadores da escola clássica.

São pensadores da escola positiva: Lombroso, Ferri e Garofalo.

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35
Q

A criminologia positiva utiliza o método abstrato e dedutivo.

A

ERRADO:

Os métodos abstrato e indutivo são utilizados pela criminologia clássica.

Na criminologia positiva utiliza-se o método empírico e indutivo - parte da situação específica para chegar a conclusões gerais.

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36
Q

Lombroso é o principal pensador da fase antropológica, considerado o pai da criminologia.

A

CORRETO:

A principal contribuição de Lombroso foi o método empírico-indutivo, que se incorporou permanentemente. Estudou o crime a partir de particularidades do criminoso, suas características físicas e reconhece o criminoso nato (expressão cunhada por Ferri).

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37
Q

Ferri foi o principal pensador da fase jurídica e normatizou as ideias da escola positiva.

A

ERRADO:

Ferri foi o principal pensador da fase sociológica.

O principal pensador da fase jurídica foi Garofalo, quem normatizou as ideias da escola positiva em fórmulas jurídicas.

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38
Q

A obra de Ferri, na fase sociológica, é intitulada Sociologia Criminal.

A

CORRETO:

Ferri apoia-se em dados de outras ciências e chega a quatro formas de repressão: meios preventivos, reparatórios, repressivos e excludentes.

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39
Q

São teorias sociológicas: criminologia clássica, criminologia positiva e escola técnico-jurídica.

A

ERRADO:

A criminologia clássica, a criminologia positiva e a escola técnico-jurídica são teorias ETIOLÓGICAS - TRADICIONAL.

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40
Q

A criminologia moderna está inserida no período científico, faz parte das teorias sociológicas e se divide em teorias do consenso e teorias do conflito.

A

CORRETO

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41
Q

As teorias sociológicas estão compreendidas no período científico e partem de uma perspectiva social. Há uma ruptura do mito da causalidade (GIRO/VIRADA SOCIOLÓGICA) e um modelo de probabilidade.

A

CORRETO:

As teorias sociológicas levam em conta todo o contexto social que envolve o criminoso, reconhecendo que o delito decorre de uma multiplicidade de fatores.

42
Q

Na criminologia moderna, o objeto da criminologia deixa de ser apenas o delinquente e passa a abranger também o crime, a vítima e o controle social.

A

CORRETO:

A criminologia moderna explica o crime como fenômeno individual e social, examinando o criminoso por sua unidade biopsicossocial.

43
Q

São teorias do consenso: o labelling aproach, a teoria do interacionismo simbólico e a teoria crítica/radical.

A

ERRADO:

O labelling aproach, a teoria do interacionismo simbólico e a teoria crítica/radical são TEORIAS DO CONFLITO.

44
Q

A Teoria da Subcultura do Delinquente (Cohen), teoria estrutural-funcionalista, afirma que o crime é um fenômeno social, normal e funcional.

A

ERRADO:

A Teoria que afirma que o crime é um fenômeno social, normal e funcional, é a TEORIA DA ANOMIA, de DURKHEIM, que também é uma Teoria estrutural-funcionalista.

A Teoria da Subcultura do Delinquente de Cohen afirma a ideia da existência de grupos que não aceitam as regras de convivência social impostas.

45
Q

São teorias estrutural-funcionalistas:
Teoria da Anomia (Durkheim)
Teoria da Subcultura do Delinquente (Cohen)
Teoria da Associação Diferencial (Sutherland e Tarde)

A

CORRETO:

As teorias-estrutural-funcionalistas fazem parte das Teorias do Consenso.

46
Q

A Teoria da Associação Diferencial (Sutherland e Tarde) faz parte da Escola de Chicago.

A

ERRADO:

A Teoria da Associação Diferencial (Sutherland e Tarde) faz parte das Teorias estrutural-funcionalistas, e busca explicar o comportamento criminoso por meio de mecanismos de aprendizagem. Se aprende com outras pessoas, que são os contatos diferenciais.

