CLÍNICA 2 Flashcards
CARDIO I – SÍNDROMES DOS COMPARTIMENTOS CARDÍACOS
1) Clodoaldo, 25 anos, nadador, realiza exame de rotina que detecta a presença de um sopro sistólico. Este sopro se acentua quando o paciente realiza manobra de Valsalva e se reduz quando o paciente se agacha. Existem ante- cedentes familiares de doença cardíaca que não sabe explicar. ECG: sinais de sobrecarga de câmara cardíaca esquerda, com alterações secundárias da repolarização.
E) O paciente da situação 3 tem provavelmente o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica, quando, além do tratamento direcionado para promover um melhor enchimento cardíaco, devem ser avaliadas situações de risco que predisponham à ocorrência de morte súbita.
CARDIO II – ARRITMIAS
2) Roberto, 61 anos, tabagista, hipertenso, diabético, vem sendo acompanhado no ambulatório de medicina integral há alguns anos, fazendo uso regular de suas medicações. Durante a consulta, o médico percebe que o pulso de Roberto está irregular e resolve fazer um ECG (FIGURA 2). Por sorte, havia um ECG antigo em seu prontuário (FIGURA 1). Não há queixas clínicas, embora Roberto relate alguns episódios de palpitação nas últimas semanas.
De acordo com o caso acima, marque a alternativa INCORRETA:
a) Poderíamos apenas tratá-lo na estratégia de controle da frequência com uma droga inibidora da condução AV (betabloqueador) e com a terapia anticoagulante crônica.
b) Caso optássemos pelo controle do ritmo, deveríamos, de preferência, solicitar um ecocardiograma transesofágico. Sem o eco- cardiograma, prescreveríamos anticoagulação durante três semanas e, em seguida, reverteríamos a arritmia com choque ou droga.
c) Caso o diagnóstico fosse de taquicardia ventricular sustentada, poderíamos reverter com amiodarona ou procainamida.
d) Caso o diagnóstico fosse de taquicardia supraventricular, poderíamos tentar inicialmente manobra vagal. Na ausência de respos- ta, a droga mais indicada seria a adenosina.
* e) Caso Roberto apresentasse um quadro sincopal, hipotensão arterial, dor anginosa, congestão pulmonar/edema agudo de pulmão com esta arritmia, estaria indicada a desfibrilação imediata.
CARDIO III – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
3) Sr. Aurélio, 63 anos, hipertenso há quinze anos em tratamento com hidroclorotiazida 25 mg/dia.
Tem acordado no meio da noite com falta de ar, não tem conseguido caminhar até a casa de seus companheiros de baralho, nem segurar seus netos no colo.
Na consulta: PA 160 x 90 mmHg, FC 98 bpm, ritmo regular, pulsos palpáveis simétricos e de baixa amplitude, turgência jugular patológica, presença de B3. Realizou exames laboratoriais, não encontrando nenhuma anormalidade.
Modificado o tratamento farmacológico e orientado quanto ao uso correto da medicação prescrita. Agendado retorno para duas semanas e solicitado ecocardiograma.
De acordo com o caso acima, marque a alternativa INCORRETA:
a) O paciente é provavelmente portador de IC com fração de ejeção reduzida, de baixo débito, que tem como principais causas isquemia miocárdica e cardiopatia hipertensiva.
b) Pelos achados do caso, podemos considerar que o paciente está em estágio C da insuficiência cardíaca. c) A elevação do BNP pode auxiliar no diagnóstico, além de ser marcador de mau prognóstico nesta situação.
d) Este paciente deve ser medicado com drogas que diminuem a mortalidade: espironolactona, IECA e betabloqueador. Diurético e digoxina serviriam para aliviar os sintomas.
* e) Caso o paciente apresentasse FE < 35% e alargamento do QRS, poderíamos indicar a ressincronização ventricular, inde- pendentemente da terapia utilizada.
