Conhecimentos Gerais Flashcards
Políticas Publicas segundo grandes autores
Lasswell - Quem ganha o quê, por quê e que diferença faz.
Dye - O que o governo escolhe fazer ou não fazer.
Peters - Soma das atividades dos governos e que influenciam a vida dos cidadãos.
Mead - Campo dentro do estudo da política pública que analisa o governo à luz de grandes questões públicas.
Lynn - Conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos.
Fases das Políticas Públicas
- Construção da agenda - conjunto de problemas ou temas relevantes.
- Formulação das politicas - estabelecimento de objetivos, desenvolvimento, seleção e especificação das alternativas.
- Tomada de decisão - escolhem a melhor alternativa para a resolução do problema.
- Implementação - os planos e decisões são colocados em prática.
- Avaliação
Mnemônico - política pública não se AADIA MAis! (Agenda, Alternativas, Decisão, Implementação e Monitoramento e Avaliação)
Tipos de Políticas Públicas
- Social - saúde, educação, habitação.
- Específica - meio ambiente, cultura, direitos humanos.
- Macroeconômica - fiscal, cambial.
- Administrativa - democracia, participação social, descentralização.
Políticas Públicas Regulatórias
Regular a atuação e comportamento de pessoas, grupos e organizações. Essas políticas não buscam benefícios imediatos para um grupo e sim são divididos de forma igualitária entre todos os grupos da sociedade.
Exemplos: mercado financeiro, regras de tráfego aéreo, códigos de trânsito.
Os objetivos de uma política reguladora são a defesa da concorrência e a defesa do usuário dos serviços públicos. A regulação visa manter o chamado equilíbrio econômico-financeiro, sem permitir que os consumidores sejam lesados ou mesmo negligenciados pelos prestadores dos serviços.
Políticas Públicas Distributivas
Os benefícios são concentrados apenas para alguns grupos, enquanto os custos são difusos e por toda a coletividade.
Exemplos: cotas, problemas locais como enchentes.
Políticas Públicas Redistributivas
Os benefícios são concentrados em um determinado grupo e os custos são concentrados em outro grupo.
Exemplos: seguro desemprego, cotas, bolsa-família, reforma agrária
Políticas Públicas Constitutivas (políticas estruturadoras)
Meta-policies, são políticas que estruturam as regras de formulação e implementação dos demais tipos de políticas.
São regras sobre os poderes e regras sobre as regras. São elas que determinam quem, como e quando as ações destinadas ao interesse público podem acontecer.
Por exemplo: distribuição da responsabilidade educacional no país:
Municípios: educação infantil e ensino fundamental
Estados: ensino fundamental 2 e ensino médio
União: ensino superior
Indicadores do Modelo Lógico de Políticas Públicas
Insumo (antes) - são indicadores que possuem relação direta com os recursos a serem alocados. Por exemplo: médicos/mil habitantes e gasto per capita com educação.
Processo (durante) - são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos resultados. Por exemplo: o percentual de atendimento de um público-alvo.
Produto (depois) - medem o alcance das metas físicas. São medidas que expressam as entregas de produtos ou serviços ao público-alvo. Por exemplo: o percentual de km de estradas entregues.
Resultado (depois) - são medidas que expressam, direta ou indiretamente, os benefícios no público-alvo decorrente das ações empreendidas. Por exemplo: taxas de morbidade (doenças), taxa de reprovação escolar e de homicídios.
Impacto (depois) - possuem natureza abrangente e multidimensional, tem relação com a sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e longo prazo.
Modelo Lógico de Políticas Públicas
É um passo a passo estruturado justamente de forma a demonstrar como recursos e atividades geram produtos, resultados e seus respectivos impactos:
- Insumos - são os recursos necessários para a sua execução, sejam financeiros, físicos (materiais, equipamentos, instalações) ou humanos (número, tipo, qualificação) ou outros.
- Atividades - são as ações e os serviços realizados sob o escopo da política;
- Produtos (outputs) - são os frutos diretos quantificáveis das atividades da política, entregues imediatamente pela realização de suas atividades;
- Resultados (outcomes) - são mudanças observadas no curto prazo sobre indivíduos, grupos ou instituições, como resultado da intervenção realizada;
- Impactos - são mudanças de longo prazo (exemplos: alterações em rendimentos, acesso a empregos, obtenção de assistência social, comportamentos criminais, alterações em níveis de saúde, etc.).
Ética
Refere-se a um conjunto de preceitos sobre o que é moralmente certo ou errado. É a parte da filosofia dedicada aos princípios que orientam o comportamento humano.