47
Q

A Teoria da Desorganização Social, decorre da Escola de Chicago e afirma que a estrutura física e arquitetônica das cidades influencia nas práticas delitivas. Os residentes devem assumir o senso de responsabilidade e o dever de cuidado.

A

ERRADO:

Trata-se da teoria do Espaço, ou Espacial, de Oscar Newman, que foi um arquiteto.

A Teoria da Desorganização Social, também chamada de Ecológica, também decorre da Escola de Chicago. Concluiu que a concentração de criminosos ia diminuindo conforme as áreas residenciais se distanciavam do centro. A desorganização dos núcleos urbanos ocasiona o debilitamento do controle social desses núcleos. Criou programas comunitários.

48
Q

A Escola de Chicago é uma Teoria da Criminologia Moderna, dentre as teorias do Consenso. Nela, as causas da criminalidade são atribuídas à sociedade. O entorno urbano influencia a conduta humana. A importância da Escola foi compreender a criminalidade urbana, desenvolvendo métodos como a observação participante e desenvolver o conceito de ecologia urbana.

A

CORRETO:

A explosão demográfica em Chicago (imigração) trouxe grandes problemas sociais. A Escola de Chicago utiliza-se dos métodos científica, qualitativo e empírico, há preocupação em implantar programas de melhoria social.

49
Q

São autores da Escola de Chicago: Park, Burgess, Shaw e McKay

A

CORRETO.

50
Q

São Teorias decorrentes da Escola de Chicago:

  • Teoria da Desorganização Social/Ecológica
  • Teoria do Espaço/Espacial
  • Teoria da Anomia
A

ERRADO:

A Teoria da Anomia é uma teoria estrutural-funcionalista, de autoria de Durkheim.

São Teorias decorrentes da Escola de Chicago:

  • Teoria da Desorganização Social/Ecológica
  • Teoria do Espaço/Espacial
  • Teoria das Janelas Quebradas/Broken Windows
51
Q

A Teoria das Janelas Quebradas (Broken Windows), desenvolvida por James Wilson e George Kelling, decorre da Escola de Chicago e conclui que os sinais de abandono e degeneração em uma comunidade, desacompanhados de qualquer ação para reverter o cenário, demonstram o desinteresse estatal e fomentam a prática de condutas antissociais.

A

CORRETO:

A Teoria é baseada em um experimento, onde foi abandonado um carro no Bronx (NY) e outro em Palo Alto (CA).

Conclui que o aparente descaso do Estado reforça o sentimento de impunidade e por isso é necessário um sistema de repressão máxima e imediata, para restabelecer com presteza a ordem social - repressão dos delitos menores para inibição dos mais graves.

52
Q

A Teoria da Tolerância Zero (Lei e Ordem) ou Realismo de Direita, é uma Teoria do Conflito e está ligada à Teoria das Janelas Quebradas, que propõe o combate de maneira rápida e rigorosa de todo tipo de infração penal, desde as mais simples.

A

ERRADO:

A Teoria da Tolerância Zero faz parte do grupo de Teorias do Consenso.

53
Q

Em contraposição à Teoria da Tolerância Zero, tem-se os princípios da insignificância ou criminalidade de bagatela.

A

CORRETO:

No Brasil, a aplicação de um programa repressivo de tolerância zero, como o aplicado em NY, geraria um estado de encarceramento excessivo, onde o sistema carcerário é precário e ineficiente.

54
Q

A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida por Emile Durkheim no século XIX, contrapunha à ideia da propensão ao crime como patologia a noção da normalidade do desvio como fenômeno social, podendo ser situada no contexto da guinada sociológica da criminologia, em que se origina uma concepção alternativa às teorias de orientação biológica e caracterológica do delinquente.