HEPATO I – SÍNDROME ICTÉRICA (Hepatopatias Agudas)
Durante o atendimento de uma jovem de 24 anos, com queixas inespecíficas de náuseas, vômitos, febre, astenia e anorexia, você constata, no exame, icterícia e colúria. À palpação abdominal, encontra fígado doloroso e aumentado de ta- manho. Há relato de relações sexuais sem proteção há um ano com múltiplos parceiros, após término de relacionamen- to. Solicitados exames:
LABORATÓRIO CENTRAL:
Bb direta: 6,8 mg/dl (N até 0,2 mg/dl); Bb indireta: 3,4 mg/dl (N até 0,8 mg/dl); AST(TGO): 1.076 U/L (N até 30 U/L); ALT (TGP): 1.232 U/L (N até 40 U/L); fosfatase alcalina: 170 U/L (N = 25-100 U/L); GGT: 77 U/L (N até 30 U/L).
SOROLOGIA:
Anti-HAV IgG (+);
HbsAg (-); anti-HBc IgM (+); anti-HBs (-); HBeAg (+); anti-HBe (-);
anti-HCV (-).
De acordo com o caso acima, marque a alternativa INCORRETA:
a) A hepatite A é a forma que mais evolui para o padrão colestático. A hepatite E pode evoluir para forma fulminante em 10-20% das grávidas infectadas.
b) O diagnóstico desta jovem é de hepatite B aguda. PAN e nefropatia membranosa estão associadas à hepatite B.
c) A intoxicação pelo paracetamol é a causa mais importante de insuficiência hepática fulminante nos países desenvolvidos. O antídoto é a N-acetilcisteína.
d) A hepatite alcoólica pode se manifestar com febre, dor abdominal, hepatomegalia, icterícia, anorexia, ascite e leucocitose importante. Esta última, e um aumento mais pronunciado de AST em relação à ALT, diferenciam a etiologia alcoólica da viral.
* e) A hepatite D está relacionada à hepatite B e pode acometer pacientes com B aguda – coinfecção (20% de risco para hepatite fulminante) ou com B crônica – superinfecção (risco de 5% de hepatite fulminante).
Qual é a que mais faz colestase intra-hepática?
A
Qual é a hepatite que mais evolui para a forma fulminante?
B
Qual é a que mais se associa a manifestações extra-hepáticas, entre elas a PAN clássica?
B
Qual é a única em que o material genético é DNA?
B
Qual se associa à crioglobulinemia mista tipo II?
C
*** Qual é a que mais cronifica e é a principal causa de cirrose e transplante hepático?
C
Quais hepatites são de transmissão fecal-oral?
A / E
Qual está associada à maior gravidade em gestantes?
E
Quais são as hepatites que dispõem de soro e vacina para prevenção?
A / B
Quais hepatites agudas têm indicação de tratamento antiviral específico?
B / C
II - SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA HEPATOCELULAR (Hepatopatias Crônicas e Cirrose)
Com base na doença hepática crônica, avalie as assertivas a seguir e marque a INCORRETA:
a) Na hepatite B crônica, utilizamos, entre outras drogas, interferon, tenofovir e entecavir. A hepatite C possui diferentes terapias de acordo com o genótipo e está baseada atualmente em inibidores de protease como o sofosbuvir.
b) A doença hepática gordurosa não alcoólica está relacionada principalmente aos componentes da síndrome metabólica e o tratamento baseado na perda de peso e atividade física.
c) A hemocromatose hereditária acontece por uma absorção exagerada de ferro, levando à deposição em excesso no fígado (cirro- se), coração (arritmias, IC), pele (escurecimento), pâncreas (diabetes). O ferro sérico e a ferritina estão aumentados e o melhor tratamento é a flebotomia.
d) A presença de prurido, icterícia, xantelasmas, fraqueza óssea e anticorpo antimitocôndria nos sugere o diagnóstico de colangite biliar primária, quando se preconiza o uso de ácido ursodesoxicólico.
e) A associação de cirrose com manifestações neuropsiquiátricas nos leva a pensar em doença de Wilson. Neste caso, até 50% dos pacientes com alterações neurológicas apresentam os anéis de Kayser-Fleischer.
E.