Moral
Diz respeito aos princípios e valores que orientam o comportamento humano na sociedade.
Método de Multicritérios de Apoio à Decisão - MDCA
É uma metodologia voltada para analisar situações complexas - a partir de um conjunto de indicadores qualitativos e quantitativos, que pode ser utilizada tanto para o apoio à decisão quanto como um conjunto de técnicas analíticas.
Governança nas Políticas Públicas
Componentes que viabilizam uma boa governança em políticas públicas:
1. Institucionalização;
2. Planos e Objetivos;
3. Participação;
4. Capacidade Organizacional e Recursos;
5. Coordenação e Coerência;
6. Monitoramento e Avaliação;
7. Gestão de Riscos e Controle Interno;
8. Accountability.
Linhas de Análises de Políticas Públicas
Avaliação de Desenho - identifica a existência de erros ou falhas no desenho e propõe mudanças.
Avaliação Executiva - envolve os elementos e processos da cadeia de valor da política.
Avaliação de Implementação - avalia o processo.
Avaliação de Governança - envolve a transparência.
Avaliação de Resultados - quais foram os resultados mensuráveis?
Avaliação de Impacto - qual foi a diferença produzida na vida dos beneficiados?
Abordagem da Avaliação Econômica - envolve o retorno econômico e social da política.
Análise de Eficiência - mensurar a eficiência técnica dos gastos setoriais e temáticos.
Análise Custo Benefício (ACB)
É uma análise quantitativa, em geral, utilizada em projetos econômicos. Se uma política pública tem benefícios maiores do que os custos envolvidos, podemos dizer que é uma política viável e pode ser aprovada.
Análise Custo-Efetividade (ACE)
Preocupa-se com o impacto ou efetividade social da política pública, costuma ser utilizada em projetos sociais. É possível levantar os custos da política, mas os seus impactos não são quantificáveis.
Compliance
É um mecanismo de integridade que, basicamente, visa garantir o cumprimento das leis, privilegiando o comportamento legalmente orientado dos agentes e reconhecendo as normas e procedimentos que devem ser observados, sob pena de responsabilização.
Na gestão de compliance deve-se verificar a importância do que está sendo monitorado, se os controles são efetivos para garantir a geração de resultados e o custo-benefício do monitoramento. Ou seja, os custos de monitorar ou controlar determinados resultados não devem exceder os benefícios.
Accountability Vertical
Ocorre quando a sociedade fiscaliza os políticos, através do próprio voto, referendo ou plebiscito. Ocorre também através das reinvindicações sociais livremente proferidas e através da mídia, quando ela divulga tais reinvindicações. É vertical pois pressupõe desigualdade.
Accountability Horizontal
Ocorre no mesmo plano, quando os três poderes exercem fiscalização uns sobre os outros. Ou quando ocorre no âmbito interno de um dos poderes. É horizontal pois pressupõe uma relação entre iguais. Incluem as ações do Executivo, Legislativo, Judiciário, agências de supervisão, responsáveis pela fiscalização das prestações de contas, etc.
Transparência
Expressa a possibilidade de acesso do cidadão à informação governamental, constituía um requisito fundamental. Configurada como um direito e, simultaneamente, projeto de igualdade, o acesso à informação governamental somou-se a outras perspectivas democratizantes.
Controle de clã
Esse tipo de controle organizacional enfatiza normas culturais e valores compartilhados como mecanismos para guiar e controlar o comportamento dos membros da organização. O controle de clã baseia-se mais em normas sociais e compromissos mútuos do que em regras formais e procedimentos explícitos. Ele é eficaz em ambientes onde é difícil medir o desempenho de forma precisa e onde as tarefas são complexas e interdependentes.
Tipos de controle organizacional
Controle Estratégico - está relacionado ao monitoramento e à avaliação do desempenho em relação às metas e objetivos organizacionais de longo prazo.
Principais controles estratégicos:
* Desempenho global
* Relatórios contábeis
* Controle de lucros e perdas
* Controle pela análise do retorno sobre o investimento (RSI).
Controle Tático - está focado no acompanhamento e avaliação do desempenho de departamentos, unidades ou equipes dentro da organização. É centrado em médio prazo e está relacionado à implementação eficaz das estratégias delineadas no nível estratégico.
Principais controles táticos:
* Controle orçamentário
* Orçamento-programa
* Contabilidade de custos
Controle Operacional - está voltado para o monitoramento e avaliação do desempenho diário das atividades e processo. Concentra-se nos detalhes das operações cotidianas da organização. O controle operacional é essencial para garantir a eficiência, a produtividade e a qualidade na execução das tarefas do dia a dia.