A

CORRETO:

A Teoria da Anomia faz parte do grupo de Teorias do Consenso, na Criminologia Moderna.

É na Criminologia Moderna onde estão inseridas as Teorias Sociológicas (Macrossociológicas), que surgiram no período do giro/virada sociológica.

55
Q

Anomia consiste na falta de ordem e coesão, falta de normas ou existência de muitas normas ambíguas. A Teoria da Anomia foi desenvolvida por Cohen.

A

ERRADO:

Emile Durkheim desenvolveu a teoria estrutural funcionalista da anomia, mais tarde desenvolvida por Merton. Para Durkheim o desvio é um fenômeno normal da estrutura social, salvo quando ultrapassados os limites, ou seja, ‘o excesso de desvio e a perda de referências normativas leva ao enfraquecimento da solidariedade social’ (para Durkheim a falta de solidariedade leva ao crime).

56
Q

A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida por Emile Durkheim no século XIX, contrapunha à ideia da propensão ao crime como patologia a noção da normalidade do desvio como fenômeno social, podendo ser situada no contexto da guinada sociológica da criminologia, em que se origina uma concepção alternativa às teorias de orientação biológica e caracterológica do delinquente.

A

CORRETO:

A Teoria da Anomia sustenta que a motivação para a delinquência decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social. Assim, o fracasso na obtenção das aspirações ou metas culturais em razão da impropriedade dos meios institucionalizados pode levar à anomia, isto é, as manifestações comportamentais em que as normas sociais são ignoradas ou contornadas.

57
Q

A Teoria da Associação Diferencial defende que o comportamento criminoso é um processo de APRENDIZAGEM com a interação em grupos de referências (família, escola, amigos). O comportamento não é herdado e nem exclusivo de classes pobres, mas sim aprendido.

A

CORRETO:

Para esta Teoria, desenvolvida por Sutherland, o comportamento desviante pode ser aprendido com outras pessoas, denominadas “contatos diferenciais”.

58
Q

A Teoria da Associação Diferencial discorre a respeito do conjunto próprio de valores, tradições e hábitos de determinado grupo social, como exemplo os Hooligans.

A

ERRADO:

Trata-se da Teoria da Subcultura Delinquente, de Cohen.

Exemplos: Hooligans, máfia, gangues, facções.

59
Q

A Teoria da Subcultura Delinquente, de Cohen, pode ser exemplificada com a existência dos grupos anarquistas, como os blackblocs.

A

ERRADO:

A Teoria da Subcultura Delinquente discorre a respeito do conjunto próprio de valores, tradições e hábitos de determinado grupo social. Ex: Hooligans, máfia, gangues, facções.

É diferente da chamada CONTRACULTURA, caracterizada pela aversão social, rebeldia sem causa e anarquia, onde se situam os blackblocs.

60
Q

São autores da Escola Positiva: Carrara, Beccaria e Feuerbach.

A

ERRADO:

Escola Clássica (CBF):
Carrara
Beccaria
Feuerbach

61
Q

São autores da Escola Positiva: Lombroso, Ferri e Garófalo.

A

CORRETO:

Escola Positiva (LFG):
Lombroso
Ferri
Garófalo

62
Q

São Teorias do Consenso: Labelling Approach, Teoria do Interacionismo Simbólico e Teoria Crítica/Radical.

A

ERRADO:

Tratam-se de Teorias do Conflito.

63
Q

A Teoria da Reação Social, baseada no pensamento de Durkheim e desenvolvida por Becker, afirma que o criminoso passa por um processo de estigmatização. Conclui que a criminalidade é criada pelo próprio controle social.

A

CORRETO:

A nomenclatura da Reação Social é sinônimo da Teoria do Etiquetamento ou Labelling Approach.

64
Q

A prisão e o contato com outros presos constituem condição favorável para a formação de mais criminosos. Os custodiados são submetidos à cerimônias degradantes, onde o condenado é despojado de sua identidade, recebendo outra degradada. É o processo de estigmatização, descrito pela Teoria do Etiquetamento.

A

CORRETO:

Trata-se da Teoria do Etiquetamento, Labelling Approach ou Reação Social.

À medida em que o mergulho no papel desviado (role engulfment) cresce, há uma tendência para que o autor do delito se defina com os outros o definem. Ou seja: a criminalidade é criada pelo próprio controle social.

65
Q

A criminologia crítica radical, através de análises profundas e contundentes, busca apresentar meios eficazes de aperfeiçoamento do controle social exercido pela justiça criminal.

A

ERRADO:

A Criminologia Crítica, na verdade, questiona o controle social exercido pelo sistema de justiça criminal, classificando-o, em síntese, como seletivo e estigmatizante.

66
Q

A afirmação do criminólogo Jeffery, no sentido de que “mais leis, mais penas, mais policiais, mais juízes, mais prisões significam mais presos, porém não necessariamente menos delitos”, refere-se a uma crítica ao controle social informal.

A

ERRADO:

Segundo a doutrina, a afirmação conclui que a eficaz prevenção do crime não depende tanto da maior efetividade do controle social formal, mas sim de uma melhor integração entre o controle social formal e informal.

67
Q

A esterilização eugenista aplicada a criminosos contumazes e estupradores com o objetivo de evitar a procriação foi sustentada, no início do século XX, como forma de controle social por correntes criminológicas derivadas do pensamento positivista.

A

CORRETO:

Basta lembrar da fase antropológica do Positivismo, com Lombroso, bem como da herança de Garofalo, o que, na sua forma mais radical, defendia que determinados criminosos deveriam ser eliminados pelo Estado, isto é, deveriam receber penas de morte ou banimento.

68
Q

A incipiente criminologia na escola clássica afastava o livre-arbítrio como fundamento do sistema penal de controle social.

A

ERRADO:

A ideia central da Escola Clássica, sobretudo com Carrara, era exatamente o livre-arbítrio e a vontade racional do homem. O crime era considerado uma quebra do pacto (do contrato social).

69
Q

A teoria da anomia, sob a perspectiva de Merton, define-se a partir do momento em que a função da pena não é cumprida, por exemplo, instaura-se uma disfunção no corpo social que desacredita o sistema normativo de condutas, fazendo surgir a anomia. Portanto, a anomia não significa ausência de normas, mas o enfraquecimento de seu poder de influenciar condutas sociais.

A

ERRADO:

Foi para Durkheim que a conduta “anômica” é o resultado da violação de regras impostas por determinada sociedade.

Rompimento, quebra, desmoronamento das normas e valores vigentes em decorrência do crescimento acelerado e rápido imposto, reporta-se ao que seria anomia, ou seja, à ausência temporária de norma diante da pressão social que a pessoa passa a sofrer.

70
Q

A Teoria Crítica ou Radical é baseada na ideologia de Marx, surge com Taylor, Walton e Young, e um dos seus principais representantes é Baratta. Para esta Teoria, o delito está diretamente associado à estrutura política e econômica da sociedade. Assim, o rótulo do criminoso não decorre da prática de um fato intolerável, mas por servir aos interesses da classe dominante.

A

CORRETO:

Parte da ideia de que a divisão de classes no sistema capitalista gera desigualdades e violência, contida pela legislação penal. A norma busca assegurar uma provisória estabilidade entre as classes.

71
Q

Uma vertente da Teoria Crítica é o minimalismo penal, que atribui ao Direito Penal apenas a tutela de bens jurídicos relevantes, indispensáveis ao convívio social. O direito penal deve ser a última ratio, apenas quando os demais ramos não forem suficientes para trazer a paz social.

A

CORRETO:

A principal vertente é o GARANTISMO PENAL (Ferrajoli), acolhido pelo STF.