Decisões estruturadas, semiestruturadas e não estruturadas
Decisões Estruturadas - envolvem problemas de rotina e repetitivos para os quais existem soluções padronizadas.
Decisões Semiestruturadas - problemas nos quais apenas algumas fases são estruturadas, requerem uma combinação de procedimentos padrão de solução e julgamento individual.
Decisões não estruturadas - essas decisões não são rotineiras, envolvem muita incerteza, o que significa que não existem soluções definitivas ou claramente delineadas. Nas decisões não estruturadas cada tomador de decisão pode usar dados diferentes, pressuposições e processos para chegar a uma conclusão.
Decisões táticas, operacionais e estratégicas
Decisões Estratégicas - envolvem a definição precisa do negócio, sua alteração ou, pelo menos, uma mudança no rumo dos negócios. Diferentemente das táticas e operacionais, as estratégicas são decisões com impactos a longo prazo, tendem a ser mais importantes e são tomadas nos níveis hierárquicos mais altos da organização.
Decisões Táticas - acontecem, normalmente, no nível gerencial, e consistem em decisões para operacionalizar as grandes decisões estratégicas, tomadas pela direção da organização. Caracteriza-se por um impacto de médio prazo, e sua extensão reduz-se à um conjunto de áreas ou setores da organização. A função organização compreende organizar a estrutura e agrupar as atividades necessárias para realizar o planejamento estabelecido: estabelecer a estrutura com os sistemas de Autoridades, Atividades e Comunicação.
Decisões Operacionais - são tomadas no nível mais baixo, ou supervisional de uma empresa e se referem ao curso das operações diárias. Essas decisões determinam a maneira como as operações devem ser conduzidas - operações destinadas a realizar as decisões táticas tomadas pela administração intermediária. Essas decisões referem-se à maneira mais eficaz e eficiente de realizar as metas estabelecidas no nível administrativo.
Viesses de tomada de decisão
A tomada de decisões é feita pelo estabelecimento de regras (heurística) que podem levar a viesses (erros) se não forem bem geridas.
Evidência Confirmadora - o tomador de decisão utiliza informações que confirmem sua tendência e desconsidera afirmações contrárias.
Ancoragem - o tomador de decisão utiliza uma âncora inicial (super valora a primeira informação recebida).
Perpetuação do status quo - há a manutenção das decisões anteriores.
Lembrança - utiliza-se de acontecimentos gravados na memória como parâmetros para a decisão.
Prudência - o tomador de decisão utiliza de análises conservadoras, seguras.
Custo Irreparável - manutenção das decisões justificadas no passado, ainda que errôneas.
Excesso de Confiança - supervalorização das previsões, cegando julgamento e avaliação.
Viés de Disponibilidade - visão parcial do problema com base apenas nas informações imediatamente disponíveis.
Escalada do Comprometimento - erro influenciado por uma série de decisões, comprometendo a decisão em cadeia escalar.
Erro de Aleatoriedade - erro causado por decisões aleatória, baseadas em superstições ou prejulgamentos.
Processos de Jobbing
Processo de produção na qual cada produto compartilha os recursos de produção com outros. Processos de jobbing lidam com variedade muito alta e baixos volumes. Os processos de jobbing produzem itens em quantidade maior e tamanho
usualmente menor do que os processos de projeto, mas, como ocorre em processos de projeto, o grau de repetição é baixo. A maior parte dos trabalhos provavelmente será “única”.
Lead Time
Tempo de aproveitamento ou ciclo, é o período entre o início de uma atividade, produtiva ou não, e o seu término.
Throughput
Ou índice de vazão média, é a métrica que mede a quantidade de itens entregues do seu time em um tempo pré-definido.
Workflow
Fluxo de trabalho, é a forma como uma empresa organiza seus processos e rotina, desde o administrativo até o atendimento ao cliente. A finalidade do workflow é definir com clareza as funções de cada agente envolvido no processo, os prazos e os resultados que se espera de cada fase do fluxo de trabalho.
Billing
É um sistema de cobranças que tem como objetivo gerar cobranças e faturas de forma automática, ajudando a evitar a inadimplência e erros comuns nesse processo.
Business Process Management (BPM)
Gerenciamento de processos de negócios, consiste em uma abordagem organizacional que abrange os métodos necessários para alinhar os processos de negócios com os objetivos estratégicos e as necessidades dos clientes, integrando estratégias e objetivos de uma organização com expectativas e necessidades de clientes, por meio do foco em processos ponta a ponta e contribui para a otimização dos processos do negócio.