72
Q

No abolicionismo ou niilismo penal, vertente da Teoria Crítica ou Radical, consideram-se nocivos os instrumentos de repressão à criminalidade (direito penal e processo penal por exemplo), devendo ser abolido. Os principais pensadores dessa corrente são Hulsman, Mathiensen e Cristie.

A

CORRETO:

Para o abolicionismo, o sistema penal é anômico (alheio aos valores sociais), irracional, estigmatizante, seletivo, marginalizador e formador de delinquentes.

73
Q

Para o realismo de esquerda, de autoria de Young e Lea, vertente da Teoria Crítica ou Radical, a criminologia deveria regressar à investigação completa das causas e circunstâncias do delito. Assim seria possível denunciar os padrões de injustiça social.

A

CORRETO:

Para esses autores, somente uma política social ampla poderia promover o justo e eficaz controle das zonas de delinquência, dependendo da ação precisa do Estado.

74
Q

São modelos de reação ao crime: Retributivo/Dissuasório, Ressocializador e Consensual.

A

CORRETO.

75
Q

O modelo de reação ao crime RESSOCIALIZADOR é aquele que visa restaurar a vida dos indivíduos (vítima, infrator e sociedade).

A

ERRADO:

Trata-se do modelo CONSENSUAL. Pode empregar mecanismos que busquem a reparação dos danos da vítima (modelo restaurador) ou a confissão do delinquente (modelo negociado). São características a disponibilidade da ação penal e as penas alternativas.

76
Q

O modelo de reação ao crime RETRIBUTIVO ou DISSUASÓRIO é aquele que prioriza a punição do delinquente. A pena, além de sua função retributiva, também tem caráter preventivo.

A

CORRETO:

O caráter preventivo é o que busca dissuadir o agente e a sociedade de seguir o caminho do crime. A vítima é deixada de lado. São características a indisponibilidade da ação penal e o interesse público.

77
Q

O modelo de reação ao crime RESSOCIALIZADOR é de índole humanista, enxerga a pena como instrumento para ressocialização do criminoso.

A

CORRETO:

Busca ir além do caráter retributivo e preventivo das penas, a fim de reintegrar o delinquente na sociedade, intervindo efetiva e positivamente na vida do condenado.

78
Q

O processo de criminalização passa por duas etapas, a criminalização primária e a secundária. A criminalização primária diz respeito à ação punitiva de aplicar a Lei Penal ao caso específico.

A

ERRADO:

a CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA trata da edição da Lei Penal que abstratamente incrimina certas condutas dos integrantes da sociedade. É ato formal, fundamentalmente programático.

a CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA é a ação punitiva de aplicar a Lei Penal ao caso específico, incriminando concretamente pessoa determinada em razão de sua conduta ter se encaixado na norma abstrata.

79
Q

A criminalização secundária, integrante do processo de criminalização, possui duas características: a seletividade e a vulnerabilidade.

A

CORRETO:

A seletividade e a vulnerabilidade como características da criminalização secundária constituem um fenômeno observado pela Teoria do Labelling Approach.

80
Q

No estado democrático de direito, o saber criminológico prima pela prevenção do crime, pena manutenção da paz social e da ordem pública. São espécies de prevenção a primária, a secundária e a terciária.

A

CORRETO.

81
Q

A PREVENÇÃO PRIMÁRIA diz respeito às ações policiais e políticas públicas dirigidas aos grupos da sociedade que podem vir a sofrer com o crime (mais risco). Atua em momento posterior ou na iminência do crime (curto a médio prazo).

A

ERRADO.

Trata-se da PREVENÇÃO SECUNDÁRIA.

A PREVENÇÃO PRIMÁRIA é a conscientização da sociedade como um todo, através de políticas públicas, nas áreas da educação, saúde, moradia (enfoque etiológico) - questões sociais. Atua na origem - médio a longo prazo.

82
Q

A PREVENÇÃO TERCIÁRIA diz respeito às políticas de execução penal, voltadas à população carcerária - recuperação e ressocialização.

A

CORRETO:

Atua APÓS o crime - curto a médio prazo.

83
Q

Em relação à finalidade da pena, o Código Penal adotou a Teoria Mista em seu art. 59, ao dispor que a pena será estabelecida pelo Juiz conforme seja NECESSÁRIO e SUFICIENTE para a REPROVAÇÃO e PREVENÇÃO do crime. Na mesma linha estão os arts. 59 e 22 da LEP e art. 5.6 do Pacto de San José da Costa Rica.

A

CORRETO.

84
Q

Em relação às finalidades da pena, a Teoria Absoluta é preventiva e busca aplicar a pena como forma de prevenir futuros delitos.

A

ERRADO:

A teoria preventiva é a TEORIA RELATIVA.

A TEORIA ABSOLUTA é RETRIBUTIVA e a pena é aplicada como forma de retribuição pelo crime praticado, destina-se ao condenado, para restituir o mal causado.

85
Q

Em relação às finalidades da pena, a Teoria Relativa (preventiva) divide-se em Prevenção Geral e Prevenção Especial.

A

CORRETO.

A prevenção geral destina-se à sociedade, e a prevenção especial destina-se ao condenado.

86
Q

A Prevenção Especial destina-se à sociedade. A prevenção especial negativa busca contraestimular potenciais criminosos, através da intimação que a possível aplicação de uma pena pode gerar. A prevenção especial positiva busca demonstrar a vigência da lei penal, educando a sociedade sobre a existência das normas jurídico penais e seu real funcionamento e aplicabilidade.

A

ERRADO:

Trata-se da Prevenção Geral - negativa e positiva.

A Prevenção Especial destina-se ao CONDENADO.

87
Q

A Prevenção Especial destina-se a condenado. A prevenção especial positiva busca intimar o condenado para evitar a reincidência. Já a negativa busca educar o condenado, visando à sua ressocialização.

A

ERRADO:

A prevenção especial NEGATIVA busca intimar o condenado para evitar a reincidência. Já a POSITIVA busca educar o condenado, visando à sua ressocialização.

88
Q

A teoria da associação diferencial, segundo a qual o indivíduo desenvolve seu comportamento individual com base nos exemplos e nas influências que possui, explica, de certa forma, o denominado crime de colarinho-branco.

A

CORRETO:

Sutherland afirma que o envolvimento com o crime se dá com a interação, convívio, aprendizagem. Para o autor, o criminoso é quem interage com um grupo de pessoas próximas e assim, se associa ao crime.

  • Sutherland conceitua os crimes de colarinho branco como sendo crime cometido no âmbito de sua profissão, por pessoa de respeitabilidade e elevado estatuto social
  • O homem aprende a conduta desviada e associa-se com referência nela.
89
Q

A moderna criminologia se dedica, também, ao estudo do controle social do delito, tendo este objeto representado um giro metodológico de grande importância. a família, a escola, a opinião pública, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social primário.

A

ERRADO:

A a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social formal.

Controle Social:
Informal: família, escola
Formal: 1ª seleção: Polícia; 2ª seleção: MP; 3ª seleção: Juiz

E não deve ser confundido com:
Prevenção primária (antes que o problema se manifeste ex: atuação da escola na educação); Prevenção Secundária (atua quando o delito se manifesta ex: atuação da polícia); e
Prevenção terciária (destinatário é o preso ex: ressocialização).

90
Q

A Criminologia adquiriu autonomia e status de ciência quando o positivismo generalizou o emprego de seu método. Nesse sentido, é correto afirmar que a criminologia é uma ciência do “ser”; logo, serve-se do método abstrato, formal e dedutivo, baseado em deduções lógicas e da opinião tradicional.

A

ERRADO:

A Criminologia é uma ciência do do “ser”; logo, serve-se do método indutivo e empírico, baseado na análise e observação da realidade.