Ciclo PDCA
Ciclo de Shewhart ou Deming é um método gerencial para a promoção da melhoria contínua e reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia do melhoramento contínuo. Praticando-as de forma cíclica e ininterrupta, acaba-se por promover a melhoria contínua e sistemática na organização, consolidando a padronização de práticas.
Plan - definição de metas e a determinação dos métodos para alcançar as metas.
Do - educação e treinamento e execução do trabalho.
Check - verificação dos efeitos do trabalho executado.
Act - atuação no processo em função dos resultados.
Gestão Funcional
A gestão funcional é uma visão tradicional de gestão da organização cujo princípio fundamental é a separação, distinção e especialização das áreas funcionais.
- Agrupamento em áreas funcionais;
- Tarefas sob rígida supervisão hierárquica ;
- Centrado no desempenho individual;
- Forte supervisão;
- Especialização;
- Competição entre áreas;
- Estrutura hierárquica;
- Trabalhos fragmentados;
- Trabalho repetitivo;
- Procedimentos funcionais;
- Concentração âmbito interno;
- Sistemas de informação por funções.
Gestão por processos
É uma estrutura gerencial orientada a processos, em que o gestor, time e executores do processo são todos executores e pensadores enquanto projetam seu trabalho, inspecionam seus resultados e redesenham seus sistemas de trabalho de forma a alcançar melhores resultados.
- Times com diferentes perfis e habilidades;
- Individualidade e tomada de decisões;
- Centrado nos resultados do processo;
- Negociação e colaboração;
- Múltiplas competências;
- Comunicação e transparência;
- Processo horizontal;
- Visão integrada do processo;
- Trabalho diversificado;
- Processos multifuncionais;
- Colaborações e parcerias externas;
- Integrada ao sistema de informação.
A Gestão por Processos está vinculada a um modelo de gestão que propõe uma abordagem orientada para identificar, desenhar, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar processos de negócio automatizados ou não.
Assim, os processos atuam como conjunto integrado e sincrônico de insumos, infraestruturas, regras e transformações, que adiciona valor ao negócio e também às pessoas que fazem uso dos produtos e/ou serviços gerados, reforçando a ideia de que processos possuem o compromisso de satisfazer as necessidades dos clientes.
Pode ainda auxiliar/ajudar a identificar recursos tecnológicos necessários a serem adotados pela organização, já que, para melhorar um processo, não necessariamente é preciso automatizá-lo.
Ciclo de vida de processos - BPM CBOK
BPM é uma disciplina gerencial que presume que os objetivos organizacionais podem ser alcançados com mais êxito por meio do gerenciamento de processos. Compreende um corpo de conhecimento composto por princípios e melhores práticas para orientar uma organização.
1. Planejamento - Identifica papéis e responsabilidades organizacionais relacionados ao gerenciamento de processos, ao patrocínio, metas, expectativas de desempenho e metodologias.
2. Análise - Verifica objetivos da modelagem de negócio, ambiente, stakeholders e escopo da modelagem por meio de técnicas como: brainstorming, grupo focal, Survey, cenários, 5W1H.
3. Desenho e modelagem - Executa o desenho e mapeamento de processos atuais, identifica os recursos, pontos críticos, propõe melhorias e produz documentos adicionais para completar os diagramas de processo.
4. Implementação - Realiza procedimentos e fluxos de trabalhos documentados, testados e operacionalizados.
5. Gerenciamento de desempenho - Afere e valida o processo para garantir sua legitimidade. Também chamada de “simulação e emulação”.
6. Refinamento - Executa na prática as mudanças após estudos de vários cenários. Transforma os processos implementando resultados obtidos
Nível de Maturidade - BPM CBOK
Nível 1 - nada é esperado da organização, além de fazer o trabalho e entregar o que o cliente quer.
Nível 2 - alguns indicadores, métricas e medidas de tempo, custo, capacidade e qualidade são definidos.
Nível 3 - o processo passa a usar indicadores, métricas e medidas de desempenho ponta a ponta, deixa de lado limites funcionais e conecta com o foco do cliente.
Nível 4 - indicadores, métricas e medidas de processo são determinados a partir de objetivos estratégicos da organização.
Nível 5 - alta maturidade - o gerenciamento de processos e medição de desempenho estão fundidos em um únicos elemento.
KPI - Key Performance Indicator
O indicador de desempenho- KPI - é uma representação de forma simples ou intuitiva de uma métrica ou medida para facilitar sua interpretação quando comparada a uma referência ou alvo.