91
Q

As teorias conflituais partem da premissa de que o conflito expressa uma realidade patológica da sociedade sendo nocivo para ela na medida em que afeta o seu desenvolvimento e estabilidade.

A

ERRADO:

As teorias conflituais defendem de que o conflito é necessário (não nocivo), uma vez que a sociedade está sujeita a mudanças contínuas e todo elemento coopera para sua dissolução. Neste contexto, a chamada harmonia social decorre da força e coerção dos dominantes perante os dominados.

92
Q

O redescobrimento da vítima e os estudos científicos decorrentes se deram a partir da 1ª (Primeira) Guerra Mundial em atendimento daqueles que sofreram com os efeitos dos conflitos e combates.

A

ERRADO:

Três grandes instantes da vítima nos estudos criminológicos:

1) Idade do ouro/protagonismo da vítima: desde os primórdios da civilização até o fim da Alta Idade Média (lei de Talião, por exemplo);
2) Neutralização/esquecimento: surgiu com o processo inquisitivo e com a assunção do poder público no monopólio da punição;
3) Revalorização/descobrimento: a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, quando se observou ser necessário dar contornos mais humanos às vítimas.

93
Q

O estudo da pessoa do infrator teve seu protagonismo durante a fase positivista na evolução histórica da Criminologia. A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma realidade biopsicopatológica, considerando o determinismo biológico e social.

A

CORRETO:

Criminologia Tradicional = Criminologia Positiva

94
Q

A Criminologia Crítica contempla uma concepção conflitual da sociedade e do Direito. Logo, para a criminologia crítica, o conflito social é funcional porque assegura a mudança social e contribui para a integração e conservação da ordem e do sistema.

A

ERRADO:

Para a criminologia crítica, o conflito social é um conflito de classe sendo que o sistema legal é um mero instrumento da classe dominante para oprimir a classe trabalhadora.

95
Q

Na atualidade se observa uma generalização do sentimento coletivo de insegurança nos cidadãos, caracterizado tanto pelo temor de tornarem-se vítimas, como pela preocupação, ou estado de ânimo coletivo, com o problema do delito. O medo do delito pode condicionar negativamente o conteúdo da política criminal imprimindo nesta um viés de rigor punitivo, contrário, portanto, ao marco político-constitucional do nosso sistema legal.

A

CORRETO:

Considerando que nosso sistema legal se fundamenta na intervenção mínima como um dos princípios basilares do direito penal, o eventual aumento e/ou rigor punitivo da política criminal, causado pelo medo generalizado do delito, vai em sentido contrário a este entendimento.

96
Q

A dor causada à vítima, ao ter que reviver a cena do crime, ao ter que declarar ao juiz o sentimento de humilhação experimentado, quando os advogados do acusado culpam a vítima, argumentando que foi ela própria que, com sua conduta, provocou o delito. Os traumas que podem ser causados pelo exame médico-forense, pelo interrogatório policial ou pelo reencontro com o agressor em juízo, e outros, são exemplos da chamada vitimização secundária.

A

CORRETO:

Vitimização primária –> causada pelo criminoso;

Vitimização secundária/sobrevitimização –> causada pelo agente publico;

Vitimização terciária –> causada pelo meio social.

97
Q

No Estado Democrático de Direito a prevenção criminal é integrante da agenda federativa passando por vários setores do Poder Público, não se restringindo à Segurança Pública e ao Judiciário. A prevenção primária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social.

A

CORRETO:

PREVENÇÃO PRIMÁRIA - São medidas a médio e longo prazo. Têm-se abordagens que buscam prevenir a violência, ou seja, agir antes que ela ocorra. Investe-se na raiz do conflito, por exemplo, investe-se em educação, saúde, lazer, bem-estar. Resolução de carências (casa, trabalho, distribuição de renda).

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA - Atua onde o crime se manifesta ou se exterioriza. Trata-se de abordagens centradas nas reações mais imediatas à violência. Investe-se apenas nas chamadas zonas de criminalidade, a exemplo da atuação policial, de medidas de ordenação urbana, de melhoria do aspecto visual das obras arquitetônicas, do controle dos meios de comunicação.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA - Destina-se ao preso, são abordagens que focam os cuidados prolongados após a violência. Investe-se na ressocialização, reabilitação, reintegração, a fim de evitar a reincidência.

98
Q

Medidas indiretas de prevenção delitiva visam atacar as causas do crime: cessada a causa, cessam seus efeitos.

A

CORRETO:

Medidas indiretas: em regra visam as causas do crime, sem atingi-lo de imediato. O crime só seria alcançado porque, cessada a causa, cessam os efeitos. Ex: urbanização das cidades, desfavelização, fomento de empregos.

Medidas diretas: direcionam-se a infração penal in itinere ou em formação (Iter criminis). Ex: repressão implacável às infrações penais de todas as matizes (tolerância zero), atuação da polícia ostensiva.

99
Q

A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar, ou seja, seu método é o empírico, indutivo, experimental. Nesse sentido, o método principal da criminologia é o empírico, mas não é o único, pois diante da ampliação de seu objeto, em criminologia moderna, incluindo o controle social e a vítima, assim, a pesquisa criminológica científica, ao usar dados empíricos de maneira criteriosa, afasta a possibilidade de emprego da intuição ou de subjetivismos.

A

CORRETO.

100
Q

Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete a esta facilitar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação em preceitos normativos, incumbindo-se de converter a experiência criminológica em proposições jurídicas, gerais e obrigatórias.

A

ERRADO:

A questão aborda a relação entre a Criminologia, o Direito Penal e a Política Criminal.

Nesse sentido, a Criminologia sempre tem um cunho opinativo, ou seja, ela subministra informações à Política Criminal, a qual tem um cunho decisivo, que, por sua vez, decide as políticas criminais a serem seguidas, as quais são transformadas em leis e executadas pelo Direito Penal, que teria um cunho operativo.

Nesse sentido, é importante consignar que a relação é sempre dessa forma, ou seja, o Direito Penal não alimenta a Política Criminal ou a Criminologia; assim também, a Política Criminal não alimenta a Criminologia; ou não há relação direta entre o Direto Penal e a Criminologia.

101
Q

Para a teoria da reação social, o delinquente é fruto de uma construção social, e a causa dos delitos é a própria lei; segundo essa teoria, o próprio sistema e sua reação às condutas desviantes, por meio do exercício de controle social, definem o que se entende por criminalidade.

A

CORRETO:

A questão traz a teoria do Labelling Approach.

Teoria do labelling approach diz que o criminoso nada mais é do que o indesejado, selecionado e etiquetado pelos dominantes do sistema, esses dominantes além de serem responsáveis pelo controle político e legislativo, também acabam sendo responsáveis pelos meios de investigação, comunicação e etc, assim controlando a opinião da maioria.

Essa maioria controlada por poucos também contribuem para o processo de criminalização e tudo isso torna o direito penal uma ferramenta de controle social. Por tais fenômenos, o conceito de criminoso pode variar de acordo com o sistema de produção na qual está atrelado o sistema punitivo.

Nomes dados a Teoria do Labeling Approach: Teoria do Etiquetamento, Rotulação, Reação Social, Interacionismo Simbólico.

102
Q

A primeira referência teórica e metodológica para a realização de estudos criminológicos sobre formas de ativismo político urbano identificados com o chamado movimento punk é a obra Outsiders: studies in the sociology of deviance (Outsiders: estudo de sociologia do desvio), de Howard Becker, a partir dos estudos que realiza entre grupos consumidores de maconha e músicos de jazz, na década de 50, nos Estados Unidos.

A

CORRETO.