Características de um KPI:
Pertinência: ele contribui para a avaliação de um objetivo, visão ou meta;
Comparabilidade: ele tem uma unidade de medida;
Limitação de tempo: ele está associado com um período de tempo ou um dado momento;
Mensurabilidade: é possível obter dados confiáveis sem tendenciosidade ou em um espaço de tempo e por um custo não exagerados; e
Confiabilidade: as pessoas se sentem seguras de que ele é preciso.
Indicadores - BPM CBOK
Indicadores de resultados (outcome) - monitoram o efeito e não permitem mais alterar um dado resultado.
Indicadores direcionadores (drivers) - monitoram a causa antes do efeito e caracterizam-se pela possibilidade de alterar o curso para o alcance de um resultado.
Benchmarking
É um processo de aprendizagem que resulta da comparação do desempenho entre setores, departamentos e organizações. É um processo sistemático e contínuo de comparação de práticas de uma organização com organizações similares no âmbito dos processos e dos resultados, como meio de identificar oportunidades para melhorar o desempenho dos serviços e/ou reduzir custos.
Essa técnica possui cinco fases genéricas: planejamento, análise, integração, ação e maturidade.
O benchmarking exige três objetivos que a organização precisa definir:
- Conhecer suas operações e avaliar seus pontos fortes e fracos;
- Localizar e conhecer os concorrentes ou organizações líderes do mercado, para poder diferenciar as habilidades, conhecendo seus pontos fortes e fracos e compará-los com seus próprios pontos fortes e fracos;
- Incorporar o melhor do melhor adotando os pontos fortes dos concorrentes e, se possível, excedendo-os e ultrapassando-os”.
Sistema Six Sigma
O método 6 sigmas é um conjunto de práticas desenvolvidas para se obter maximização no desempenho dos processos dentro da organização, eliminando seus defeitos as não conformidades de acordo com as especificações da organização.
Paladin e Carvalho (2012) afirmam que:
“Quanto maior o número de ‘sigmas’, menor o número de problemas no processo. O programa busca gerar um processo com um percentual de 99,9997% de sucesso”.
O sistema 6 SIGMA é uma metodologia que propõe às organizações que busquem processos que tenham desempenho, em termos estatísticos, de no máximo 3,4 defeitos a cada milhão de produtos ou serviços produzidos para cada projeto ou cliente. O 6 SIGMA é impulsionado por uma estreita compreensão das necessidades dos clientes, pelo uso disciplinado de fatos, dados e análises estatísticas e a atenção diligente à gestão, melhoria e reinvenção dos processos de negócios. A análise da metodologia é feita através de algumas ferramentas como a análise de capacidade, que mostra o quão bem um processo atende as especificações e fornece informações sobre como melhorar um processo ruim.
A estrutura hierárquica típica do Six Sigma é caracterizada pelos seguintes players:
Yellow Belts (YB) e White Belts (WB): são os profissionais do nível operacional da empresa, treinados nos fundamentos do Six Sigma. Além de darem suporte aos demais envolvidos, também ajudam a disseminar informações sobre as ferramentas e os processos.
Green Belts (GB): são responsáveis por liderar projetos de menor complexidade e, ao contrário dos Black Belts, não ficam integralmente dedicados à resolução de problemas.
Black Belts (BB): são os que lideram equipes na condução de projetos de alta complexidade e que devem possuir habilidades técnicas, tais como: conhecimentos avançados do método e das ferramentas estatísticas, combinadas com liderança, iniciativa, persistência, aptidão para trabalho em equipe, bom relacionamento interpessoal e facilidade de comunicação.
Os Black Belts, juntamente com os Green Belts, devem ser “agentes de mudanças que implementarão a Cultura Six Sigma na organização”.
Master Black Belts (MBB): são os profissionais que assessoram os Sponsors e Champions e atuam como mentores dos Black Belts e Green Belts, facilitando a comunicação entre eles. Uma das funções do Master Black Belt é prestar assistência especializada em áreas que vão desde estatística até gestão de mudanças e estratégias de projeto e processos.
Champions (CH): são os gestores ou diretores e possuem responsabilidades (juntamente com o Sponsor) como a seleção dos membros que formarão a equipe, a orientação estratégica (objetivos e metas) da equipe, estabelecimento do escopo geral e remoção de possíveis barreiras para o andamento dos projetos.
Sponsor (SP): é o responsável por promover e definir as diretrizes para implementação do Six Sigma e garantir que esteja alinhado com a estratégia da empresa.